– Nós somos a SHIELD Stark, não vamos machucá-la, você nos conhece, era uma Agente... – Fury falava aquilo, como se fosse me convencer a deixa-lo me examinar.

Sim, meus poderes infelizmente se revelaram, não pude controlá-los.

Flashback On

Era uma noite fria em Malibu, eu estava na oficina de Tony, com Narvi, construindo brinquedos para o mesmo, que percebi minhas mãos ficarem azuis.

Aquilo me assustou e muito, porque isso não é um sinal de boa coisa. Imagina, Helena Stark azul! Seria a piada do ano.

Flashback Off

Eu tenho o gelo nas mãos, já posso ser feliz para sempre com o Tocha Humana do Quarteto Fantástico, não é mesmo?

Não, mas é claro que não.

Porque tudo que eu toco, simplesmente vira gelo, transforma-se em pedra, e eu estou num cubículo isolada de tudo e de todos, naqueles quartos acolchoados que só tem nos hospícios, talvez eu esteja mesmo beirando a loucura.

Não posso ver meu filho, nem meu pai, ou quem quer que seja, por questões de segurança.

Porque, segundo a SHIELD eu sou perigosa.

Mas como Narvi é metade gigante de gelo, creio eu que meus poderes não poderiam feri-lo.

Mas posso sentir Loki em minha mente, tentando dominá-la, tentando transformar-me em uma arma para si.

Ele ri de mim, das minhas condições, mas eu vejo-o sofrer por minha ausência.

Meus poderes acabaram servindo como um canal que me liga diretamente a Jotunheim, me liga diretamente a Loki, justamente daquele que fugi.

– A resposta é NÃO, Nick Fury! – respondi com os dentes trincados – E se você e seus soldadinhos de chumbo não saírem daqui, eu transformo tudo isso aqui em gelo, até mesmo você! – gritei, liberando toda a fúria que estava contida no meu interior.

Eu fui inocente.

Achei que fugindo de Loki eu estava livre, mas não.

Ele me prendeu a ele até o meu último suspiro, porque eu não posso tocar ser nenhum no mundo, a não ser ele.

Talvez eu volte para Jotunheim, não quero trazer problemas para Midgard, para minha casa, para o meu mundo, não posso fazer isso com meu pai, nem com Steve.

Steve vem me visitar todas as manhãs, ele aparece na pequena janela de vidro que tem no quarto, me direciona um sorriso doce e sussurra que tudo vai ficar bem, que ele e meu pai estão dando um jeito.

– Talvez eu termine sendo uma heroína... – sorri ao sussurrar aquelas palavras baixinho – Talvez eu possa um dia me aproximar de Tony para fazê-lo perceber que também posso salvar as pessoas... – sorri – É isso! Uma Vingadora! – me levantei da cama super confortável, e bati palminhas, animada.

Talvez eu seja uma heroína.