Hálito de Fogo escrita por Caliel


Capítulo 14
A coragem vence o poder




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— Amare? — Perguntei à garota, que estava um tanto quanto tímida.

— Sim, Amare. — Ela desviou o olhar em direção a Koba. — Seu tio não irá se incomodar com desconhecidos na área do bando?

— Claro que não, meu tio ouviu as histórias de vocês e ele adorou tanto quanto eu. Quem sabe aquele rabugento chato não sorria um pouco ao saber que as histórias são reais?

— Que histórias? — Helena tinha um brilho no olhar, e eu conhecia aquele brilho. Seus olhos brilhavam da mesma forma sempre que era reconhecida por um bom trabalho que fez.

— Andam rondando pela região as histórias de um garoto que venceu o dragão imperfurável da montanha, que sua espada se incendeia com o poder da coragem e que seu grito derruba o maior dos dragões. — Koba sorria entusiasmada. — Também dizem por aí que ele é acompanhado por uma princesa que perdeu tudo que tinha, mas era sempre sorridente, e que aparentemente tinha o dom de conversar com animais. — Sabra sorriu e suas bochechas coraram. — E a história mais recente, sobre uma guerreira dona de um dragão, que lutaram juntos para salvar Midgard de todo o mal. — Helena olhou para Nero, que caminhava alguns metros distante de nós, revirando a floresta tentando encontrar algo.

De repente, Koba e Morgana ergueram os dois braços e pediram que nós fizéssemos o mesmo.

— Somos nós, Luke. — Um garoto mais alto do que eu, de pele branca como a neve, olhos verdes e um cabelo castanho ondulado saltou de uma árvore de quase 6 metros.

— E esses são? — Os caninos do menino estavam similares aos de Koba no momento em que ela percebeu nossa presença. — Não são um dos nossos com toda certeza. — O garoto estava prestes a se aproximar de nós quando Nero disparou e rugiu para o garoto, que, surpreendentemente, rugiu de volta. Mas, mesmo assim, ele recuou perante o dragão.

— Esses são Cadmo, Sabra, Helena e Nero. — Koba disse, enquanto apontava para nós. — São os heróis dos rumores que andam contando. Eles estavam passando por aqui e eu os convidei para conhecer seu pai, já que ele se fascinou com a história deles.

— Esse magrelo com cara de doente é o garoto que mata dragões? — Luke começou a gargalhar, então estendi a palma de minha mão em direção a uma árvore e comecei a me concentrar. No primeiro momento achei que ia parecer um idiota estendendo a palma da mão sem fazer nada de especial, mas eu estava pegando o controle de coisa. O braço esticado perdeu a coloração acinzentada que tinha graças à peste e um espiral de fogo saiu dele, acertando a árvore em cheio.

— Ok, entendi o recado, vamos. — Luke me encarou espantado e fez um gesto com a cabeça para que o seguíssemos, na mesma direção que íamos antes.

Conforme andávamos, lobos enormes nos observavam ao longe, todos de olhos prateados. Seus pelos variavam entre tons de preto, cinza e castanho.

Em certo ponto da estrada duas árvores de cerca de 15 metros se entrelaçavam, e, à sua volta, troncos de árvores cortadas faziam uma espécie de muralha de madeira em um formato oval.

— Bem-vindos à toca. — Koba sorriu e disparou em direção a um grupo de garotos pequenos. Aparentemente ela havia contado quem éramos.

— Preparem-se. — Morgana deu um passo para o lado junto com Luke.

As crianças pularam todas juntas em nossa direção, mas elas eram muito mais fortes e pesadas do que crianças comuns. Elas gritavam e eu tive a impressão que algumas até rosnavam. E então, um homem pigarreou logo atrás delas e todas se levantaram.

— Quem são esses, Luke? — Um homem alto, de cabelos lisos, pretos e até a altura dos ombros surgiu, então o garoto explicou quem éramos.

