_KYYAAAAAHH! – gritou Lucy.

Natsu se assustou.

_Calma, Lucy! Não vi que você tava aqui, a porta tava aberta. Só quero tomar banho.

_Então saia e espere! Pervertido! – Lucy cruzava os braços, escondendo (tentando esconder) os seios.

_Ah não... Eu to fedendo! Gray jogou maionese em mim. Deixa eu tomar banho com você?

_Claro que não! Tá maluco?! – Lucy estava vermelha, tanto de vergonha quanto de raiva.

_Mas você e Erza já tomaram banho juntas. – Natsu tentou argumentar.

_É diferente!

_Por que? Não tem nada demais.

_Tem sim! Você é menino!

Nesse momento algo se acendeu na cabeça de Natsu. Ele olhou a loira de cima a baixo, Lucy, sem querer, olhou para o sexo do garoto, que nem fazia questão de escondê-lo com a mão, e virou o rosto pro lado, muito constrangida com aquilo, andou para trás até ficar contra a parede. Depois Natsu ri e pensa:

_Lucy tem um peitão. – ri – Será que são macios?

_Eu posso te ouvir! – Lucy da um passo pra frente, irritada e querendo que o garoto vá embora.

Natsu resmunga, com cara pensativa, e depois aperta o seio de Lucy.

_Posso apertar? – Natsu pergunta num tom inocente.

Lucy ofega e fica muito vermelha, como uma pimenta.

_Você já esta apertando! – ela da um tapa na cara dele – Pervertido! Sem vergonha! Depravado! – Lucy, com o coração a mil, tenta empurra ele pra fora do chuveiro – Sai daqui! – Natsu resiste ao empurrão dela e isso a faz escorregar e cair em cima dele.

Caídos juntos no chão do banheiro, um sentindo o corpo do outro, os rostos tão próximos que os lábios quase se roçavam, a respiração ofegante dos dois era quase como uma. Lucy sentiu o sexo do rosado pressionado à coxa dela, e isso causou um formigamento desconhecido à garota, na região abaixo do ventre. Os seios da loira se apertavam contra o tórax de Natsu, que agora a olhava com outros olhos. O garoto passou a mão de leve pelo braço molhado de Lucy, subindo devagar. Acariciou seu ombro, enquanto a olhava nos olhos, foi com os dedos até a nuca da garota, fazendo Lucy arrepiar e a puxou para mais perto.

Nesse momento Lucy percebeu o que tava acontecendo, aquilo era errado, ele era amigo dela. Ela se afasta de Natsu, muito constrangida, se levantou, pegou a toalha e a enrolou no corpo e saiu correndo do banheiro, desesperada, e se trancou no quarto.

Ofegando e confuso, Natsu olhou para a porta fechada, por onde Lucy saiu, suspirou e depois olhou pro próprio corpo e viu que estava excitado.

_Mas que...

Natsu se levantou e desligou o chuveiro que Lucy largou aberto e mudou a temperatura para o frio. Ele odiava água fria, mas precisava se acalmar e não achava certo aliviar sua excitação pensando em Lucy. O rosado estava muito confuso com aquela situação, ele nunca havia visto Lucy daquela maneira, como uma mulher.

Uma mulher muito atraente e sensual..., pensou, Aaaah! Isso é errado! E eu fui longe demais quando a tentei beijar... Lucy fugiu de mim...

Natsu abriu o chuveiro e começou a tomar banho.

Por que eu fui tentar beija-la? Por que? Melhor eu pedir desculpas pra ela depois...

No quarto, Lucy estava sentada no chão, encostada na porta, assustada e com o coração martelando no peito.

O que foi aquilo? E por que... Por que eu gostei...?

Lucy suspirou, confusa, pensou no garoto, no corpo dele, na sensação estranha que ele causou quando sentiu ele, no toque dele em sua pele... O jeito em que ele a deixou arrepiada... E em como ela estava arrependida de ter fugido.

Mas ele é meu amigo... Aaaah! Não entendo mais nada!

No andar de baixo, Erza estava sentada no sofá assistindo 300 e Gray estava sentado na outra ponta do sofá, com os olhos irritados e jogando 2048, então seu whatsapp apitou, era Juvia.

Como ela conseguiu meu número?!

_Essa louca está vindo mesmo pra cá!

Erza se assustou com a exaltação de Gray.

_Que foi, menino?!

_Juvia! Tá vindo pra cá!

_E...?

_Aaah! Você não entende. – Gray afundou no sofá, desanimado.

A ruiva voltou a assistir tv, mesmo sem prestar muita atenção. Seus pensamentos estavam em um certo garoto de cabelos azuis, contra quem ela deveria competir. Ela se lembrava dos tempos de criança, de uma vez em que Jellal a defendeu de garotos mais velhos que estavam fazendo bullying com ela, mas Jellal nem devia se lembrar mais disso...

Lucy tomou coragem e levantou do chão, pegou outra toalha e enrolou os cabelos molhados. Terminou de secar o corpo, vestiu um pijama e se jogou na cama, ficou fitando o teto e pensando no que aconteceu no banheiro. A loira estava dividida, achava que tudo aquilo era errado, que querer algo a mais com Natsu era errado, mas ao mesmo tempo ela queria ter ficado lá com ele, queria beija-lo. Sempre havia visto Natsu como um garoto idiota, brincalhão, divertido, briguento e bagunceiro, porém agora também o via como um homem atraente, por quem ela estava começando a descobrir sentimentos novos.

*toc toc*

Duas batidas suaves na porta tiraram Lucy de seus pensamentos e a trouxeram de volta a realidade.

_Quem é...? – perguntou.

_Sou eu... Abre...

Era a voz de Natsu do outro da porta. Lucy se levantou, caminhou devagar até a porta, destrancou-a e colocou a mão sobre o trinco, ainda sem coragem para abrir a porta. Não sabia o que aconteceria e tinha medo. E lembrar do que aconteceu há menos de uma hora a deixava muito constrangida, deixando seu rosto ruborizado.

Com a demora de Lucy em abrir a porta, Natsu tomou atitude e fez-lo.

_Oi... – disse Lucy, corada, que então virou as costas e foi se sentar na cama – O que quer, Natsu...?

Sem jeito, Natsu entrou e deixou a porta meio aberta.

_Eu... Vim pedir desculpa... Prometo não falar pra ninguém sobre o que aconteceu no banheiro... E que não vou tentar te beijar de novo... Desculpa...

_Tá tudo bem.

Lucy sorriu pra ele. Forçou-se a sorrir na verdade. Ela pensava em como Natsu havia se arrependido do que tentou fazer, que queria esconder o que aconteceu.

Ele não me quer..., pensou Lucy, com tristeza.

É errado... Ela não quer nada comigo... Devo respeita-la..., pensava Natsu.

_Qualquer coisa, to lá embaixo ou no meu quarto, viu?

_Tá tudo bem, Natsu, vá.

Quando o rosado saiu e fechou a porta, Lucy se jogou na cama, agarrando um travesseiro e começou a chorar.

Natsu suspirou e desceu pra sala, encontrou Erza amuada num canto do sofá e Gray emburrado no outro.

_Nossa, que baixo astral. – Natsu sentou-se entre os dois.

_Só to cansada. – mentiu Erza.

_Juvia ta vindo pra cá pra te matar. – informou Gray.

_O que?!

_É isso ai.

_Eba! Não gosto de ficar parado e uma luta é sempre bem-vinda. To empolgado!

*din-don din-don din-don*

Erza se levantou.

_Deve ser ela, vou atender.

_Ah, não... – Gray se afundou mais no sofá.

_Cai dentro! To empolgado!