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Nashville é um agradável subúrbio no centro da cidade de San Diego. Um subúrbio de pessoas de classe média alta, onde varias e belas casas se dispunham umas aos lados das outras. Uma vizinhança tranquila e amigável, onde todos eram unidos e felizes.

Um perfeito sonho.

Mas havia alguns jovens que os seus sonhos eram bem distantes daquele lugar, onde chamavam de cadeia. Tinham uma visão ampla e bem diferente do que o resto da população.

E é a história deles que irei contar a vocês.

Segunda-feira, oito da manha. Era essa a hora que o sino do colégio local de Nashville tocava. Os adolescentes da região entravam entretidos uns com os outros para as suas resignadas salas.

Em uma sala em especial, havia seis jovens. Seis belas e diferentes jovens.

Na primeira fileira se encontrava Carly Benson. Admirada pelos meninos e muito popular, sempre exibia sorrisos e educação. Era competitiva de mais e odiava perder, qualquer coisa que fosse.

Atrás dela, sua única e melhor amiga de verdade encontrava Cat Valentine. Era um doce de pessoa, inocente e meiga, sua voz era um delicado instrumento divino para os outros, era alegre e entusiasmada e mostrava-se sempre positiva.

Ao canto na mesma fileira de Cat, encontrava-se Tori Vega. Era tão invisível quanto uma molécula, acho que ate menos notada. Para a sua sorte, era muito tímida e sozinha. Por isso era extremamente inteligente e rápida em qualquer situação.

No meio da sala achava-se Alex Russo. Era seu primeiro dia de aula, já que se mudara a pouco, mas já se mostrava confiante e contagiante.

Atrás dela na ultima carteira, encontrava-se Sam Puckett no meio do time de basquete rindo com eles. Era marrenta, gulosa e muito rebelde, não aceitava um ‘não’ e lutava pelo que queria, era divertida e doce para os que realmente a conheciam, não gosta de andar com mulheres, pois sabe que são seres falsos e interesseiros, ela só já estava bom.

–Miley! Entre logo! Não irei tolerar mais os seus atrasos. – Miley entrou revirando os olhos e bufando para o senhor Paladino.

Ah! Miley era um pouco temida pelos seus colegas, seu grupo de amigos era pequeno, mas extremamente forte e perigoso, tinha um estilo pesado e odiava qualquer pessoa daquela sala como se fosse uma barata.

Nenhumas das seis se falavam.

Cada uma tinha seu motivo.

–Essa semana será puxada! –comentou Carly para Cat em seu armário.

–Vai sim. Temos aula de canto a tarde e ainda temos que fazer todo o dever de historia e estudar para física.

–Sim, quero gabaritar nessa prova de física. Só falta um ‘A+’ no meu boletim desse bimestre, assim eu vou ganhar aquele sapato maravilhoso da mamãe. –sonhou Carly.

–Vai conseguir. Sempre consegue. –sorriu Cat fechando seu armário.

–Hurg! Olha quem está vindo. A ogra da Puckett e um idiota do basquete. – comentou Carly virando-se e ignorando a presença de Sam segurando um grande sanduíche na companhia de Beck. –Vamos para sala, Cat. – disse a puxando pelo braço.

–Valeu pelo sanduba! –disse Sam de boca cheia. Beck riu.

–Por nada, loirinha. Aí, você percebeu que sempre que a gente passa a Benson sai enojada?

–Ela é uma patricinha metida à fabulosa. Sente repulsa pelo time de basquete, porque acha que só tem troglodita que não sabe nem somar e sente repulsa por mim por provavelmente eu andar com vocês e não pentear o cabelo toda manha. –disse Sam irônica.

–Tosco. –disse Beck concordando. – O pior é que, o irmão dela é do time e são unidos.

–Ah! Vai entender os Benson ‘s. – Sam deu de ombros. –Vamos! Quero que você me ajude a aperfeiçoar minhas cestas. –disse Sam puxando Beck com ternura, fazendo o garoto revirar os olhos e gargalhar.

–Essa vadia. –resmungou Miley.

–Ah Miley, você ainda gosta daquele cara? Fala sério!

–Você não vai entender, Liam. –suspirou Miley.

–Se acha... – o sinal toca. –Tem aula de que agora?

–Artes dramáticas. Aula patética, com professor patético! –resmungou.

–Ouvi boatos que ele saiu do colégio!

–Espero. Já não bastam aquelas patricinhas da Benson e Valentine e a idiota da Puckett, um peso a menos será melhor! –desabafou a ruiva.

–Então ta. Ate mais tarde! –disse Liam indo para o outro lado.

