Emmett: Tell me, tell me, tell me.  Something I don't know. Something I don't know (n/a: Diga-me,  diga-me,  diga-me. Algo que eu não sei. Algo que eu não sei.  Tell me something I don't know – Selena Gomez)

Rosalie: Você não sabe matemática,  geografia, ciências, português... por isso a Nessie acha a escola tãaaaao chata. 

Emmett: Todo mundo acha a escola chata!

P.O.V. Autora

Silêncio.  Isso a Mansão Cullen não tinha havia um bom tempo. Era sempre alguém correndo, quebrando algo enquanto corria, Rosalie e Emmett  demolindo o quarto recém-decorado pela quinta vez nos últimos dois meses, Esme cozinhando e assim ia. Mas hoje não, hoje só haviam duas pessoas em casa: Jasper Hale e Renesmee Cullen.

Jasper estava de babá, para falar a verdade. Todos haviam arranjado algo para fazer.  Menos ele, já que Alice o havia trocado por uma liquidação de sapatos Christian Louboutin em algum shopping de Seattle. Ele era um pobre vampiro abandonado.

E Nessie estava com uma babá por não ter nada melhor para fazer. Havia caçado não havia nem dois dias com Jacob, não era tão compulsiva por sapatos como Alice e ela já havia descoberto o que seus pais faziam a noite, só não entendeu como um jogo de xadrez pode ter destruído o quarto dos pais.

Ideias não lhe faltavam, ela poderia ver TV, montar seu novo quebra-cabeça de 1.000 peças, destruir o Karaoke do Barney de Emmett, ir para a cozinha e fazer algo terrivelmente ruim e estranho e depois forçar alguém a comer, pintar uma sobrancelha de azul e outra de rosa; e depois fazer mexas roxas no cabelo, só para ver Alice ter uma sincope.  O problema era que ela já havia feito isso. Ela queira mesmo é que Emmett estivesse em casa. Ela precisava escutar uma historia nova, ela queria algo inovador, nos livros eles são sempre felizes para sempre, fim. Mas depois do felizes para sempre, ninguém dizia o que acontecia.

A vampira bufou e desceu as escadas de três em três degraus.  Encontrou Jasper na sala, esparramado no sofá que ficava de frente para a TV lendo um livro que devia ser de historia.

- Tio Jazz – chamou, o vampiro de virou para ela – As suas condições de babá incluem me contar uma historia? – perguntou, mexendo os polegares de forma nervosa.

- Não sei, Nessie. – respondeu Jasper, sentando-se no sofá.

- Isso na minha língua quer dizer sim. – Nessie pulou no sofá ao lado do tio.

- Que historia você quer? E é bom que o Emmett não descubra, ou ele vai dar ataque.

- Ele sempre dá ataque – Nessie jogou o cabelo para o lado, em um gesto muito... Rosalie.

- É a convivência – falou Jasper, para si mesmo depois de um longo suspiro.

- Quero algo como ‘O depois do Felizes Para Sempre’ – disse Nessie. – Pode ser?

- Claro, claro. Que historia devo continuar...? – Jasper perguntou.

- A da Branca de Neve – respondeu Nessie, após alguns segundos pensando.

- Qual delas? Rose de Neve ou Bells de Neve? E, PERALÁ, você não vai me vestir de princesa, como fez com o Emmett... vai? – a voz de Jasper não passou de um sussurro na ultima palavra.

- Não, não. Não achei uma fantasia que combinasse com seu tom de pele – Jasper suspirou, aliviado  - ... ainda. E você pode continuar da ‘versão original’ mesmo, não das versões nem-tão-melhoradas do tio Emm.

- Ok, ok. Deixe me ver...  Depois que o príncipe beija a Branca de Neve e ela acorda, eles montam no cavalo branco do príncipe e vão em direção ao pôr-do-sol, é isso? – Jasper disse, falando tudo que se lembrava do final desta historia.

- Pode se dizer que sim – disse Nessie. – Agora continua daí.

- ‘A depressão estava no ar’ – começou Jasper, se surpreendendo como as ideias para a historia vinham facilmente. Era por isso que Emmett se dava tão bem, quase não precisava pensar. (n/a: fale só por você ¬¬) – ‘Os pobres dos 9 anões não sabiam o que fazer...’

- São 7 anões – corrigiu Nessie – E eles nunca me pareceram do tipo que fica de fossa. – comentou.

