Zumbilândia escrita por Gato Cinza


Capítulo 15
Coisas legais que Agatha não deve fazer


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo recém saído do forno... Sinto o cheiro de cérebro assado:}

Boa leitura



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PdV – Agatha

– Como faço para achar minha moto?

Pergunto depois de horas tentando achar o caminho de volta ao esgoto onde estava minha moto, eu me lembrava do caminho do esgoto, mas dentro daquele lugar eu só consegui ficar perdida, achei a saída e voltei para dentro queria minha moto então fiz o mais sensato fui pedir ajuda para o bêbado idiota no seu cofre.

– Ainda esta aqui?

– Não Luca eu sai e voltei por que senti sua falta. Vai me devolver minha moto ou vou ter que perturbá-lo?

– Não estou com sua moto você a jogou lá embaixo não lembra.

Bati o pé no chão e apontei a pistola para ele.

– Me leve até a merda da moto ou meto uma bala no meio desse seu nariz.

Ele se levantou e veio até mim com passos largos parou a poucos centímetros de mim sibilando irritado.

– Me acompanhe

Segui ele até estar novamente no esgoto, quando desci pensei como tirar a moto dali. Subir era impossível ao menos era se eu tentasse sozinha, me virei para ele que estava me olhando lá de cima.

– Me ajude, por favor!

Ele saiu de vista.

– MALDITO MISERÁVEL – gritei furiosa. Como eu ia sair dali?

Liguei a lanterna e dei várias voltas tentando pensar. Tinha que achar um meio de sair com a moto e poder arrumar gasolina que havia acabado.

PdV – Luke

Maldito miserável, talvez ela não esteja errada talvez eu seja mesmo um maldito miserável deixei de ser um homem no dia em que os deixei morrer Claire a amava tanto e nossos filhos. Fui até uma sala cofre onde eu guardava ferramentas e coisas úteis e voltei para o poço do esgoto Agatha não estava lá. Desci, vi a luz da lanterna dela devia estar procurando outra saída, amarrei a moto para de modo mais seguro que consegui.

– Ô GAROTA! – ouvi passos ligeiros de quem corre e logo ela estava me cegando – Baixe essa merda de lanterna garota.

Ela baixou a mão me encarando.

– Que quer agora?

– Eu nada! Foi você quem me pediu ajuda.

Ela olhou para a moto e sorriu tirando a corda da minha mão depois me olhou desconfiada.

– Hã?

Tomei a corda e subi as escadas ela subiu logo atrás de mim e puxamos a moto para cima.

– Tem ferramentas na sala-cofre 2 e combustível na sala 4 pegue o que precisar e de o fora – disse me jogando em uma cadeira.

Passei as horas seguintes até o anoitecer a olhando ir de um lado para o outro com ferramentas tentando concertar algo na moto. Até que se deu por vencida e deu um chute na moto jogando uma chave em minha direção.

– FICOU MALUCA?

– É SUA CULPA

– Minha? Lá tenho culpa de não saber concertar a moto?

– Tem, claro que tem foi você me arrastou dentro daquele esgoto pra cá, foi você que deixou minha moto assim, tudo culpa sua.

– Eu não te obriguei á me seguir podia ter ficado lá fora se quisesse

– Vá pro’ inferno seu rato sujo miserável – gritou ela voltando para a moto –... Você sabe concertar?

Perguntou com uma voz suave e gentil depois de um tempo me ofendendo em voz baixa suficiente para que eu conseguisse ouvir.

– Sei, mas não vou concertar tenho que ir pro’ inferno.

Fui para o cofre estava começando a dormir quando ela entrou jogou a bolsa com a mochila próximos da porta onde se deitou, segurava uma pistola e logo dormiu.

PdV – Agatha

Acordei com os músculos todos doloridos, Luca não estava no cofre sai esticando os braços doloridos por dormir de qualquer jeito, mas ainda segurando a pistola. Sai do corredor dos cofres e cala-te boca! Luca estava sem camisa e suando... Isso é só um detalhe inútil o que interessa é que ele estava consertando minha moto.

Buongiorno, quero dizer bom dia!

– Sei o que significa e bom dia.

Parecia estar de bom humor ou talvez só quisesse se livrar mesmo logo de mim.

– Esta concertando minha moto?

