Pde escrita por tredfox


Capítulo 5
Capitulo 5




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Chegamos no “Convento” e o Gustavo estava conversando com o Klaus, que assim que me viu saiu às pressas de lá.

–Qual o problema dele? –Gustavo perguntou.

–Ele deve ter medo de mim, afinal né... -Eu ri

–Vamos para a cantina tomar café, ou vocês já tomaram café?

–Bem, digamos que não deu para tomar café. A Nicole estava com os nervos “a flor da pele” essa manhã. –Respondi desviando o olhar para o teto.

–Posso saber o porquê? –Gustavo riu

–Bem, ela meio que pegou eu e o Alex dormindo na cama, juntos, enfim, vamos esquecer isso e ir comer porque eu estou morta de fome.

Um menino baixo com uns prédios de brinquedo na mão veio correndo em minha direção e bateu em mim fazendo com que todos os prédios caíssem no chão.

–O que você está fazendo correndo desse jeito? Alguém morreu? –Perguntei levantando os brinquedos.

–Não, não, eu só estava com pressa para guardar esses brinquedos, desculpe! –Ele saiu correndo.

–Hey, menino! Qual o seu nome?

–Thiago!

–Esse menino é louco? –Gustavo perguntou rindo.

–Deixa o coitado, não deve saber o que faz. –Nós rimos e fomos tomar café.

Chegamos à cantina e alguma coisa havia acontecido, havia várias pessoas amontoadas em um único lado, algumas gritavam. Sai correndo para ver o que havia acontecido, comecei a empurrar as pessoas para tentar enxergar o que tinha acontecido.

A parede estava toda suja de sangue e havia um corpo no chão, não dava para reconhecê-lo, seu rosto estava desfigurado, totalmente irreconhecível. Olhei para a parede assustada e percebi que não era só sangue que havia, também havia alguma coisa escrita, levantei a cabeça para ler e dei um pulo para trás assustada. Na parede dizia: “Isso é só o começo, assassina”.

Os policiais chegaram e retiraram todos ali, eu não pude deixar de pensar sobre o que havia acontecido. Eu tinha certeza que aquela mensagem era para mim e já sabia de quem desconfiar, sim, Eduarda. Ela já havia me chamado de assassina duas vezes, estava na cara que foi ela que vez aquilo. Decidi procura-la e descobrir o que ela estava tramando.

Eu pensei em chamar o Alex ou o Gustavo para me ajudar, mas percebi que eu deveria fazer aquilo sozinha, afinal tudo aquilo era por minha causa. Sai andando pelos corredores até o dormitório da Eduarda. Para a minha surpresa ela não estava lá, comecei a desconfiar mais ainda de que ela havia matado aquela pessoa e me ameaçado.

Subi para o segundo lugar e a encontrei sentada em uma cadeira de balanço, apressei meus passos e parei na sua frente.

–Porque você fez isso? Por quê? – Gritei e a puxei pela gola da camisa. -Porque você matou aquela pessoa?-A sacudi e a joguei no chão.

–Você está louca? Qual o seu problema? Esqueceu-se dos seus remédios? –Ela riu- Eu hein –Ela se levantou.

–Eu que tenho que perguntar se você está louca! Como você pode fazer isso? Você tem medo de me enfrentar e precisa matar uma pessoa pra me fazer ficar com medo? Qual o seu problema?- A empurrei novamente.

–Como uma assassina pode ficar com medo de um cadáver ou uma ameaça? Se você já matou dez pessoas pode matar mais dez! –Ela ria e isso me deixava cada vez mais nervosa e irritada. Minha respiração estava acelerada e eu estava prestes a socar a cara dela até ela implorar por perdão. –E eu não matei ninguém, assassina.

–Eu vou te mostrar quem é a assassina, sua vagabunda! – Pulei em cima dela e comecei a bater no rosto dela, bati com todas as minhas forças. Ela se revirava e puxava meu cabelo, mas aquela altura eu não sentia mais nada, só raiva. Dois homens me tiraram de cima dela e me levaram para a ala dos “assassinos”. Passei aquela noite lá. Mas para mim aquilo ainda não havia acabado.

Quando me liberaram fui encontrar o Gustavo e o Alex, Giovani também estava lá.

