Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 30
Capítulo 28 - Just a Bullet Away


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, meus amores!!
Então, eu prometi que postaria amanhã, mas estou muito ansiosa... (mim julguem).. kkkkkkkkkkkkkkkkk... por isso entrego-lhe o novo capítulo...
Ele está sem revisão, então, se encontrarem alguma coisa me avisem para que eu possa mudar, viu?

ANNA MITRA BARTON STARK, SENHORITA FERNANDES, DIXON GIRL e NICKY WINGATES: Suas lindaaaaaaaaaaaaaas!! Gente, eu não esperava receber tantas recomendações divosas como as de vocês. Choreei muito e sinceramente, não sei como agradecer. Eu me sinto plena ao ver que amaram tanto a ponto de recomendar... eu amooooooooo vocês demais e muuuito obrigada por fazerem parte de SHD... muito obrigada mesmo! O capítulo dedico a vocês.

Enfim, chegamos ao penúltimo capítulo da fanfic e estou com o coração apertado demais!! Não fazem ideia do quanto (mesmo eu sabendo que vai ter segunda temporada, estou com frio na barriga)... espero que gostem e me deixem saber, tá?

Quem ainda não entrou no grupo, entra lá.. o/
https://www.facebook.com/groups/1514731075439569/

Obrigada a todo os favoritos e acompanhamentos.. também agradeço a todos que estão lendo lá do inicio e me deixando comentários divosos.. amo demais!!!

Sem mais, vamos ao capítulo...

Just a Bullet Away - Apenas uma Bala de Distância



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496378/chapter/30

O Mustang preto, com placa alugada do estado de Los Angeles, parou em frente aquele prédio, não se importando com a quantidade de seguranças que faziam guarda em frente a ele. Quem estava dentro daquele carro não tinha medo deles. Os seguranças não eram nada.

O carro permaneceu parado por algum tempo até que a porta do carona, se abriu. O homem que desceu tinha uma marca roxa, extremamente visível, em um dos olhos. Adquiriu aquela mancha quando lutou com Tony Stark, no apartamento de Roxie. Ajeitou o terno de riscas de giz e alinhou a gravata cor de rosa. Passou as mãos nos cabelos e respirou fundo.

Seguiu até a porta de trás do veículo e a abriu, para que aquela mulher, extremamente bela, pudesse descer. Os cabelos loiros estavam bem presos em um penteado que finalizava com um leve topete na frente. Usava um vestido preto, justo ao corpo, luvas e sapato scarpin de mesma cor. Os olhos azuis, bem maquiados, estavam escondidos por um óculos de sol e em seus lábios, um sorriso era visível.

Do outro lado do carro, desceu a ruiva. Os olhos azuis atentos a qualquer aproximação ou movimento, buscando algum sinal de perigo. Era seu trabalho assegurar que a loira permanecesse bem, para isso era controlada.

Atrás desse carro, parou mais dois veículos, mas ninguém desceu deles. Não até que a mulher começou a movimentar-se. Subindo as escadarias do prédio, ao lado de Lorenzo e Wanda. Víbora tinha o passo seguro, com aquele ar de superioridade que só ela conseguia ter.

Seguia a passos curtos, em direção a entrada do lugar, mas foi impedida por um dos seguranças do local.

– Identificação, senhorita. – pediu o homem se colocando na frente da loira. Ela deixou o sorriso tomar inteiramente sua face, retirou os óculos escuros e aproximou-se do segurança, como se fosse beijá-lo. Ao chegar perto, excretou uma quantidade de líquido, de cor esverdeada e de consistência pegajosa, na direção do homem que imediatamente teve seu rosto tomado por bolhas e seus olhos tornaram-se amarelos. Caiu no chão gritando, enquanto sua pele era corroída pelo veneno da víbora.

Ao verem a cena, os outros seguranças preparam-se para a luta. O que estava ao lado direito da mulher correu até eles, mas foi barrado por Lorenzo. O homem era rápido no que fazia, havia aprendido bem como se portar diante de uma luta. Não era atoa que recebeu um bom treinamento, depois que acordou do coma. Ele tinha que ser o melhor.

Atingiu o segurança em cheio no pescoço, com um golpe de artes marciais, que fez o homem cair no chão buscando ar e sem encontrar. Sufocaria até a morte.

