A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oiiie Noiváticos escrevi esse bem rapidin.. mas espero que gostem... Gente eu queria pedir um favor.. Vcs leitores sabem que A Noiva terá continuação eu queria que vcs ... Essa maravilhosas 71 pessoas que acompanham a história desse um sim se vão acompanhar o segundo livro... Eu preciso que tdos vcs acompanhem o segundo livro de A Noiva.. Por favor digam que vão acompanhar.. ah e mais um favorzin não fiquem bravos.. Divulguem a Fic.. Ela é original e graças a vcs vem ganhando mtaa repercussão... então avisados né? Deem um parecer se gostaram do capitulo e confirmem se vão acompanhar o livro 2... Beijos e Beijooos



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Capitulo Vinte e Dois

(Certos erros, certos segredos, certas histórias merecem ficar escondidas)

– A Ordem Livro Secreto

Demos um jeito de convocar Heath em um método que apenas Lorena sabia. Celulares eram proibidos aqui, como ela conseguiu? Não me pergunte.

Camila disse que era possível que Heath tivesse algum parentesco com Victor. O que na minha cabeça não se encaixava em nada. O que Victor ganharia escondendo um filho? E principalmente o poupando das competições e de uma vida altamente estabilizada? Isso não me parecia correto. Não me parecia certo. Más enquanto não o interrogássemos e não soubéssemos sobre sua história, - não poderia tirar conclusões.

Marcamos de nos encontrar depois das uma hora da madrugada. Os guardas não ficariam tão a espreita assim, - porque o toque era às dez horas. Aliás, eles achavam que existiam jovens que obedeciam a regras idiotas. Triste, pois isso é engano deles. Jovens são responsáveis sim, quer dizer alguns, mas alguns como eu, - não gostamos de receber regras. Principalmente de um governo ridículo.

Heath chegou exatamente na hora. Passamos-nos escondidos pelos corredores e enfim com grande ajuda de Deus chegamos ao quarto de Lorena sem sermos vistos. Ele parecia assustado, mas logo Lorena disse a ele que só precisava que ele explicasse sua história como fez com ela um dia. Ele pareceu meio inseguro, mas isso logo passou. Eles deram um beijo de cinema! Eca! Sim, eu gostava de beijar. Claro! Mas não de ver meus amigos se atracando.

– Oi – disse ele meio sem jeito depois de praticamente ter engolido Lorena – desculpem pelo beijo. Não pude evitar.

Ela ficou vermelha e não respondeu. Apenas assentiu para que ele sentasse em um pufe de frente para nós. Parecia uma típica cena de filme de mafiosos e malvados. Mas nesse caso é sério. Da mais perigosa aqui, Lorena e Camila ganhavam.

– Então Heath – disse Lorena – como te disse quero que conte sua história pra elas.

– Eu não gosto de falar sobre isso...

– Relaxe – disse ela – Liz e Camis são de confiança. Percebi isso no dia em que as conheci. Acha mesmo que nos colocaria em furada?

– Claro que não – disse ele sorrindo – se for assim vou contar. Mas quero uma garantia de que isso não me trará problemas...

Ambas nos olhamos. Lorena luta em dizer nossas suspeitas e eu a compreendo profundamente. Graças a Deus Camila interrompe.

– Bom – diz ela – podemos fazer um tipo diferente de acordo. Que tal você contar sua história, e depois contamos realmente o nosso objetivo por detrás disso?

Ele pareceu ansiar em decidir entre sim ou não. Mas entre escutar a verdade depois do seu depoimento era o melhor que podíamos fazer. Tratando-se de Camila, eu sabia que ela cumprir com sua palavra. Ele olhou para nós três e focou o olhar em Lorena. Ela por fim fez que sim e então ele assentiu.

– Eu aceito – disse ele – agora sim posso começar a contar.

Ele fez uma pausa e fechou os olhos. Percebi que ele lutava internamente. Não era fácil ser abandonado. Não conhecer sua verdadeira origem. Percebi que doía muito falar sobre isso. Mas, infelizmente tínhamos que saber, não havia alternativas.

– Eu nasci em Ohio ao norte e muito distante daqui. Só sei disso pelo papel que veio comigo e que minha mãe adotiva guarda até hoje...

Percebi mais uma vez que ele precisou fazer outra pausa. Lorena se deslocou de seu lugar e sentou calmamente em seu colo. Ela acariciou seus cabelos suavemente, - ele pareceu estar melhor e continuou.

