O Herdeiro escrita por GabrielaGQ


Capítulo 17
Confio em você


Notas iniciais do capítulo

Algumas não gostaram, mas outras curtiram, obrigado gente! Quis escrever um pouco de drama, quer dizer, um pouco mais de drama hahahaha
Anyway,
here we go!



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Sherlock não sabia o que fazer. Tinha voltado para Baker Street e andava de um lado para o outro no flat. William tinha sumido. Jack tinha levado ele. Miss me? Todos os acontecimentos inundavam a mente de Sherlock.

John estava com ele na sala, sentado na poltrona, digitando no notebook. Estava pesquisando sobre Jack. Recebeu um e-mail. Mycroft.

Seu irmão mandou o arquivo. – Disse em voz alta para Sherlock. Até que enfim ele tinha parado de andar. Sherlock se aproximou tão rápido como uma bala e começou a ler as informações na tela do computador. Seu coração quase parou assim que Sherlock leu as duas primeiras frases do arquivo: Jack Moriarty. Esse era o sobrenome de Jack. Sherlock sabia que Jim tinha um irmão. Mas o que ele estaria fazendo sumindo com Will?

Sua mente estava a mil. Sherlock continuava lendo as informações: Psicopata; Centro de Reabilitação; irmão; Jim Moriarty; casado; esposa morta; filho; Mark; Jim Moriarty morto; Sherlock Homes; vingança. A mente de Sherlock filtrava as informações, mas Sherlock parou de ler depois de “vingança”.

Antes que pudesse dizer alguma coisa, Molly entrou no flat. Estava com um sorriso no rosto. Sherlock tinha mandado uma mensagem dizendo para ela ir para Baker Street:

Como está o dia de pai e filho de vocês? – Molly perguntou com um sorriso no rosto tirando o casaco e jogando a bolsa no sofá. Foi quando notou a presença de John e o olhar preocupado no rosto dele. Seu coração gelou. Olhou para Sherlock e o olhar dele também estava preocupado, expressando um pouco de desespero:

Cadê o William? – Molly perguntou. Seus olhos já se enchendo de lágrimas.

Molly – Sherlock começou – se acalme. Eu... eu fui buscar William e... e me atrasei um pouco e... – Sherlock gaguejava.

E o quê Sherlock? ONDE ESTÁ O WILLIAM?

Eu... eu não sei. – Sherlock por fim admitiu. O olhar de Molly estava arregalado.

COMO ASSIM NÃO SABE? – A raiva tomando conta dela e saindo na voz. – Era para você ir buscá-lo. É TÃO DIFÍCIL PARA VOCÊ FAZER AS COISAS DIREITO? – Ela agora gritava. Sherlock tinha abaixado a cabeça.

Molly, se acalme. – John pediu, tentando ajudar o amigo.

Me desculpe Molls, eu sei que não sou tão responsável. – Sherlock dizia, se aproximando para pegar as mãos dela. – Mas te prometo que vou achar nosso filho.

Molly viu o olhar de Sherlock se encher de lágrimas. A raiva estava passando para desespero. Seu filho, seu pequeno garotinho. Sabia que Sherlock estava tão desesperado quanto ela. Sem conseguir segurar, algumas lágrimas escorriam. Sentia não ter força nas pernas e que a qualquer momento, desmaiaria. Alguém estava com William naquele exato momento. Ela devia protegê-lo. Não iria deixar nada acontecer com ele.

Se forçou a assumir o controle dos seus sentimentos, enxugou as lágrimas e encostou a testa na de Sherlock, enquanto segurava seu rosto nas suas mãos:

Eu sei que você vai achá-lo Sherlock. Confio em você. – Disse com um sorriso. Pode ver Sherlock abrir os olhos e encará-la. Nunca tinha visto o olhar dele tão decidido. Então entendeu. Sherlock seria capaz de tudo. Tudo para proteger William. E acabaria com qualquer um que tentasse fazer mal ao filho dele.

Molly então deu um beijo em Sherlock, o mais apaixonado que conseguiu. Pode sentir a maciez de encontrar aqueles lábios. Foi o suficiente para encorajar Sherlock. Com um sorriso nervoso, Molly o observou contar o que tinham descoberto:

O seu aparentemente chefe Molly, é o irmão psicopata de Jim. Você deve ter lido nos jornais em Nova York, que eu... eu – Sherlock gaguejou.

Que você matou Jim? – Molly completou pra ele. Estava sentada na poltrona em frente para John.

É, ...isso. – Sherlock respondeu meio sem graça. Ele era um assassino. De duas pessoas. Era estranho conversar isso com Molly. Sua vida tinha mudado tanto depois que ela tinha ido embora. E agora estava mudando novamente.

Às vezes Sherlock não acreditava que tinha feito tudo aquilo para proteger as pessoas a quem amava. Quando Jim voltou, assim que Sherlock acabou com Magnussen, Sherlock sabia que os planos dele envolviam Molly de algum jeito. Moriarty precisava encontrar Molly, ela era o ponto de pressão de Sherlock. Mas ele não deixou Jim encontrá-la. Por isso não podia ir atrás de Molly em Nova York. Estava protegendo-a.

Depois que eu matei Jim, devo ter ativado um espírito de vingança em Jack. Ele deve ter se passado como seu chefe para se aproximar de você Molly. Talvez nem soubesse que você estava casada comigo e que nós tínhamos... – A lembrança de Will revirou o estômago de Sherlock e fez criar um nó na sua garganta.

Molly se levantou e abraçou Sherlock. O cérebro dele estava a puro vapor, tentando encaixar as informações e descobrir onde William estava.

Sherlock sentiu o celular vibrar. Número desconhecido. Atendeu e colocou no viva-voz:

“Um Moriarty nunca morre Holmes.”

Onde está William Jack? – Sherlock perguntou. Não estava a fim de enfrentar nenhum joguinho.

“Não, não, não Sherlock. Precisamos nos divertir um pouco.”

– O que você quer? – Sherlock ouvia uma música ao fundo. Stayin alive, seguida de uma risadinha.

“Que tal um showzinho? Ligue a TV.”

Antes que pudesse dizer alguma coisa, houve um silêncio. A ligação terminou.

John rapidamente ligou a TV. Procurou em todos os canais alguma coisa estranha, que chamasse atenção. Molly e Sherlock não desgrudavam os olhos do monitor. Os dois estavam em pé, um do lado do outro. No nervosismo, Molly pegara a mão de Sherlock.

Lá estava ela, desesperada sem o filho, que estava nas mãos de um psicopata, enquanto ela dava a mão pro marido que se descrevia como "Sociopata Altamente Funcional".

Então John encontrou o canal. Um de notícias 24 horas. Com aquelas notícias passando no pé da imagem, num canto o símbolo do canal com o horário e embaixo a notícia:

“CRIANÇA É AMEAÇADA A SER JOGADA DE UM PRÉDIO”.

Lá estava. Um homem, segurando a perna de uma criança. Era isso que impedia a criança ser jogada do prédio.

Aquele era o último andar. Molly e Sherlock reconheciam bem qual prédio, assim como John. St. Bartholomew’s Hospital.

E a criança era William. De cabeça para baixo, todo o seu corpo pra fora do terraço. Seu pequeno corpo.

A mão do homem segurava apenas na perna dele.

Todo seu corpo podia cair a qualquer minuto.

William tinha a vida na mão de um psicopata e precisava ser salvo por um.


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Notas finais do capítulo

Sherlock tem uma TV no flat agora gente hahahaha E sim, insisto no terraço do St. Barts, não sei porque...
O que acharam?