Do outro lado, Wanda colocou um sorriso no rosto quando dois deles se aproximaram. Ela ergueu suas mãos e do chão surgiu seis criaturas com cara de lagartos. Todos foram para cima dos seguranças que não tiveram como se defender. A feiticeira ergueu os braços outra vez e centenas daquelas coisas apareceram ao redor daquele lugar. Não havia para onde correr. Eles invadiriam aquele prédio a qualquer custo.

A loira virou-se de costas, no momento em que o último dos seguranças caiu diante de seus pés, e fez um aceno com a cabeça. Dos carros estacionados, desceram vários homens, portando armas com formatos estranhos e com uma luz azulada emanando delas. Eram armas da H.Y.D.R.A. Ela virou-se de frente outra vez e pulou o corpo do segurança. Virou o rosto na direção do primeiro homem, que ela lançou-lhe o veneno. Estava encostado na parede, com o rosto completamente deformado e respirava com muita dificuldade. Ele a encarou, apenas enxergando vultos, e soltou um gemido alto o suficiente para que ela pudesse ouvir. Víbora elevou a mão direita e soltou um beijo na direção dele, antes de entrar no prédio.

Era um extenso saguão onde tinha uma guarita de seguranças, antes da chegada aos elevadores, que eram bloqueados por catracas.

Quando os guardas da guarita viram os três aproximarem-se, com várias criaturas e vários homens armados, acionaram o alarme do edifício. Um pouco antes de Lorenzo puxar duas armas da cintura e acertar os quatro homens na cabeça, em fração de segundos.

– Sabe o que fazer, Wanda. – falou a loira. Sua voz era dura, não grossa, mas falava com bastante segurança. A ruiva ergueu as mãos no ar e paralisou. Sentiu uma dor aguda na cabeça e com isso encolheu-se. Deixou que um grito agudo saísse e encarou a Víbora outra vez. Deu alguns passos atrás, estava tonta e confusa. Estava retomando o controle outra vez. Dois dos homens armados, seguraram a garota pelos braços, enquanto a loira aproximava-se. Balançava o dedo, como se recriminasse a atitude da ruiva. – Não deveria ter acordado, Wanda querida, agora vou ter que usar uma mistura mais forte. Não vai conseguir voltar outra vez. – A ruiva arregalou os olhos. – Se bem que já não me importo. Todos na SHIELD já sabem que você está sob controle. Não há mais o que fingir. Víbora segurou o rosto de Wanda e aproximou-se devagar. Beijou-lhe os lábios de uma forma tão desejosa, que foi impossível para os homens ali não olharem para as duas, nem por um momento sequer. Lorenzo adorou ver aquilo.

Enquanto beijava-lhe a boca, fez com que a toxina de controle, em alta dosagem, saísse de suas glândulas e descesse pela garganta da ruiva.

Wanda sentiu o corpo pesar e perdeu a consciência, por alguns segundos. Quando voltou, não era mais ela e jamais seria outra vez. Ela se colocou em pé e ergueu os braços. Mais daquelas coisas com cara de lagartos, tomaram todo o saguão, parando em cada ponto do lugar. Quem ousasse sair, era morto, imediatamente. Os três voltaram a caminhar na direção dos elevadores, passando pelas catracas. Lorenzo tratou de bloquear a descida de três deles e parou de frente para o único livre.

– Deixa comigo. – falou ele e apontou para a porta, esperando que ela se abrisse. Víbora tocou nas mãos dele e abaixou as armas. Piscou um dos olhos e tomou o seu lugar. Assim que as portas se abriram, jogou um esguicho de veneno, em todo os oito homens armados, que estavam lá dentro e os oito caíram desmaiados.

Com um aceno de cabeça, Wanda mandou que as criaturas pegassem cada um daqueles guardas e colocasse no saguão, liberando assim o elevador para que os três descessem. Os soldados e criaturas, desceram aglomerando-se pelas escadas, em direção ao subsolo. Um lugar próprio para abrigar os líderes em caso de invasões ou ataques com armas biológicas. Nesse caso, protegiam os diplomatas Coreanos e Americanos. Incluindo o líder da Coréia do Norte e o presidente dos Estados Unidos.

– Eu quero essa porta abaixo, não importa o que tenham que fazer. Entenderam? – perguntou a Víbora para um dos homens mascarados.