– Bem eu não me lembro de nada. Mas, sei que fui doado para orfanato da cidade quando um senhor que trabalhava em uma fazenda me achou nos arredores e me doou...

– Quer dizer que não nasceu aqui? Mas esse senhor... Você já o procurou? – disse eu.

– Na verdade ele morreu uns meses depois sem causa na morte. Minha mãe e eu fomos lá. E nos contaram isso. Desde então não quero mais saber nada sobre minha origem.

Camila assentiu e pediu para que ele prosseguisse.

– Depois que fui doado fiquei lá por apenas dois anos. Logo minha mãe que trabalhava com exportação de eletrodomésticos foi ao orfanato e gostou diz ela “de como eu sorria”. E assim nos separamos mais. Quando fiz doze anos ela dividiu os papéis que entregaram a ela sobre mim. Com ela sabíamos que meu sobrenome é Prince. Minha mãe adotiva não quis mudá-lo ou retirá-lo, assim continuei com Prince e acrescentei o resto dos sobrenomes.

A história dele não era fácil, mas ainda assim não me parecia que Victor esconderia ou tivesse uma atitude assim. Camila pareceu pensar o mesmo, pois percebi em seu rosto que uma dúvida se instalara. Lorena por sua vez, continuou no colo dele. Ele parecia abalado, mas mesmo assim mantinha sua postura impassível.

– Algo não se encaixa – disse Camila abertamente – não pode ter sido assim...

– Do que vocês estão falando? – disse ele finalmente – vocês disseram que me contariam a verdade...

– E vamos contar – disse Camila – quando chegar a hora certa.

– Você disse que me contaria – disse Heath agora se levantando – quebrou sua promessa...

– Não – disse Camila o cortando – eu não a quebrei. Disse que contaria, mas não falei a hora e nem o momento que faria isso.

Heath percebeu enfim que Camila tinha sido astuta. E que com certeza ele não teria chances contra sua mente brilhante. Lorena gostou da tática adotada por ela, porque piscou discretamente. Camila mesmo assim permanecia inquieta.

– O que não se encaixa meu Deus? – disse ela se sentando mais uma vez.

– Não sei – disse Lorena – mas acho que já passou da hora de Heath estar aqui. Vou levá-lo ao muro, fiquem aqui e esperem eu voltar. Quero discutir nossas suspeitas.

Heath nos deu um aceno rápido, percebi que ele ficou desapontado pela falta de respostas de nosso lado, mas mesmo assim o poupamos de respostas infindáveis e de um quebra cabeça que não conseguíamos resolver.

– Tenho certeza que Victor não tinha um caso – disse eu – ele não parece esse tipo de homem.

– Creio que sim – disse ela – mas o que nos resta agora?

– Será que ele não está ligado a outro alguém daqui? Talvez alguém não tão importante...

– Ou talvez não esteja realmente na história. Mas mesmo assim, sinto que estamos indo no caminho certo, - mas falta algo.

Eu não concordei e muito menos assenti. Lorena chegou e ambas começaram a discutir suas suspeitas dizendo que talvez a mãe adotiva dele não contou toda a história. Mas eu não opinei, Thomas havia dito que Carmela guardava segredos. Eu teria mesmo é que ficar de olho nela.

– Mudando de assunto – disse Camila – amanhã temos prova surpresa.

As provas. A competição. Havia me esquecido totalmente. Depois do incêndio criminoso causado por Carmela e seu capanga incerto, - ficamos quase sem testes e provas por uma semana. Era claro, que agora eles iriam voltar com tudo nos testes. Meu corpo protestou em resposta.

– Como ficou sabendo? – disse Lorena trazendo um vidro de chocolates para comermos juntas – não ouvi fofocas nos corredores...

– Não é preciso fofocas – disse Camila – está no mural.

– Quando colocaram? – disse eu – nós não descemos daqui a não ser Lorena...

– Quando levantei – disse Camila – vi um oficial entrando no castelo com um papel oficial. Nesse papel tinha o selo das competições e do governo, uma fênix dourada...

– Que visão heim – disse Lorena – eu estou exausta. Não sei se vão aturar mais um teste. As meninas estão revoltadas com você Liz.

Oi? Mente carregando. Com raiva de mim? O que eu tinha feito daquela vez? Aliás, eu só me ferrava.

– O que eu fiz? – disse eu – elas estão pirando...

– Na verdade não – disse Camila – pense só. Thomas procurou você logo que saiu do hospital. Ambas as garotas acham que vocês namoram. Na cabeça delas isso é trapaça, por isso ficam com raiva quando você passa nas provas. Acham que é...

