Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 15
Capítulo 13 - A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, boa tarde!!!
Finalmente acabei esse capítulo. Foi um pouco difícil escrevê-lo porque eu estou um pouquinho desmotivada, mas sigo tentando.. XD
Então, eu pensei que encerraríamos o primeiro arco hoje, mas não, ele será encerrado no próximo capítulo. Sendo assim, espero que gostem do quase encerramento do arco.. kkkkkkkkkkkkkkk...
Obrigada a todos que comentam, vocês são uma das minhas principais inspirações (a principal é o Loki, sorry.. u.u)... amo demais saber o que pensam e suas teorias!!!!

Aqueles que leem e não comentam, deixem um recadinho para a tia. Não sabe como um comentário faz bem para mim. Tenho casos de surto de inspiração por causa de comentários, então... Help me!!!!

*Mesa branca: Fantasminhas, estão me ouvindo? Eu os chamo para a luz. Deem um sinal de que estão gostando da história... XD... Até mesmo um "tia, continua" é válido... :)

Os leitores que estão acompanhando e gostando da história, mas ainda não favoritaram, clica lá... Ajuda muito na divulgação... XD

É... acho que não esqueci de mais nada... vamos fazer a chamada para ter certeza:
— Escrever capítulo... done!
— Criar a imagem do capítulo... done!
— Mandar recadinho para meus amores... done!
— Mesa branca para contactar os fantasminhas.... done!
— Responder os reviews do capítulo anterior... Em andamento!
— Capítulo no ar... errr... sabia que tinha esquecido de algo... eu resolvo!!!! Vamos lá!!!



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Roxie estava na arena de treino com armas da S.H.I.E.L.D. Usava um abafador auricular, óculos, luvas e atirava com uma pistola 9mm em um alvo. Acertou quase todas as balas que havia em seu pente, errou apenas uma. Justamente porque pensou em Loki e no beijo que o deus lhe deu.

Respirou fundo, tentou se concentrar outra vez.

Puxou o alvo para perto, analisou os tiros e trocou o papel. Mandou novamente ele para longe e ativou um botão azul. Ele agora se moveria em várias direções. Treino em movimento.

Trocou o pente da pistola e colocou um recarregado no lugar. Voltou a mirar naquele papel e descarregou novamente. Dessa vez não errou uma sequer.

– Por favor, me lembra de não te aborrecer quando estiver com uma arma na mão. – Wanda estava encostada na porta de acesso ao lugar. Era uma sala acolchoada, com várias cabines e vários alvos presos a uma distância considerável. Apenas Roxie estava ali, afinal, eram quatro da manhã.

– Eu consigo ser criativa sem arma também. – respondeu ela e sorriu. Wanda foi para a cabine ao lado e também colocou o abafador, pegou umas das armas que estava ali e carregou. Roxie apenas observava a cena. Ela afastou um alvo e atirou. Errou todas.

– Como você consegue? – perguntou ela intrigada, ao puxar o alvo novamente para perto e perceber que seus tiros passaram longe de onde deveria ter acertado.

– A prática leva a perfeição. – respondeu Roxie. – Lembre-se que eu tive muito tempo para treinar isso. – Ela sorriu e colocou a sua arma na bancada. Seguiu até a cabine onde Wanda estava. – Você tem que sentir o repuxo da arma. Tem que mirar mais abaixo de onde quer acertar, porque com a força que a bala sai, ela vai fazer você subir a mão um pouco. Se você mirar exatamente onde quer, vai acertar alguns centímetros acima. – Ela mandou que a outra ruiva esticasse o braço. – Abaixe mais a mão e aperte o cabo da arma. Tem que ter segurança e firmeza, mas ao mesmo tempo, tem que relaxar os braços para que o coice não lhe machuque. - Wanda fez como a mulher mandou. As balas acertaram próximo, mas ainda assim não foi no lugar certo. – Bem melhor. Continue. – Wanda descarregou o pente da sua arma e conseguiu apenas um tiro no lugar certo.

– Eu tenho muito que treinar.

– Com o tempo você pega o jeito. – Roxie sorriu e voltou para a sua cabine.

– Porque está acordada a essa hora?

– Não consigo desligar meu cérebro. – A mulher começou a ajeitar as coisas. Guardando as armas e se livrando das capsulas vazias. – Minha mente está um caos.

– Quer compartilhar? – perguntou a outra ruiva. – Embora eu saiba sobre o que é.

– Sabe nada.

– Loki. – respondeu colocando a sua arma na mesa. – Você está com ele, não está?