Ele me olhou por uns segundos e voltou ao trabalho me ignorando. Bem feito pra’ mim quem mandou fazer uma pergunta dessas vendo o que ele esta fazendo? Dei umas voltas dentro do prédio e acabei achando um lugar incrível, o terraço. Dava de ver vários lugares de onde eu estava até o mar, me sentei ali no sol que esquentava a cada minuto admirando as ruínas que resistia ás arvores. Desci quando o calor começou a me incomodar.

Encontrei Luca sentando lendo um livro com uma garrafa de bebida fechada ao lado ele. Minha moto estava pronta e minhas coisas estavam ao lado dela.

– Obrigada Luca – disse me aproximando dele com a mão estendida ele apertou com força.

– Por nada boneca e meu nome é Luke.

Que legal eu errei o nome do cara. Soltei a mão dele olhei para o livro era algo de Sidney Sheldon, suspense.

– Posso beber um pouco? – perguntei olhando para a garrafa.

– Crianças não devem beber.

– Não sou criança, velho já tenho 20 anos.

Ele riu alto e me analisou dos pés a cabeça.

– É mesmo criança?

Aquilo me irritou detesto quando me tratam como criança.

– Nasci durante a primavera de 2037, na colônia Coliseu na Itália.

– É todos nascemos em colônias, mas ainda assim parece mais jovem que a maioria das pessoas de sua idade.

– Quantas pessoas de minha idade vê por aqui? – perguntei com um sorriso.

– Tem a língua afiada deveria se calar.

– Parece ser inteligente, mas é só um bêbado – acho que não devia ter dito isso.

Ele se levantou deu alguns passos em direção aos cofres e voltou, pegou a garrafa e jogou contra a parede olhei para ele assustada enquanto ele subia as escadas indo para sei lá onde.

– Merda – falei para mim mesma e fui atrás dele, devia ao menos pedir desculpas antes de sumir.

– Luke – chamei ele enquanto subia

Acho que o lugar tem uns quinze andares a subida até o terraço é cansativo, o encontrei felizmente sentado bem antes do que eu julgaria ser o nono andar.

– Ainda aqui?

– Não sou apenas um fantasma de sua consciência – respondi me sentando dois degraus abaixo.

– Minha consciência costuma estar embriagada demais para discutir comigo. O que quer?

– Vim pedir desculpas e dizer adeus.

– Vai para onde?

– Vou seguir o vento.

– Não é muito sensato.

– Claro que não é, mas foi assim que cheguei aqui ou acha que sou uma marinheira?

– Pode ter vindo de vassoura

Olhei para ele que tinha haver vassoura com eu ter atravessado o oceano?

– Posso comer algo antes de ir? É que não tenho muita comida mais e vou prec...

– Se você comer algo vai embora?

– Irei.

PdV – Luke

A levei para a sala seis onde armazeno comida ela devorou metade de meu estoque de salgadinhos de milho e ficou olhando a barra de chocolate quase implorando para comê-la cortei ao meio e entreguei a ela.

– Não vejo chocolate desde que era criança

Aquilo me fez rir ela estava com chocolates nos dentes e ainda lambia os dedos.

– Que foi? – perguntou em tom acusador.

– Nada, já comeu então.

– To’ indo

A acompanhei até a moto, quando ela ligou sorriu. Seu sorriso logo se desmanchou apontando a pistola para algo que estava atrás de mim, eu sai da frente dela enquanto ela atirava nos dois zumbis que vinham em nossa direção. Eu estivera ali em segurança por mais de dois anos mesmo com Ás e os zumbis dela agora meu esconderijo estava descoberto.

PdV – Agatha

Luke não ficou muito animado com os zumbis invadindo seu esconderijo e ficou mais estranho quando sugeri que ele viesse comigo aquilo o deixou realmente apavorado foi estranho ver um homem daquele tamanho com tanto medo á mostra. Mas acabou se convencendo que era melhor vir comigo pegou algumas coisas e eu constatei que ele não tinha nenhuma arma. Nem mesmo uma faca. Ele é realmente covarde.

