The Forest City escrita por Senjougaha


Capítulo 81
Capítulo 81 - Transformada


Notas iniciais do capítulo

Yey!
Pessoal, um pequeno anúncio importante pra quem lê e gosta:
Eu vou voltar com TODAS as minhas fics, sendo assim a frequência de postagem vai ser afetada.
Já peço desculpas pelas demorinhas e convido vocês a conhecerem minhas outras histórias, a mesma pessoa que eu sou aqui eu sou nas outras, tá? hahah eu não mordo.
Beijos e obrigada por ter lido até aqui.
Espero que gostem do capítulo! ♥33



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Tinha ligado para Yukina cancelando nossa saída naquela noite.

E o preço a pagar foi receber infinitas mensagens e ligações (perdidas) da japonesa, querendo saber o motivo.

Apenas lhe enviei uma breve explicação por escrito: eu tinha planos com meu pai.

Foi o suficiente.

Michele estava tremendo feito vara verde ao meu lado, sem saber o que aconteceria.

Seu feitiço tinha ido embora e ela estava em sua forma real.

— Selene, me dê magia - implorou.

Revirei os olhos.

— Fica quieta - reclamei - parece uma drogada com abstinência.

Acendi a luz da sala.

Eu a tinha levado pra casa, assim poderia falar com meu pai a sós caso necessário.

— Querida? - meu pai surgiu enxugando as mãos no guardanapo.

Sua expressão doce se foi quando viu a situação de Michele.

— Por que ela está aqui? - perguntou com voz fria - ela não é a filha dos Monroe?

Puxei meu pai pra cozinha.

— Por acaso você faz pactos? - perguntei.

Papai franziu o cenho.

— Vá direto ao ponto - ele parecia zangado.

— Michele é uma humana que mexeu com magia, como pode ver - apontei para a garota amuada na sala - ela é claramente viciada na aparência, então pensei que poderia ajudá-la em troca de algo.

— Selene, nós somos demônios - papai disse, irritado - é claro que fazemos pactos, faça você mesma.

Suspirei.

— Não, eu não - neguei - ela não quer dever nada a mim.

Delaryon encarou a menina com o cenho franzido.

— Eu não quero a alma dela - fez careta - já está podre.

Eu ri.

— Nem preciso olhar pra saber que está - concordei.

— Selene, deixe-me recapitular - meu pai molhou os lábios, desconfiado - você, senhora da bondade, está me trazendo uma humana aqui pra fazermos um pacto?

Pensei no que ele disse e me senti levemente maligna.

Um pouquinho ofendida.

— Eu estou a salvando da morte - respondi.

Meu pai assentiu, compreendendo.

Ele suspirou e foi para a sala, sendo seguido por mim.

— Vamos começar do nível zero - ele disse, olhando para Michele.

A humana decadente se encolheu.

Meu pai fechou os olhos e os abriu de novo.

Vermelhos.

— Olá Michele - papai disse - eu me lembro de quando você e Selene brincavam de Barbie. Você sempre foi a boneca má.

Michele soltou um grito baixo.

— O que diabos você é?! - ela se comprimiu contra o sofá.

— Garota esperta! - meu pai riu - eu sou mesmo o diabo.

Sorri.

Era divertido.

Mas não podia me deixar levar.

— Chega, papai - eu disse.

Ele voltou aos olhos verdes, parecendo desapontado.

— Meu pai é um demônio, como pode ver - me dirigi à Michele - se quer sua aparência de volta terá que dar algo em troca.

Ela se sentou, recuperando a compostura Michelística.

Revirei os olhos.

— Minha alma? - perguntou, com medo.

— Acredite em mim, ninguém quer a porra da sua alma, garota - meu pai riu - eu tenho um pedido diferente pra você.

— E o que seria? - perguntou Michele.

Papai se agachou e olhou em seus olhos.

— Eu lhe dou sua aparência normal de volta e a capacidade de usar poderes de nível baixo - ele disse - em troca você servirá Selene com total lealdade.

— Pai, não foi isso que… - tentei dizer, mas ele não me deu ouvidos.

— E sinta orgulho disso - ele se levantou - está diante da minha mais poderosa herdeira.

Fechei os olhos e respirei fundo.

