Once in the eternity escrita por T F Marttin


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

olá gente, desculpe novamente a demora, mas eu machuquei a mão em um pequeno acidente que ocorreu comigo, e ela estava inchada demais e dolorida para que eu pudesse digitar a fanfic, mas ja ta um pouquinho melhor, e fiz um esforcinho para escrever e vir aqui posta logo. além disso, eu também tava com bloqueio criativo, meu editor me ajudo um pouco, e bom, estamos aqui, espero que gostem, ate mais, bjs da nanda
boa leitura



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❄❆❄

Os olhos dele se abriam lentamente. Eles passearam, vagarosamente, o local, tentando saber onde se encontrava. Tudo à sua volta estava escuro, e ele estava em pé, no que parecia ser um rio, ou um espelho gigante, não sabia distinguir se era água ou um grande reflexo.

– “Não me deixes.” – uma voz disse, fazendo-a se virar.

– “Por favor, não me deixes.” – a voz repetiu, e ele procurava saber de onde vinha aquela voz doce e afeminada.

O garoto, agora, novamente, com seus olhos azuis e moletom da mesma cor, tentava achar, em meio à escuridão daquele lugar, quem o chamava. Ele olhou para todos os lados, embora não a encontrasse. Parou de procura-la por um minuto, e quando se voltou para frente, ele viu um garoto preso, totalmente acorrentado e com uma mordaça na boca, os olhos dele estavam abertos, e seus cabelos com uma cor castanha e olhos da mesma cor, pareciam tentar falar algo ao garoto Frost.

Uma figura feminina começou a se formar ao longe e, vagarosamente, se aproximar dele. Ele cerrou os olhos, tentando saber quem era e, ao se aproximar, ele notou uma enorme semelhança entre ele e agarota, que era pequena, cerca de dez anos, cabelos castanhos até os ombros, e olhos da mesma cor, embaixo do seu olho esquerdo, ela tinha um sinal. Mesmo sabendo que ele a conhecia de algum lugar, ele não pode reconhecer seu rosto infantil. Ele tentou saber quem era ela, mas apesar de forçar sua memória, não lhe vinha nada à mente.

Ela chegou próxima a ele, e ficou apenas ali, fitando-o, olhando para aqueles olhos azuis, que hora olhava pra ela, hora para o garoto acorrentado.

– Hey, eh... Olá, garotinha, tudo bem? Bom, meu nome é (...) – ele parou, não conseguia dizer seu nome, sua garganta tinha falhado. Estranhou, porém tentou outra vez. – Bom, como eu dizia, meu nome é (...) – outra vez sua voz falhou. Seus lábios mexiam, mas o som não saía deles, ele sabia seu nome, mas não conseguia proferi-lo.

– Eu sei quem é você. – a garota disse, por fim, sem fazer qualquer tipo de cerimônia.

Ele arqueou uma sobrancelha, estranhando ainda mais toda aquela situação, mas decidiu ignorar e continuar a tentar saber o que era aquele lugar, e por que ele estava lá.

– Você sabe quem eu sou, mas não sei quem é você, pode me dizer seu nome? – ele disse, tentando passar a ela uma boa impressão, dando um sorriso.

– Eu sou alguém que você conheceu, e embora eu tente falar meu nome, você não irá escuta-lo, assim como você mesmo não pode proferir o seu. – ela disse, com uma voz suave e serena.

Ele deu um passo para trás, analisando a situação. Jack engoliu a seco e voltou a questionar a pequena. – Então, o que há com ele? Por que está preso? – disse, se referindo ao garoto à sua frente. – E que lugar é esse?

– Esse lugar... É seu subconsciente, e esse garoto... É um humano que viveu há muito tempo, e você não pode ajuda-lo, afinal, ele já está morto.

O garoto arregalou os olhos de espanto com a notícia que lhe foi dada. Ele deu dois passos hesitantes para trás, não entendendo o que ela queria dizer.

– O que quer dizer com isso? Não, ele está vivo, olhe melhor! – ele estava tenso, seus músculos estavam rígidos, e ele tentava analisar tudo aquilo.