– Sim, minha senhora. – respondeu ele. A loira permaneceu ainda por duas horas, no subterrâneo, apenas olhando as tentativas frustradas de entrar no bunker. Quando percebeu que aquilo demoraria mais do que o esperado, deu a meia volta e, ao lado de Wanda e Lorenzo, retornou ao elevador e de volta ao saguão. Seguiu para fora do lugar e sorriu ao olhar para cima e perceber o avião das Industrias Stark, passar voando por cima de suas cabeças e pousar um pouco mais ao longe.

– Nossos amiguinhos chegaram, finalmente. – Ela sorriu e recolocou o óculos de sol. – Hora do show.

...

O avião havia acabado de pousar em uma praça, a dois quarteirões de distância de onde estariam os diplomatas coreanos. Estavam reunidos em uma unidade administrativa da ONU, com toda a infraestrutura de um prédio onde poderia abrigar o presidente da república. Não era atoa que até aquele momento, nenhum dos homens da Víbora, ou algumas das coisas com cara de lagartos, conseguiu invadir o bunker onde eles estavam.

Isso deu tempo para que os vingadores chegassem até a cidade. Embora o natural de tempo de voo fosse de cinco horas, Natasha conseguiu fazer aquele percurso em duas. Isso também se deu ao avião moderno das industrias Stark. Steve e Treze, seguiram até onde Nick os aguardava e de lá pegariam outro avião e partiram para Los Angeles.

Enquanto eles viajavam, os que já estavam em solo lutavam contra os soldados da víbora e aquelas criaturas que quanto mais se matava, mais delas apareciam.

Stark e Roxie tentavam proteger os cidadãos de Los Angeles, assim como Pietro. Barton, Romanoff e Hulk, lutavam para abrir caminho e chegar até o prédio onde estavam os diplomatas. Quando finalmente perceberam que não conseguiriam nada sozinhos, concentraram-se todos em um só ponto. Tinham que armar um plano e atacar em equipe.

– Não sei por quanto tempo vai barrá-los, mas eu posso fazer uma contenção ao redor do prédio da unidade. – comentou Roxie voltando a atenção para o grupo, depois de analisar toda a estrutura daquele quarteirão.

– Excelente, Roxie. – comentou Natasha. – Então faça.

– Eu só preciso achar uma fonte grande de energia.

– Talvez uma estação de abastecimento possa resolver. – falou Tony, com uma voz robótica. – Eu sei onde tem uma e posso te levar até lá. – A ruiva assentiu e deu dois passos na direção do Homem de Ferro, mas parou no momento em que tudo ficou extremamente claro. Thor e Loki apareceram quando a luz se desfez. Foram enviados através da Bifrost, ao lado de um exercito dourado. Eles comandavam os soldados asgardianos.

– Eu tenho uma ideia melhor. – respondeu a ruiva e virou-se na direção dos dois príncipes. – Irmão... – ela olhou para Thor e em seguida para Loki. -... poderia me dar uma forcinha? Joga o maior raio que você conseguir. – Esticou a mão na direção de Thor que sorriu. O loiro ergueu o martelo no ar e imediatamente várias nuvens negras tomaram o céu. O som de trovoadas fez-se ouvir estridente e um raio caiu. O deus do trovão o absorveu e passou para Roxie, que recebeu toda aquela força. Caiu no chão, ajoelhada e respirando rapidamente. Quem estava mais próximo a ela, naquele momento, era Clint.

– Roxie? - Ele aproximou-se para apoiá-la.

– Não me toca. – o Gavião parou antes de encostar-se a ela. Reparou algumas linhas brancas, extremamente claras, serpenteando por baixo da pele da ruiva, enquanto sua respiração voltava a ficar mais calma e compassada.

– Você está bem? – perguntou o arqueiro. Roxie ergueu a cabeça e em seguida o corpo. Não deixou que ninguém a tocasse. Quando os encarou, seus olhos estavam completamente vermelhos. Não apenas a íris, como eles já estava acostumados, mas a cor escarlate tomou todo o globo ocular dela.

– Agora eu estou. – respondeu finalmente pondo-se completamente de pé. – Ainda preciso daquela carona, Tony. Me coloca no terraço do prédio onde eles estão e deixa o resto comigo.

– Okay. – respondeu o Homem de Ferro aproximando-se. – O problema é como faremos para chegar até lá. Os lagartos querem nos tirar para dançar.

– O verdão pode proteger os dois e abrir caminho. – falou Clint. Hulk fez um som gutural, como se dissesse que poderia fazer aquilo. Roxie piscou para ele que sorriu.

