– Harry se acalma! Você ja caiu três vezes, vai se machucar. - Draco reclama correndo ate ele e o ajundando a levantar novamente.

– Você não entende Draco, não me entende. Eles eram minha unica familia. Nunca me trataram bem, mas ainda eram tudo que eu tinha. Nós tinhamos nos entendido ano passado, estavamos bem. Tia Petúnia me pediu perdão, Tio Vernom murmurou algo parecido também. Mas o Duda, ele já não me perturbava a anos. Nós eramos até amigos. Oh Merlim, até imagino como ele deve estar se sentindo. - Harry diz tudo rapidamente enquanto arrastava Draco pelo corredor apertando sua mão com força.

Draco olha pra trás e ve Rony, Mione e Val correndo aos tropeços tentando acompanhar os passos apressados de Harry. Correram por mais alguns corredores extremamente longos na opniao deles, e chegaram finalmente na gargula que era a entrada pro escritorio da diretora.

– Alguém sabe a senha! Pelo amor de Merlim! Hermione.

– Eu não sei... eu...

Sua fala é interrompida pela escada em espiral que começa a subir e sem perder tempo, Harry pula em um de seus degraus. Ao chegar ao topo a porta se abria e uma Minerva muito apressada saia da sala dando de cara com os garotos ali.

– Ah, graças a Merlim, não preciso procurar você Harry. - Diz pegando em seu braço livre puxando-o junto a Draco que ainda tinha sua mão apertada pelo moreno pra dentro da sala. - Vamos, entrem logo.

– Professora, eu preciso mesmo ir...

– Sim, sim. Acabei de ser devidamente informada sobre o que aconteceu. Molly fez uma chamada via flú dizendo pra mandar você pra mansão Black, Potter. Parece que seu primo não esta nada bem. E como estaria... Aqui, vá pela lareira.

– Sim, sim. Você... Você vai tambem, não é? - Murmura o moreno fitando o loiro em seus olhos. - Por favor!

– Sim, sim. Claro que eu irei. Vá, eu vou logo depois.

– Ok! Te espero lá. - Diz entrando na lareira e pegando um pouco de pó de flú diz seu destino, logo sendo engolido por chamas verdes.

Draco olha para a diretora com medo de que ela não o deixe ir.

– Parece que finalmente vocês estão se dando bem. Isso é muito bom, Sr. Malfoy.

– Sim, estamos bem. Eu... eu posso também? Ele precisa de mim. - Diz sentindo suas bochechas esquentarem.

– Claro que sim, querido. Vá, cuide bem dele.

– Obrigado, diretora.

Draco sorri abertamente para ela e entra rapidamente na lareira dizendo seu destino e sumindo tambem nas chamas verdes.

– Por acaso ele estão...

– Não. Ainda não pelo menos. - Diz Val ja prevendo a fala da diretora.

– Ah, entendo. Formariam um casal bonito. Vocês também querem ir não é?

– SIM! - O trio restante diz em sincronia.

– Ok! Vão logo. Podem ficar lá pelo resto desta semana. Mas voltem domingo a noite. Entendido? Segunda vocês tem aulas.

– Sim diretora! - Dizem novamente juntos entrando de um a um na lareira.

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Harry surge na sala de sua atual casa, coberto de cinzas da lareira ele bate as mãos em suas vestes tirando o excesso. Olha para os lados e não vê ninguém. Vai rapidamente ate a cozinha que também estava vazia.

– Estranho! Pensei que pelo o Sr. e a Sra. Weasley estariam aqui. Será que se enganaram no recado e foram pr'A Toca?
Nesse momento ouve o barulho na sala de alguém tossindo seguido de um estrondo. Harry corre pra sala e encontra um Draco Malfoy estatelado com a cara no chão.

– Draco! Meu Merlim, o que houve? - Diz correndo e ajudando o loiro a levantar.

– Esse maldito carpete me passou uma rasteira. - Diz com um olhar maligno pro carpete em baixo de seus pés.

– Ai, Draco. - Ri o moreno batendo a poeira e as cinzas da roupa do loiro. Olhando para o rosto de Draco, leva suas mãos as bochechas dele, passando seus dedos por elas tirando as manchas escuras de sujeira. Subindo mais o olhar, encontra belos olhos azuis acinzentados olhando para os seus de perto. Muito perto. "- Perto demais..." pensa o moreno sentindo seu rosto esquentar. Um barulho na escada os faz se afastar envergonhados e direcionar seus olhares para la.