— Vejam só, o garoto que todos falam! — Ele abriu um sorriso. — Venham! Venham todos! — Os olhos dele se tornaram dourados e ele seguiu a linha de acontecimentos estranhos e animalescos que começaram quando encontramos Koba e Morgana, então uivou fazendo com que uma multidão chegar onde estávamos. Vários diálogos começaram, todos perguntando sobre nossa história e tudo que acontecia. Obviamente não contei tudo sobre o fim do mundo, mas o suficiente para entretê-los. — É muito bom conhecer vocês, eu sou Rômulo, o rei dos lobos. Caso precisem de alguma coisa, logo mais estarei de volta. Koba e Morgana, cuidem desses três. — Nero então bufou. — Desses quatro. Luke, você vem comigo. — Os dois então atravessaram o arco de árvores seguidos por mais uma dezena de homens.

— Koba, posso lhe fazer uma pergunta? — Helena olhava todos ali em volta trabalhando, homens carregando troncos de árvore sozinhos, pedras, coisas grotescamente pesadas.

— Claro que sim. — Koba abriu um sorriso no rosto.

— O que vocês são? — O sorriso de alegria se tornou um sorriso sarcástico e as presas se alongaram novamente.

— Lobos. — Os olhos da garota brilharam prateados. — Venham comigo.

— Koba, o que você vai fazer? — Morgana a puxou pelo braço antes que corresse.

— Explicar o que somos. — A garota então acenou com a cabeça para mim e partiu em disparada para o centro da vila.

Após corrermos por algum tempo, chegamos a um alçapão escondido atrás de algumas árvores. Koba ergueu a tampa e desceu pedindo que entrássemos também. Morgana foi a última a entrar e Nero, obviamente, ficou de fora.

O lugar era pequeno, escuro e pouco iluminado pela luz que vinha do alçapão.

— Merda, esqueci os fósforos. — Koba havia pegado uma tocha apagada, presa em um gancho na parede, mas a largou no chão e voltou a subir as escadas.

— Deixa comigo. — Coloquei a mão sobre a tocha e ela rompeu em chamas. — Aqui. — Estendi para Koba, que sorriu, me abraçou e me beijou na bochecha.

— Você é demais. — Ela pegou a tocha e começou a andar por um corredor agora visível.

As paredes mostravam pinturas de lobos gigantes e alguns homens, e todas seguiam o mesmo padrão. Um lobo ou homem de olhos dourados seguidos por alguns lobos ou homens de olhos prateados.

— Todos os de olhos dourados são os alfas, os líderes da matilha, que no caso da nossa, é Rômulo. Os de olhos pratas são os betas, seguidores do alfa, como eu, Morgana, Luke, entre outros. — Passamos então por uma pintura de homens mortos ou a beira da morte, todos com olhos bronze. — Esses são os ômegas, lobos renegados, os que não têm um líder para seguir.

Continuamos andando e chegamos a uma porta que tinha uma pintura de um homem de feições idênticas às de Rômulo. Koba, então, começou a falar em um tom de voz triste.

— Esse é meu pai, Remo. Ele era o alfa da família e morreu na noite em que eu nasci. Houve um ataque de ômegas à nossa vila e meu pai era o foco. Ele e meu tio eram irmãos gêmeos, mas por meu pai ter nascido minutos antes ele recebeu o posto de alfa vindo de meu avô. — Ela suspirou. — Existem duas maneiras de se tornar um alfa. Você pode passar o posto de alfa para um membro familiar muito próximo a você, como um pai, um irmão, primo, sobrinho ou um filho, ou você pode matar um alfa e tomar o seu lugar. Naquela noite um grupo de ômegas tentou invadir a toca e roubar o posto de meu pai. Eles chegaram muito perto e estavam prestes a matá-lo, porém meu tio chegou a tempo para impedi-los de tomar o poder. Mas não a tempo de salvar meu pai, que pouco antes de morrer passou o posto de alfa para Rômulo.

— Seu tio então irá passar o posto de alfa para você, não é? Você é a herdeira. — Helena encarava uma pintura de um homem já velho com as mãos sobre a cabeça de um garoto de aparentemente 20 anos.

