– Isso é um absurdo! Como podem pensar uma coisa dessas?! Que incompetência! - esbravejava Lipp já dentro do carro algemado por resistência.
– Nós já entendemos, você já disse isso mil vezes, não precisa repetir - reclamou Lisbon saturada.
– Então por que insistem? Eu sou inocente!
– Eu sei - afirmou Jane naturalmente
– O quê? - perguntou Lisbon surpresa
– Relaxe,Lipp. Só prendemos você para que o verdadeiro culpado se sinta seguro e possa nos levar até o Volker - continuou Jane
– E por que não me contou seu plano brilhante antes?! - repreendeu Lisbon
– Você prenderia ele se soubesse?
– Claro que não!
– Viu? Por isso
– Você pode pelo menos me dizer quem é o culpado?
– Eu não sei. Bem, ao menos não tenho certeza.
– Seu... - Conteve-se Lisbon e voltou-se para Lipp -Senhor, eu peço desculpas pelo comportamento...
– Meh! Pare com isso, Teresa. Lipp vai colaborar conosco. - interrompeu Jane
– Claro que não! Isso é um absurdo. Senhorita, controle seu homem.
– Claro que vai. Afinal, você quer ou não descobrir quem é o infiltrado na sua penitenciária?
Arnold Lipp se manteve em silêncio, Jane tinha razão, não poderia manter-se no comando sem confiar no seu pessoal.

NO FBI
Jane e Lisbon subiram no elevador acompanhados de Lipp já com as mão livres, encontraram mais à frente Abbott, Fisher e Cho concentrados e pensativos, pareciam nervosos e assustados.
– O que está acontecendo? - perguntou Lisbon confusa com Jane ao seu lado
Os três tornaram para os companheiros sem um único ruído. Jane percebeu que Cho engoliu seco e não conseguia tirar os olhos amedrontados de Lisbon enquanto os demais se entreolhavam.
– Isso não é bom sinal. Vocês se olharam preocupados - analisou Jane desconfiado
– O que foi?! - indaga Lisbon
Cho deu a volta e buscou uma folha disposta na mesa atrás de si.
– Isso acabou de chegar para você - Entregou Cho à Lisbon
Na folha existia uma foto impressa de uma curta carta escrito:
Olá querida Lisbon, a quanto tempo, não? Soube que você continua trabalhando com o consultor idiota, só que agora no FBI! Meus parabéns. Eu realmente não sei como descobriu que eu havia escapado. Você vê? Temos uma conexão. Você deveria saber só daqui dois meses, mas diminuiu o meu tempo e eu tive que acelerar meus planos. Como você soube algo sobre mim, preciso saber algo de você: Sei que você sente muita saudade do seu irmão caçula.
Lendo essas duas palavras Lisbon estremeceu. Thomy corria perigo? E novamente o torpor do medo ressurgiu.
Então me deixe te dar um presente, pela sua promoção e por ter encurtado meu tempo para a sua surpresa, vou trazer seu irmão para Austin e, como brinde, sua sobrinha vem junto! Acho que você vai gostar de enterrar os dois perto da sua casa. Espero que tenha apreciado a surpresa.
Thomas Volker

QUATRO HORAS ANTES, EM SAN FRANCISCO
Thomy e Annie lavavam o carro.
– Sério, pai, eu não sou mais um bebê. Não precisa ir me buscar no cinema. - reclamou Annie tirando o cabelo dos olhos com a costa da mão.
– Você diz isso desde que aprendeu a falar. E sabe que não adianta - retrucou Thomy sorrindo
– Mas, pai! Só vamos eu e umas amigas. A Gretta me acompanha até em casa.
– Sério que você prefere ir andando com uma amiga do que ir de carro com seu pai? - perguntou Thomy ofendido
– Não é... Tudo bem. A sessão acaba as nove - desistiu Annie
– Isso aí. Agora vamos terminar isso aqui, para o carro ficar brilhando quando você voltar do cinema - Ordenou Thomy melando de sabão o rosto de Annie
– Pai! - gritou Annie vendo o pai sendo rendido com um forte baque na cabeça
Ela tento correr para a casa afim de buscar uma das armas, mas foi alcançada e, sem saber como, perdeu os sentidos.