Destino Por Acaso escrita por Brunareisdacruz


Capítulo 1
∞ ᑭᖇóᒪ〇Ǥ〇 - 〇 ƗᘉᑕêᘉÐƗ〇




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494240/chapter/1

Era noite de Ação De Graças. Minha mãe, Mary, havia feito um delicioso macarrão com queijo. Ela fazia o melhor macarrão com queijo do mundo. Meu pai, Jhonny, tinha assado e temperado o peru, que estava com um cheiro suculento e delicioso. Josh, meu irmão, tinha a minha idade, e estava jogando vídeo game enquanto eu ajudava a mamãe a fazer os pratos. Eramos uma família perfeita e completa, e eramos muito felizes. De repente, sentimos um cheiro de queimado muito forte, e antes que eu reclamasse sobre o cheiro, apareceu um homem, com o rosto descoberto, aparentava ter uns trinta e cinco à quarenta anos, e estava acompanhado, com outro homem segurando uma arma. Ambos estavam vestidos na cor preta. Ele disse ''Não gritem, não se mexam, se não eu atiro''. Fiquei desesperada. Josh se abraçou no papai e eu na mamãe. Comecei a chorar, eu era apenas uma criança, não estava entendendo nada, e Josh também não. O homem jogou um líquido pela casa toda, e depois, acendeu vários fósforos e jogou no líquido. O fogo começou a seguir o caminho do líquido despejado, e começou a se espalhar por tudo. Quando estávamos cercados de chamas, os homens sairam correndo, e um deles disse ''Vingança feita''. Não tínhamos muito tempo, percebi que morreríamos alí. Foi quando papai e Josh começaram a gritar, e eu também, mas parei para ouvir minha mãe me falar algo:
– Filha, saia pelo porão, a porta é pequena demais, corra!
– Tá bom mamãe, estou indo, mas e vocês?
– Vamos depois, filha! Vai!
Antes que eu abrisse a porta do porão, ela me segurou pelo braço levemente e me deu um colar com um tipo de amuleto como pingente e falou:
– Esse amuleto se chama Sprinkodex, e ele vai te proteger quando eu não puder. Guarde-o sempre, não o perca -colocou o amuleto em meu pescoço - Não o tire nunca mais. Agora vá!
Meu irmão era pequeno também, então, resolvi chamá-lo, mas ele estava desmaiado no colo de meu pai, talvez por causa da fumaça. Lembro de lágrimas descendo pelo rosto cinzento do meu pai, e ele me olhou e disse ''Eu te amo, Lia''. Impulsivamente falei que também o amara. Obedeci e fui ao porão. Lá estava escuro, e acabei tropeçando em alguma coisa. Quando olhei, era uma lanterna. Nossa, que sorte! Liguei a lanterna que estava com o vidro parcialmente quebrado e cheia de poeira. Limpei-a em minha blusa e segui até uma abertura na parede onde havia uma porta muito pequena, com uma saída secreta. A chave estava na fechadura, o que foi muito útil na situação. Tive um pouco de dificuldade pra abrir a porta, pois como era pequena, não sabia mexer muito bem com algumas coisas, e principalmente chaves. A saída dava num beco. Fiquei alí por uns 2 minutos, depois fui mais a frentedo beco, coloquei minha cabeça vagarosamente para ver se conseguia ver os homens. Eles estavam em frente a casa, rindo e conversando, quando me viram. Vieram em minha direção correndo. Fiquei sem saber o que fazer e saí correndo, e eles me seguindo. Virei em várias ruas e me escondi atrás de um arbusto no parque. Eles não me viram mais. Levantei e vi que não tinha ninguém lá. Era de noite, e eu era uma criança sozinha na rua, no dia de Ação De Graças. Aquilo tudo era muito forte pra uma criança de 5 anos que mal sabia escrever ainda. Bom, ler eu já sabia. As lágrimas caíam e minha inocência também. Levei um bom tempo para encontrar minha casa de volta, e quando encontrei, bombeiros apagavam os últimos rastros de fogo e a polícia estava falando com os vizinhos. Não queria que me vissem, estava com medo. Eu chorava baixinho, para que não me percebessem. Ouvi um dos bombeiros que saiu da casa, cheio de cinzas, falar que não haviam sobreviventes, haviam apenas corpos carbonizados. Desabei. Me senti uma menina com problemas de adulta. Saí sem chamar a atenção e fui perambulando pelo bairro. Começou a chover, então, me sentei nas escadas de um local chamado Orfanato Foxlyn. Eu tinha levado uns cinco minutos pra conseguir ler corretamente, e fiquei alí, pois havia uma tapagem que poderia me proteger da chuva. Eu estava muito triste, mas como costumava a dormir cedo, fechei os olhos e acabei dormindo. Acordei com uma mulher, provavelmente do orfanato, me dizendo para entrar. Eu entrei. Fizeram um pequeno interrogatório perguntando sobre mim, mas falei apenas meu nome e idade. A moça com quem eu falava se chamava Dienny, estava escrito no seu braço, em tatuagem. Ela parecia simpática. Mas eu estava muito, muito confusa. Como eu já disse, eu era apenas uma criança. Sem eu querer, fui aceita no orfanato.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino Por Acaso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.