Devia o deixar a mercê dos zumbis sorte dele eu ter coração de manteiga e dele saber concertar minha moto, mas fora isso ele me será um peso morto ao menos era forte e poderia carregar minhas coisas pesadas. Saímos da cidade e ele não disse uma palavra, apenas se contentou em escolher o lugar onde ficaríamos. Adivinhe o que ele escolheu... Um bar. Comemos em silêncio assim que chegamos não o deixei beber.

– Se formos atacados e você estiver bêbado eu te jogo para os zumbis enquanto fujo, entendeu?

Ele não bebeu e seu silêncio esta me incomodando, dormi um pouco, mas não o suficiente. Vim ver o que ele esta fazendo, ainda lê o mesmo livro que lia no banco da outra cidade.

– Esse livro é bom? – pergunto para ver se ele fala algo, perdi meu tempo ele apenas acenou positivo.

– Posso ler quando terminar? – mais um aceno.

...

Anoiteceu mais rápido que eu pudesse notar comemos mais uma lata de feijão que eu detesto.

– Sabe se defender? – perguntei ao Luke tentando puxar assunto.

– Sei

– Por que não tem armas?

– Não preciso delas

– Não precisa ou não sabe usar? – provoquei tentando irrita-lo

Ele me olhou com o cenho franzido e me mandou ir dormir pegando o livro e minha lanterna, como se eu Agatha Niey fosse obedecê-lo. Me levantei e tomei o livro de sua mão.

– Devolva – ordenou ele

– Me obrigue – disse prendendo o livro na parte de trás de minha calça por baixo da blusa

Ele se levantou e veio pegar desviei e corri, pulei para cima e uma cadeira e subi na mesa fugi dele com facilidade rindo e zombando dele que estava ficando vermelho de raiva e cansaço.

– Cansou rápido deve ser álcool correndo nas suas veias – disse provocativa.

Ele ficou ainda mais irritado e voou pra’ cima de mim, pulei da mesa a tempo e corri ele acabou me prendendo em um canto. As duas mãos na parede bloqueando minha passagem. Coloquei a mão no livro, mas mudei de ideia enlacei o pescoço dele e o beijei. Aquilo foi idiota de se fazer e foi totalmente impulsivo de minha parte. Mas ainda assim o beijei e ele correspondeu ficamos nos beijando ali no canto do bar até que o ar se fez necessário entre nós.

O olhei confusa, alegre, irritada, surpresa e querendo mais. Ele me olhava com certo desconforto. Será que beijo tão mal?

– Meu livro – pediu.

Entreguei o livro e ele se afastou. Sentei-me ali no canto o olhando de perfil, estava serio e atento ao livro a lanterna enfiada em um buraco na parede iluminando o livro. Levantei-me depois de uns minutos e me sentei em sua frente.

– Beijo mal? – perguntei

– Não – respondeu sem me olhar

– Está zangado comigo?

– Não

– Não gostou do beijo?

– Não

– Não quer falar comigo?

– Não

– Eu não devia ter te beijado né?

– Não

– Não eu não devia ou não eu devia?

– Você não pode e não deve beijar as pessoas. E vá dormir do contrario eu vou.

Vai dormir do contrario eu vou – disse com voz grossa o imitando depois voltei a minha voz comum – Agatha não saia à noite sozinha é perigoso; Agatha com converse com estranhos; Agatha zumbis são perigosos não pode tê-los como bichinhos de estimação; Agatha Niey não deve agir como moleques de rua; Agatha não pode brincar com as crianças por que tem idade para namorar; Agatha não pode namorar por que é jovem demais; Agatha não pode beijar as pessoas por que? Por que não posso beijar?

– Vai dormir – me respondeu pausadamente

– Alias que idade tem?

– 30 - resmunga entre os dentes serrados

– Quase tão antigo quanto esse livro que tanto lê - respondi sorrindo, peguei minha lanterna e fui me deitar

– Preciso da sua lanterna para ler - disse ele em voz baixa

– Quer ler? Aprenda a enxergar no escuro.

Abracei a lanterna, coloquei a pistola ao meu alcance como sempre e a bolsa debaixo da cabeça, mais um dia viva...


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Notas finais do capítulo

T BRV
^^

Ei... meus amados dêem uma olha nesta fic: http://fanfiction.com.br/historia/501471/Phoenix_Extreme_Elite_Cheerleaders_-INTERATIVA

não me pertence, mas vale a pena dar uma olhada
^^



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