PSM: Carly

Ontem eu havia dormido e nem sabia como foi, só acordei e estava deitada perto dos pés de Cat. Desde nova acordava exatos 06hrs15min, e é exatamente essa hora. Levantei devagar para não acordar ninguém e sorri ao ver o grande ninho que criamos na sala espaçosa e colorida de Pam Puckett. Foi quando olhei pela janela e vi uma silhueta no jardim, segurando o jornal que provavelmente chegou há pouco.

Alex olhava o nada e isso me fez sentir-me impotente. Queria correr e abraçá-la e dizer que estávamos todos juntos e que eu realmente gostava dela. O que era verdade.

Foi quando eu ouvi um pequeno barulho da escada e vi as torneada pernas de Pam descê-las calmamente.

–Oi! –ela sussurrou para mim, para não acordar os demais. E logo reparou para onde eu olhava. Ficamos lado a lado olhando a menina que também olhava para a frente.

–O que iremos fazer? –perguntei baixinho. Pam me abraçou.

–Sabe, algumas pessoas não tem uma família. Mesmo que seja só avós, ou só um dos pais, ou um padrasto ou madrasta, ou tio. Mas nos amam, tem gente que nem isso tem. Alex precisa de pessoas que a amem, de verdade. Não precisa ser de sangue, pessoas que ela considere a sua família.

–Que bom que a senhora esta nos ajudando, senhora Puckett.

–Pam, querida. Sam e eu somos muito confidentes, melhores amigas. Quero ajudar vocês, afinal, também fui jovem. –ela sorriu e eu a olhei, seu rosto que agora tinha mais linhas de expressões do que eu, mas que ainda era muito bonita e nova por dentro.

–Alex ficará comigo por enquanto, irei pedir orientação com o diretor Franklin e aí veremos o que fazer. Alex não quer enfrentar o pai, esta amedrontada e não a culpo.

–Tem razão. Pode contar comigo para qualquer coisa, senho... Pam! – corrigi-me rapidamente e prossegui. - Eu e Freddie estarem aqui para ajudar Alex.

–Obrigada docinho.

E de repente Beck se move pelo chão jogando os pés em cima de Cat que dá um grito de dor.

–Beck! Meu estômago! –ela disse resmungando, Beck acordou atordoado sem entender. Aos poucos com o barulho o resto das pessoas acordaram, Alex finalmente entrou e teríamos um longo trabalho agora.

A casa era grande e espaçosa, mas só havia dois banheiros o de Pam no quarto e o de Sam que era no corredor.

Os homens iam para o de Sam e as mulheres para o de Pam. Foi uma confusão.

PSM: Miley

–Carly! Sai desse chuveiro! –gritei batendo na porta do banheiro, ela estava mais de vinte minutos no banho.

–JÁ VOU! –Ela gritou de volta, saiu bem abafado devido a ducha e a porta.

–Então... –disse Sam que estava na cama da mãe debruçada com as pernas cruzadas para o alto.

–Então...? –disse me sentando a beira da cama.

–Acho que está na hora de pararmos de nos tratar como inimiguinhas.

–Tem razão. –disse sorrindo e estendendo minha mão. Ela a apertou.

–ótimo! –disse ela. – Bom, então agora posso dizer que amo seu cabelo! –ela gargalhou. As pernas pendentes no ar balançavam de um lado ao outro.

–E eu tenho que admitir que você tem uma bela bunda. –nós rimos, era verdade e ela deitada assim mostrava mais o relevo. –Ah e seios também. –disse sorrindo. –Desculpe por ontem.

–Ta tudo bem. Não liguei muito. Pelo menos esse foi o máximo que me fizeram. –ela riu e se levantou. Carly finalmente saiu enrolada numa toalha.

–Ate que enfim. –disse entrando as pressas para um bom banho.

Os meninos terminaram de tomar banho bem mais rápidos que nós e Pam preparou vários bacons e ovos acompanhado de torradas, e suco de laranja que estava delicioso.

–Aí Sam! –disse André. –Me passa essa geleia!

–Ta.

–Alguém viu o jogo dos Lakers ontem? –perguntou Beck. Sam e eu sorrimos.

–Eles ganharam, com 27 pontos! –disse Sam.

–Serio!! Lakers mano! –disse Freddie batendo na mão de Beck.

–Aí Justin, vai comer esses ovos? –perguntou Sam. Justin a olhou e lhe entregou os ovos rindo. –Valeu!

–Quem ta pronto pra ir! –disse Beck.

–Bora! –disse quase todos pegando suas mochilas.