– Também preciso que alguém esvazie os prédios que estão ao redor de onde os diplomatas se encontram. Eles serão a minha barreira.

– Deixa comigo, chefia. – falou Mercúrio e aproximou-se em questão de segundos. Fazendo sinal de continência ao parar na frente da ruiva.

– Sigyn... – Ela ouviu o deus da trapaça chamá-la. Virou-se e caminhou até ficar de frente para ele. Sorriu.

– Já pedi que me chamasse de Roxie. – respondeu. Lembrando-se que ela já o havia corrigido quando ele a chamou assim, no dia em que Asgard foi atacada e ela estava escolhendo uma arma para lutar. Loki ergueu uma de suas mãos, para tocar em seu rosto, mas ela afastou-se. – Não.

– Não somos irmãos. – respondeu ele.

– Eu sei que não. – ela sorriu. – Eu absorvi mais energia do que o habitual. Não seria muito divertido tocar em mim e levar um choque. – Loki sorriu, mas franziu o cenho em seguida.

– Você sabe? – os olhos verdes esquadrinhavam o rosto dela. Estranhava o vermelho no lugar do azul que adorava.

– É possível invocar Urd em Midgard. – ela sorriu antes de ouvir Tony pigarrear.

– Eu realmente não quero ser um estraga prazeres, mas a festa já começou e nós estamos perdendo o show principal. – Roxie virou a cabeça na direção dele. – Cara, você está me assustando com esses olhos vermelhos. - A ruiva sorriu e voltou a encarar Loki.

– Volta para mim inteiro, está bem? – Ela pediu e ele assentiu.

– Você também. – respondeu seriamente, recebendo o sorriso da ruiva como resposta.

– Vamos lá, Roxie. – Falou Tony aproximando-se e passando a mão ao redor da cintura da ruiva. Prendendo-a bem à sua armadura. Loki e Thor receberam, da Viúva Negra, dois pontos auriculares. Loki já sabia com usar, mas o loiro ainda ficou encarando o ponto antes da Viúva toma-lo de sua mão e colocá-lo em seu ouvido.

– Energia recarregada a quinhentos por cento, senhor. – comunicou J.A.R.V.I.S no momento em que o metal tocou a pele da mulher.

– Excelente. – falou ele. – Segure-se, Florzinha. – Stark impulsionou o corpo com o propulsor e voou com a mulher na direção do prédio. A frente deles estava Hulk, concentrava-se única e exclusivamente em proteger o Homem de Ferro e a ruiva que ele carregava nos braços. Ia saltando de prédio em prédio, atacando o que quer que houvesse em sua frente e fazendo seu próprio corpo como escudo.

Segurava homens e Skrulls, chocando um contra o outro. Era possível ouvir o barulho oco que os corpos faziam ao serem jogados, como bonecos de pano, de encontro ao solo. Stark, por várias vezes, foi obrigado a interromper o voo e atirar contra aqueles que Hulk não conseguia deter. Isso fazia com que sua energia fosse gasta rapidamente, mas com Roxie por perto, ele dizia ter uma bateria de recarga permanente. Uma bateria extra.

– Não tem como a gente parar naquele prédio, Roxie. – falou Tony e a ruiva observou a quantidade absurda de Skrulls ao redor deles.

– Não podemos, simplesmente, desistir. – falou ela alto, por causa do barulho do propulsor.

– Eu não falei em desistir. – Ele sorriu. Mesmo sem conseguir ver o rosto do homem, Roxie soube que ele mantinha um sorriso no rosto. – Vamos dar um passeio pelas garagens de alguns edifícios.

– Como é que é? – Antes que a mulher conseguisse sequer pensar, Tony mergulhou rapidamente, deixando Bruce com uma cara de interrogação. Não entendia a atitude do Homem de Ferro, mas continuou esmagando qualquer coisa que aparecesse em sua frente. Tony passou voando por cima dos Skrulls e até ousou disparar contra alguns deles. Sempre recarregando com Roxie.

Entrou pela garagem de um dos prédios e parou de frente para uma das colunas principais.

– Você consegue dessa distância? – perguntou Stark sorrindo.

– Deixa comigo. – Roxie esticou uma das mãos e um círculo azul formou-se antes que ela pudesse disparar. O poder saiu de suas mãos e atingiu a coluna do prédio em cheio, espedaçando-a.