– Não, ele morreu há muito tempo, mais de trezentos anos atrás, quando este garoto caiu em um lago para salvar sua irmã mais nova. Quando ele deu sua vida por ela, esse humano morreu.

– O-o que? – as lembranças começaram a vir à sua mente, todas confusas, aleatórias e fragmentadas, que apenas o deixava mais confuso.

– Isso não é possível, eu não posso acreditar que alguém que já tenha morrido está bem à minha frente, como, como isso é possível?

– Por que nega tanto isso se, no fundo, você sabe que é verdade? Essa parte já desapareceu há muito tempo. É como um botão, que não chega a se tornar uma flor, uma possibilidade de vida que foi tirada por alguém.

– Então... Isso é apenas um reflexo do passado? – ele perguntou, e ela apenas concordou com a cabeça. – Um reflexo de... -

– Você. – ela o interrompeu, deixando-o sem reação.

– Não, não pode ser eu, eu sou um guardião, sou um espírito da neve e da diversão!

– Agora, mas você sabe que já foi assim, humano, mortal. Mas isso lhe foi tirado por sua irmã. – ela dizia, entristecida.

Ele a olhou, notando nos olhos castanhos dela certa emoção, um sentimento que tocou o coração dele.

– Eu... Eu não consigo lembrar quem eu era, mas eu sei que se tivesse uma irmã, e eu tivesse morrido por ela, eu nunca a culparia, porque... Eu provavelmente a amaria ao ponto de me sacrificar por ela.

Ela se espantou, mas sorriu pra ele, deixando seus dentes brancos à mostra, fazendo-o sorrir, fazendo-o se sentir tão quente.

– Você me enganou até o fim não é?... Obrigada, eu posso descansar em paz agora, sabendo que não fui um tormento para aquele que salvou minha vida. Desculpe ter lhe tirado sua vida humana, sua possibilidade de crescer, ter uma família... Amar... Mas, saiba que eu vivi intensamente por você, eu tive uma família, meu marido foi alguém gentil, que ficou comigo até o fim, e sabe... Eu tive um garoto muito parecido com você. – os olhos dela se encheram de lágrimas, e elas começaram a escorrer pelo rosto tremulo dela. – O nome dele era Jack... E ele foi tão incrível quanto você.

Ele não entendia o que ela estava dizendo, mas seus olhos estavam marejados, e seus sentimentos à flor da pele.

– Obrigada, Jack Frost. Não, Jackson Overland Frost, meu querido irmão... Obrigada por me dar uma vida, por ter me protegido até o fim, eu sempre acreditei em você, eu sempre... Te amei... – ela começou a brilhar, e o chão abaixo dele se quebrou. O garoto, que antes estava preso, também caiu, agora livre, e sorrindo para o Frost, se tornando apenas luz, e envolvendo-o.

Aquela voz, aquele olhar, agora que sua parte humana estava dentro de si novamente, enquanto caía, ele sabia, agora, quem ela era, e tinha certeza de que a conhecia. Sim, ele a conhecia, ela fora a razão dele se tornar quem era, se tornar um guardião, um imortal, e um espírito da neve. Sua irmã, a irmã de Jack Frost.

Quando abriu os olhos, ele sentiu sua mão ser apertada, e seu corpo ser envolvido em um doce abraço, vendo os cabelos loiros de uma certa garota de olhos azulados.

“Então foi ela que me proporcionou isso, ela que me permitiu reencontrar com você.” – Jack pensava, enquanto devolvia o abraço de Elsa.

Talvez, agora, ele havia entendido mais sobre ele próprio, e sobre o amor, mas não o amor fraternal que tinha para com sua irmã, mas um amor por alguém que ele desejava fazer feliz, desejava dar toda a felicidade que ele pudesse dar.

Apesar de tudo, aquela garota que havia sido sua motivação, aquela pequena garota de cabelos castanhos, havia dado a ele um novo motivo para não desistir. Mesmo que não fosse a verdadeira, mesmo que aquilo fosse algo criado por sua mente, ainda assim, os sentimentos dela para seu querido irmão eram verdadeiros.