– Mas o que foi... Harry, meu filho. Que bom que chegou. - Diz Sra. Weasley correndo em sua direção o esmagando em seus braços. Logo atras vinha Sr. Weasley com um sorriso nos labios.

– Malfoy! É bom vê-lo.

– Ola, obrigado. Espero que não se encomodem com a minha presença.

– Claro que não filho. - Diz Sra. Weasley seguindo ate o rapaz loiro e puxando ele para um abraço também. O loiro arregala os olhos surpreso com o ato da senhora. Entre as coisas que nunca sua familia fazia, abraços estava entre eles. Nem sua mãe lhe dava um abraço aconchegante e maternal como o desta mulher que mal lhe conheceu. - Menino! - Exclama a senhora em tom de acusaçao. - Você não come direito não? Esta tão magrinho. - Diz fazendo Draco girar e observa o corpo dele. - Não tem carne aqui. Como vai agradar alguem assim? Bom, ao menos esse bumbum chama atenção. Venha, precisa comer algo.

O loiro cora com o comentario desnecessario. Não é como se ele não soubesse que tem um bumbum grande. Molly pega em seu braço e sai arrastando ele pra cozinha. Draco olha indignado pra Harry que murmura um "- Ela é assim com todos." Antes de sumir pelas portas so teve tempo de ver o restante do trio de ouro e sua irmã surgindo da lareira.

Harry fica olha do pra porta da cozinha enquanto sorria de lado. Molly nunca mudaria mesmo. Sempre querendo engordar a todos. Quando o reto de seus amigos surgem em seu campo de visão, ele parece lembrar do que o levou ate a casa.

– Arthur, e meu primo? Como ele está?

– Ah Harry, você pode imaginar. Está desolado. Pobre rapaz. Ver os proprios pais mortos e cobertos de cortes vertendo sangue. É demais pra qualquer um.

– Onde ele está?

– Está no quarto ao lado do seu. Harry, Molly e eu estamos preocupados. Passamos todo o dia de ontem tentando fazer o rapaz abrir a porta e comer algo. Mas nada... ele não falou nada a não ser que só abriria a porta se você viesse. Por isso mandei a mensagem ontem.

– Entendo, eu vou lá. - Diz correndo escada acima, parando no ultimo degrau. - Obrigado, por cuidar dele.

Arthur não teve tempo de responder, pois Harry ja havia recomeçado a subir e sumiu rapidamente de suas vistas. Arthur vira-se pro resto dos adolescentes ali presentes, Rony olha para ele e pergunta o que foi que houve. Levou-os pra cozinha para poder contar tambem a Draco, que como o esperado, estava com um prato com uma pilha enorme de comida a sua frente.

– Mana... me ajuda! - Exclama o loiro de olhos arregalados, dividindo o olhar entre a montanha de comida e sua irmã.

Val olha pra Draco e pra Senhora que estava no fogão ainda fazendo algo. Não se aguenta e começa a rir descontrolada, fazendo assim, todos rirem tambem, deixando certo loiro emburrado e com um enorme bico nos labios.

》No andar de cima...《

Harry subiu correndo o restante da escada e chegou rapidamente ate a porta em que seu primo deveria estar. Tenta abrir, porem, esta trancada.

– Duda? - Bate na porta. - Duda, sou eu. Harry. Abre a porta... - Coloca o ouvido na porta tentando ouvir algum som. - Duda? - Alguns poucos sons como passos vacilantes sao ouvidos.

– H-harry? É v-você m-mesmo? - Pergunta com uma voz de choro, ja mais perto da porta.

–Sim. Duda, sou eu mesmo. Abre pra mim, primo.

Um barulho mais auto é ouvido e a porta é destrancada e aberta rapido, fazendo sentir o peso de um corpo que se jogou pra cima dele o agarrando pelo pescoço. Harry rapidamente segura seu primo, abraçando sua cintura.

– Harry, m-meus pa-pais... eles... e-eles... - O rapaz não consegue falar mais nada e chora no ombro de Harry. Um choro sofrido.

– Eu sei... Eu sinto muito. - Harry fala baixinho no ouvido do primo enquanto começa a chorar tambem.