Amigos? escrita por LoLi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic no Nyah! Fanfiction com a nova conta.



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No balcão da guilda recém-construída estavam Natsu e Mirajane. A guilda estava estranhamente quieta. Só conseguia se ouvir a conversa de poucas pessoas.

Natsu tinha a cabeça abaixa, com o ar desanimado - Happy estava distante dele, conversando com Charlie que reclamava de algo sobre algum peixe. – e Mira cantarolava enquanto limpava o balcão.

— Por que está assim, Natsu? – Ela perguntou, enquanto se aproximava dele.

— Lucy não quis ir fazer uma missão comigo porque queria acabar alguma coisa, mas depois é ela que fica reclamando que não tem dinheiro e fica falando que nunca a convido para as missões. — Resmungou mal-humorado o rosado.

— Vocês se dão muito bem. — Mira deu um sorriso simpático. — Como um casal!

— Eh? — Natsu a olhou com um olhar vago, logo depois acordando para a conversa estranha que estava tendo com Mirajane. — Não somos!

— Ah-ah, você falaram a mesma coisa. Que fofo. — Ela murmurou em um tom baixo que Natsu não ouviu e o fez soltar um resmungo. — Não é nada, eu não disse nada.

— Mas a Lucy pode te amar de verdade, Natsu. — Mira sorriu novamente.

— Hein? Não, é impossível...

— Eu acho que vocês combinam! — Ela respondeu, dando uma risada.

Natsu saiu do balcão enquanto pensava no assunto. Ele e Lucy? Era estranho, nunca havia pensado nela daquela maneira, ou pelo menos achava que não, afinal, era amigos e companheiros do mesmo time.

Ele ficou refletindo sobre isso por um tempo, porém depois que se deu conta de que alguma hora havia saído da guilda... E estava na frente do apartamento de Lucy, era quase como uma rotina ir para lá e depois de poucos minutos ser expulso.

Por que ele sempre ia lá tão automaticamente?

Natsu respirou fundo quando viu as luzes do apartamento. Ele sentiu o aroma dela – suave – que ele reconhecia a alguns quilometros de distância se quisesse.

— Natsu? Algo errado? — Ouviu a voz da amiga e olhou para a janela, ela aparecia encostada nela, penteando os cabelos. — Ei, Natsu, está me ouvindo?!

— Ah, Lucy! — Ele sorriu e falou com normalidade. — Não é nada demais, vim aqui ver se tem comida. — Natsu falou com as bochechas em um tom rosado, a desculpa dele estar aparecendo ali tão tarde não era tão justificável, mas se ela soubesse a verdade ele estaria morto.

Apesar de Lucy parecer frágil, ela era forte quando queria. Ah, ele recebia chutes e socos dela todos os dias – ou quase todos – por motivos banais, e doia, obviamente ele não reclamava tanto, por causa da rotina.

Natsu pulou para dentro do apartamento de Lucy, e logo estava sentado na poltrona dela. Ela suspirou e sentou na cama dela, enquanto guardava seus textos em uma caixa próximo a cama.

— Sem ser convidado, de novo?

— Ah ah, foi mal! — Ele sorriu.

— Tudo bem, estava querendo falar com você mesmo.

— F-Falar comigo? — Ele resmungou, se amaldiçoando por ter gaguejado. Mirajane deixou ele com ideias malucas na cabeça, todavia ele só tinha que esquecer.

— Você... Está estranho. — Lucy comentou.

— Estranho? — Natsu riu. — Eu não!

— Hm... — Murmurou inquieta. — Onde está o Happy?

— Happy? Ah... — O rosado pensou por segundos. — Na guilda.

— Estranho ele não vir com você.

— Sobre o que você queria falar?

— Ah, sobre a nossa discussão de hoje de manhã. Eu não queria gritar com você, é que estava ocupada mesmo. Prometo que amanhã vamos para uma missão, ok? — Ela estendeu a mão para ele, em forma de acordo.

— Ok! — Como ele pensava, as coisas eram normais entre eles.

Eram somente amigos.

Mas aquilo mexeu com ele, de alguma forma que Natsu não sabia explicar.

— Bem, agora pode sair?

— Já?

— Eu tenho um encontro, tenho que me arrumar. — Resmungou a loira, enquanto fazia um “V” ao amigo, que parecia estar surpreso, literalmente com a “boca aberta”.

— Com quem?

— Ah, um cara. Por que a pergunta?

— N-Nada.

Aquela sensação estranha dentro de Natsu o fez ferver por dentro. Lucy parecia estranha... Não, ele que estava estranho. Desde quando se importava se ela sairia ou não?

Se fosse alguma amiga ele não se importava, mas... Era um cara, como ela sabia se ele era confiável? E desde quando ele mesmo se importava com isso? Nunca se sentiu estranho em relação a outra garota.

— E então...? — Lucy comentou em meio ao silêncio. — Saía! Xô!

— Quem é ele?

