– Então... porque foi atrás da menina?
– Eu só estava brincando com ela.
– Ah é. O que descobriu? - Diz Lisbon irônica
– Darthan iria trazer uma namorada, provavelmente uma noiva, pra conhecer a filha. O que explica o encontro.
– Temos que encontrar a mulher, ela pode ter sido a última pessoa a vê-lo vivo. - Diz Lisbon pegando o celular.
– Ou a assassina.
No FBI
– Alô. Não, estamos procurando. Mas se ele tinha alguém era bem escondido, ninguém do trabalho sabia de nenhum relacionamento - diz Cho ao telefone.
– Diga que ele fez uma poupança de 10 mil a duas semanas - disse Wylie olhando na tela do computador.
– Ele fez uma conta poupança de 10 mil dólares a duas semanas - repetiu Cho.
– Ok. Vamos até um parque na cidade, a ex-mulher me disse que ele sempre leva a filha lá esse horário quando vem aqui. - disse Lisbon entrando no carro.
– Não! - Diz Cho em um susto.
– Não? Por quê?
– Tem uma tempestade se aproximando, vocês tem que sair logo dai, ou vão ficar presos na estada.
– Ok. Estamos voltando - Lisbon desliga o celular e põe o cinto.
– O que foi?
– Temos que ir, ou vamos ficar presos na estrada. A guarda fecha as estradas por risco de desabamento.
– Hum... Ok então, vamos?
Lisbon liga o carro e eles seguem caminho de volta a Austin, mas não antes dela checar seu celular novamente e responder uma curta mensagem; o que deixou Jane com uma curiosidade imensa, quem era o insuportável que tanto a incomodava? E porque ela não contava pra ele? Jane começou a se preguntar durante o início da viagem. Sem resposta ele resolveu perguntar:
– Com quem você fala tanto?
– Hum? - Diz Lisbon fingindo de desentendida.
– Você finge muito mal, por que não quer me dizer? - Lisbon não da muita atenção - É alguém... importante?
– Sim. - diz ela
– Um namorado? - diz ele antes que ela tivesse tempo de concluir a primeira resposta
– Ah não...
– Não? - Jane sorriu.
– Eles já fecharam a estrada. Droga!
Lisbon bate no volante irritada, é somente ai que jane percebe que a resposta era para alguns guardas que ocupavam o inicio da estrada.
– Boa Tarde senhora - disse um dos oficiais.
– Boa Tarde, o que está acontecendo? - Disse Lisbon um tanto falsa
– Há um tempestade muito forte chegando, não podem passar por aqui, para onde vocês estão indo? - disse o homem muito educado
– Austin - disse Jane se aproximando da janela de Lisbon.
Esse movimento não foi apenas responder a pergunta, mas também uma tentativa desesperada de pegar o celular de Lisbon. Não saber o estava matando, a curiosidade era tanto que estava agindo como uma criança. Acostumado a sempre saber, uma pergunta sem resposta era pior que tortura. Mas resultou em nada porque ele pôs a mão no bolso errado, o que o já estava deixando doente de curiosidade.
– Bem, vocês não poderão passar.
– Por quê? Olha eu preciso chegar em Austin antes das 22:00. Se não sairmos daqui agora eu não vou conseguir isso. - Disse Lisbon desapontada e quase desesperada
– Por que Lisbon? - Disse Jane ainda mais curioso.
– Por favor... - Lisbon não deu importância a Jane
– Eu sinto muito, mas as estradas 7, 53 e 190 estão fechadas por pontos de risco. Não podem passar.
– Droga! - disse Lisbon desistindo. - Mas e se for para Killen e de lá pra Austin?
– 195 também tem risco, vai estar fechada do mesmo jeito. Olha senhora, sinto muito, mas vai ter que passar a noite na cidade. - disse o oficial se afastando
Lisbon apenas fecha os olhos em sinal de decepção. Liga o carro e dá meia volta.
– Vamos, já são 16:00. Vou ligar para o Cho. Me empresta seu celular? - disse Jane estendendo a mão.
– Deixa que eu ligo, vamos procurar algum lugar para ficar primeiro. - Diz ela descontado a irritação na aceleração.
Chegaram a um pequeno hotel na cidade e Lisbon ligou para cho, perguntou se tinha alguma forma de os tirar dali; recorreu até a opção dos helicópteros ,mas a tempestade amedrontava os pilotos que não arriscariam voar.
Enquanto isso Jane esperava pacientemente por ela sentado na recepção, para saber se deveriam ou não se hospedar. Até que percebeu que ela se afastou e foi para um canto mais reservado, distante de seus ouvidos. A curiosidade voltou e Jane não se conteve e foi discretamente até ela e ficou atras de uma coluna próxima a Lisbon.
– Eu sei, eu também queria estar ai quando você chegasse. Afinal tô com saudade de você. - Jane ouvia tudo - você ainda lembra da minha casa? Da última vez que dormiu ai? - Lisbon sorria, mas era visível que não queria estar ali.- Ok. Eu vou tentar sair o mais rápido possível daqui. Também te amo. Vou fazer o check in, durma bem.
Jane não acreditava no que ouvia, Lisbon esqueceu dele? Mas logo percebeu que Lisbon iria atrás dele e voltou para onde estava, não conseguindo chegar sem que ela percebesse que ele saiu
– onde você foi? - disse ela chegando
– Ao banheiro, você demorou. Entao? Vamos ficar?
– Sim - disse ela triste e abaixando a cabeça
– eu sei q você não queria ficar, mas não vai ser por muito tempo. - ele pôs a mão em seu ombro, vê-la triste doía.
– Ok - disse ela olhando nos olhos de Jane
– Então vamos, vamos pros quartos dormir. - disse ele sorrindo para animá-la
Ela deu um longo suspiro exausto e soltou um "Vamos" ainda suspirando.