É Tudo Questão de Genética escrita por Bella P


Capítulo 4
Sorrisos, bebês unicórnios, confissões e prazos


Notas iniciais do capítulo

Resumo: O plano de Cassidy era simples e Stiles resolveu usar esta oportunidade para esclarecer algumas coisas com Derek. O lobisomem era velho demais para viver em um drama adolescente eterno.



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– Isto? Esta e a sua ideia brilhante? - Stiles disse no mesmo momento em que Cassidy fechou os grilhões entorno de seus pulsos. Aos seus pés, um Derek inconsciente estava começando a gemer, mostrando aos irmãos que o lobisomem estava a um passo de retornar ao mundo dos vivos e com certeza não iria acordar de bom humor. O próprio Stiles não estava de bom humor devido ao latejar em sua têmpora e aos grilhões mágicos atrelados ao chão da velha estação de trem abandonada, o mantendo no lugar. Quanto a Derek? O bom e velho círculo de sorveira carbonizada estava fazendo o trabalho.

– Eu conversei com Lydia... - Cassidy falou enquanto checava se os grilhões estavam devidamente fechados e se as inscrições mágicas estavam fazendo o seu trabalho. E estavam, perfeitamente.

Claro que ela poderia ter capturado Stiles com um simples par de algemas, o problema era que ele era um semideus e mais forte que um simples mortal e ainda era filho de Atena. Uma simples algema não iria mantê-lo no lugar por mais de dois minutos. O garoto era bom em rotas e planos de fuga, os ajudou na guerra contra Cronos ao bolar maneiras de evacuar o Olimpo se algo desse errado, portanto precisava de uma prisão especial a altura dos seus talentos.

– E nós chegamos a conclusão de que o velho método de prendê-los e algum espaço fechado por um determinado tempo seria a solução. E como um armário não surtiria muito efeito, esta foi a solução. - apontou para as correntes e para o círculo de cinzas ao redor deles.

– Lydia te deu essa ideia ou foram as fics yaoi que você adora ler no computador da Annabeth? - Cass corou e recuou um passo, afastando-se de Stiles e saindo de dentro do círculo onde Derek agora se remexia.

Capturar o lobisomem não havia sido tão difícil quanto ela pensou porque, tecnicamente, ele era um monstro e ela estava lutando contra essa espécie desde que tinha dez anos. Portanto, um ataque surpresa e um golpe bem empregado resolveram o problema. Capturar Stiles foi mais complicado.

Todos no Colégio Beacon Hills, até mesmo aquele garoto estúpido que dizia ser o melhor amigo de Stiles, pensavam que o jovem Stilinski era apenas agitado e desajeitado. Na segunda hipótese eles estavam certos: Stiles era desajeitado, mas ainda sim um guerreiro. E esta era a razão dele ser tão agitado. Era o TDAH o tornando sempre alerta para qualquer ataque. E foi o que Cassidy fez.

O atacou, eles lutaram e no final ela saiu vencedora com um golpe bem dado.

– Conversar sempre resolve os problemas. - ela sorriu para ele e Stiles rolou os olhos.

– Se ele não me matar primeiro. - um grunhido chamou a atenção dos irmãos e os olhos de ambos foram para Derek que agora rolava sobre o chão, ainda dentro do círculo, e apoiava as palmas nesse para pôr-se de pé.

– Stiles? - olhos verdes piscaram intensamente na direção do garoto, indo para os pesados grilhões nos pulsos dele, o que fez o lobo rosnar e Cassidy ficar extasiada diante do que presenciava. Era tão fácil provocar Derek e ele já mostrava que se importava somente ao ver a situação de Stiles.

– Bem, começou melhor do que eu pude esperar. - os olhos de Derek não estavam mais verdes, mas sim o vermelho alfa quando ele se virou para fuzilar Cass com o olhar.

