Eduardo e Mônica escrita por Julieta
Notas iniciais do capítulo
Oi, sou a Julieta, espero que gostem da minha décima primeira história.Boa leitura e acessem a música: http://www.youtube.com/watch?v=9qr0378vrXASe apaixonem e assistam o vídeo.
Era um dia de sol, a menina que estava no bar ria enquanto tomava um conhaque, estava impressionando todos os caras que estavam ali, enquanto isso, ali perto, o menino dormia, logo acordou após sua mãe abrir as cortinas e falar:
– Eduardo, vamos lá, acorda!
Ele com os olhos ainda fechados, torceu o nariz e virou para o outro lado da cama, abriu os olhos e pegou o celular, vendo as horas.
6:07
E a menina no bar, continuava a tomar o seu conhaque e ria com o bartender, naquele outro canto da pequena cidade, ela logo abriu a porta e viu a luz brilhar no rosto, pegou o óculos de sol e logo colocou, ela saiu dali e continuava a andar, sempre olhando para a telinha do celular mas com muita atenção.
Eduardo havia pego sua mochila e se arrumado, estava saindo de sua casa, cada um em lugares diferentes, estavam perto um do outro, passaram por si mesmo, o corredor era apertado, fazendo os dois se baterem e soltarem os celulares, eles logo caíram e quebraram um pouquinho, eram bem idênticos, se ajoelharam para pegar de volta e se olharam.
Ele não conseguia ver a menina tão bem por causa de seus óculos, pegaram seus celulares e cada um seguiu um caminho diferente, Eduardo por um e Mônica por outro, eles estava por baixo e olhou para cima, parece que não teve tempo de enxergar Mônica, que passou e logo olhou um pouco para trás, se virou e tocou um pouco no celular.
Nessa hora, Eduardo já tinha entrado em seu ônibus, Mônica estava voltando e mandando mensagens, ele olhou para frente, quando um toque de celular o chamou a atenção, ele observou o celular e lá estava a seguinte mensagem:
– Trocamos os celulares. E agora?
Ele sorriu com a mensagem e logo mandou outra:
– Tem uma festa hj á noite.
Era uma grande festa, festa estranha e com gente esquisita, ele estava ali encostado no balcão e falou para Mônica que estava ao seu lado:
– Eu não tô legal, não aguento mais birita.
E a Mônica riu e estava interessada demais em saber um pouco mais sobre o " boyzinho " que tentava impressionar, Eduardo estava meio tonto e logo olhou a mensagem da mãe:
– Filho, cadê você?
Agora ele só pensava em ir pra casa e logo falou para a menina, super interessada e já apoiada com o cotovelo no balcão, tirou o sorriso do rosto quando ele falou:
– São quase duas, eu vou me ferrar.
Ainda sentado, beijou o rosto dela e ela sorriu com aquilo, foi indo para a casa andando e mexendo no celular, viu uma pequena mensagem, era de Mônica, tinha uma foto dela e a mensagem o chamou a atenção:
– Me liga!
Sorriu e vitorioso seguiu seu caminho.
No dia seguinte, na biblioteca, ele logo atendeu o telefone, era Mônica, ela já estava em arte, pintando, e falou ao telefone:
– Oi Eduardo.
Eles marcaram de sair, o Eduardo sugeriu uma lanchonete mas, a Mônica queria ver o filme do Godard. Eduardo logo falou:
– Te vejo lá.
Eduardo olhou o GPS e logo foi lá de Camelo, a Mônica foi de moto, logo chegaram lá, se sentaram perto um do outro, Mônica estava encostada em um poste e falava suas novidades, eles se levantaram e Mônica só falava, Eduardo achou estranho e melhor não comentar, olhou para trás e parecia que a menina tinha tinta no cabelo.
– Tchau, Mônica.
Ele disse e logo pegou sua bicicleta.
– Tchau, Eduardo.
Ela disse e observou-o, ela foi embora.
Eles eram bem diferentes, ela era de Leão e ele tinha dezesseis, ela fazia medicina e falava alemão e ele ainda nas aulinhas de inglês, ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud e o Eduardo gostava de novela e jogava futebol de botão, com seu avô. Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação, e o Eduardo ainda estava no esquema " escola-cinema-clube-televisão ".
E veio mesmo, uma vontade diferente e um sentimento enorme e sempre queriam se ver, os dois se encontravam todo dia e queriam mais ainda, e o sentimento crescia como tinha de ser. Um dia Eduardo chegou a entrar no hospital e procurar a todas as salas Mônica, a achou pela terceira tentativa, ela o observou e ele a olhou como louco, logo haviam sumido para uma sala e estavam se beijando. Outro dia assim no elevador, na porta de casa, em tudo.
Ele logo fizeram natação, sempre juntos, teatro, artesanato e foram viajar, Mônica explicava e ensinava para o Eduardo as coisas sobre o céu, a água, a terra e o ar, ele começou a beber e deixou seu cabelo crescer e logo decidiu trabalhar em uma loja de sapatos, e ela se formou como enfermeira no mesmo mês que ele passou no vestibular.
E eles comemoraram juntos e muitas vezes brigaram, mas, como todo mundo diz, ele completa ela e vice-versa que nem feijão com arroz.
Eles construíram uma casa algum tempo depois, mais ou menos quando nasceram seus filhos, gêmeos, economizaram dinheiro e batalharam por ele, e seguraram legal a barra mais pesada que tiveram.
Eles logo voltaram pra Brasília, só que naquelas férias não iriam viajar, porque o filho do Eduardo tava de recuperação:
– Pai corasão escreve com S ou Ç?
Ele sorriu e logo respondeu.
E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá que dizer que não existe razão?
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