– Defina esse “estar”. – Roxie sorriu envergonhada. – Na verdade, sim é por causa dele que estou sem sono.

– Eu pensei que fosse o capitão que fizesse seu coração bater mais rápido.

– Eu acho que não. – ela ficou mais vermelha que seus cabelos. – Eu posso te contar um segredo?

– Adoro segredos. – falou ela sorrindo.

– Estou curiosa para saber como e porque apagaram a mente dele. Achei cruel.

– Eu sei como e porquê. – respondeu Wanda. – mas me mandaram não comentar sobre isso. Especialmente com você.

– Quem mandou?

– Steve. – Wanda abaixou o olhar na hora de falar e praticamente sussurrou o nome do capitão.

– Eu preciso saber. – Roxie olhou para a mulher com os olhos grandes. – Por favor.

– Sei que vou me arrepender, mas você é minha amiga. – Ela sorriu e Roxie também. – Foi o professor.

– Quem é o professor?

– Um mutante. – respondeu ela. – Ele é o mestre de uma escola chamada Instituto Xavier para Jovens Superdotados. Na verdade é uma fachada para esconder o treino dos mutantes.

– Como esse professor conseguiu fazer algo assim?

– O poder dele. – Wanda encostou-se na parede. – Ele consegue mexer com a mente das pessoas. Bloquear algumas memórias é fichinha.

– Onde é essa escola? – Roxie largou o que estava fazendo.

– Nem pense em ir lá.

– Não estou pensando em ir. – ela desconversou. – É só curiosidade. Eu juro.

– Sei. – Wanda respirou fundo. – Avenida Graymalkin Lane, n° 1407, na cidade de Salem Center, no Condado de Westchester.

– Aqui mesmo em Nova York.

– É. – a outra ruiva encarou a primeira que mantinha um olhar preocupado. – O que está pensando em fazer, Roxie?

– Não conte a ninguém que me disse isso. Será o nosso segredo. – Roxie seguiu na direção da porta. – promete?

– Só porque somos amigas, não quer dizer que eu precise ser sua comparsa.

– Qual é Wanda? Não vou fazer nada.

– Está bem, não conto a ninguém.

Roxie sorriu e seguiu rápido pelos corredores, passou pela cantina e pela sala de vigilância onde estava Mercúrio. Aquela noite era a vez dele fazer a segurança, embora ele estivesse debruçado por sobre a mesa, babando por sobre o teclado.

Chegou aos dormitórios rapidamente e isso fazia com que o vestido azul, de saia rodada, fosse lançado de um lado a outro.

Parou na porta do quarto de Loki, tirou um grampo da cabeça e abriu a porta. Deparou-se com o deus, sentado na cama e empunhado a lança. Estava pronto para brigar com quem quer que estivesse invadindo. Roxie o olhou apreensiva e ele relaxou quando percebeu que era a mulher.

– Bom, eu não esperava que você viesse correndo, mas quando uma mulher entra de tão bom grado no meu quarto, eu não costumo mandar embora.

– Muito engraçadinho. – Roxie fechou a porta atrás de si e aproximou-se. Loki colocou a lança encostada em uma parede e virou-se na direção da ruiva. A puxou, gentilmente, para perto e tomou-lhe os lábios em um beijo intenso e imediato.

– O que está fazendo aqui? – perguntou ele quando separou-se da mulher. Ela permaneceu de olhos fechado por alguns segundos, apenas relembrando o beijo de Loki.

– Eu vim propor um acordo. – ela abriu os olhos e deu de cara com ele que esquadrinhava toda a extensão de seu rosto. Cada ínfimo detalhe. Gostava de ver o quanto aquela mortal era expressiva.

– Que acordo? – As palavras de Loki foram ficando mais baixas enquanto ele voltava a beijar a mulher, acariciando-lhe os lábios gentilmente. Naquele momento, ela esqueceu completamente o que havia ensaiado enquanto caminhava em direção ao quarto do deus. As palavras fugiram de sua mente. Ele parou de beijar a boca de Roxie e começou a descer por seu pescoço. A garota se afastou, erguendo uma sobrancelha. - Está bem, eu paro. – ele falou em uma voz abafada. Um sorriso se formando no rosto perfeito.

– Vai me deixar falar? – Perguntou. Loki sorriu ainda mais e assentiu. Sentou-se na sua cama e bateu ao lado dele. Roxie ponderou por um momento, mas acabou sentando onde o deus havia mandado.

– Qual é o acordo que quer propor?