– Quem é você? - rosnou, mostrando caninos afiados e dando um passo na direção da garota, apenas para ser empurrado para trás quando o seu corpo encontrou a barreira invisível criada pelas cinzas da sorveira. Cassidy deu ao lobisomem um enorme e inocente sorriso e Stiles suspirou. Isso não iria prestar.

– Eu sou a irmã mais velha do Stiles. - declarou presunçosa e Derek franziu a testa. E como Stiles estava começando a se acostumar com a ausência de palavras provindas do lobisomem e a quantidade absurda de franzidas das sobrancelhas, pôde interpretar o gesto como: irmã? Que irmã?

– Você é filho único Stilinski. - Derek rosnou para o garoto e Stiles suspirou de novo.

– Pelo lado paterno sim. Ela é irmã pela parte de mãe. - sua resposta pareceu um tapa na cara de Derek, porque a mãe de Stiles era uma lembrança de quem ele era. Uma lembrança que fez os caninos de Derek desaparecerem imediatamente, assim como os olhos vermelhos voltarem a ser verdes.

– Bem, agora que resolvemos essa situação, eu voltarei em duas horas para ver o progresso de vocês.

– Espera! O quê? - Stiles gritou quando viu Cassidy se afastar a caminho do velho Camaro estacionado na entrada do galpão.

– Eu tenho um encontro. - ela explicou.

– Encontro? Que encontro? Com quem? Joshua está na cidade também? - Cass riu.

– Não. Um encontro com Lydia. Precisamos planejar algo.

– Planejar o quê?

– Outro plano se este não der certo. - ela abriu a porta do carro e deu ao irmão um sorriso que o irritou por completo e calou qualquer protesto de Derek, entrou no veículo e desapareceu no local antes que eles dissessem qualquer coisa.

Stiles soltou um xingamento em grego ao ver o carro desaparecer porta afora e voltou-se com um sorriso sem graça para Derek.

– Então, seria pedir muito para me soltar? - perguntou, erguendo os pulsos para mostrar os grilhões. Derek piscou e piscou, como se estivesse tentando fazer o cérebro funcionar, e Stiles grunhiu. - Sério mesmo Hale, agora não é hora para ter uma crise nervosa. - isto pareceu acordar o lobo de seu transe.

– Eu não posso, o metal foi banhado com acônito. - como ele sabia... Ah, claro, o nariz grande (na verdade não, era afilado, bem moldado e bonito e você está perdendo o foco aqui Stiles) capaz de farejar tudo.

– Oh! E eu tenho cheiro de quê? - perguntou, mudando de assunto tão abruptamente que Derek sentiu estar em uma montanha russa.

– O quê?

– Os monstros dizem que semideuses têm um cheiro distinto...

– Monstros?

– Sim.

– Monstros? - Derek repetiu e Stiles percebeu que ele queria que o garoto elaborasse. Nossa! Era a primeira vez que o lobisomem queria que Stiles falasse ao invés de calar a boca.

– Monstros da mitologia grega existem neste tempo. Se os deuses existem, por que não eles? E eles gostam de caçar e matar semideuses. É um pouco irritante, porque eu tenho que acordar toda manhã torcendo para que não tenha um monstro me esperando na escola. Como você acha que eu consegui a fama de esquisito e perdedor? Tente lutar contra um monstro durante a aula de Educação Física e fazer parecer que está tendo um AVC ao invés de estar matando algo grande e com presas enormes. Deixe-me te dizer uma coisa, a Névoa é de grande ajuda para manter a nossa existência em segredo, mas adora destruir reputações. Se bem que ultimamente eu não tenho tido problemas porque...

– Tem monstros nesta cidade? - Derek o interrompeu com os olhos largos e o rosto mais pálido que o costume.

