Vírus 02 - O Retorno do Caos escrita por Artur


Capítulo 5
Capítulo 05: Realidade


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, esse capítulo já estava pronto a algum tempo e só agora eu vim lembrar! Ficarei ausente essa semana inteira afinal, tenho uma prova difícil a fazer!

As fics que acompanho retornarei a leitura assim que sexta-feira chegar.



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Vírus 02 – O retorno do Caos

Anteriormente em Vírus ... : O Abrigo se torna rapidamente vulnerável sendo atacado por uma misteriosa horda de errantes que surgem por todos os lados invadindo as proteções. Várias pessoas morrem, um verdadeiro caos se prevalece enquanto uma desconhecida mulher, surge oferecendo-lhes ajuda.

Pov. Jessie

Não sei no que ela quis dizer com um mundo maior mas as dúvidas só aumentavam toda vez que fazíamos alguma pergunta. Ela era misteriosa e parecia estar evitando a nossa presença mas mesmo assim, quando o apocalipse começou, metade da população mundial foi devastada e quando os errantes pararam de se locomoverem, foi difícil para aqueles que se permaneceram vivos voltar à ativa de antes entretanto, novamente o caos retornou, e um terço da metade de sobreviventes foi aniquilada.

Agora só restam poucos de nós, tudo que tínhamos como proteção se foi. Se ela realmente estiver falando a verdade, poderá ser o nosso melhor em anos mas ainda assim, temos razão em estranhar tal ajuda, é muito raro ver alguém oferecendo abrigo do nada.

A tal de Úrsula foi gentil conosco e nos deu tempo para pensar mas não foi o suficiente.

– Estamos expostos agora e quem sobreviveu ao ataque está bastante assustado, se ela realmente estiver falando a verdade, teremos nosso dia de sorte! – Esbravejou Drew juntando-se a Alex e os demais que se decidiam em sussurro o melhor a se fazer.

– O garoto está certo, essa pode ser a nossa única chance. – Completou Alex mas era possível sentir sua dúvida.

– Não adianta, eu não gostei daquela vadia ruivinha metida a bosta. – Murmurou Luke jogando seu cigarro no chão.

– Acontece que isso é o melhor para todos nós e não o que você acha ou deixar de achar dela. – Rebateu Alysson com as mãos na cintura.

– Olha, sobrevivemos um longo período aqui nesse abrigo afastado das cidades suicidas mas do que adiantou tudo se mesmo assim uma horda gigantesca nos atacou? – Entrei na conversa farta de tantos questionamentos.

– Isso pode significar que eles estão migrando para cá. – Foi a vez da Dr. Mollie protestar. Todos então se entreolham enquanto Alex retorna para mais próximo de Úrsula e seus parceiros.

– Esperem! A Candice e os outros ainda não voltaram da busca! – Ouço a voz de um sobrevivente qualquer predominar-se.

– Ah, esqueci de mencionar algo, encontramos com quatro sobreviventes e um deles estava ferido então resolvemos manda-los para a minha comunidade com urgência. Aliás, foram eles que me avisaram sobre vocês. – Úrsula explicou enquanto todos nós suspirávamos de alivio mas ainda assim, apreensão já que um deles foi ferido.

– Nós já nos decidimos ... iremos com vocês.

– Ótimo ... rapazes, tragam a van e os jipes. – Ordenou a ruiva impondo bastante autoridade.

Os companheiros de Úrsula logo se afastam um pouco do local e em segundos, retornam com seus respectivos veículos.

– Como vocês estão em um número menor, iremos dividi-los para cada um ficar acomodado nos veículos. – Disse um rapaz enquanto olhava para Úrsula.

– Sinto muito em estragar o passeio mas, com ela eu não irei! – Murmurou novamente Luke apunhalado sua arma enquanto andejava sereno na direção oposta.

– Você tem certeza disso Luke? Quer viver sozinho por ai? – Tentou impedir Alex mas sem efeito, Luke apenas eleva sua mão enquanto mostra seu dedo médio.

Rapidamente fomos colocados dentro de vans brancas, eram duas e o nosso grupo coube perfeitamente lá. Antes de partimos, consigo notar Úrsula e mais dois seguidores da mesma no lado de fora, a mulher esboça uma face séria e logo depois, os homens correm armados na direção oposta.

– Finalmente teremos um pouco de sossego. – Drew indagou quase em sussurro buscando minha mão para acaricia-la. Coço meus olhos enquanto me aproximo mais do mesmo que apenas me envolve com seus braços.

A viagem foi demorada e aos poucos eu ia reconhecendo o caminho. De principio, era a estranhada para as cidades suicidas onde ninguém que sobreviveu teria a coragem de ir, e obviamente que eu estranhei mas todo questionamento se foi quando os veículos pararam e enfim descemos.