– Eu estive pensando: A Víbora disse que tem um antidoto e que ela me daria depois que eu tivesse sob o controle dela. – Loki franziu o cenho. – Eu estou lhe propondo um acordo. Me ajude a recuperar meus poderes, pegar esse antidoto, e eu te ajudo a recuperar suas memórias.

– O que sabe sobre isso? – ele perguntou seriamente.

– O que eu não descubro, Loki? – a garota sorriu. – Topa?

– Topo. – respondeu ele. – Quando partimos?

– Amanhã. – Ela respondeu animada. – A S.H.I.E.L.D. encontrou o paradeiro do outro médico que estava naquele galpão, o que me aplicou a supressão. – a mulher fez uma careta. - Natasha me contou isso logo depois da reunião e eu pedi a Nick que nos enviasse na missão de captura. Ele aceitou. Eu e você partimos amanhã.

– Porque ele permitiu?

– Eu disse que éramos bons juntos. Ele não pode negar.

– Você está me saindo uma excelente manipuladora. – O deus virou o corpo na direção de Roxie e ela respirou fundo. Sorriu.

– Eu estou aprendendo direitinho com o deus da trapaça.

– Ouch! – Loki fez um bico e Roxie tremeu quando ele foi se aproximando.

– Já que a gente já conversou, é melhor eu ir andando. – a mulher respondeu enquanto o deus se aproximava outra vez. Ele adorava provoca-la. Ela levantou-se rapidamente e seguiu até a porta. – Partiremos amanhã, às quatorze horas.

– Eu estarei lá.

– Eu sei que vai. – A ruiva sorriu e fechou a porta atrás de si.

...

Roxie colocava as últimas coisas em uma bolsa quando Loki se aproximou. A cumprimentou como se ela fosse apenas uma colega de grupo. Apenas Wanda e Steve sabiam o que realmente estava acontecendo ali.

A garota usava o macacão da S.H.I.E.L.D, mas resolveu levar uma mala com roupas extras. Poderia acontecer alguma coisa no caminho e roubar a mala de alguém, em um hotel, estava fora de seus planos.

Loki pegava o que iriam precisar para aquela missão. Roxie lhe entregou uma sacola de couro com armas, suprimentos de primeiros socorros, sinalizadores e várias coisas pertinentes àquela missão. Estavam, definitivamente envolvidos com aquilo, até que a voz de um dos agentes ecoou pelo hangar e o coração de Roxie apertou-se.

– Agente Biones. – gritou o homem. Imediatamente os olhos da ruiva pararam em quem ele chamava. Não a conhecia como Biones e sim como agente treze. Não era possível, aquilo não estaria acontecendo.

– Roxie, qual o problema? – perguntou Loki quando a garota começou a caminhar na direção da loira que digitava algumas coisas em um computador.

– Com licença. – pediu ela e os olhos castanhos da mulher, miraram Roxie de uma forma simpática.

– Em que eu posso ajudá-la, agente Monroe?

– Seu sobrenome, Biones, de quem é?

– Eu não sei, na verdade. – respondeu ela sorrindo. – Por quê?

– Nicola Biones Monroe, é seu parente?

– Meu avô. – respondeu ela e franziu o cenho. – Como você sabe? – Roxie sentiu uma pontada em seu coração e viu seus olhos se embaçarem. Aquilo não era real.

– Você é filha de Daniel? – perguntou a ruiva, referindo-se ao seu neto.

– Não. Eu sou filha de Noah. – Respondeu Sharon e Roxie franziu o cenho. – Daniel é meu tio.

– Nicola teve dois filhos? – Não conseguiu mais conter as lágrimas e elas correram com força. Nada sabia sobre sua família e agora, como se o destino tivesse escolhido brincar com ela, sua bisneta estava ali.

– Isso está começando a ficar estranho. – A garota se levantou. – Como sabe tantos detalhes sobre minha família?

– Se eu te disser, não vai acreditar em mim.

– Tente. – o sorriso da garota começou a desaparecer.

– Eu sou sua bisavó. – respondeu de supetão. Sharon sorriu.

– Bela tentativa.

– Eu não envelheço. – respondeu Roxie achando se tratar de sua aparência.

– Eu sei, mas isso não prova nada. Meu pai conta que minha bisavó...