— Não. — Koba se aproximou da pintura. — O poder é passado apenas de pai para filho, nunca para uma filha e então, mesmo que meu pai não tivesse morrido, meu primo Luke seria seu sucessor caso minha mãe não tivesse um filho homem.

— Isso é idiotice. — Helena revirou os olhos. — Mulheres são tão aptas quanto homens para lutar e governar.

— Eu sei, mas minha família é tradicional. Nós existimos há mais de mil anos e ao longo de todos esses anos foi assim. Homens governam, mulheres são proibidas de se transformar e servem apenas para cuidar dos filhos.

— Mas nós te vimos na forma de lobo — sussurrei, com medo de que alguém ouvisse.

— Eu sei, então peço que vocês guardem esse segredo, porque toda mulher que ousa ir contra as tradições ou é mandada para fora do bando ou é morta. — Koba e Morgana se entreolharam. Eu podia sentir o medo nas duas, provavelmente o medo de que contássemos algo a alguém.

— Não se preocupe, seu segredo está a salvo conosco. — Sorri para elas e recebi dois sorrisos de volta.

— Agora vamos, Koba. Nós temos que nos arrumar e eles também.

— Nos arrumarmos para o que? — Disse enquanto caminhávamos em direção à saída.

— Rômulo foi se encontrar com outras seis famílias. Nós não somos os únicos lobos pela região, existem outras seis famílias além da di Luna. Todo ano eles se reúnem para comemorar os aniversários de 18 anos de todos os garotos no ano. — Subimos as escadas e nos juntamos a Nero. — Aos 18 anos todos os garotos passar pelo extremo lunar, que é quando um de nós pode se transformar completamente em lobo.

— Você tem quantos anos? — Sabra limpava sua roupa suja de poeira enquanto questionava Koba.

— Ontem eu completei exatos 16 anos. — Ela sorriu orgulhosa de si mesma.

— Então quer dizer que... — Sabra sorria também orgulhosa de Koba.

— Sim, eu não precisei do extremo lunar para ter total controle sobre a transformação, e, diferente de todos os garotos, eu aprendi tudo sozinha. Todos eles têm um patris, que é um instrutor particular de transformação. — Ela sussurrava em meio a um sorriso. — Agora venham, vamos nos arrumar, antes que nos atrasemos.

Ψ

Todos devidamente arrumados para a cerimônia, Koba havia emprestado roupas novas a Helena e Sabra e me ofereceu algumas de Luke, porém disse que não seria necessário. Eu não gostava da ideia de tirar a roupa que Hércules havia me dado. Era como ser um cavaleiro e caminhar em direção a uma guerra sem armadura.

Koba e Morgana nos guiaram até um lugar que, aparentemente, era um pequeno estádio, construído com pedras ao redor e, acima, uma semigaiola de ferro no formado de uma semiesfera. Sentamo-nos em uma arquibancada e, lá dentro, eram visíveis cerca de 70 rapazes, todos com os rostos com pinturas de guerra. Dentre eles estava Luke.

O rapaz parecia aflito e encarava todos os outros a sua volta. Luke era um rapaz esguio enquanto todos os outros eram brutamontes enormes e definidos.

— Eles terão que lutar, não terão? — Perguntei a Koba, que assentiu com a cabeça.

— Eles não devem se matar, nem nada do gênero, mas isso não impede que algumas mortes ocorram. O último que ficar em pé recebe a benção dos sete alfas, e isso, por uma série de fatores místicos, o faz um homem e lobo mais forte. Luke sente que precisa ganhar a luta para honrar o pai, mas ele se preocupa muito com os outros seis filhos dos alfas ali presentes. — Koba apontou para seis rapazes mal encarados que conversavam. — Eles se uniram para vencer os 70 e Luke não se sente a vontade com eles, então não quis se juntar, porém isso é algo realmente perigoso, pois ele está sozinho ali dentro.

