Quem deu permissão para abraçar-me?! escrita por Strife


Capítulo 12
Confuso


Notas iniciais do capítulo

oie pessoas!
Demorei, mas cheguei.
Não me matem, ok? kkkk Eu preciso continuar a fic
Boa leitura e comentem bastante (mesmo eu merecendo pedradas)
Nos falamos nos comentários!



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— Não estou irritado -suspirou- Não exatamente.

— Como assim?

— Eu... Não sei. Juro que não sei! -colocou as mãos nos bolsos da jaqueta.

— Quê? -eu pisquei, ainda sem entender.

— Eu não sei, caramba!

— Ok. Ok. E por não saber, você ficou sem falar comigo?

— Eu não... -a frase morreu- Desculpe.

(...)

Uhm... Martin? -chamei novamente.
Comecei a cutucá-lo, esperando que ele acordasse.

Ele murmurou alguma coisa e se virou para o outro lado.

Bufei irritada e passei a mão por seus cabelos e peito, dando leves palmadas.

— O que é, inferno!? -ele me assustou quando se sentou abruptamente, segurando meus pulsos.

(...)

Ele se abaixou um pouco, ficando com o rosto próximo ao meu. Eu teria saído dali se suas mãos não estivessem me segurando pelos cotovelos.

— O que está fazendo? Nós temos que ir e...

Ele uniu os lábios aos meus por uns... Dois segundos.

...

Tyler

Ela estava demorando muito. Quanto tempo será que leva para chegar lá, convencer o cara e trazê-lo aqui?

Talvez eu devesse ir atrás dela e...

— Ei Tyler! -a porta da sala foi aberta bruscamente.

— Oi Alice. Algum problema? -suspirei.

Aquela garota era eufórica demais. Desde a primeira vez que me viu, não larga do meu pé, me chama até de príncipe encantado. Que merda!

— Pode vir aqui? Vai ser rápido. -disse, já saindo da sala.

— Já volto. -levantei e fui até lá, tendo o cuidado de fechar a porta atrás de mim.

Sei que as gêmeas são gente boa, mas costumam espiar muito as conversas alheias.

— O que foi? -a encarei.

— Eu queria saber se você sairia comigo... Vai ter um pequeno show de uma banda local no sábado e... -ela mexia nas pontas de seus cabelos curtos e enrolados.

— Tudo bem. -falei sem interesse.

— Sério? Que ótimo! -sorriu, seus olhos azuis brilhando.

Os olhos azuis da Alice eram muito claros, talvez mais claros até que os olhos azuis da Grace... E essa sua mania de mexer no cabelo toda hora já estava me dando nos nervos.

— Podemos nos falar depois? Estou um pouco ocupado agora... -desconversei.

Ela deu um sorriso forçado e se despediu. Veio até mim, ficando na ponta dos pés e foi beijar minha bochecha. Virei para o lado, para facilitar para ela, mas ela virou meu rosto de volta e beijou o canto da minha boca.

— Até mais. -sorriu e saiu, quase correndo, dali.

— Mas que merda. -resmunguei.

Decidi ir pegar algo para beber, toda aquela conversa havia me dado sede! Caminhava calmamente pelos corredores até avistar o vulto de alguém saindo do terraço.

— Grace? -chamei e ela me olhou assustada.

— O q-que fo-foi? -engasgava com as palavras.

— Tudo bem? -me aproximei dela.

— Claro. -desviou o olhar.

À medida que eu me aproximava, ela dava leves passos para trás, e em nenhum momento ousou me encarar.

— Por que não olha para mim? -eu já estava bem próximo dela.

Coloquei as mãos nos bolsos do casaco e me inclinei para a frente, a observando de perto.

Suas bochechas estavam vermelhas e ela parecia um pouco relutante. Ela era muito linda, com o rosto vermelho e uma expressão emburrada. Não! Não! Linda não! Ela só parecia um pouco mais inocente desse jeito, feito uma criança birrenta.

— Não devo satisfações. -resmungou, agora virando de costas.

— Ok. Mas me responde só uma pergunta?

— Depende. Fala qual é e eu penso se vale a pena responder. -caçoou.

— Por que está tão vermelha? Sério. Devia se olhar em um espelho, está quase uma lagosta ambulante. -fui em direção ao bebedouro.

— Vai te catar! -saiu irritada, bufando.

— Eu hein. Só fiz uma pergunta inocente. -dei de ombros e voltei para a sala.

Que estranho. A Grace só ia para trazer o tal do Martin para cá, mas acabou voltando sem ninguém e toda sem jeito, até vermelha ela estava.

Hmm...

...

Essa tarde foi um saco! Primeiro tive que ficar ouvindo as discussões bestas daquelas pessoas que discutiam sem parar na sala e sempre me intrometer, já que a Grace parecia querer matar alguém à qualquer instante.

Segundo: tive que suportar as cantadas baratas que o Nathan e o David jogavam em cima da Grace. E a idiota ainda ficava toda constrangida com os elogios dos dois cafajestes. Que raiva!

— Vamos para casa? -chamou, em um tom baixo.

— Ok. -levantei.

Nos despedimos de todos e fizemos o trajeto até em casa, a garota ao meu lado cantarolava distraidamente e eu só a observava.