– Desapareceu em 1942, em plena segunda guerra mundial. – A garota franziu o cenho. – O nome de seu tio é Daniel Carter Biones, nascido em 13 de Dezembro de 1941. Eu não conheço nada sobre seu pai, porque fui levada antes mesmo que sua avó, Sarah Carter, engravidasse uma segunda vez. O Sobrenome Biones vem da Itália, de onde eu vim com Nicola quando ele tinha dois anos. Eu só reconheci esse sobrenome, porque é muito raro.

– Não se faz plural com “s” na Itália. – as duas falaram ao mesmo tempo. Roxie sorriu.

– Você sabe a história.

– Meu Deus! – a mulher levou as mãos até a boca e empalideceu imediatamente. - O vovô soube de você? – Sharon tinha a feição de tristeza. Sabia como o avô sofreu quando a mãe desapareceu.

– Eu tive a chance de vê-lo antes dele morrer. – ela tentou sorrir, mas conseguiu uma careta. – Eu expliquei tudo a ele. Não foi intencional, não sumi de propósito.

– Roxie, temos que ir. – falou Loki um pouco mais atrás. Não havia escutado nada da conversa, mas pelo estado da ruiva, preferiu não se aproximar demais.

– Eu já estou indo. – respondeu ela e voltou a olhar a agente treze. – Terminamos essa conversa quando eu retornar?

– Claro. – respondeu a loira e Roxie forçou um sorriso. Deu as costas e seguiu na direção do carro. Sentou-se no banco do motorista e encostou a cabeça no volante. Tentava parar de chorar. Se perguntava se realmente havia feito o certo ao aceitar o convite daquela organização. Ela aceitou ser treinada, mas não sabia que seria mantida prisioneira e perderia tantas coisa que aconteceria com seu filho. A desculpa foi que ela era um perigo e se tocasse em alguém... não gostaria nem de pensar nisso.

Realmente, na época em que esteve presa, ela era perigosa. Esteve muito tempo pensando em como seria se ela tivesse que tocar em Nicola ou em seu neto, sem que estivesse usando luvas. Aquilo foi essencial para que ela dissesse sim, mas havia valido a pena?

Ela queria estar presente quando Sarah recebesse a notícia de estar grávida, outra vez. Ela queria ver o sorriso no rosto de Nicola, igual como viu da primeira vez. Ela queria sentir o nervosismo de ter que esperar novamente no hospital até seu menino, que havia se tornado um homem, a agarrasse novamente no ar e dissesse que ela havia sido avó outra vez. Ela queria ter visto o segundo neto dar os primeiro passos e falar. Não se importaria em perder noites em claro, apenas cuidando dele quando tivesse o primeiro resfriado, seria uma excelente avó, daquelas que engordam os netos. Queria participar das festas de final de ano, aniversários e tudo o que pudesse participar, mas era tarde. Ela havia perdido tudo aquilo e a única chance que tinha de ter sua família de volta era com a sua bisneta. Não deixaria passar.

A porta do passageiro se abriu e Loki sentou-se no banco. Ergueu as sobrancelhas de uma forma curiosa, mas não disse nada. Ele entendia que Roxie era um indivíduo que também queria ter sua privacidade. Se ela se sentisse a vontade para comentar sobre aquilo, ele a ouviria. Se não, não insistiria.

A ruiva percebeu que ele já estava ali e levantou a cabeça. Enxugou as lágrimas e respirou fundo.

– Podemos ir? – perguntou Roxie. Não queria que ele a tivesse visto daquele jeito.

– Sim, podemos. – respondeu. Ela olhou rapidamente para o deus e tentou sorrir, mas conseguiu apenas um esgar. Colocou a chave na ignição, ligou o carro, esperou que o portão do lugar se abrisse e seguiu a toda velocidade por eles. De Nova York até Columbia, no estado americano de Maryland, era pouco mais de três horas, mas como Roxie não queria conversar sobre nada do que aconteceu, conseguiram fazer em duas horas e meia.

Durante esse percurso, nenhuma palavra foi dita.

...

Era exatamente dez horas da noite quando eles cruzaram a porta do quarto do hotel. Quando chegaram na cidade, foram direto para o lugar onde o médico estava. Precisavam analisar as possíveis rotas de fuga para se algo desse errado. Sem contar que Roxie só tinha essa oportunidade de reaver seus poderes. Tinha que ser tudo perfeito, sem imprevistos.

A ruiva colocou uma planta do prédio e marcou, com um piloto, o lugar exato onde estava o laboratório.

– Há um ponto de vigia aqui, aqui e aqui. – ela colocou um “x” onde apontava. – Não vai ser fácil.

– Já enfrentamos coisa pior. – Loki respondeu passando o olho na planta.