Rômulo então caminhou ao centro do estádio acompanhado de outros seis homens de olhos dourados e todos uivaram fazendo com que os ali presentes se calassem.

— Quero agradecer a presença de todos e também lembrar aos participantes que objetos de prata são extremamente proibidos durante a luta, estamos entendidos? — Em coro todos os presentes responderam “Sim” a Rômulo.

Rômulo e os outros seis alfas saíram do estádio e sentaram-se em tronos com detalhes a ouro. Os 70 garotos começaram a se transformar, porém nenhum deles em lobo. Apenas deixaram garras crescer, presas se tornarem 10 centímetros maiores que o normal, os olhos se tornarem pratas e os músculos ganharem mais forma. Nada fora do normal quando se vive em um mundo com dragões, garotos que pegam fogo e garotas que viram lobo.

— Nenhum deles vai se transformar? — Helena parecia animada com tudo aquilo, desde pequena ela sempre adorou ver lutas.

— Nenhum deles sabe ainda. — Morgana encarava Luke, que já estava em posição de batalha esperando o sinal para que a luta começasse. — Todos só aprendem a tomar a forma de lobo quando os sete dão a benção a um deles, e então esse é o primeiro a tomar a forma e todos os outros o seguem nisso. — Ela olhou para Koba. — Ok, nem todos precisam da batalha para se transformar em lobos. — Todos nós rimos.

Os sete alfas então levantaram os polegares em um sinal positivo e quando os desceram em sinal negativo uma gritaria começou.

Os garotos dentro do estádio começaram a lutar. Alguns pareciam formar grupos, mas todos que tentavam bater de frente com o grupo dos seis filhos dos alfas acabavam sendo arremessados contra a parede do estádio, ou sendo desmaiados com um único golpe.

Luke não se saía mal. Ele aparentemente havia feito dupla com um garoto de feições asiáticas e os dois conseguiam derrubar os garotos que tentavam feri-los. Eles pareciam confiantes e lutavam um de costas viradas para o outro, assim cobrindo as retaguardas.

Em poucos minutos de luta restavam apenas 20 garotos em pé. Luke, o asiático, os filhos dos alfas e outros dois grupos de seis garotos.

— Luke e Takashi fazem uma dupla incrível, não é? — Koba sorria. — Eles cresceram juntos e se conhecem como ninguém. — Ela parecia entusiasmada e ter confiança no primo e em seu amigo.

Luke e Takashi tomaram conta de um dos grupos de seis garotos e os filhos dos alfas do outro. Eles tiveram um pouco mais de dificuldade contra esses garotos e o asiático acabou com a perna machucada.

— Você ainda consegue lutar? — Luke via o amigo com a mão sobre um arranhão em sua perna que fazia sangue escorrer. — O garoto assentiu com a cabeça, respirou fundo e o corte começou a se fechar.

Os dois então partiram para cima dos seis desafiantes que restavam, com Takashi tomando a frente. Porém, o garoto não teve tempo de fazer nada. Um dos garotos ergueu um punhal de prata e fincou em sua barriga.

Luke parou o ataque e tentou socorrer Takashi.

— Isso é proibido! — Dos olhos prateados de Luke escorriam lágrimas e os seis garotos riam. — Allan, Átila, Gael, Ivan, Jean e Louis, por favor, poupem o Takashi, a briga de vocês não é com eles.

— Ele está livre, mas você fica. — O garoto com o punhal ria enquanto Luke levava Takashi para um canto.

Koba cerrava os punhos e tentava conter seus olhos prateados.

— Mas Rômulo disse que objetos de pratas são proibidos. Por que eles não param a luta? — Helena parecia furiosa com tudo aquilo, ela odiava injustiças e trapaças.

— É proibido, mas é como ser um alfa. Você pode matar o seu e se tornar um, ou fazer por merecer para se tornar um. Se você matar, todos irão te respeitar mesmo assim, e Átila e os outros querem vencer baseados no medo.

Luke se virou para os garotos, então, todos de uma vez começaram a atacá-lo. O coitado não tinha chance de se esquivar de golpe nenhum e em alguns minutos já estava no chão sendo chutado.