Eu fui no meu carro com Tori e Alex, Beck foi no seu carro com André, Justin e Freddie foi no seu com Carly, Sam e Cat.

Foi engraçado parar no estacionamento três carros juntos e sair aquele mutirão de gente bonita. Alex foi ao meio e estávamos todos, de fato, unidos em torno dela e eu gostei de ver todos nos olhando, de ver o sorrido bobo da minha Tori por ainda não se acostumar com essa sensação, com Alex parecendo bem e amada, com Sam que sentia certo orgulho dela, não sei porque. Ri ate de Beck fazendo pose de modelo, meu coração acelerou, mas fiquei feliz, pois estava perto dele e isso, no memento, bastava. A meiguice de Cat, e de como Carly olhava todos com um olhar de mãezona, de como Freddie e André andavam fazendo coisas engraçadas arrancando risadas de nós e dos outros e de como Justin parecia apaixonado e fofo.

Tínhamos motivos para não nos falarmos, mas aos poucos fomos unindo-nos pelos mesmos motivos. Estava feliz por sermos mais que colegas agora.

PSM: Alex.

Todos foram para suas turmas e eu fiquei no jardim da frente, com os pés em cima do banco e abraçando meus joelhos, estava nublado e a temperatura estava perfeita. Minha cabeça estava tão turbulenta que parecia que eu não pensava em nada, é tipo aquela parada das cores, todas juntas fica branco.

Não podia voltar para casa, meu pai me espancaria e me obrigaria a voltar ou me expulsaria de casa.

Estar naquele lugar sujo onde aqueles homens colocavam a mão em seu corpo como se fosse um objeto numa loja. Só de lembrar me arrepiei. Ver Sam e Miley ali foi que nem um mendigo ver comida.

–Ta tudo bem? –Justin se sentou ao meu lado. Sorri para ele.

Ele sempre era da minha turma de física e era muito inteligente, ele adorava física quântica porque sempre ficava lendo esses livros na sala. E também foi o garoto responsável em me tirar daquele inferno.

–Ta sim Justin, valeu. –sorri e olhei para as arvores que tinham na frente do colégio. E ficamos em silencio só ouvindo o barulho da brisa.

–Alex? –ele disse olhando o nada também. Virei-me e o encarei.

–Oi.

–Sinto muito pelo que seu pai fez. –ele me olhou nos olhos.

–Obrigada, mas não precisa disso. Estou bem. –disse sorrindo tentando parecer forte.

–Que bom. –ele sorriu para mim e ajeitou uma mecha do meu cabelo que o vento tirou do lugar. Eu estava o olhando parada. E de repente lembrei-me de algo que me fez sair do transe.

–Justin, você é bom com instrumentos, né?

–Estive na banda da escola durante seis anos. –ele riu.

–ótimo! Preciso da sua ajuda!

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PSM: Carly.

Havia acabado de sair da aula do senhor Fitz e ia a caminho com Tori e Cat para o corredor central pegar uma barra de cereal da maquina de lanches antes de ir para a aula de AD.

–Banana ou laranja? –perguntei a Tori para escolher a barrinha, mas ela só apontou para trás, quando olhei era Sam que corria feito louca.

–É aula de AD agora! –ela gritou dramaticamente.

–Sabemos! –disse Cat.

–Não. É aula de AD, é sério!

–Sam, o quê que tem?

–A apresentação é hoje, lembram? –ela disse e Tori soltou um grito agudo e Cat colocou a mão na boca. Antes que alguém dissesse algo Miley aparece correndo e antes de falar Tori já diz.

–A apresentação é hoje, sabemos.

Parecia filme de comédia e eu riria se não fosse eu que estivesse na situação. Cada uma ia empurrando a outra para ir em direção da sala.

–Não vou entrar! –disse Cat.

–Não fizemos nada, na verdade nem lembrávamos, com todos os acontecimentos e as dificuldades nem começamos o trabalho.

–Bom dia meninas! –Pra o nosso azar era o senhor McCoy. Ao lado de Alex. Peraí? Alex?

–Er... Oi! –disse Tori.

–Vamos entrando tenho um comunicado para vocês.

–Mas, professor... -começou Cat. Alex a empurrou.

–Vamos meninas, não vamos fazer o senhor McCoy esperar.

Assim entramos, o grupo dos meninos estavam se ajeitando enquanto os nerds estavam organizados com bolsas amarelas um do lado do outro.

–O que ta rolando? - Sam tentou perguntar para Alex, mas logo senhor McCoy já ia se apressando.