– Esse é o último. – falou Pietro trazendo um homem apoiado pelo pescoço. O executivo olhou para Roxie e Tony bastante assustado. Parecia não saber o que estava acontecendo ali. O Homem de Ferro fez um aceno com a mão. Dando adeus.

– Você é o Homem de... - Pietro desapareceu com ele antes que concluísse o pensamento.

– Ei, era um fã. – gritou Stark.

– Tony, temos várias pilastras para derrubar ainda. – falou a ruiva. O homem a segurou pela cintura outra vez e a levou para a segunda grande pilastra dali. Depois disso bastava deixar que a gravidade fizesse o restante do trabalho.

– Como pretendia derrubar os prédios do alto? – falou Tony encarando-a.

– Lançaria uma quantidade maior de energia. O efeito seria o mesmo de uma onda propulsora. Abalaria as estruturas do prédio da mesma forma.

– Interessante, mas acho que teria um maior gasto de energia e recarregar seria complicado.

– Eu sou sua bateria, meu irmão é a minha. – respondeu ela esticando o braço.

– Deixa eu dar uma ajudinha. – Tony ergueu o propulsor e mirou na coluna. Foi possível ouvir o barulho da armadura carregando e quando finalmente estava a cem por cento, os dois dispararam ao mesmo tempo. O prédio estremeceu, segundos antes do Homem de Ferro segurar a ruiva pela cintura e sair voado dali.

– Armadura recarregada a quatrocentos por cento, senhor. – informou J.A.R.V.I.S. Tony gargalhou.

– Eu estou adorando isso. – falou ele dando a volta e ficando ao lado do prédio. Vendo-o ruir na direção em que eles queriam, isso porque destruíram as pilastras que faziam a sustentação de um dos lados da frente. O bilionário curvou o corpo outra vez e novamente mergulhou em direção ao subsolo do segundo prédio e assim foi com os todos os outros, fazendo com que a unidade administrativa da ONU permanecesse no centro de um quadrado de entulhos e ferros retorcidos. Hulk seguia limpando toda a área e quando viu que o lado de fora estava seguro, entrou no prédio.

Tony segurou a ruiva pela cintura outra vez e voltaram a subir. Reclamou por que agora não havia mais energia na mulher, para recarregá-lo, já que ela havia gasto tudo nas pilastras.

Olhou em volta, buscando um lugar seguro para pousar. Percebeu o reluzir das armaduras douradas dos soldados de Asgard e resolveu deixar Roxie ali, com eles. Todos lutavam incessantemente enquanto não recebiam o informativo do que fazer, já que os príncipes divergiam em todas as ordens dadas aos seus homens.

Até nisso eram diferentes. Loki mandava eles irem para a esquerda enquanto que Thor mandava para a direita e com isso iniciou uma discussão entre os dois. Loki falava a respeito de lógica e Thor sobre tática de guerra. Todos esperavam uma decisão até que Loki viu Tony ser atingido por uma arma de grosso calibre e deixar Roxie cair no chão. Para a sorte dela, ele não estava muito alto. Deixou com que seu irmão acertasse todos os detalhes e correu até onde a ruiva estava. Sendo seguido por uma boa parte dos soldados. Era obrigação deles proteger o príncipe.

A queda foi o suficiente para aturdir a ruiva que, por alguns instantes, viu tudo girar. Foi colocada de pé, bruscamente, por alguns soldados da Víbora e tremeu quando percebeu que Lorenzo se aproximava.

– Não conseguiu ficar longe, amorzinho? – ele sorriu. Havia ordenado que um dos homens atirasse contra Stark. O italiano ergueu uma das mãos e alisou o rosto da ruiva. Ela tentou se soltar, mas os soldados de vermelho a prendiam com algemas. Mesmo que ela conseguisse, facilmente, livrar-se daquilo, o pânico a deixava indefesa. Lorenzo aproximou-se e beijou-lhe os lábios. – Quando isso tudo terminar, vamos nos divertir um pouquinho. Eu prometo. – ele sorriu com o pavor na face de Roxie. Ele adorava ver as lágrimas naqueles olhos. – Levem-na

– Não. – gritou a ruiva, impulsionando o corpo para trás. Tentando desvencilhar-se dos homens de vermelho, mas seria impossível. Só conseguiu libertar-se quando duas flechas voaram na direção deles e os acertaram, em cheio, no pescoço.

Roxie olhou para cima de um prédio e ainda conseguiu ver Clint abaixando o arco. Quando voltou sua atenção a Lorenzo, paralisou ao ver que ele estava frente a frente com Loki e que o deus havia criado dezenas de cópias ao redor do italiano.