– Proteção – disse eu alto demais – isso é ridículo. Se fosse assim ninguém estaria aqui ainda. Já teria acabado essa palhaçada faz tempo...

Ambas riram com meu tom de indignação. Eu também não pude evitar, além de tantos problemas arranjávamos tempo para rir. Logo após, decidimos dormir e eu e Camila voltamos para nosso quarto. Naquela noite sonhei com um vestido de noiva e meu noivo era Thomas.

–//-

Se eu disser que acordei bem, ou na verdade ao som de passarinhos é mentira. Alto falantes nos despertaram com a voz enjoada de Carmela dizendo que permanecemos em jejum. As competições se iniciariam dali uma hora.

O sol estava de rachar, e, portanto preferi colocar tênis um short e uma camiseta preta básica. Percebi que mais uma vez o mundo todo nos assistia naqueles telões enormes e helicópteros ridículos. Todas as meninas me olhavam feio, - mas eu não revidei os olhares. Era desnecessário.

Thomas, Carmela e Victor estavam em um grande palco como das outras vezes. Ele sorriu e todas as meninas sorriram. Fiquei enciumada, pois sei que o sorriso foi direcionado a mim. Carmela percebeu, pois pigarreou e começou a falar:

– Minhas Caras Noivas – disse ela – devido ao incêndio daquela noite decidiram parar as competições. E hoje após uma semana estamos de volta. A prova de hoje consiste em saber quão grande vocês serão em tomar decisões. Vocês terão que trabalhar em equipes. Será um trio de cada, graças ao número impar de vocês. O teste consiste em responder o máximo de perguntas em menos de cinco horas. Logo que acabarem o resultado será enviado a vocês. Se dentro daquelas ambas errarem, ou prejudicarem o grupo, ou ate mesmo tomarem a frente nas perguntas, receberam uma penalização.

Carmela parou e fez sinal para que Victor continuasse.

– Dentro daquela sala, há três grandes telões aonde cada uma de vocês vão responder suas perguntas. Claro que cada é telão é direcionado a cada uma de vocês. E isso não incita a trabalhar individualmente, mas queremos ver qual de vocês não tem capacidade de paciência, acatar ordens e decidir em grupo. Uma Noiva de Chefe de Estado precisa de todas essas qualificações. Aliás, ser A Noiva exige muitas responsabilidades e estamos aqui para prepará-las. Boa sorte. Quando no telão aparecem os nomes de seus trios, cada grupo dirija-se a uma porta diferente.

Olhamos-nos para o telão e nossos nomes apareceram, e eu fiquei atônita. Meu trio não podia ser pior. Eu estava junto com Leonora, tal de Julia e eu. Ambas nos olhamos, e a partir daí a grande lona subiu ao céu, e vimos uma grande estrutura com mais de cem salas.

– A Competição das Noivas – disse Victor – começou.

Eu, Leonora e Julia nos dirigiram a última sala com o número setenta e um. Leonora e eu não nos dávamos bem. Restava trabalhar em equipe, estávamos sendo avaliadas. E pior seria compactuar com Leonora e suas decisões ridículas.

– Espero que não se intrometa – disse Leonora – Não trabalho em equipe.

– Então quer ser eliminada? – disse eu – eu não quero discutir. Mas você me obriga.

– Podemos nos focar? – sussurrou Julia – olhem para seus telões.

Quando percebi que já estávamos dentro da sala branca com três telões gigantes, eu apenas arrepiei-me. Não sabiam quais perguntas nos fariam, ambas tínhamos uma ordem. Leonora, Julia e eu. As perguntas apareceram, percebi que Leonora mordeu os lábios, a pergunta era sobre o restabelecimento da Ordem, ela não sabia. Não poderíamos ajudá-la. Então que trabalho de equipe é esse? O que Carmela queria dizer quando estávamos sendo testadas em trabalho de equipe?

– Eu não sei – disse ela para a nós – o que acontece se eu não responder?

Nós não sabíamos. Ela também tinha sido clara, dizendo que se alguma de nós não soubesse responder, tínhamos que deixar a candidata resolver sozinho. Nesse caso o trabalho cairia sobre Leonora, o telão dela começou a se apagar e o de Julia piscou com uma pergunta.

– Essa é fácil – disse ela sorrindo. Sua pergunta persistia em acertas quais alianças o Governo da Ordem norte americana tinha com o resto do mundo. Ela apertou o botão vermelho que levava a letra B. Com as respostas de Brasil, Inglaterra e China.