–Bom, como todos vocês sabem e estão preparados, hoje é aquela apresentação dos grupos. Ela é essencial e espero que todos tenham feito um ótimo trabalho. -ele tirou o seu famoso chapéu coco e prosseguiu- Iríamos apresentar agora, no teatro. Mas, houve um imprevisto e a banda do colégio está ensaiando para um torneio externo. E nossa adorável aluna Alex Russo me sugeriu para que as apresentações fossem ao final do dia, quando todas as aulas acabarem, para que vocês possam repassar tudo o que ainda falta e outros.

Imagine aquele momento sincronizado onde todas olham para Alex e ela só sorri olhando para o professor. Vou matá-la se ela não me contar o que ela está aprontando.

–Então. - o professor cortou meus pensamentos. -Podem sair para ensaiarem.

Alex levantou num pulo e agarrou meu pulso e todas seguiram. Assim que saímos da sala e estávamos bem longe de qualquer outra pessoa da turma Alex começou.

–Vamos para o teatro!

–Mas, o professor disse que a ...

–Relaxa Miley!

Corríamos porque Alex corria e assim que chegamos ao teatro Alex começou.

–Ok! Temos uma apresentação para fazer em tres horas e meia. Precisamos de roupas, já temos a música, a dança, e o nosso contra regra e músico. -ela apontou para o menino loiro no piano que sorriu para nós.

–Justin? - exclamou Tori.

–Que música, que dança? -disse Sam confusa e desesperada.

–Estava escrevendo desde que ele falou da apresentação. Juntei todas as opiniões de vocês numa apresentação só.

–Eu sou do clube de costura! -disse Cat animada.

–ótimo! Precisamos de ajuda! Cat,chame o máximo de gente do clube e os traga para cá. Enquanto isso, vamos intercalar: Miley e Sam vamos ensaiar a coreografia enquanto o Justin ajuda Carly e Tori com a letra e música. Depois trocamos quando Cat chegar.

PSM: Geral

E assim, todas pareciam um turbilhão a mil. Alex mostrava os passos e o ritmo a Miley e Sam e Justin ia passando a música para Carly e Tori ensaiarem. Logo Cat aparece com sete pessoas com algumas coisas em mão.

–Soubemos que vão se apresentar! -disse Lucy Hale do ano superior.

–Sim. -disse Alex.

–Vamos te ajudar! -ela disse num tom competitivo. Todos sabiam que era por causa de Beck, eles tiveram um caso e ele a magoou muito, é claro que ela quer que ele se ferre nessa.

Ela e sua "equipe" começaram a tirar as medidas das meninas e começaram a fazer as roupas que Alex tinha desenhado.

Justin ia ajudando com a música e uma hora depois todas já haviam gravado o que tinham que cantar.

–Não consigo! -disse Tori correndo para trás das cortinas. Miley foi atrás dela.

–Hey, hey! O que houve!

–Estou atrasando vocês! Tenho dois pés esquerdos. Não vamos ter tempo se eu estiver lá.

–Não diz isso. Você só precisa de confiança. - disse Miley se sentando ao seu lado. - Você estava bem, canta o refrão para mim?

–Lately, I've been, I've been losing sleep

Dreaming about the things that we could be

But baby, I've been, I've been praying hard,

Said, no more counting dollars

We'll be counting stars, yeah we'll be counting… stars.

–Viu?! Esta fantástica! Vem, vamos tentar juntas. -Miley pegou na mão de Tori e a guiou para o teatro de novo. Sam estava experimentado uma saia.

–Não acredito que vou usar isso. -ela repetia para si contorcendo a cara.

–Esta linda! -disse Cat.

–Oh meu Deus! Cat! Você só ta piorando! -disse Sam fazendo o pessoal da costura rir.

–O que eu disse de mais? -disse a menina confusa indo em direção ao Justin.

–MEIA HORA! -Gritou Cody, que também era do grupo de costura.

–É melhor nos aprontarmos, bom, o que for será! -disse Carly tentando parecer confiante, só tentando.

Carly foi maquiando junto com Cat todas as meninas e depois Miley foi ajeitando o cabelo de cada uma. Ela era boa nisso.

–Eles estão vindo! -disse um menino ruivo no qual ninguém conhecia ou falava.

–Tchau meninas, boa sorte! -disse Lucy. - E ganhe do Beck.

–Iremos! -disse Sam competitiva.

Todos sairam as pressas quando o senhor McCoy acompanhado de um grupo de estudantes entravam pela porta da frente.

–Ah, que meninas pontuais! Ótimo! Pode começar Homo Sapiens!