– Então você é o Lorenzo. – perguntou uma das cópias de Loki.

– Quem quer saber? – rebateu o homem de olhos castanhos.

– Alguém que ouviu falar de você. – respondeu outra cópia, fazendo o italiano virar-se de costas para saber qual deles falava. – Roxie me contou algumas historinhas.

– Roxie? – perguntou ele. – O que ela contou sobre mim?

– Algumas coisas que não me agradaram. – respondeu uma cópia que estava bem de frente para Lorenzo.

– Ah, entendi! – ele sorriu. - você deve ser Loki. Eu estou certo? O deus da trapaça e da mentira. Você é aquele que dorme com ela agora, não é? Wanda me contou tudo sobre você e também me contou que ela o dispensou. Não foi bom o suficiente na cama? Não se culpe, ela não me esquece.

– Algumas vezes eu desejei que estivesse vivo e olha só você aqui. – falou outro Loki. Lorenzo sorriu, apertando a arma que estava na cintura. – mas eu estou de fato curioso. Como você está vivo e ainda por cima, permanece desse jeito? Acho que humanos não têm uma sobrevida tão grande assim.

– O milagre da ciência, acompanhado de uma tentativa de controle mundial. – respondeu ele. Olhava para cada uma das cópias do deus da trapaça. Algumas permaneciam sérias e outras esboçavam um sorriso de deboche. – Eu fiquei dezesseis anos em coma por causa de Roxanne.

– Ela errou em não ter te matado, mas até que foi um bom negócio. – Falou o mesmo Loki que havia se pronunciado antes. Deixaria de lado aquele jogo de ficar trocando de cópias enquanto falava. Perdia a paciência todas as vezes que Lorenzo pronunciava o nome da ruiva. O italiano sorriu. – mas me conte mais. Eu sou uma pessoa curiosa. Como você acordou bem depois de um coma de dezesseis anos?

– Eu não acordei bem. Acordei sem memória alguma, a musculatura atrofiada e eu mal conseguia respirar. Ficar de pé nem pensar, mas sabe como é aquela história de que a sorte está ao lado daqueles que a merecem. – Ele sorriu. - Havia um homem, Josef Mengele é o nome. Era um médico alemão que estava de passagem pela Itália, buscando pessoas que se disponibilizassem a serem “cobaias” de alguns experimentos e eu, como não tinha mais nada a perder, aceitei.

– Você foi um rato de laboratório.

– Praticamente isso. Passei por maus bocados até que o doutor me deu uma excelente notícia. – ele encarou o deus firmemente. – Ele havia desenvolvido um soro, juntamente com o doutor Abraham Erskine, que poderia restaurar a capacidade física e mental de pessoas que estivessem em meu estado. Dando mais força e de quebra, uma sobrevida maior. Fui transferido para a Alemanha em 1942 e lá recebi um treinamento diferenciado. Como eu disse, eu tive sorte.

– É, eu percebi. – respondeu o deus. – E sobre Roxie? – as feições de Loki tornaram-se rudes.

– O que tem ela? – perguntou o italiano. Sabia onde aquilo iria dar. A mão não deixava a arma.

– Porque abusou dela? – Loki falou entre os dentes. O ódio beirava a insanidade.

– Ainda quer um por quê? – perguntou ele. – O cheiro dela parece uma droga, vicia. Puxar aqueles cabelos vermelhos é a melhor sensação do mundo e melhora quando ela geme. – Lorenzo finalmente começou a andar em direção a cópia de Loki, que o encarava friamente. – Você sabe. Você já fodeu com ela. – Loki respirou fundo e sorriu.

– Eu poderia torturá-lo por dias. Fazê-lo sentir tanta dor quanto ela sentiu nos dois anos que esteve presa a você. Fazê-lo gritar, a todo instante, por ter feito algo tão monstruoso contra a princesa de Asgard. – Loki viu Lorenzo franzir o cenho. Não sabia que Roxanne era uma princesa e muito menos que era asgardiana. – mas como sou um deus benevolente, eu vou sentencia-lo a algo melhor.

– O que? – perguntou o homem. No momento seguinte sentiu a lâmina atravessar o seu abdômen e sair na parte da frente de seu corpo. Olhou para a cópia do deus que sorria.