Nunca vi algo tão próximo a realidade desde que o caos destruiu tudo que encontrou pela frente, era simplesmente incrível! Praticamente uma nova civilização ... um mundo maior! Todos nós ficamos boquiabertos quando vimos bem diante de nós tantos sobreviventes juntos em um só lugar, múltiplas residências impecáveis espalhadas pelo amplo espaço ... era como se fosse um condomínio repleto de casas com primeiro andar, varanda, jardins e tudo!

Andejamos um pouco sobre a localidade ainda sem acreditar naquilo que víamos, noto uma pequena elevação no centro do espaço mas isso era o de menos, finalmente me senti segura.

– Pessoal! – Úrsula indagou subindo a parte elevada. – Deem boas-vindas aos novos moradores do mundo maior! – Completou por fim a ruiva enquanto éramos saldados com berros dos habitantes que nos recebiam com extrema felicidade.

– Agora vocês precisam descansar, o Finn irá mostrar suas respectivas residências.

Conseguimos aproveitar o resto da noite em uma aconchegante casa, não era muito grande mas quem somos nós para reclamar disso? Dividi o espaço com o Drew o Alex e a Alysson que dormia no sofá bastante exausta. Pois é, a casa era completa e tinha de tudo! Geladeira farta, camas ...

– Má noticia pessoas ... pelo visto teremos que tomar banho com baldes. – Indagou Alex saindo do banheiro.

– Sério que o senhor ainda está reclamando? Isso aqui é perfeito! – Esbravejou Drew completamente feliz.

– Escuta aqui seu moleque, senhor é o seu pai, posso ter cabelos brancos mas ainda tenho agilidade! – Murmurou Alex me fazendo rir.

Rapidamente o sono chega e ambos fomos para nossas respectivas camas, mas não adiantou, a insônia retorna novamente. Era difícil de acreditar no que aconteceu conosco nas ultimas horas, perdemos mais da metade dos nossos companheiros e mesmo assim, o nosso dia termina desse jeito, protegido por esse teto e essas pessoas maravilhosas. Isso só me lembra ainda mais da resistência e de todos que conheci lá ...

– Sem sono?- Drew invade a sala sentando-se ao meu lado, respondo com um sorriso esbelto enquanto fico pensativa.

– Que tal ocuparmos o nosso tempo? Me conta mais sobre o seu passado que eu conto mais sobre mim ... – Continuou ele mas apenas fico calada.

– Ok, eu começo então. Desde pequeno o Dilan se sobressaia mais, ele era extrovertido e dava muito trabalho e a cada dia chegava em casa com uma garota diferente, ao contrário de mim que nunca peguei uma mosca sequer. No inicio da praga fomos para a Carolina do Norte com os meus tios, eles alegavam que lá foram construídos grandes abrigos mas nunca o encontramos ... acho que agora é a sua vez! – Explicou Drew enquanto me encarava atento, coço meu pescoço enquanto tentava evitar tal assunto.

– No inicio de tudo fui com meu marido para um abrigo ... uma resistência, lá presenciamos coisas que nunca imaginei em toda minha vida, a proteção acabou tornando-se crucial nas mortes dos meus dois filhos, a Beth ... e o Ron. – Disse por fim cabisbaixa, não queria explorar tudo aquilo novamente.

Drew tentou me consolar mas logo depois retornou a dormir, as horas se passaram até que escuto um barulho estranho nos arredores da casa, alguns gritos abafados. Olho pela janela e vejo homens vestidos com trajes de proteção segurarem um homem com força que tentava se soltar dali, a casa de onde eles saíram era a mesma da Dr.Mollie e dos outros, aquele homem que gritava era o Gregory!

Estranho a situação e logo me retiro da residência, a rua estava deserta afinal todos estavam dormindo naquela hora. Sigo os passos dos homens que continuavam a carregar Gregory que já não reagia mais. Os homens então o levam para uma área afastada na qual eu não consegui chegar.

– O que está acontecendo aqui? – Questionei em voz alta enquanto me direciono para a casa de Úrsula onde era a mais volumosa e grande de todas as outras residências. Rapidamente sou recebido pela ruiva que estranha minha presença.

– O que você faz aqui? Eu expliquei sobre o toque de recolher ...

– Eu vi. – Fui direto ao ponto enquanto ela me olha séria. – Vi dois dos seus homens pegarem Gregory a força e levarem ele para um local afastado, o que eles vão fazer?

–Não entendi, você tem que explicar melhor ... – Respondeu serena a mulher sendo rapidamente interrompida por mim que indago com ferocidade:

– Onde está a Candice e os outros que ainda não apareceram? Por que você mandou dois homens ficarem lá na estrada antes de virmos para cá? E o que aqueles miseráveis vão fazer com o Gregory? – Explodi de angustia dando ênfase na ultima frase.

– Você está fazendo perguntas demais Jessie ... – Úrsula se afasta um pouco de mim enquanto cruza os braços me olhando bastante séria. – Recém-chegados não tem o direito de fazer tantas perguntas. – Completou ríspida, abrindo uma porta misteriosa enquanto a olho com um nervosismo intenso só o seu olhar me dá arrepios mas a realidade logo veio a tona quando aquela pessoa saiu dali de dentro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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