— Gael e Ivan, levantem-no. — Os dois garotos ergueram Luke pelos braços. — Você é um cara legal, mas é como seu pai, sempre querendo ser o diferente e negando algumas alianças. Você queria que o Takashi também fizesse parceria conosco, mas ele não é bom o suficiente e você, ao negar a aliança, se mostrou como ele. — O garoto sacou o punhal de prata e continuou o discurso.

— Eles vão matar o Luke. — Koba se levantou e começou a correr em direção ao portão de entrada para o estádio. Nós tentamos gritar para que ela voltasse, mas, mesmo na forma humana ela era rápida demais e passou pela multidão.

Um alvoroço começou quando Koba chegou ao portão que estava trancado. O portão era feito de ferro e estava trancado. Ele era erguido por correntes, mas Koba foi forte o suficiente para erguê-lo sozinha.

— Deixem meu primo em paz. — Ela caminhava em direção ao seis.

— Luke, você está realmente na merda por precisar da ajuda da sua prima. — Louis disse e todos riram. — Ponha-se no seu lugar, garota imunda, você não pode desafiar seis homens.

— É a última vez que eu vou avisar a vocês. Deixem o meu primo em paz. — Os olhos de Koba brilhavam prateados e os garotos se espantaram com isso.

— Koba, não. — Luke tentava murmurar, mas ele estava cansado demais para isso.

— Deixem ela comigo. — Jean partiu para cima de Koba, mas ela acertou-lhe um soco no queixo que fez com que o garoto caísse desacordado.

Gael e Ivan soltaram Luke todos os cinco começaram a rosnar para Koba, que rosnou de volta.

— Eu sei que eu posso ser expulsa por isso, ou até mesmo morta, mas se vocês não vão seguir as regras, eu também não vou. — A plateia gritava inflamada de emoção pela luta e os cinco garotos começavam a tremer. Luke, deitado no chão, via a prima ganhar caninos enormes e suas mãos se tornarem patas.

Os seis garotos então partiram para cima de Koba e juntos cada um com um golpe a arremessaram pelo portão que havia entrado. Eles sorriram ao ver a garota caída e se voltaram para Luke, mas o inesperado aconteceu.

Pelo portão que havia saído uma garota, um enorme lobo voltou. Átila estava boquiaberto e tremia de medo.

— Corram! – O garoto gritou para os outros cinco.

— Koba! NÃO! — Morgana gritou da arquibancada, mas era tarde demais.

Koba partiu para cima dos garotos e, numa velocidade extrema, caçava um a um. Abocanhava seus braços e pernas, arremessando-os longe. Restou então apenas Átila, e Koba voltou a sua forma humana enquanto caminhava em direção ao garoto, que já estava ajoelhado pedindo perdão.

— Você não seguiu as regras. — A garota levantou o trapaceiro enforcando-o com uma mão. — Vê meu primo no chão ensanguentado? É culpa da sua mediocridade e falta de coragem, e a falta de coragem matou meu pai uma vez. Não vou permitir que façam isso com meu primo. Ela pegou o punhal da cintura do garoto com a mão livre. — Não vou te matar, mas você vai aprender a não trapacear mais. Todo dia quando se olhar no espelho vai se lembrar que existem mais pessoas como eu. — Ela lançou um olhar a mim. — Lembre-se, a coragem supera o poder. — Com a mão livre ela fincou a ponta do punhal no olho do garoto que urrou de dor e largou-o no chão.

Os alfas já estavam no estádio e encaravam Koba, que caminhava em direção a Luke, quase desmaiado. Ela ajudou o primo a se levantar. — Se não fosse pela prata, eu lhes garanto, meu primo e Akira teriam vencido a luta. Então eu lhes apresento o campeão do duelo. — Koba ergueu o braço do primo e todos os presentes foram a loucura gritando o nome de Luke.

— Você está frita. — Luke murmurou.

— Eu sei. — A garota respondeu de volta, sorrindo.


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