Ele ainda achava que eu faria parte de sua revolução demoníaca maluca.

— Herdeira? - Michele franziu o cenho.

Ela me encarou e me preparei para o que vinha.

— Você é um demônio também?! - ela gritou - AI MEU DEUS, EU PROVOQUEI UM DEMÔNIO DURANTE MINHA VIDA TODA?

Michele me encarou, perplexa.

— Daniel sabe sobre isso? - perguntou.

— Especificamente falando eu sou uma elfa demoníaca - respondi - e sim, Daniel na verdade é um dragão.

Ela não pareceu surpresa.

— Isso explica porque ele é… você sabe, QUENTE - riu da própria piadinha.

Semicerrei os olhos e seu sorriso murchou.

— Não leve tão na piada assim, Michele - eu sussurrei em seu ouvido - todos os pesadelos, histórias e filmes que assistiu quando criança são reais.

Ela agarrou o tecido do sofá.

— As pessoas que você conhece? Nem todas são humanas e vai ter que aprender a lidar com isso daqui pra frente, porque nem você será humana mais - continuei - e então, vai querer o pacto ou não?

Michele fechou os olhos com força.

Quando os abriu de novo estavam negros.

— Sim, minha senhora - respondeu.

Papai sorriu, satisfeito.

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— Pare de me seguir! - bati o pé e todos no refeitório me encararam.

Michele enrolou o rabo de cavalo loiro no dedo, parecendo entediada.

— Desculpe, mas tenho ordens restritas pra ficar com você - ela respondeu.

Bufei e me sentei.

— O que…? - Iria tinha confusão estampada no rosto - Michele?

— Oláaa - a loira cantarolou.

Revirei os olhos.

— O que ela está fazendo aqui? - Daniel perguntou, me assustando.

Pulei no banco e olhei para trás e senti um arrepio na espinha.

Me lembrava perfeitamente bem do que tinha dito à ele.

— Michele está comigo agora - murmurei e mordisquei uma pera.

Seth se jogou no banco ao lado do meu, empurrando Yukina pro lado.

Ele roubou minha pera, mas não me importei.

— O que quer dizer com “está comigo agora”? - Daniel franziu o cenho.

— Hey, Dani - Michele lambeu os lábios.

Eu a tinha proibido de usar gloss.

— Acho que sei exatamente o que nossa loirinha quer dizer - Seth sorriu e mexeu no meu cabelo.

Dei um tapa em sua mão.

Solara não estava com uma cara boa, na fila da cantina.

— Sua namorada, que coincidentemente é minha irmã, provavelmente quer me matar agora - o afastei.

Michele respirou fundo.

— Selene me salvou - ela resumiu - o pai dela me ofereceu uma vida diferente em troca de lealdade.

Yukina me encarou, sem acreditar.

— Fez um pacto com ela? - sussurrou.

— Meu pai fez - corrigi - eu não pedi pra ter algo a ver com isso.

Seth assoviou.

— Delaryon é mesmo um papai protetor - Iria ironizou.

— Eu sou um demônio - encarei minha bandeja de comida e disse - odeio isso, mas eu sou e droga, se conformem.

Yukina sorriu para mim.

— Não é que estamos inconformados ou te julgando - ela explicou - é que… Você está crescendo e isso nos choca.

— Desculpe? - Solara interrompeu - olá Michele, bem vinda ao clube.

Seth revirou os olhos e se sentou perto da namorada.

Yukina foi para o meu lado e começou a tagarelar, como sempre.

— Michele ainda precisa aprender algumas coisas - eu disse depois de um tempo de conversa - Iria e Yukina, podem ir em casa essa noite?

Elas se entreolharam e deram de ombros.

— Noite do pijama - Yukina disse, contendo seus pulinhos.

Revirei os olhos e não pude evitar de sorrir.

— Vocês são piradas - Michele disse - tenho aula de matemática financeira agora, fui.

A loira levantou e se foi.

Estava sendo confuso para ela, provavelmente, mas eu sabia que ela estava gostando da sensação de ter poder.

Ela podia achar que daquele momento em diante não precisaria mais se preocupar com as consequências de usar magia, mas estava enganada.

Tudo tem seu preço.

Até mesmo para o demônio servo e pequeno em que ela havia sido transformada.


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