Me vi em frente de, bom, estávamos no meio do nada. Realmente nada, estava tudo preto apenas eu e Carl. Ele estava parado me olhando, chorando e pedindo desculpas.

–Por favor, Clair, eu imploro, eu te amo, foi impulso, agora eu sei que quem eu quero é você...

Não fazia ideia do que ele estava falando, mas me deu uma tremenda pena dele e meu instinto foi abraça-lo, mas eu não conseguia me mexer, meu corpo estava paralisado.

–Vá embora, suma da minha vida, eu não quero mais te ver, eu tenho nojo de você, quando eu olho para você, a única coisa que eu sinto é nojo!

As palavras foram cuspidas da minha boca por conta própria, minha boca se mexia sozinha, meu corpo não reagia aos meus desejos.

–Clair, me desculpa, e-eu te amo...

A cena mudou completamente.

Eu estava na prisão, conversando com... espera, eu estava conversando normalmente com a Sophia? Nananinanão, nem vem com essa sonho, isso com certeza nunca vai acontecer! De qualquer modo, eu estava conversando com a vadiazinha quando sentimos um tremor e saímos correndo para fora, e como antes, meu corpo se mexia sozinho.

Um cara estava encima de um tanque de guerra, Carl, Daryl, Maggie, Beth, e alguns outros estavam nas grades. Hershel e Michonne estavam ajoelhados no chão e haviam duas armas apontadas para suas cabeças. Rick estava perto da outra grade e estava gritando algumas coisas com o cara, parecia que ele estava chorando.

A cena muda, de novo.

Eu estava sozinha, sem ninguém para me ajudar e milhares de zumbis estavam vindo na minha direção. Eu corria, meus pulmões não aguentavam mais, estava suando pra caramba e meu tornozelo estava como...adivinhem:

Quebrado! Virado para o lado esquerdo e sangrando! Ebaaaaa! Que legal...(sarcasmo).

A dor era imensa. Havia feito uma tala improvisada com um pedaço de madeira e folhas.

Dei uma breve espiada para trás, para ver se nenhum zumbi estava perto o bastante para me transformar em um come-come(apelido carinhoso que dei aos meus queridos amigos canibais).

Quando dou de frente com algo. Algo não, alguém.

Ele estava ali, na minha frente. Sua cara não estava muito boa. Estava sujo e cansado, mas a expressão de raiva era totalmente perceptível. Eu estava furrada: ferrada e fudida.

–Quanto tempo bonequinha.

Eu estava pasma. Realmente, nunca imaginei que o veria novamente, não depois daquele dia.

A cena muda, mais uma vez. Estávamos no meio da floresta, eu e Carl.Ele estava sangrando, tipo, muito, e sua respiração estava cortada. E eu estava com uma faca ensanguentada na mão direita.

Eu...eu havia esfaqueado o Carl.