E Liam não estava errado, todos estavam em sala e o professor não chegou.

–Eu vou embora! –resmungou Sam pegando sua bolsa.

–Devia esperar! –comentou Freddie que estava ao seu lado.

–Pedi sua opinião? Ah, acho que não. –disse Sam com amargura o olhando.

–Não fala assim com o meu irmão! –disse Carly se sentindo mais ofendida por Freddie não ter revidado.

–Parou! –eles ouviram uma voz forte vindo da porta. Um homem de meia idade equilibrado numa bengala, tinha os olhos azuis intensos a pele alva e flácida. Todos o olharam sem entender, por fim, quando tudo estava quieto e todos sentados ele tirou o chapéu coco e o casaco preto e o estendeu na mesa e cadeira, respectivamente.

–Quem é o senhor? –disse Cat com doçura. Ele a encarou por um instante e sorriu com gentileza.

–Senhor Angus McCoy. Novo professor de AD de vocês. –disse se acomodando em sua carteira. Ele olhou pela sala inteira com um olhar intenso e profundo.

–Demorou sabia? Não temos que aguardar sua espera! –resmungou Sam cruzando os braços. André a cutucou surpreso com o ato da garota.

–E você é...? – disse McCoy a encarando.

–Porque quer saber? –disse Sam desconfiada

–Ela é Samantha Puckett, senhor. –disse Carly vitoriosamente, a menina com certeza ia ganhar um detenção. Angus olhou Carly desconfiado.

–Não se preocupe Puckett. Isso não mais acontecerá! – ele disse por fim. – Perdoem-me. –todos o olharam incrédulos com o que ouviram. Um professor pedindo desculpas para Sam Puckett era algo que jamais ouviriam novamente.

–Ela desacatou o senhor e esta lhe pedindo perdão? –disse Carly indignada.

–Sim, senhorita...?

–Carly. Carly Benson. –ele respondeu com a postura ereta. Ouviu-se alguns meninos do fundo rirem dela, ate ela os olharem ameaçadoramente.

–Pois bem, se era só isso senhorita Benson. Acho que posso iniciar minha aula. O antigo professor de vocês estava falando sobre os textos drástico- românticos se não me engano.

–Sim senhor! – apressou-se a responder Carly.

–Iremos parar por aqui então. Vocês sabem isso de cor. Arte dramática não cai em vestibulares, muito menos te ajuda a ingressar em alguma empresa. É patético a escola colocar isso como uma matéria obrigatória.

–Exatamente! –gritou Miley lá do fundo. Finalmente foi entendida.

–Essa matéria, é obrigada para estimular você, a saber, o que quer da vida, se você for bom aqui, a escola lhe encaminhará para alguma área envolvida. Se não sabem, o ensino médio americano funciona assim, como nos esportes, no acadêmico em tudo. Por isso há muitas dessas atividades, para vocês.

A sala estava quieta. No fundo sabiam disso, mas um professor lhes falar, era outra historia.

–Então, é isso que eu farei. Separarei três grupos e quero que esse grupo fique junto ate o final do ano. Separarei agora.

O professor praticamente separou o time de basquete, o pessoal inteligente e...

–O que??! –seis gritos ecoaram em toda a sala.

–Algo errado? –disse o professor olhando as seis meninas a sua frente. O sino da escola toca e todos saem deixando as sete pessoas no lugar.

–Tudo errado! Não quero ficar com elas o ano inteiro! –disse Sam.

–E você acha que a sua presença será agradável não é? –disse Carly irônica.

–Cala a boca sua patricinha, quem é você para falar de presença agradável? –disse Miley.

–Hipocrisia rolou agora! –disse Tori.

–Ah! Agora a muda falou pela primeira vez, né Vega!

–Chega! –disse McCoy se levantando com dificuldade. – Estão duvidando do meu trabalho como professor? –disse ele sério.

–Não senhor, é que... –tentou explicar-se Alex.

–Pois bem. Amanha quero vocês juntas na minha aula, irei começar um plano de estudos novos para vocês. Se me deem licença. – o professor saiu da sala.

–Que professor ridículo! –explodiu Sam.

–Ele não é ruim. Foi vingança por vocês ficarem desacatando ele! –disse Alex para Sam e Carly.

–Não o desacatei! –disse Carly ofendida.

–Tentaremos falar com ele de novo amanha. –disse Cat calmamente.

–Duvido que ele troque. –disse Miley pensativa. –Ele só tem carinha de bondoso... e Alias, porque eu ainda estou falando com vocês? –disse ela mais para si. Na verdade todas caíram a fixa e saíram andando cada uma para seu lado.