Our Little Light escrita por Brenda


Capítulo 1
I will never give up on you.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic se passa depois que Andrew (um dos presidiários encontrados pelo grupo de Rick) abriu o portão que mantinha os zumbis presos e consequentemente depois do nascimento de Judith. Ai, ai, e depois também de quando Daryl encontrou a Carol :) Pronto!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494257/chapter/1

Daryl estava sentado no chão, com Judith em seu colo.

O caipira havia decidido dar um descanso a Beth, que era quem mais cuidava de Judith, quando a pequena em seu colo começou a chorar, ameaçando acordar a todos do grupo.

Daryl havia retirado-a de seu berço improvisado, feito a mamadeira com a fórmula que Glenn e Maggie haviam encontrado e agora ele observava cuidadosamente o bebê.

Os pensamentos do caipira ainda estavam confusos, tudo passava rápido de mais em sua mente, eram milhares de questões a serem respondidas e ele sabia que as respostas não viriam de nada que não fosse o tempo.

Mas o que mais lhe incomodava era pensar que talvez Judith não sobrevivesse nesse mundo.

Daryl sabia que um bebê poderia atrapalhar consideravelmente a vida dos sobreviventes.

Mas nada iria fazê-lo desistir de lutar com unhas e dentes pela segurança de sua pequena.

Sim, sua!

Em um momento de lucidez, Rick havia lhe dito que confiava a vida de seus filhos a Daryl e o caipira havia prometido cuidar deles como se fossem seus.

Além do mais, Judith já era uma parte de todos ali.

O caipira riu, o som saindo baixo de mais, mas se tornou alto no silêncio da noite.

Ele, Daryl Dixon, o caipira encrenqueiro, bêbado e mulherengo que nunca sequer pensou em ter filhos, estava agora cuidando de um bebê.

E só ele sabia o que aquela criança significava para ele.

Os olhos do caipira acompanharam o olhar de Judith, fixo na mamadeira que ele mantinha em sua pequena boca.

– Para um bebê você tem muita fome, sabia! – Daryl exclamou, sabendo que estava praticamente falando sozinho.

Mas Judith olhou-o, seguindo o som de sua voz. Os olhos azuis tão intensos quanto os de Rick, até mesmo mais intensos que os de Carl, observando-o.

Era como se ela pudesse ver além da expressão calma de Daryl.

Um barulho fraco de sucção anunciou que o liquido que estava na mamadeira havia terminado.

Daryl colocou a mamadeira no chão, ao seu lado. Ele observou Judith por alguns instantes, os pequenos olhos lutavam para continuar abertos.

– Durma um pouco, Bravinha. – Daryl acariciou a bochecha rosada da criança.

– Ela não está te dando descanso, não é? – Por um momento Daryl ficou tenso, mas logo ele relaxou, reconhecendo a voz.

– Carol... – O nome saiu quase como um suspiro dos lábios de Daryl. – Porque não está na sua cela descansando? Hershel disse que você deveria ficar repousando.

A mulher sentou-se ao lado de Daryl, seus olhos faiscaram nos dele por alguns segundos antes que ela desviasse o olhar pro chão.

– Eu ainda não lhe agradeci! – Carol hesitou por um momento antes de continuar – Sei que você não gosta de agradecimentos, mas eu preciso fazer isso.

Daryl ficou em silêncio, os olhos presos em Judith que ressonava tranquilamente em seu colo.

– Mesmo que você diga que não, eu devo muito a você. Você foi o único que realmente se preocupou com Sophia, além de mim, é claro. Você foi atrás dela, arriscou sua vida. Não desistiu da minha garotinha. – Carol fez uma pausa, seus olhos vagando pela face do homem ao seu lado. – E agora, você não desistiu de mim. Muito obrigada!

Daryl continuou quieto, não sabia o que responder.

O silêncio voltou a marcar a noite entre os dois. Mas não foi tão longo dessa vez:

– Eu nunca irei desistir de você! – A voz de Daryl saiu extremamente baixa e Carol, mesmo estando ao seu lado, teve que se inclinar na direção do caipira para ouvir e compreender as palavras.

O rosto de Daryl virou-se para o lado, encarando na escuridão parcial daquele corredor o rosto de Carol.

Ele pode vislumbrar um lindo sorriso nascer nos lábios da mulher.

– Eu também não irei desistir de você! – Carol corou, sabendo que aquelas palavras tinham um enorme significado.

Talvez Daryl não compreendesse completamente que ela havia dito, assim ela esperava.

Mas ele havia compreendido.

E por algum motivo, ele sentiu-se bem ao pensar no real sentido daquelas palavras.

– Você acha que ela tem alguma chance? –A mulher brincou com os pequenos dedos de Judith, seus olhos rasos de lágrimas ao lembrar-se de tantos anos atrás, quando ela tinha Sophia recém-nascida em seus braços.

Daryl parou por um instante, todos os pensamentos esvaindo-se de si. Ele deixou apenas as duas coisas mais importantes em sua mente naquele momento: Judith e Carol.

– Ela tem todas as chances dessa droga de mundo! – A voz dele não deixava dúvidas. Não havia o que discutir em relação á sobrevivência da mais jovem Grimes.

– Nós vamos cuidar dela, eu sei. Mas vai ser difícil. Será que vamos conseguir dar uma vida normal para ela? – Daryl olhou-a confuso e Carol riu. – Acho que me expressei mal. Eu quis dizer normal como estávamos á dias atrás, antes de alguém abrir o maldito portão e soltar aqueles zumbis para cima de nós. Estávamos bem, certo.

– Sim, eu acho que sim. – Daryl suspirou pesadamente.

– Ela é o milagre que precisávamos para seguir em frente! – A voz de Carol tinha algo que Daryl não soube interpretar, ele pensou em paz, algo que ele desconhecia há muitos anos. Até mesmo antes do fim do mundo.

Daryl sorriu, uma de suas mãos enroscando-se na de Carol sem que ele realmente tivesse consciência desse ato.

Os olhos dos dois se encontraram, estava tudo tão claro agora.

– Sim, ela é nossa pequena luz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então era isso, pessoal. Espero que tenham gostado da fanfic. Comentem e me deixem saber o que acharam. Beijos, xXx.