Seus cabelos soltos balançavam com a menor brisa e ela ria com aquilo, parecendo se divertir, até que acapou tropeçando no meio da rua e quase bater contra um poste. Aí foi minha vez de sorrir.

— Não fale nada. -revidou os olhos e voltou a cantarolar.

— Você canta muito mal. -sorri.

Era mentira. Ela cantava muito bem. Mas era legal irritá-la, a Grace sempre acabava com o rosto vermelho, seja de vergonha, ou raiva.

— Cala a boca. -me bateu e voltou a cantar.

Chegamos em casa e ela logo se jogou no sofá.

— Estou com fome. Peça uma pizza, ok?

— Não. Peça você. Ah. E pague por ela também. -já estava subindo as escadas, indoboara o quarto.

— Tyler! -a encarei- Por favor. -fez bico.

— Não.

— Eu faço qualquer coisa. Por favor. -fez cara pidona de novo.

— Ok. -suspirei.

Droga! Ela sempre conseguia tudo comigo!

— Obrigada.

— Mas vou cobrar. -terminei de subir as escadas, com ela gritando.

...

Decidimos assistir algo antes de dormir. Estávamos no sofá, com lençóis e travesseiros por todos os lados, já que chovia forte.

— O que quer ver? -pegou o controle da TV.

— Qualquer coisa. -bocegei.

— Já está com sono? Credo. Que velho. -riu da minha provável careta.

— Você me cansa. -joguei a cabeça para trás, apoiando-a no encosto do sofá.

— Que nada. Você que se preocupa por pouca coisa. -a encarei.

— O que? Eu apenas cuido de você. Não reclame.

Ela colocou no Cine Cartoon, na Cartoon Network e se jogou ao meu lado no sofá.

— Não estou reclamando. Deixa de ser chato. -se esticou e beijou minha bochecha rapidamente.

— Nossa. Por que fez isso? -a encarei. Eu estava confuso, e nem sabia o motivo.

— Eu... Err... Me desculpa. -abaixou o olhar e começou a enrolar o cabelo na ponta dos dedos.

Ok. A Alice fazia isso e me irritava, mas... Mas... A Grace... Parecia tão... Inocente... E encantadora ao fazer aquilo. Tenho quase certeza que ela não sabe o quanto é bonita e charmosa, principalmente com essas manias e expressões que ela acabava fazendo sem perceber.

— Tudo bem. Não estava reclamando. -beijei sua bochecha também.

Sorri ao perceber que ela havia ficado mais envergonhada.

— Sabe... -começou- O Martin me beijou. -falou sem me encarar.

— O que? -pisquei algumas vezes.

— Não me faça repetir. Eu sei que você vai sair com aquela garota. -me encarou, parecendo irritada.

— Oi?

— A Alice. Eu sei. -cruzou os braços.

— Espera. O Martin te beijou? Beijou? Você? Tipo, na boca e tudo mais? E ele colocou a lin...

— Para! Não fala! -rosnou.

— Mas responde, caramba! -falei me irritando.

— Não! Foi só um roçar de lábios e pronto. Você também sabe que eu nunca beijei ninguém e... -começou a tropeçar nas palavras- Ah. Deu pra entender.

— E você quer saber?

— O que? -me encarou.

— Ele te beijou aqui? -beijei sua bochecha.

— Não. Sai! -resmungou.

— E aqui? -beijei seu pescoço.

— Não! Isso faz cócegas. -riu.

— Vou te mostrar.

— O que?

— Como se faz direito.

— O que diabos é?! -exclamou.

Ela estava prestes a arrancar minha cabeça fora, eu podia sentir.

— Isso. -a puxei, ela se assustou e apoiou as mãos em meus ombros.

Suas mãos estavam um pouco frias e eu estava quente, me arrepiei quando ela tocou meus ombros nús e depois escorregou as mãos para o meu peito.

— Ai meu Deus. Desculpa. Desculpa. Eu só... -falou toda envergonhada.

Eu ri. Nunca a tinha visto tão desconcertada assim. Mas pelo menos eu sei que causo algum efeito sobre ela.

— Você é linda, sabia? -acariciou seu rosto, sorrindo.

— Claro que sabia. -revirou os olhos- Mas o que pensa que está fazendo? -piscou algumas vezes.

— Sei lá. Percebi agora que estava com vontade.

— De?

— Beijar.

— Oi? -ficou vermelha.

— Beijar. Você.

Levei uma de minhas mãos até a nuca dela, quase a segurando pelos cabelos e a outra segurava sua cintura. Ela arfava.

Eu já não sabia mais o que estava fazendo. Só... Queria fazer.

— Não me mate por isso. -sorri.

— Só não te mato hoje e agora porque... Talvez, só TALVEZ eu tivesse uma pequena vontade também e... -não a deixei terminar a frase.

Aproximei nossos lábios com rapidez, ansiando por aquele momento.

Mas que merda estava acontecendo comigo?


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Notas finais do capítulo

Gostaram ou não?
Será que agora rola?
Hmm... Vão ter que esperar o próximo.
Comentem viu kkk
Até mais u.u
Beijão ^^



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