— Você não conhece. — Ela comentou, rubra de vergonha.

— Lucy... O que você acha de mim?

— Natsu... Você está bem? — A loira riu, confusa.

— Responda.

— Você é um ótimo amigo. — Ela sorriu. — Forte e determinado, teimoso e cabeça oca. — Lucy começava a ficar vermelha. — É realmente, uma ótima pessoa.

— Você gosta de mim? — Dessa vez, também vermelho Natsu perguntou.

— Q-que tipo de gostar?

— Do tipo homem e mulher, que mais seria? — Natsu riu.

— A-Ah... E-eu estou atrasada, tenho que me arrumar.

Ela fugiu do assunto e ele havia percebido. As palavras de Mira ecoavam em sua mente, seu coração apertava querendo saber a resposta, mas mesmo que ela respondesse... O que aconteceria depois?

Natsu se relembrou desde o início, de quando conheceu Lucy pela primeira vez, de quando ele a protegeu e também das várias vezes que ela o apoiou e também o protegeu.

O coração de Natsu fervia como nunca antes.

Ele gostava dela.

— Eu... Eu acho que gosto de você. — Natsu riu corado, bagunçando os cabelos rosados com vergonha.

O vidro de perfume que estava na mão de Lucy foi ao chão imediatamente.

— H-Hã?!

Os olhos castanhos tremiam, e ela se encostou na parede. Encarava Natsu como se fosse outra pessoa. Não acreditava no que havia acabado de escutar, ou achava que não.

— Não me faça repetir. — Ele corou e olhou para o chão. — Isso é mais embaraçoso do que eu pensava.

— Por que está dizendo isso agora? — Ela sentou no chão, enquanto o olhava com dúvida. Ele estava estranho desde que o viu há poucos minutos, será que estava bêbado? Não.

Ele só estava falandoa verdade.

— Mira me disse algumas coisas que mexeram comigo e sei lá, de repente eu meio que senti que gostava de você. Quando você falou que ia sair em um encontro eu senti meu coração apertar, é estranho esse sentimento. — Ele se aproximou dela. — Então eu disse que gosto de você.

— N-Não seja tão direto... — Resmungou enquanto olhava o chão, eles estavam a poucos centimentros de distância. — Além disso, você está perto demais. — E com um chute, Natsu quase atravessou a parede.

— Ai, eu já disse que isso dói, Lucy... — Reclamou, acariciando a cabeça dolorida e inchada.

— E-eu, eu também gosto de você.

O silêncio ficou durante segundos, Natsu e Lucy prenderam a respiração quase ao mesmo tempo. Ele soltou a respiração e olhou para ela, que parecia se encolher no seu canto cada vez mais.

— E a-agora, o que vamos fazer? — Se levantou e estendeu a mão na direção de Lucy.

— N-Não sei. — Ela respondeu.

— Nos seus textos de romance, o que acontece?

— Eles se b-beijam.

— E-Eh?

— Impossível, quero dizer...

— É estranho demais. — Ele riu.

Natsu nunca havia pensado na ideia de algum dia beijar uma garota. Apesar de suas palavras ele se aproximou de Lucy e tentou se lembrar de alguma coisa que envolvesse algo romântico, mas quase nada vinha a cabeça do rosado.

— Você está vermelha. — Natsu riu, tocando a bochecha dela, logo sentindo a temperatura alta da mesma. Quase instantaneamente ele acariciou as bochechas dela, eram fofas e bonitas.

— V-Você também está. — Tocou na bochecha dele, que tinha um tom menos rosado, porém ainda visível. Ela lembrou de seus textos de romance que havia feito e enroscou seu braço do pescoço de Natsu, que não era muito mais alto que ela.

Quase que ao mesmo tempo eles sorriram e se aproximaram, tocando seus lábios suavemente. Se separaram depois de segundos, totalmente envergonhados.

— E-Eu tenho que voltar para a guilda. Happy deve estar preocupado.

— H-Hum! Eu tenho que d-dormir.

— E o seu encontro?

— Eu não preciso mais. — Ela sorriu.

Pulando a janela de Lucy, ele voltou correndo para a guilda. Ofegante ele chegou, vermelho de vergonha. Todos o encararam com um olhar de dúvida, ele tinha a aparência de quem tinha de acabado de sair de uma boa briga, pela aparência ofegante.

Ele foi para o balcão e pediu uma bebida a Mira, que novamente cantarolava.

— E então, Natsu. Descobriu o que você se sente pela Lucy?

— A-Amor. — Resmungou, logo depois dando um riso. — Bem, obrigado Mira, de certo modo você ajudou. Ei, Happy, vamos para casa.

Após os dois terem saído, Mira soltou um risinho.

— E agora, quem será o próximo? — Ela murmurou ao analisar as pessoas que ainda estavam na guilda, ou ao menos acordadas na guilda. — Ei, Levy-chan, pode vir aqui um instante?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^-^