Roxie o observou curiosa. Sabia que ele estava bolando algum plano para ajuda-los. Ela conseguia perceber os olhos do deus deslizando por sobre os desenhos naquela folha azul. Ele era estrategista e bastante observador. Se ele dizia que daria certo é porque realmente daria.

Os olhos verdes de Loki desviaram do papel e se puseram a olhar o mar azul, que enfeitavam o rosto rubro de Roxie. Era assim que ele definia aqueles olhos. Misteriosos, sedutores e fatais, tal qual um mar revolto.

Ela desviou de volta ao papel, mas Loki não. Reparou ela separar os lábios, lentamente, apenas dando passagem para que a língua os umedecessem. Colocar uma mecha do cabelo vermelho atrás da orelha e o encarar novamente.

– O que? – Ela perguntou séria e ele não respondeu. Roxie dobrou o mapa e deu as costas para Loki. Afastou-se da mesa e colocou o papel na bolsa. – Fury mandou mensagem dizendo que um helicóptero estará nos aguardando as vinte e uma no ponto de encontro. Temos até essa hora para pegar o doutor, conseguir o antidoto e recuperar os meus poderes. – Voltou-se, novamente para olhar o deus e só ai percebeu que ele caminhava em sua direção. Recuou um passo.

Loki passou a mão ao redor da cintura de Roxie e a aproximou dele. A respiração da garota ficou ofegante a medida que a distancia diminuía. Aproximou sua boca da dela e apenas depositou um selinho. Pegou na mão da ruiva e entrelaçou os dedos dela nos seus. Deixou que seus lábios percorressem o braço da mulher, chegando a seu pescoço e de volta a seus lábios. Durante o percurso, deleitava-se com o cheiro daquela mulher. Não era cheiro de perfume. Era o cheiro da pele de Roxie.

O deus elevou, duas ou três vezes, o olhar na direção da ruiva e esperou uma reação dela. Ele deveria continuar ou recuar? Esperava que ela dissesse. Roxie apenas suspirou profundamente e Loki sorriu.

Quando tomou-lhe os lábios, sentiu a mulher amolecer em seus braços. Puxou-a para mais perto e a conduziu para a cama. Ele a queria e ficar perto dela, sem poder tê-la, estava ficando insuportável.

No momento em que Roxie sentiu tocar a cama ela paralisou. Loki parou de beijá-la e a observou seriamente. A respiração ofegante nada mais tinha a ver com ela estar gostando de seus toques. Os olhos demostravam pavor e as mãos, além de tremerem, estavam completamente molhadas de suor.

Loki ficou sem reação. Seu corpo ainda estava sob o de Roxie, mas ele não reagia a nada. Apenas olhava para ela.

– Para. – pediu ela. – Por favor, me deixa. – Ela estava começando a ficar apavorada de verdade. Loki deu espaço e ela correu. Encostou-se na parede oposta, cerca de cinco metros de distância do deus. Abraçou o seu próprio corpo e as lágrimas, finalmente, correram. – Desculpe... Me desculpe.

Loki ainda observou a cena por alguns segundos antes de levantar e parar a um metro de distância da ruiva. A expressão era de preocupação e culpa. Estendeu a mão na direção dela e esperou que ela aceitasse um conforto. Não tentaria mais nada.

Roxie olhou para a expressão de Loki e para a posição que ele ainda mantinha. Respirou fundo, segurou a mão do deus e, em seguida, jogou os braços ao redor da cintura dele. Ele retribuiu o abraço, apertadamente, enquanto ela murmurava pedidos de desculpas.

– Está tudo bem. – respondeu ele depositando um beijo na cabeça da ruiva. - Não se preocupe. – Separou-se da garota e olhou em seus olhos tristes. Aproximou-se novamente de seus lábios, mas parou antes de tocá-los. Se ela quisesse, ela deveria beijá-lo. Ele não tomaria a iniciativa.

Foi exatamente o que Roxie fez. Ela o beijou.

Mesmo que as mãos dela estivessem abraçadas ao corpo do deus, Loki apenas tocava seu rosto. Não ousaria tirar suas mãos dali.

Depois que percebeu que ela estava mais calma, seguiu na direção da porta do quarto.

– Onde vai? – perguntou ela.

– Estarei no quarto ao lado, caso precise. – ele respondeu. – Tranca a porta. Boa noite.


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Notas finais do capítulo

É isso amores!! Perdoem a tia pela demora!!!!
Beijinhos!!

S. Laufeyson!!!