- A historia é MINHA, eles ficam do jeito que EU achar melhor – retrucou Jasper, em um surto de egocentrismo.

- Vejo que não sou a única a passar tempo demais com a tia Rosalie... – debochou Nessie.

- ‘Os anões não sabiam o que fazer’ – continuou Jasper, tentando ignorar as piadinhas de Nessie – ‘Não tinham mais vontade de fazer nada, na verdade. Nem de cantar aquela musiquinha de voltar para casa.’ – Jasper parou, tentando se lembrar da musica.

- Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou – cantarolou Nessie.

- Você já esta em casa, Renesmee – Jasper disse.

- Essa é a musica – falou Nessie, irritada.

- Ui, cuidado, Mundo, ela esta braba – disse Jasper, sorrindo de um jeito afetado. Nessie resolveu ignorar os atos... hum... estranhos do tio.

- Continue a historia, por favor – pediu ela.

- ‘Então... como eu ia dizendo...’ – recomeçou Jasper –  ‘Os anos estavam muito tristes mesmo, até o Feliz que é feliz, estava em depressão. Enquanto isso, no castelo onde vivia o príncipe que salvou a Branca de Neve, tudo estava as mil maravilhas, ou quase.’

‘Branca de Neve simplesmente decidiu que não gostava da cor do castelo. Concordo, sabe, aquele cinza morto não tinha graça. Então disse para o príncipe.

- Ou você pinta essa castelo de outra cor, ou eu não caso.

O príncipe, que estava perdidamente apaixonado pela semi-princesa exigente, aceitou seus termos. Então, lá foi ele procurar pelo reino alguns pintores que lhe fizessem um precinho camarada. Os tempos eram difíceis, e o príncipe havia gastado muito ouro com o cavalo que comprou para impressionar Branca de Neve. Como se salva-la já não fosse o suficiente, príncipe burro.

Começada a reforma no castelo, Branca de Neve arranjou outra coisa para fazer. Como criticas a cor das cortinas do seu quarto de segunda feira, criticar o travesseiro do das terças, o tapete do das quartas, o banheiro do das quintas, os cobertores do de sexta, ou o lustre do quarto dos fins de semana. Morar em um castelo com mais de 30 quartos da nisso, você escolhe o quarto que quer ficar e em que dia da semana.

As empregadas se viam loucas, sempre tentando fazer seu melhor para agradar o projeto de Princesa, que era bem chata e preguiçosa, por sinal. Ah, sim, e também faziam isso para não serem demitidas.

Mas quem mais sofria era a pobre da dama de companhia de Branca de Neve, aquela que deveria acompanha-la para cima e para baixo, Jacinta...’

- JACINTA? – repetiu Nessie, em um tom entre o choque e o riso. – Que diabos de nome é Jacinta? (n/a: Se você se chama Jacinta, ou conhece alguém com esse nome, por favor, não se ofenda. Mas eu precisava de um nome... hum... diferente. )

- E Renesmee? É um nome muito belo, não? – caçoou Jasper, com um sorriso de forma  marota.

- É único – declarou Nessie, irritada com o tio e desejando não tê-lo pedido para contar uma historia.

- Jacinta provavelmente também é.  – Jasper declarou,  encarando Nessie com um sorriso petulante estampado no rosto imortal.

Renesmee, não tento uma resposta, cruzou os braços, fechou a cara, empinou o nariz e fez um biquinho.

- Continuando... ‘Jacinta sofria nas mãos de Branca de Neve, que fazia a coitada ir para todo canto fazer o que ela mandava. Desde lhe ajudar a fechar um vestido, até fazer Jacinta lhe pegar um copo d’agua. Branca de Neve era uma inútil e cruel patroa agora que se tornara noiva do príncipe bonitão na opinião das mulheres, não a do narrador, ele joga em outro time. Diferente do narrador anterior, se querem saber...’

- Pena que ninguém quer saber, não é? – Nessie sorriu, garota perversa.

Jasper ignorou e voltou a sua historia.

- ‘Esquecendo Jacinta por alguns estantes, vamos voltar para a o outro lado do reino, lá no meio da floresta. No chalé dos anões, as coisas não andavam muito bem. Ninguém queria fazer nada, nada mesmo.  Nem esquentar no fogão a lenha a comida com mofos da época que Branca de Neve era uma boa pessoa, e não uma semi-princesa torturadora de damas de companhia. Nem lembrar que se toma banho pelo menos uma vez por dia, não quando o cheiro fica totalmente insuportável.