O telão dela ficou verde, e o meu se acendeu com uma pergunta de história antiga americana. Eu sabia, já que as matérias mudaram há pouco tempo. Eu respondi sobre a América colonia, e a polêmica da lei do chá. A resposta foi certa e voltamos a Leonora. O telão dela estava agora correndo em números. Ela estava calma, pelo jeito não estava mais interessada em ganhar.

– O que é? – disse ela para nós – não preciso disso. Hoje a noite irei embora com Felipe.

Ela fez questão de olhar para mim. Senti um ardor no peito, meu coração estava se quebrando em pedaços. Mas eu já não fazia mais parte do universo de Felipe. Eu precisava lutar por Thomas. Ele havia sido compreensivo. Sorri para ela, mas logo meu sorriso se transformou em um grito. O telão se apagou, e o chão onde continha Leonora se abriu, ela caiu em um imenso buraco. Corremos para olhá-lo e lá em baixo, seu corpo jazia furado em mil estacas. Meus olhos se encheram de lágrimas, era essa penitência do erro? Ajoelhei-me e logo os telões se apagaram e fomos informadas de sair. Meus pés não conseguiam mover-se. Julia também chorava.

Do lado de fora me encontrei apenas com Camila, Lorena ainda não havia voltado. Sentei-me no chão, e Camila perguntou o motivo de meu choro histérico. Eu não conseguia responder. Imaginava que a Ordem tinha sim coisas erradas, mas não que o programa Das Noivas fosse também um programa assassino. Isso já era longe de minhas expectativas.

– Camila – gritou Lorena – Liz. Achei que não fosse mais vê-las.

Ela nos abraçou e percebi que praticamente todos os trios saíram intactos, menos o meu. Lorena me abraçou e disse para q eu ficasse calma. O teste havia acabado, e tínhamos passado. Ela tinha razão. Havíamos passado, mas no meu caso, apenas pelo erro de Leonora. Caso contrário, a história teria o final diferente. Ela não partiria mais com Felipe. Na verdade como explicar sua morte? Seu sumiço? Ele me culparia por isso também? Eram muitas dúvidas as quais eu não estava conseguindo responder. Apeguei-me a dor, e deixei que naqueles momentos vagos, Leonora estivesse descansado em paz. Pois minha consciência dizia que jamais eu voltaria a ficar bem.

–//-

– Liz – disse Camila – Thomas está aqui. Ele quer vê-la. Vou sair enquanto conversam.

Eu assenti e enquanto Camila saia, Thomas entrou com sua capa de chuva. Logo após o final da prova, uma chuva fina caiu. Camila e Lorena me levaram para dentro. Logo depois Thomas mandou um recado dizendo que queria me ver. Agora preocupado ele estava ao meu lado na cama, e olhando como se fosse algo muito frágil que ele perderia a qualquer momento.

– O que aconteceu lá dentro? – disse ele – por favor, não me esconda nada.

Pensei que o mundo soubesse que Lorena havia caído no poço da perdição. Mas enganei-me, mas uma vez. Thomas não sabia nada sobre o governo ridículo do pai. Eu contaria a ele? Seria capaz de dizer a verdade? Meus princípios diziam que eu devia contar. Mas meu coração dizia que Thomas não merecia aquilo. Ele havia sido compreensivo comigo, mas na verdade eu não podia dizer que o governo do pai dele é assassino e sem escrúpulos.

– Eu não sei o que aconteceu – fiz uma pausa e olhei em seus olhos – eu respondi minhas perguntas, e quando a olhei não estava mais lá.

Thomas pareceu vasculhar meus sentimentos, e na verdade eu quase disse que estava mentindo. Mas ele assentiu, deitou ao meu lado, e eu apoiei minha cabeça em seu peito.

– Espero que resista até lá – disse ele – se acontecer algo com você eu morro junto.

– Se você morrer vai acabar matando o coração de oitenta e duas jovens – e sorri com a idéia.

– O único coração que não quero partir é o seu – disse ele – e beijou minha cabeça – agora durma. Está cansada, quando acordar prometo que não estarei mais aqui. Deixe-me só fazê-la dormir?

Assenti que sim, e naquela noite com todas as mortes, mistérios brigas e outras coisas que enfrentaria no outro dia, eu estava com Thomas. E naquele momento ele era meu refúgio feliz. Um ponto de paz onde a guerra e os maus sentimentos não entravam.


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Notas finais do capítulo

- Comentem meus Noiváticos e Obrigado Pelo Carinho.. Ah não se esqueçam de confirmar quem vai acompanhar o livro DOIS ... Beijoooos