O grupo que estava pintado de prata foi para o palco e começaram a se ajeitar. Teddy estavam ao centro e parecia que ela que iria cantar. E a música foi Born this way, de Lady Gaga. No meio da música eles criaram um solo remixado onde todos dançavam como robôs, e várias luzes, tipo rave, fazia que a apresentação ficasse melhor.

Assim que encerraram, o grupo Testosterona tomou conta do palco. Os meninos estavam descontraído e engraçados com macacões de flanela. André começou a tocar no violão The Lazy song, do Bruno Mars. Gibby ia fazendo alguns sons com a boca e Beck e Zack ia fazendo um fundo a capela.

E assim que terminaram as meninas subiram ao palco.

–Relaxa. –sussurrou Miley a Tori.

Tori caminhou ate o centro do palco e começou a cantar Counting Stars, do OneReplubic. Justin ia tocando o violão lentamente, e quando começou a ficar rápida a música foi vez de Miley cantar e no couro ela e Alex cantaram com Sam e Cat fazendo o fundo. E no meio da música tudo parou e todas as luzes se apagaram e quando voltou Cat começou a cantar Peacock, da Kate Perry com as outras meninas dançando uma coreografia no fundo e Carly fazendo o fundo.

Miley fez um coque e colocou um bigode falso e todas as outras meninas foram em cima dela, todos riram quando chegou no refrão “Eu quero ver o seu pavão, pavão, pavão” .

–Muito bem, muito bem! – disse senhor McCoy batendo palmas e rindo, todos aplaudiram também. –Foi ótimo galera, todos vocês. Mas, agora falando sério, eu classifiquei as apresentações em quatro partes: Música, Coreografia, criatividade e trabalho em grupo. E cada um vale dois pontos e meio, e amanhã mesmo vocês verão a nota de vocês. Bom... Estão dispensados.

Todos saíram cada um elogiando a apresentação do outro.

–Oh meu Deus! Conseguimos! –disse Cat abraçando todas.

–Nem eu acredito. Fomos bem! –disse Tori.

–Você foi fantástica. –disse Miley a ela.

–Bom, menos um trabalho na minha lista. –suspirou Carly aliviado.

–Vamos comemorar? –disse Sam. – A Alex! Que foi o grande cérebro disso tudo!

–Verdade. Íamos ganhar um belo zero.

–Zero não tiramos. –riu Sam.

–Hey, Sam! É a sua mãe. –disse Carly apontando para a mulher loira de cabelos curto e picotados na porta do diretor.

–Mãe. Ta tudo bem? Não fiz nada dessa vez. –apressou Sam.

–Não querida. Você e Miley podem vir comigo? –disse ela.

–Eu? – Disse Miley desconfiada. De repente o diretor Franklin aparece na porta.

–Vamos Pam?

–Claro. Venham meninas. – Sam e Miley entraram na frente de Pam.

PSM: Miley

O que é que estava acontecendo?

Entramos e o diretor sentou na sua mesa habitualmente. Nós três nos sentamos a sua frente.

–Relaxem, pedi para que viessem pois vocês que buscaram Alex. Digam exatamente como ela estava. –disse Pam. Me acalmei, era sobre Alex.

–Ela estava de roupa íntima, sendo infligida por qualquer cara. O lugar era terrível e ela estava se segurando para não chorar prantos.

–Meu Deus. –lamentou o diretor.

–Franklin, isso não é admissível! –disse a mãe de Sam.

–Pamela, já conversamos. Não podemos fazer nada.

–O que ta rolando? –perguntou Sam.

–Alex não pode ficar conosco.

–O pai a proibiu e a quer em casa. –explicou Franklin.

–O que o juizado de menores disse? - perguntei

–O caso da Alex é complicado. A mãe dela está internada e o irmão está na faculdade. Alex só tem o pai, se tirarmos a guarda do pai, Alex, que ainda é menor de idade, irá para o juizado e será encaminhada para um orfanato ate os vinte e um anos de idade.

–Não! –Sam gritou. – Minha mãe disse que não teria problema da Alex ficar com a gente!

–Eu sei, Sam. Mas, não é fácil assim. Vocês não tem nenhum parentesco com ela, e isso dificulta. Qual o interesse de ter a guarda dela? A justiça é maliciosa, eles não vêem as coisas como estão vendo.

–E se chegarmos a um acordo com o pai dela?

–O sr. Russo é um homem complicado. E ele quer porque quer a filha. Se o denunciarmos, Alex que vai sofrer e se ela ficar com vocês ilegalmente ele pode denunciar. Mas é um caso no qual a conversa tem que estar em primeiro lugar.

–Entendo... –disse Pam pensativa.


Continua...