– Eu te sentencio a morte. – O verdadeiro Loki, que segurava a lança, rodou o cabo da arma para que Lorenzo sentisse uma dor quase insuportável. Ele queria vê-lo se debater nas garras da morte, mesmo sabendo que não tinha mais escapatória. Sorriu ao ouvi-lo gemer baixo porque essa é a sensação mais deliciosa do mundo, como ele mesmo disse. Desejou ver o sangue, que escorria da boca do italiano, se mesclar ao que pingava da sua lança. Queria que ele pagasse por cada lágrima que Roxanne chorou e queria que ele soubesse que era por isso que agora perdia as forças das pernas e ajoelhava diante da cópia do deus.

Loki puxou a lança, deu a volta ao redor do homem e abaixou-se de frente para ele, sustentando o olhar de pavor. Queria que ele fosse a última coisa que Lorenzo visse antes que a morte o levasse. Loki queria a sua vingança. Sorriu quando o corpo do italiano caiu no chão.

Imediatamente fez com que suas cópias desaparecessem. Já não havia mais serventia para elas.

Procurou pela ruiva mas não a encontrou.

– Roxie, está me ouvindo? – perguntou o deus. Esperava que a mulher ainda estivesse usando o ponto auricular. – Roxie? – chamou uma segunda vez. - Alguém viu a Roxie? – perguntou para os outros.

– Negativo. – falou a Viúva fazendo um esforço enquanto lutava ao lado de Clint, que já havia descido do prédio. O Gavião estava bastante preocupado com segurança de Natasha, por isso saiu de seu ninho. Não podia deixa-la sozinha.

– Também não a vi. – respondeu Stark passando voando por cima da cabeça de Loki. – J.A.R.V.I.S, analise toda a área e encontre a Florzinha.

– Sim, senhor. – respondeu o computador e demorou alguns segundos antes que pudesse falar outra vez. – rastreei todo o perímetro em um raio de quinhentos metros e não achei nenhum rosto compatível com da senhorita Monroe.

– Não há lugar onde ela esteja. – Tony repassou a noticia.

– Droga. – falou Loki. Os olhos verdes buscavam em todas as direções. Tão atento que não percebeu quando o avião da S.H.I.E.L.D. pousou a poucos metros dele e de lá desceram Treze, o Capitão América e vários soldados de preto, armados. Tony pousou a armadura de frente para Steve.

– Pensei que iriam perder a diversão. – comentou ele.

– Faltar não me passou pela cabeça. – falou ele. – Onde está a Roxanne?

– Não sabemos. – respondeu Pietro aproximando-se correndo.

– Temos que encontrá-la. – falou o loiro.

– Por quê? – respondeu Natasha no ponto. Estava longe para reunir-se ao grupo, mas não estava desatenta. Atirou contra a cabeça de um dos homens de vermelho. Clint tomou a sua dianteira, enquanto ela recarregava a arma.

– Eu percebi uma coisa séria. – respondeu o loiro. – Antes de levar os documentos a Fury, eu li a lista de torturas necessárias para fragilizar uma pessoa e o estupro é uma delas. Roxie é um alvo em potencial.

– Wanda cumpriu pena em uma detenção de segurança máxima, justamente porque assassinou um homem que a violentou. – respondeu Treze.

– Achar Roxie é a nossa prioridade ou... – o Capitão foi interrompido quando percebeu que todos os soldados e Skrulls ficaram em posição de sentido. Os soldados de Asgard e os agentes da S.H.I.E.L.D. não sabiam como proceder e por isso pararam. Do meio dos homens de vermelho, a loira surgiu sorridente. Atrás dela estava Wanda que criou uma espécie de barreira entre eles, quando percebeu que Clint mirava na direção da Víbora. Protegeu a todos, ninguém passava.

– Ora se não são os vingadores. – ela sorriu. – Já estava me perguntando se o meu convite havia sido extraviado.

– Onde está Roxie? – perguntou Loki seriamente. Aproximava-se do grupo.

– Para que essa pressa? – perguntou a loira. Alguns soldados de vermelho abriram caminho e os vingadores conseguiram ver a ruiva aproximar-se. Parou do lado esquerdo da Víbora. – Apresento-lhes o meu mais novo soldado: Termia. – anunciou a loira no momento em que Roxie deixou seu maior sorriso a mostra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, meus amores!!
Vou respondendo os comentários agora, viu?

Beijinhos e inté o próximo!!
S. Laufeyson!!