A Noiva escrita por Felipe Melo


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente fiquei envolvido com esse capitulo... Gente espero que gostem... Tem muita coisa pra acontecer em A Noiva ainda... Como disse ja defini o nome do segundo livro... e bem.. recomendem e comentem se gostam da história.. Lembrando que os comentários de vcs me apoiam muito.. Obrigado pelo apoio Noivaticos (Nome que inventei)... Beijos e Boa Leitura..



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Capitulo Dezesseis

(Seguir uma vida com regras é chato... Cuidados Jovens... Você será o futuro de amanhã).

– Política Preventiva Da Ordem Americana

Devo ter ficado com uma cara de pasma. Camila veio correndo ao meu encontro. Eu não podia imaginar que Cristian tinha me dito algo assim. Ta certo, ele é sexy e muito gostoso, mas mesmo assim. Thomas também pareceu perceber, pois veio junto com Camila.

– Liz- os dois disseram juntos.

Não respondi. Ainda estava passada.

– Elisabeth Smith – gritou Camila – acorda criança.

Camila felizmente me despertou de meu transe mental. Foi quando me toquei que Thomas estava ali também. Carmela nos olhava com um olhar interessado. Tomei as rédeas da situação:

– Oi? – saiu meio embargado, mas tudo bem.

– O que aconteceu? – dessa vez foi Thomas – o que Cristian sussurrou em seu ouvido?

Ops! Ele tinha visto. Tinha que tentar disfarçar. Não poderia contar isso a ninguém. Teria que mudar de assunto. O que Camila e Thomas Salazar poderiam pensar?

– Só disse que fiz um bom trabalho – firmei o olhar de Thomas.

– Mais nada? – disse Camila olhando-me astutamente.

– Nada – disse eu saindo dos dois.

– Elisabeth – gritou Thomas atrás de mim – espere vou com você.

– Thomas – disse eu – da última vez que saímos não acabou muito bem.

– Engano seu. Eu gostei.

– Mas eu...

Não tive respostas. Admito. Thomas aquele dia se abrira para mim. E pela primeira vez eu acreditara que ele tinha sentimentos. Poderia eu perdê-lo agora? Não estávamos em uma competição? Já não havia perdido Felipe?

– Thomas – disse eu – aceito... Dessa vez.

–//-

Se eu dissesse que não foi bom espairecer um pouco eu estaria mentindo. Thomas não tentara pegar em minha mão. Isso já é bom. Eu estava descontraída. Vimos a fonte e nos sentamos ao chão em frente ao grande portão, onde o vi pela primeira vez.

– Parabéns – disse ele – estou orgulhoso de você.

– Obrigada – tentei não olhar para ele.

Ficamos um bom tempo sem dizer nada. Isso estava desagradável, foi quando ele quebrou o silêncio.

– Liz – disse ele – diga-me uma coisa...

– Fale – disse eu – aconteceu alguma coisa?

– Você acha – ele fez uma pausa, percebi que passava as mãos em seus cabelos – você acha que pode me ajudar?

Tentei pensar no que ele precisaria de ajuda. O que Thomas tinha?

– Depende – disse eu – diga-me o que aconteceu.

Ele olhou-me pela terceira vez naquela noite. Seu olhar não parecia maldoso, ou até mesmo querendo algo. Na verdade percebi agora que seus olhos estavam inchados. Thomas havia chorado.

– Cristian – disse ele – não gosto dele.

O nome de Cristian fez com que eu me arrepiasse. O que ele sabia?

– Se eu te contasse algo – disse ele pegando agora em minhas mãos – você juraria nunca contar a ninguém? Sinto que posso confiar em você.

Eu assenti. As mãos de Thomas estavam geladas. E por um lado senti que não viria algo bom por ai.

– Acho que Cristian está aqui – disse ele pausando quando percebi que uma lágrima escorreu por seu rosto novamente – Cristian quer a Ordem pra ele.

Tentei assimilar suas palavras. Cristian parecia-me suspeito, talvez depois dos sonhos ou até mesmo do livro da mãe de Thomas. Algo mais uma vez não se encaixava. Novidade! Tudo ali não estava se encaixando.

– Porque chegou a essa conclusão? – apertei suas mãos carinhosamente. Ele chorava muito. Thomas agora parecia uma criança que merecia cuidados. Senti-me mais uma vez envolvida emocionalmente.

– Ele... Ele tem brigas freqüentes com meu pai. E... Ouvi uma conversa... Ele estava dizendo que tudo é dele... Não entendi...

Thomas ouvira algo. A ordem é de Cristian? Isso não fazia sentindo. Por direito desde que me conheço e sei a ordem sempre foi de Victor. Porque agora Cristian a queria?

– Thomas – tentei ser calma e carinhosa – às vezes foi só modo de dizer.