❄❆❄

Pitch estava mais feliz que nunca, seus olhos brilhavam ao ver Jack e Elsa envolvidos em suas sombras, tendo a certeza de que ambos iriam cair em suas trevas para sempre. Grande foi a surpresa quando as sombras se dispersaram, e tanto Jack quanto Elsa estavam com suas aparências normais. Jack havia voltado a ter seus cabelos brancos, e seu moletom agora era azul outra vez, e seus olhos azuis estavam tão azuis quanto nunca estiveram antes, e a rainha do gelo, ainda abraçada com este, estava com seu típico vestido azul, os cabelos loiros e olhos azuis gelo outra vez.

Jack sorriu, orgulhoso, e Elsa não pôde deixar de sorrir também. Ao ver a cena, o sorriso de Pitch se desfez, e ele tomou um tom de pânico em seu rosto.

– Acabou, Pitch. Você não vai mais poder me usar para destruir os sonhos das crianças do mundo. – Jack dizia, imponente. – Este é o seu fim.

– Não... Não! Eu não aceito ser derrotado depois de chegar tão perto! Eu não aceito! Você, Jack, já caiu nas trevas uma vez, seu coração está fraco, eu sei que você vai cair outra vez. – Pitch dizia, inseguro, tentando passar medo no guardião da neve e diversão.

– Pelo contrário, Pitch, estou mais forte agora, e não vou mais cair. – Jack disse, olhando para Elsa.

– Não... Isso é impossível, vocês vão ver, eu irei me vingar, e destruir todos vocês! – Pitch se envolveu em sombras e desapareceu, levando, junto consigo, alguns poucos pesadelos que haviam sobrado.

Todos os guardiões estavam em festa, felizes por terem conseguido derrotar um inimigo que estava tão forte, e que, por um minuto, os fez pensarem que não conseguiriam. Até mesmo Tooth agora já conseguia se levantar, e se juntar aos outros guardiões, enquanto Jack não conseguia desgrudar da rainha.

– Você fez tudo isso por mim? Por quê? – ele perguntava, sinceramente.

– Não sei. Talvez, por saber como é triste viver na solidão... E talvez porque alguém um dia me resgatou do meu próprio isolamento. – Elsa disse, com as bochechas rosadas, lembrando o sacrifício de sua irmã Anna por si.

Os olhos deles se cruzaram, e não podiam mais negar um ao outro. Lentamente, os dois foram se aproximando um do outro, até tocarem os lábios um no do outro, com um beijo calmo e doce, cheio de sentimentos, que ambos queriam poder expor, queriam poder entender, para conseguir dizê-los, mas não conseguiam, então, seus corpos faziam isso por si.

Tão lentamente como começaram, terminaram o beijo, e se soltaram vagarosamente. Os guardiões olhavam a cena de longe.

– Hey... Isso é legal. – Jack disse, quebrando o clima constrangedor que estava se formando entre os dois, tirando um sorriso tímido da rainha. – Elsa... Eu, quando estava possuído pelo mal, eu senti que te machuquei... Espero que você possa me perdoar. – o Frost procurava desesperadamente, nos olhos dela, algo que dissesse que ela não o odiava.

– Está tudo bem agora, Jack, não há o que perdoar. – ela era tão envolvente que era quase impossível segurar a vontade de aperta-la e lhe encher de muitos outros mimos.

– Que bom, eu fico feliz que você não me odeie... Sabe, Elsa, eu também descobri algo muito importante quando estava lá. – ele disse, em um tom brincalhão.

– O que? – ela já colocava a mão sobre a boca, se segurando para não rir do jeito dele.

– Eu... Eu estou gostando de você. – ele disse, passando as mãos no cabelo, e olhando para o lado, tentando não entregar como estava envergonhado ao dizer aquilo. Mas, para a infelicidade do guardião, a feição alegre da rainha se desfez ao mesmo tempo em que ele proferiu tais palavras. Seu sorriso sumiu, e ela parecia desolada.