–O que você fez dessa vez? – Alex falou me abraçando apertado.

–Eu bati na Eduarda, eu tenho certeza que foi ela quem matou aquela pessoa. – Me sentei na cama.

–Impossível ter sido ela. Eu passei a manhã toda com ela ontem, só sai por trinta minutos, que pelo o que entendi foi quando você quase a matou com socos na cara. - Gio respondeu se sentando ao meu lado.

–Você não devia ter batido nela sem me chamar para assistir. –Gustavo riu.

–Não tem graça, se não foi ela, quem pode ter sido? –Perguntei olhando para eles.

–Isso eu não sei. –Alex respondeu. -O que eu sei é que vocês poderiam me deixar sozinho com a Mila por pelo menos um minuto. Obrigado.

–Ok. Ok. –Giovani e Gustavo disseram saindo.

Levantei-me e mudei para a cama que o Alex estava sentado, me deitei em seu colo e respirei fundo.

–Eu não aguento mais esse lugar. –Disse revirando os olhos. –Eles não vão me ajudar em nada. Não está ajudando em nada. –Suspirei.

–Você é muito dramática, sabia? –Ele riu.

–Como você aguenta viver aqui? Esse lugar é horrível. E eu acabei de espancar a pessoa errada até a morte. Quem garante que eu não vá te espancar até a morte? –Eu ri.

–Se você tentar saiba que eu sou bem mais forte que você.

–Você não pareceu muito forte quando eu tentei te matar. –Eu ri.

–Isso foi antes. –Ele riu.

Fomos interrompidos por um “uhum” na porta.

–Vocês não sabem da regra? –A Diretora Haeska estava parada na porta nos olhando.

–Desculpe-me senhora. –Me levantei da cama rapidamente. –Isso não vai acontecer novamente.

–Do mesmo modo, quero que me acompanhe até a Diretoria. –Ela fez sinal para que eu a seguisse. Chegamos à diretoria e a diretora me mandou sentar.

–Eu sei o que você viu aquele dia. Quero que você mantenha segredo. –Haeska se sentou na cadeira e apoiou os braços na mesa.

–Que coisa? –Perguntei.

–O homem, eu, na mesa. Quero que você mantenha segredo. –Ela me olhou fixamente nos olhos. – Se não terei que tomar outras medidas, das quais você não ira gostar nem um pouco.

–Ah, isso. Eu já havia me esquecido com tudo que aconteceu nesses últimos dias, mas de qualquer forma eu não pretendia contar a ninguém. –Me levantei para sair.

–E você e seu colega de quarto, eu vou deixar passar dessa vez, mas da próxima eu terei que mudar vocês dois de quarto. Não quero essas coisas acontecendo aqui, não quero carinhos além do abraço.

–Sim senhora. –Sai dali e voltei para o quarto.

–O que ela disse? Você vai ter que mudar de quarto? –Alex perguntou se levantando.

–Não, dessa vez não, mas se ela nos pegar juntos de novo ela vai nos trocar de quartos. “Não quero essas coisas acontecendo aqui, não quero carinhos além do abraço e blá blá blá”- Falei imitando ela.

–Não liga, ela sempre diz isso. –Ele riu.

–Como você sabe? Ela já te pegou com alguém?-Perguntei.

–Você acha que elas resistem a esse corpinho e esse rostinho? –Ele riu.

–Cala a boca. –Eu ri. Aquele dia, por algum milagre, foi o dia mais calmo que eu passei naquele convento.

Acordei com o sol da janela batendo no meu rosto, meus olhos estavam embaçados e pesados. Levantei-me tropeçando nas coisas até o banheiro. Tirei a roupa e liguei o chuveiro, foi quando percebi que alguma coisa estava errada, a água do chuveiro estava saindo meio avermelhada.

Comecei a gritar desesperada, me enrolei na toalha e sai correndo para fora do chuveiro. Olhei para o espelho e tinha alguma coisa escrita, escrita com uma espécie de batom: “Eduarda? Sério? Achei que você fosse mais esperta. Dá próxima vez o que vai escorrer pelo chuveiro vai ser o seu sangue e vão encontrar seus ossos na privada”.


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