Dear Survivor escrita por Annabeth


Capítulo 5
Dear Tiffany


Notas iniciais do capítulo

Hey Galera! Tudo bem?
Saudades de mim?
Eu decidi esperar um bom tempo até postar outro capítulo pq pelo amor de Deus, QUATRO capítulos em menos de DUAS semanas O.O
U.O.U!
De qualquer maneira, aqui está o capítulo onde começa a "amizade" da Julie e do Daryl :3
Boa leitura! Tchau tchau...



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Se não faz sentido
Discorde comigo
Não é nada demais
São águas passadas
Escolha outra estrada
E não olhe,
Não olhe pra trás

Capital Inicial

Pov. Julie

A prisão era um lugar muito bom e seguro, acho que ainda tínhamos esperanças, pelo menos por enquanto...

Eu estava fazendo um “tour” pela prisão com uma mulher muito bondosa que cuidou dos meus machucados, se não me engano, seu nome era Carol. Até que uma outra mulher chamada Maggie nos chamou para a janta.

Quando eu cheguei no refeitório estavam todos olhando para Clair com cara de espantados e tinha uma pobre menina aterrorizada olhando para Clair enquanto Clair dizia que podia falar o que ela quisesse, no final a menina apenas assentiu e saiu correndo para uma mesa bem afastada de Clair. Agora que eu tinha percebido que tinha um garoto um pouco maior que a minha filha segurando o riso ao lado dela. Eles se olharam e começaram a gargalhar.

–O que você fez agora?- me impus.

–O que eu fiz? Essa tal de Sophia que chegou mandando em mim como se ela fosse a rainha da Inglaterra e eu uma pobre plebeia indefesa, além do mais, ela estava dando encima do Carl!- depois de um minuto ela se tocou do que havia dito- Er...Hum...ã...n-não que eu me i-importasse com isso mas...- ela tentou em uma tentativa falha de mentir para mim.

–Você mente muito mal garota, nem parece minha filha!

–Mentirosa- mostrou a língua para mim e saiu com aquele menino para alguma mesa qualquer mas com certeza longe da tal Sophia.

Dei uma risada e fui me servir.

Servi algumas ervilhas e um pedaço da carne de veado que o Daryl caçou.

Falando no caipira, ele parou ao meu lado e também começou a se servir.

–Vejo que teve um bom dia de caça hoje.

–Dias como esses são raros, não acostume mal.- demos uma pequena risadinha.

–O meu ex-marido era caçador. Ele ensinou a minha filha Clair a caçar, ela pode te ajudar nas caças, ela é muito boa.

–A da língua afiada? No que ela não é boa?

–Bom, em...- pensei em algo que ela realmente não conseguisse, mas era muito difícil, aquela menina era um prodígio. Se não fosse por ela me salvar várias vezes, eu estaria morta nesse momento.- Já sei!- me olhou com um grande ponto de interrogação na cabeça.- Cozinhar! Nunca deixe Clair trabalhar na cozinha, ela pode acabar colocando qualquer coisa na panela e você ter uma infecção alimentar.- rimos.

–Quem era seu ex-marido? Eu também era e sou caçador, talvez eu o conheça.

–John Grier.

–Não brinca!

–Sério.

–Eu e John éramos melhores amigos na adolescência, costumávamos caçar juntos...espera, você é a Julie? Digo, Julie Monroe?

–Sim, esse é meu nome de solteira, nunca mais o usei, nem me importei em trocar o Grier. E você é o Daryl? O Dixon? Ah meu Deus, eu me lembro de você, me lembro direitinho! Como não te reconheci antes? E o seu irmão o Merle? O outro Dixon?

–Ah...ele morreu na semana passada.

–Me desculpe, ele era um cara legal.

–É, era sim, mas parece que só eu via isso, ele tinha mudado muito com o apocalipse, então as pessoas só enxergavam a parte ruim dele, elas não lembravam que ele tinha suas partes boas...- vi que o clima estava ficando tenso e logo mudei de assunto.

–A quanto tempo vocês estão aqui na prisão?- nesse momento já estávamos sentados em uma mesa comendo nossa janta.

–Acho que à uns seis meses. Tínhamos outro grupo antigamente, mas a maioria morreu sobraram apenas alguns, então aconteceu umas coisas com o tal Governador e vieram mais umas cinquenta pessoas para cá. São mais bocas para alimentar, mas pelo menos temos mais pessoas para proteger a prisão.

–Hum...

Ficamos em silêncio durante o resto da noite. Eu terminei de comer e fui até a minha cela.

Amanhã o dia vai ser longo...

Pov. Clarisse

Eu acordei com um barulho ensurdecedor.

–Acorda Bela Adormecida! O zumbis não esperam você acordar! Vem, vamos matar alguns lá na cerca!

–Tô indo mãe...

–Mas que porra? Anda Clair! Acorda!

Abri fracamente meus olhos e vi Carl batendo com um ferro no beliche.

–Para! Você vai acordar todo mundo!

–Esta todo mundo lá na rua, só você que esta dormindo que nem uma pedra aí!

–Tá bom! Eu já acordei, já acordei!

Eu estava com o meu pijama de gatinho e pedi para Carl se retirar para eu me trocar.

Coloquei uma roupa normal e meus coturnos inseparáveis.

Peguei a minha Daisy e fui à rua com Carl.

Peguei um pedaço de madeira pontudo e comecei a matar alguns zumbis na cerca com a Maggie, Sasha, Carl e uma menina morena cujo nome não me vinha a cabeça. Eu já tinha visto ela mas não nos comunicamos.

Matei alguns até que um me chamou a atenção. Era a minha colega, Tiffany, ela estava um caco: mordida, despedaçando-se e cheia de sangue. Mas quando eu a vi foi como se nada mais importasse. Eu me lembrei de que eu já tive uma vida que outrora pensei que era uma bosta, mas atualmente aquilo era uma benção dos deuses, a coisa mais feliz que me aconteceu nesse último ano foi encontrar quatro barras de chocolate e um pacote de jujubas em um supermercado abandonado. Me lembrei que tinha amigos e que a coisa que mais me importava eram as notas das provas, ou ganhar as lutas do boxe, e eu esperava ansiosamente os lançamentos dos livros que mais amava.

Um dia eu fui uma adolescente comum, que tirava fotos e postava no instagram, que via vines no facebook, twittava a todo o momento, conversava com meus amigos no watts...

Mas agora não possuo nem um rádio para ouvir as minhas músicas, nem mesmo pilhas para o meu MP3, sem luz, TV, computador, celular, energia, nada...

Tiffany era uma garota como eu, me lembro que na minha última aula nós estávamos conversando sobre Harry Potter, assim como eu, ela também era uma fã fanática, mas ela era apaixonada pelo Malfoy, e eu odiava o Malfoy pois ele queria matar o Dumbledor, só que aí ele arrego e ficou com medinho e não o matou, então começamos a discutir e a professora nos chamou, disse que estávamos falando demais e que iria chamar nossos pais na próxima vez, mas não houve uma segunda vez, pois no dia seguinte eu havia matado o meu padrasto.

Eu a encarei por alguns segundos e aquela sensação da ardência me invadiu como nunca antes .Pela primeira vez eu quis muito chorar pois eu sabia que nunca mais teria a minha vida de volta e nunca mais iria discutir com ela sobre Harry Potter nem receber alguma advertência da professora.

Finquei o pedaço de madeira na testa de Tiffany e jurei a mim mesma que eu iria apenas seguir em frente e tentar não olhar para trás pois eu sabia que se olhasse poderia tropeçar em algum mal existente na estrada da minha vida.


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