– Hey, o que houve Elsa? – ele perguntava, se preocupando.

– Na-nada... Eu só lembrei que já deve ser tarde, e eu preciso ir pra casa.

– O-o quê? Ir pra casa? Mas a gente venceu o Pitch! Vamos para a oficina, comemorar, tenho certeza de que o North vai preparar algo para nós, e você também ajudou muito, é claro que ele vai te querer lá para comemorar com a gente.

– Obrigada, mas n-não... Eu devo ir agora. – ela já dizia, virando as costas e andando o mais rápido que podia.

– Hey Elsa, espere. – ele voou atrás dela. – Eu entendo que você esteja cansada, então deixe-me te levar, eu consigo ir voando bem rápido.

– Não Jack, vá comemorar com seus amigos, eu preciso ir embora agora. – ela gesticulava para que ele fosse embora.

– O que aconteceu? Agora pouco estava tudo bem, agora você está distante. Desculpe se eu falei algo que você não gostou, mas ao menos, me diga por quê.

A garota se limitou a olhar para ele, virando as costas novamente, envolvendo seus braços em seu corpo.

– Elsa! Espere! Por que está agindo assim? – ele insistia.

– Vá embora, Jack! Eu não posso ficar com você! Não vê? Eu... Eu sou uma mortal, e você é um guardião... E imortal... Não podemos ficar juntos, e se eu ficar perto de você... Só irei me apaixonar mais ainda.

Ele pousou no chão, desnorteado e totalmente sem palavras. Então, essa era a verdade, uma verdade que ele havia esquecido totalmente... Eles eram muito diferentes. Elsa tinha vinte e um anos, e Jack, mais de trezentos, além do maior fator de diferença, de ele ser invisível para as pessoas e apenas algumas crianças o verem. Ele era um guardião imortal. Elsa viveria, no máximo, seus setenta anos, ou um pouco mais, e Jack... Viveria para sempre. O coração do guardião se partiu com o olhar marejado da rainha, que o olhou mais uma vez, antes de se virar outra vez, sendo acompanhada de Sandman, que criava uma novem voadora para leva-la para Arendelle.

– Adeus, Jack... – ela disse, subindo na nuvem, ganhando os céus vagarosamente com Sandman, enquanto o guardião perdia seu chão, sendo tomado pela tristeza e frustração.

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Notas finais do capítulo

bom, eu gostaria de lembra-los que a Elsa tem uma divida com o MoB, então não a odeiem por isso, ela apenas cumpriu sua palavra. senti falta de algumas carinhas nos comentos :c galera, como eu disse, esses tempos andam correndo muitos imprevisto comigo, internet, machucados, bloqueio criativo, ta complicado, peço apenas a paciência e compreensão de vocês, pois eu não irei abandonar a fic e a postarei ate o fim, então se atrasa, tenham calma por favor. quando ao machucado, ainda estou com a mão enfaixada, dai não pude responde aos comentários e digitar a fic, mas ja estou um pouco melhor.
bom, mas uma noticia, eu não sei mas que curiosidades botar, serio, vocês já são especialistas em frozen e rise of the guardians, não há mais nada o que contar! mas de qualquer forma, eu irei procurar, por enquanto podem considerar esse capitulo como beta, pois se eu irei procurar curiosidades e postarei SE ACHAR mais (embora eu não tenha esperanças sobre isso)
uma curiosidade sobre o capitulo? a cena de Jack conversando com a irmã foi inspirada na cena do final do jogo '' final fantasy xiii lightning returns '' no qual light conversa com um clone de sua irmã serah, e depois de uma discussão por light não aceita seu verdadeiro eu, ela cai em uma especie de vácuo, no qual pede ajuda e é salva por hope (SHIPPEEEEEEEEI MUITO)
o video no youtube apenas dessa cena se chama '' Lightning Returns Final Fantasy XIII La promesa de mil años '' e eu amo demais S2 super inspirei na cena.
obrigada por ler, bjs da nanda, ate mais *u*