“– Steve! – sorri e corri em sua direção, rapidamente retribuindo seu abraço.

Ele estava ali, bem ali, me abraçando.

– Senti sua falta – sussurrou ele no meu ouvido, libertando-me do abraço e depositando um leve beijo em minha testa.

Sorri para ele, enquanto o abraçava novamente.

Agora sim, eu estou finalmente em casa.”

Eu abraçava Steve fazia alguns longos minutos, e já estava ficando meio estranho, devo confessar.

– Er, bem.... – retirei meus braços das suas costas largas, e me afastei numa distância que eu considerava segura. – Como você está Steve? – sorri, ao vê-lo sorrir para mim.

O meu sorriso.

– Não vamos falar de mim Helena, vamos falar de você... – sussurrou ele, sentando no largo sofá da sala de estar de Tony, e estendendo a mão, oferecendo o assento ao seu lado para mim.

E eu fiz o que?

Pois é, fui lá e sentei. Acabei com a segurança e o lance todo de distancia segura...

Ele tem o poder, ele incrivelmente prende minha atenção de uma forma que meu corpo não obedece aos comandos que são enviados pelo meu cérebro.

– Eu não tenho muito a dizer, como você pode ver, eu estou, finalmente, de volta! – abri um largo sorriso.

– Eu senti sua falta, Stark. – sussurra ele. – Confesso que achei que seria fácil esquecer de você e do seu maldito sorriso, mas ele me perturbava até nos meus sonhos... – começou Steve com um olhar vago.

E eu percebi que eu tinha ido embora e partido seu coração.

E agora, eu tenho que resolver esse problema.

– Me desculpe, eu não fazia ideia... – sussurrei, abraçando-o novamente.

– Eu quero uma coisa, desde o dia em que você foi embora, e que eu não consigo ficar sem isso por mais tempo...

– O que seria isso? – encarei-o seriamente, quebrando o abraço.

– Isso. – Senti seus lábios chocarem-se nos meus de modo rápido, agoniado, quase como se isso fosse a maior necessidade dele no momento.

Mas talvez fosse mesmo.

Mas não só dele, mas sim como minha também.

Retribui o beijo, até o momento em que nos faltou o ar nos pulmões e tivemos que nos separar.

E começamos a rir.

Ou melhor, a gargalhar;

Como senti falta disso!

Como eu vivi sem isso?

– Mamãe? – escutei Narvi me chamar.

Ele estava com os cabelos negros bagunçados, do sono desajeitado no sofá e ele não me olhava, mas sim encarava Steve, que estava ao meu lado, de modo assustador.

– Narvi,, você lembra do Steve? – sorri para ele, enquanto ia caminhando em sua direção.

– Sim, mas por que você beijou ele? – questionou ele irritado.

Oh, não!

– Ele não é o meu pai, mamãe, isso está errado! Totalmente errado! – diz ele, em alto e bom som.

Steve enrubesceu, e eu tentei disfarçar a vergonha.

Isso seria complicado para ele...

E eu necessito aprender a lidar com isso.