Stiles lutava? Lutas contra antigos monstros gregos? Derek sabia sobre eles, mitologia era algo que o fascinava desde que era menino e a sua mãe foi uma professora universitária que gostava de estudar coisas antigas e míticas. Então ele sabia sobre o que o garoto estava falando e o lobo dentro de si não gostava da ideia de ver Stiles lutando contra Minotauros, Harpias, Górgonas ou o que fosse.

– Além dos óbvios? - Stiles deu ao lobisomem um longo olhar acusador e Derek o mirou com irritação. - Sim. Mas ultimamente, desde que você voltou para a cidade, eles desapareceram. Não sei se eles perderam a trilha do meu cheiro...

– Você não cheira mais como você.

– O quê?

– Quando o conheci, você cheirava a livros antigos, metais e ozônio. Ozônio não é um cheiro comum em humanos. Aliás, humano nenhum cheira assim, foi quando eu percebi que havia algo diferente em você. Agora você cheira a um pouco de ozônio e bastante a lobos.

– Então andar com lobisomens tem as suas vantagens. Finalmente! Porque eu te digo amigo, eu já estava cansado de ficar com a pior parte desta barganha...

– Stiles.

– E okay, eu sou um semideus, sou mais forte que um mortal comum, posso suportar pancadas melhor que qualquer mortal porque sou foda desse jeito, mas ainda fico roxo e os hematomas doem e...

– Stiles.

– E eu não gosto de ver a expressão no rosto do meu pai cada vez que volto pra casa todo quebrado como se tivesse lutado contra uma Quimera e perdido...

– STILES!

– O quê?

– Por que a sua irmã o acorrentou e nos prendeu dentro de um círculo de cinzas de sorveira?

– Ela achou que precisávamos conversar.

– E por que dos grilhões?

– Bem, porque cinzas de uma árvore não funcionam em aprisionar semideuses. Grilhões mágicos sim. - Derek não gostava disto. O seu lobo não gostava do fato de que o seu parce... O que seja, estava acorrentado.

– E por que ela achou ser uma boa ideia nos aprisionar?

– Bem Derek, infelizmente eu conheço este lobo, sabe? - Stiles começou em um tom que Derek não gostou nem um pouco. O tom sarcástico que o garoto costumava usar quando ia repreender o lobisomem. - Ele é moreno alto, bonito e sensual... - Derek arqueou uma sobrancelha no “sensual”. - Sim, isso mesmo o que você ouviu, embora seja um pouco sisudo para o meu gosto mas eu sempre apreciei um bom desafio. De qualquer maneira, eu conheço esse lobo, lobisomem na verdade, que com um olhar deixa as minhas pernas bambas e faz o meu coração falhar uma batida e o Stiles Jr. agitar-se imensamente. E essas são apenas as reações físicas.

O coração de Derek começou a pulsar freneticamente em seu peito enquanto ouvia o tagarelar de Stiles. A sua presença causava todas essas reações em seu parce... O que fosse. A questão era que o seu lobo estava orgulhoso em saber disto.

– Deixe-me falar das reações emocionais. Ele me faz querer conhecê-lo melhor, fazê-lo sorrir, porque eu o vi sorrir uma vez e era uma sorriso lindo, bebês unicórnios poderiam nascer só daquele sorriso. E eu tenho cacife para dizer isso porque já vi unicórnios antes e são criaturas belíssimas, como esse lobo rabugento que eu conheço...

– Stiles, eu não sou belo como você me imagina...

– Cala a boca! Por acaso eu disse que estava falando de você? - Stile arqueou as sobrancelhas para ele em um gesto de desafio, mas Derek sabia a verdade. Sabia que o homem que Stiles descrevia era ele. E infelizmente não era ao mesmo tempo.

Ele estava quebrado, defeituoso, tinha a alma extremamente manchada e não chegava nem perto do que Stiles dizia. Stiles, por outro lado, ele era belo, por dentro e por fora. Ela leal, inteligente, amigo, sagaz, era ele que fazia bebês unicórnios nascerem com apenas com um sorriso. Não Derek, nunca Derek.