Subitamente e repentinamente assim como um demônio foge da cruz, ele tirou suas mãos das minhas. Levantou-se sobressaltado e olhou-me com muita dor, fúria talvez.

– Você não acredita em mim não é? Você é igual à Carmela! Igual a eles. Eu pensei que por ser de confiança você me ajudaria...

– Thomas... Eu...

As palavras de desculpas e de amparo não saiam. Inferno! Não podia perdê-lo. Eu já havia perdido coisas demais ali. Ele não.

– Você não vai me ajudar! – ele bufou e quando me olhou parecia uma criança.

– Eu não disse isso Thomas – disse eu – eu apenas disse que talvez fosse um equivoco. Você não ouviu a conversa inteira... Não pode afirmar...

Ele se achegou mais perto de mim, estávamos a poucos centímetros de distância. Seu olhar era tão intenso. Nunca o vi assim.

– Você não sabe de nada – disse ele frio – eu vou provar a todos vocês.

E como Felipe fez comigo ele me deixou. Senti aquela dor já familiar se espalhar por meu corpo. Senti as lagrimas queimarem em meus olhos. Senti o mundo me deixando. E dessa vez chorei. Mas não um choro arrependido, mas sim por saber que poderia ter sido diferente. Eu e minha teimosia. Eu e minha boca grande.

Enquanto nossos passos nos afastavam um do outro corri para onde eu menos esperava: Os estábulos de Felipe.

–//-

Graças a Deus ele estava escovando os pelos de Faísca quando cheguei. Ele apenas se virou e me viu chorando. Ele veio correndo ao meu encontro. O que eu estava fazendo? Não parei para raciocinar. Apenas aceitei o abraço.

– O que aconteceu Liz? – disse Felipe sussurrando em meu ouvido.

– Briguei com Thomas – disse eu.

– O que aquele canalha fez? – ele parara de abraçar-me e me olhava.

– Discutimos apenas – disse eu enxugando as lagrimas.

– Quer se sentar?

Fiz que sim. Felipe trouxe os assentos de madeira tão conhecidos e sentamos e eu finalmente reparei na burrada que tinha feito.

– Felipe – disse eu – me desculpa. Eu... Eu não devia ter falado de Thomas para você... Sei que você está magoado...

– Elisabeth – o disse olhando-me furtivamente – não tenho como ficar bravo com você. Se isso não tivesse acontecido... Talvez eu fosse te pedir desculpas em seu dormitório.

Sorri com a possibilidade. Felipe é um cara inacreditável. Quando meu coração iria se decidir? Não sei. Por enquanto ele achava que estava na feira livre.

– O destino – continuou ele – não sei, mas de algum jeito quer que fiquemos juntos...

– Felipe – disse eu – não é tão simples...

– Nós poderíamos fugir... Liz – o disse agora se levantado e me olhando – nós podemos...

Eu me levantei e fui até ele.

– Felipe tenho que ganhar. Minha amiga morreu, eu tenho um mistério nas mãos, e não posso desistir enquanto não saber o que aconteceu...

Ele se achegou para mais perto. Não percebi que já estava envolvida por seus braços. Senti o hálito doce de sua boca. Não havia como escapar. Era uma prisão. Linda e sedutoramente fofa.

– Felipe... Não...

– Dessa vez – disse ele – eu dito as regras...

Fechei meus olhos e preparei-me para o beijo, foi quando um barulho estrondoso atingiu o castelo. Felipe caiu por cima de mim. o que havia acontecido?

– O castelo – disse Felipe – não... Elisabeth...

Não entendi o que Felipe estava dizendo até olhar defronte e perceber que o andar da ordem e metade do castelo pegava fogo. O que estava acontecendo?

“Camila está lá dentro” – foi o único pensamento que me ocorreu.

Corri violentamente, corri porque não podia perder mais alguém. Corri porque ela era minha salvação. Camila... Camila...

Cheguei a frente ao castelo e havia grande multidão La fora. Vi uma menina media chorando e ambas as garotas a ajudando. Foi quando corri ao seu encontro e abracei...

– Pensei que tivesse perdido você – disse eu aos prantos.

– Ah Liz – disse ela – eu também.

Nosso abraço terminou quando uma das janelas explodiu e todas nos gritamos. O fogo aumentava. Carmela saiu dali acompanhada por Victor que chorava. Por um momento achei que tivesse imaginado. Corremos ao seu encontro. Ele se ajoelhava e chorava muito, Carmela também.

– O que aconteceu Sra. Carmela? – disse Felipe

– Meu filho – gritou Victor – está La dentro. Não consegui tira-lo de lá...


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Notas finais do capítulo

- Boa Leitura... e recomendem e comentem favoritem ... Indiquem para os amigos... Beijos Noiváticos e até...



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