Então, o Feliz morreu. As condições estavam tristes demais para alguém tão... feliz...’

- O QUE!!? – exclamou Nessie, chorosa. – Por que logo ele?

- Porque ele era feliz – respondeu Jasper, daquele  jeito emo que era tão... dele. – Voltando a historia...

‘Com a morte de Feliz, os anões ficaram mais tristes. Ao fazerem o enterro, convidaram Branca de Neve para se despedir do amigo Feliz, mas ela negou. Na carta que ela enviou aos anões, apenas negou e disse Tomem um banho, esta carta fede a mofo. Ela era uma insensível. Pobre Príncipe.

Mas, mesmo com a imensa tristeza, os anões deram um jeito na vida e as coisas voltaram ao normal lá para os lados da floresta. Porque ninguém mais aguentava Branca de Neve. Metade dos empregados se demitiram, e os que ainda trabalhavam por lá, se negavam há fazer algo pela semi princesa. Então o príncipe decidiu ir falar com ela.

- Branca de Neve, meu amor – foi ele logo dizendo, assim que lhe encontrou no jardim, com uma Jacinta que parecia a beira de lagrimas. 

- Sim? – disse a Princesa Do Mal, olhando para o Príncipe de forma angelical. Como se ela fosse um anjo...

- Vou ser direto, mulher: ou você deixa de ser uma cascavel com os empregados, ou então crie vergonha na cara e vá cozinhar, é seu dever como mulher.

Sim, o Príncipe era um cara direto. E machista.

- Me nego a cozinhar, imagina!? Iria estragar as minhas unhas – Branca de Neve fez drama – Se você não quer, tem quem queira.

O príncipe riu com escarnio.

- E quem quer? Os anões?! Sinto-lhe informar, mas o Feliz e o Dunga morreram e...’

- Como é que é? – Interrompeu Renesmee, indignada. – O Dunga? Por que o Dunga? Ele era legal, e não falava, era um bom confidente...

- Mas é culpa dele que a seleção brasileira tenha sido desclassificada da Copa do Mundo – declarou Jasper.

- Não foi esse Dunga – disse Nessie -... que desclassificou o Brasil. E achei que você torcia para os Estados Unidos...

- Torcia, falou bem. Ai a Alice viu o Brasil ganhar, decidi torcer para o Brasil, então viu o Dunga tomando outra decisão, e então o Brasil perdeu. Resumindo, tudo culpa do Dunga, por isso ele morre. É minha forma de vingança. – Jasper sorriu de forma... psicótica. Nessie de encolheu um pouco no sofá.

- Continua a historia, por favor – pediu ela.

- ‘Branca de Neve não disse nada, apenas se levantou, fechou o livro que estava em seu colo e atirou-o longe.

- Que se dane então. Au revoir, baby – disse a agora-não-princesa. E foi embora.

- ALELUIA, IRMAOS! – gritaram as empregadas, assim que Branca de Neve passou do portão.   Jacinta possivelmente foi a que mais gritou.

Tempos mais tarde, foi descoberto que Chapeuzinho Vermelho se perdeu lá na trilha que dava para a Casa dos Anões e eles fizeram dela a empregada. Acho que ela preferia encontrar o Lobo Mau à 5 anões exigentes e chatos.

Também foi descoberto que Branca de Neve fugiu com o Príncipe da Bela Adormecida, parece que ele cansou de esperar pelo sono de beleza de 100 anos de sua amada. E talvez nem todos tenham sido felizes para sempre. Fim’

- Gostou? – perguntou Jasper.

Assim que olhou para Nessie, a porta da frente se abriu e Rosalie e Emmett entraram em casa. Renesmee correu para os braços da tia, chorando.

- O que aconteceu? – perguntou Rosalie, enquanto Nessie passava os braços ao redor do pescoço de Rosalie e encostava sua cabeça no ombro da tia.

Nessie resumiu os fatos com as palavras ‘Tio Jazz contou uma historia, matou dois anões e eles não foram felizes para sempre’, com a voz chorosa.

Jasper, então, notou a expressão de fúria no rosto de Emmett, enquanto Rose tentava acalmar a pequena vampira.

- Corre – foi só o que Emmett disse.

E também foi só o que Jasper fez.