– De qualquer maneira, eu sei que ele é um pouco traumatizado, ou muito, porque uma vadia de seu passado o usou, o feriu e destruiu todas as coisas boas que ele tinha, mas ele precisa saber que não foi sua culpa. - mas foi. Foi tudo culpa de Derek.

A sua ingenuidade, sua fraqueza, sua teimosia em não ouvir a sua família quando ela lhe disse que tinha algo errado com Kate o tornava culpado. Porque se ele tivesse ouvido, hoje eles estariam vivos, Peter não teria enlouquecido, não teria matado Laura e forçado Derek a matá-lo. Porque foi difícil, apesar do que os outros podiam pensar, foi difícil colocar o sangue do tio em suas mãos porque Peter nem sempre foi um louco movido pela dor da perda. Ele era o tio engraçado que costumava lhe trazer doces antes do jantar, que o ensinou a caçar nas noites de lua cheia, que conversou com ele sobre meninos e meninas e fez graça disto.

Todos viam Peter como um louco psicopata, mas não pararam para pensar que ele teve uma parceira, filhotes que morreram no incêndio por causa de Kate. Ele teve as suas razões, mesmo que essas o levaram a matar Laura.

– Derek. - Stiles deu um passo a frente e ergueu um braço, prestes a tocá-lo, mas lembrou a tempo dos grilhões banhados em acônito e abortou o movimento no meio do caminho. - Você precisa se perdoar e começar a viver de novo. Amar de novo. E eu gostaria muito que o escolhido para ajudá-lo nesse percurso fosse eu.

– Não é tão fácil.

– Por que não?

– Você é... - Derek engoliu em seco. Mesmo que Stiles fosse um simples mortal, seria difícil. Ele era tão... perfeito aos olhos de Derek que ele tinha medo de tocá-lo, quebrá-lo com a sua escuridão e inseguranças. Porque mesmo que por fora o lobo parecesse uma parede impenetrável de confiança e poder, por dentro essas mesmas paredes eram feitas de areia, capazes de vir abaixo com a mais simples brisa.

– Um semideus? É este o seu problema? - Stiles zombou. - Porque a minha mãe é Atena e você acha que eu não sou bom o suficiente...

– Você é bom o suficiente. Este é o problema. Você é bom demais para mim. - a confissão foi recebida com silêncio pela parte de Stiles, o que nunca era bom.

– Se estes grilhões não tivessem acônito e eu não me importasse tanto com você, o espancaria até você se tornar uma massa retorcida e sangrenta. E não me olhe assim, eu posso te bater até transformá-lo em um único e grande hematoma usando apenas as minhas mãos, apenas nunca fiz antes porque estou tão acostumado em esconder quem eu sou que às vezes esqueço que sou capaz de chutar o seu belo traseiro lupino.

– Stiles. - Derek suspirou, rolando os olhos.

– Não venha com Stiles para cima de mim, Derek Hale. Eu sou humano, mesmo que metade de mim seja divina. Humano com necessidades e um coração que se apaixona e se apaixona intensamente. Porque sendo um semideus para nós o amor é uma coisa séria pois nunca sabemos se vamos viver para ver um novo dia, por isso não levamos nada a sério e curtimos a vida ao máximo. E eu amo você seu lobo rabugento estúpido e eu não dou a mínima se o seu coração emocionalmente constipado acha que sou bom demais para você, porque eu acho que você é perfeito para mim e continuarei tentando até que...

Mas o que quer que Stiles fosse dizer foi engolido pelos lábios de Derek sobre os seus. Lábios que devoraram a boca de Stiles como se fosse um galão de água encontrado depois de um dia inteiro de caminhada no deserto.

– Você fala demais. - Derek disse ao se separarem em busca de ar.

– E eu vou continuar falando até convencê-lo de que isto é o certo. Que nós dois juntos é o certo.

– Stiles, não é tão fácil.

– Eu sei que não e não estou pedindo por um anel e uma promessa de viveram felizes para sempre. Apenas peço por uma chance.

– Eu sei. Mas há também o fato de que você é muito jovem.

– Quase dezessete anos.

– Stiles...

– Também não peço para pularmos na primeira cama e termos sexo selvagem. Claro que eu gostaria muito que isto acontecesse, mas ainda não estou preparado para este passo. Por enquanto me contento com os beijos de tirar o fôlego.

– Stiles...

– Por favor Derek.

E foi o tom implorador, os grandes olhos castanhos brilhantes e a expressão triste de Stiles que ruiu com todas as resoluções de Derek e o fez admitir que era incapaz de negar o que fosse ao seu parce... Ao seu parceiro.

Porque ele o queria, como o queria, e não era apenas o lobo ganindo dentro dele ao tentar alcançar o garoto para confortá-lo, era também o lado humano que queria sentir-se amado, sentir-se aquecido, sentir Stiles em seus braços. Queria tanto que doía e Derek sabia que se dissesse não, Stiles continuaria lutando, iria atrás dele até os confins do mundo até que Derek cedesse. E Derek queria tanto ceder.

– Dezoito.

– O quê?

– Vamos esperar até você ter dezoito anos. - Stiles quis gritar. Quando achou ter finalmente causado uma rachadura que fosse na parede de Derek, o homem vinha com aquela.

– É daqui a um ano e meio.

– Eu sei.

– Isto é algum tipo de teste? Você está me testando, tentando ver se os meus sentimentos são verdadeiros, se eu sou capaz de esperar, se o meu amor é verdadeiro, é isso?

Derek não disse nada em parte porque Stiles estava certo. O garoto era o seu parceiro destinado, o lobo o escolheu e esta escolha permaneceria para sempre no coração de Derek, mas Stiles não era obrigado a escolher Derek. Não estava ligado a ele por causa de um velho e irritante instinto sobrenatural. Portanto se em um ano e meio Stiles ainda estivesse apaixonado por Derek, o lobo finalmente iria dar um chute no traseiro de suas inseguranças e clamar o garoto com o coração e a alma.

– Certo então. - Stiles concordou e Derek percebeu que havia sido fácil demais, até que viu um brilho nos olhos do garoto, um brilho traquinas e determinado. - Mas prepare-se Derek Hale, porque quando o relógio bater meia noite no dia do meu aniversário de dezoito anos, você será meu. - a promessa fez um arrepio de prazer percorrer o corpo de Derek e ele mal podia esperar este dia chegar. Mas até lá...

– Lembrei de algo sobre a mitologia grega. Nela diz que Atena jurou ser uma donzela casta por toda a eternidade. Então como... - Derek apontou para Stiles que corou lindamente.

– Bem, você sabe que a minha mãe nasceu dos pensamentos de Zeus, certo?

– Sim.

– Então, é isso.

– O quê?

– Os filhos dela também nascem de seus pensamentos.

– Mas você tem um pai.

– Sim. Bem, normalmente ela se apaixona por homens inteligentes, sagazes e leais e eles têm um breve romance que termina... - Stiles corou um pouco mais. - Você realmente quer saber como a minha biológica é uma deusa que gosta de violar a mente das pessoas e fazer bebês durante os sonhos eróticos de seus amantes? - Derek fez uma careta de desagrado.

– Não.

– Obrigado.

Um ano e meio. Este era o tempo que Stiles tinha que esperar. Mas estava tudo bem pois, ao contrário da crença popular, ele era paciente. E quando a hora chegasse Derek não iria nem saber o que o acertou. E acredite, Stiles o acertaria, e com força.


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Notas finais do capítulo

Uma vez eu li no Twitter que "cada vez que Tyler Hoechlin sorri um bebê unicórnio nasce" e eu não pude deixar de concordar com isto. Por isso usei o tema nesta shot.