Os Fantasmas de Ian escrita por Luna Amaratto


Capítulo 14
Sim!


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeee! Voltei(não me matem)!!!
Enfim, como já mencionado, a história está chegando ao fim. Talvez mais uns três capítulos até seu final. Eu vou ter provas, e também terei que fazer um seminário para minha aula de redação, então...Estou estudando que nem louca. Posso demorar para postar.
Mas espero que gostem!



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Quando Ian desceu, todos já estavam presentes. Ele pode notar a família Holt conversando baixo, viu Phoenix bebendo vinho, e o resto da família Cahill, sentados. Sentiu uma pontada de tristeza, pois era a primeira festa séria Cahill que ia sem Natalie. Mas respirou fundo, e também foi a primeira vez que sorriu de verdade depois dessa ação. Estava se recuperando, pouco a pouco.

Foi até o salão principal, onde Dan estava falando com o chef, e Amy o olhava furiosamente, talvez por ele não estar no seu devido lugar. Olhou para os lados, e quando o viu, suspirou aliviada. O chamou com os olhos urgentes. Ele sorriu calmamente, e foi até ela. Ficaram parados, virados para frente.

Onde estava?– Ela sussurrou.

No meu quarto.- Ian respondeu.

Amy revirou os olhos.

–Você é inacreditável... Onde já se viu? Geralmente, é a noiva que fica atrasada, não o padrinho

Ele segurou uma risadinha.

–Ué?!Cadê aquela Amy toda preocupada e melosa que me abraçou há algumas horas antes?

Ela arregalou os olhos, e disse:

–Foi embora para nunca mais voltar.

Ian sorriu, entretido, se aproximou dela e falou:

–Espero que não. Gosto muito dela.

Amy corou, mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Hamilton- Que parecia que tinha acabado de correr, de tão suado que estava- pigarreou tão alto que todo o salão parou de conversar, e prestou atenção nele. A banda começou a tocar a música comum de casamento, Dan correu para o lado de Catrine, engolindo rapidamente o salgadinho que comia, e todos observaram a porta que dava ao jardim se abrir, e revelar uma das noivas mais lindas do mundo, chegando.

Sinead andava devagar, com seus dois irmãos a acompanhando, até o altar. Com certeza estava esplêndida. Usava um longo vestido creme claro, com a cauda sendo arrastada lá do jardim. Tinha um véu curto, com a grinalda cheia de flores brancas. Podia se ver atrás dele, um lábio vermelho vivo, em forma de um longo sorriso.

Quando enfim chegou até o lado de Hammer, retirou o véu. O padre começou a falar, e logo estava na parte de falar diretamente com os noivos.

–Hamilton Pierre Holt- Hamilton pigarreou quando o padre disse “Pierre”- , você aceita Sinead Starling, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?

Ele sorriu alargamente e disse:

–Sim.

–Sinead Starling, você aceita Hamilton Pierre Holt, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?

Nesse instante, Sinead engoliu em seco. Deu um pequeno pigarro, e olhou todos em volta. Olhou Hamilton, que nessa hora não estava mais sorrindo, e sim olhando nervosamente para ela, olhou Catrine, a quem simplesmente desviou o olhar, olhou para Amy, que a olhou um pouco preocupada, e olhou para Ian, que deu à ela um sorriso encorajador. A ruiva então finalmente se virou para o padre, depois para seu noivo, limpando as poucas lágrimas que tinham se formado, e disse, com um enorme sorriso:

–Sim!Claro que sim!Mil vezes sim!

Todos suspiraram aliviados,e antes que o membro do clero dissesse “Pode beijar a noiva”, Hamilton gritou um “HU-HUUUUU” e a pegou pela cintura, a girando, e deu um longo beijo em –agora poderia dizer isso- sua ruiva.

Todos aplaudiram, alguns até assobiando, o casal. Sinead riu, chorando de felicidade.

–Você agora é minha. Minha Si, minha ruiva, minha mulher- Disse Hammer, só para ela. Ela assentiu, rindo.

–Eu sei, eu sei... E você é meu. Para sempre.

Eles se beijaram novamente. Ian assistia tudo de longe, sorrindo, ainda batendo leves palmas. Nem percebeu quando Amy chegou perto dele, o tocando pelo ombro.

–Eles vão ser felizes juntos, não?- Perguntou, sorrindo docemente para o casal.

Ian assentiu.

–Com certeza... Eu não costumo apostar no amor, mas sei que eles vão longe juntos.

Ela voltou a atenção para os primos recém-casados, com agora apenas um esboço de sorriso.Ian a olhou, perdido em seu rosto.

– O que foi?- Amy perguntou, risonha.

Ele a olhou confuso, balançando a cabeça.

–Ahn?O que? Ah, nada não.

Terminou com um sorriso.

Ela o olhou, um pouco desconfiada, mas simplesmente deu de ombros, e saiu.Ele pensou em chamá-la de volta, mas se tocou que não faria sentido; pelo menos não para ela.Suspirou, observando-a ir, e foi em direção a festa que começava. Iria ter que fazer as pazes com seus queridos parentes.

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A festa já estava pela metade, com todos os presentes felizes, bebendo ou dançando na pista improvisada. Sinead estava ao lado de Hammer, dançando, com o véu em uma mão. Eles riram do nada, e depois se beijaram.

Amy sentou a mesa de frente a eles, junto com Dan e Phoenix. Apoiou a cabeça nas mãos, com os cotovelos em cima da mesa.

–Eles não são um casal fofo?- Perguntou com um sorriso para ninguém em especial- Ficaram tão bobinhos. Tão... Felizes.

Os garotos pareciam nem ter escutado-a, pois não disseram nada e continuaram a conversar. Amy não estava prestando atenção na conversa, mas escutou uma parte que a deixou curiosa.

–“... Pois é. Ele realmente estava esquisito com aquele papo. Nem parecia ele.”

–“Eu sei. Mas de qualquer maneira, é bom saber que ele está tentando mudar.”

–“Hunf. Mudar. Sei.”

–“ Ah, qual é?Dê uma chance para o cara.”

–“Bom, eu não acredito nele. Mas... Realmente espero que tenha acabado com aquela ignorância toda. De um dia para o outro, literalmente, ele se ‘transformou’ em outra pessoa.”

A ruiva se virou, interessada.

–Quem estava esquisito?

–O Ian- Respondeu o loiro.

Ela pareceu não ter entendido, então Phoenix tratou de explicar.

–É que antes de você se sentar aqui, ele veio até nós e começou a conversar.

–Ah. Conversar sobre o que?

–Sobre nada de especial. Coisas normais- Disse Dan, dando de ombros. Quando viu que Amy estava prestes a dizer “Mas então por que...”, ele completou:

–O fato é que ele nunca vem conversar. Nunca. E ele estava todo esquisitinho, educado, alegre... Não sei não.

Phoenix riu.

–Eu acho que ele pode simplesmente estar querendo ficar de bem conosco. Eu o vi conversando com os Starling e Nellie também.

Amy fez uma cara de quem entendia, mais não muito.

–Então tá -Disse.Se virou para a porta.

–E onde ele está agora?

–Ah, ele disse que ia começar a arrumar suas coisas, pois vai embora cedo amanhã e tal... Até que eu o entendo. Vive ocupado com os lances de direito e os quadros também. –Falou Dan, voltando sua atenção para o vinho que tinha em suas mãos.

Ela pareceu um pouco decepcionada.

–Mas... Já?

Seu irmão apenas deu de ombros.

–Bom, ele parecia um pouco angustiado quando subiu. Não sei ao certo, acabei de chegar. –Disse Phoenix. Amy sorriu para ele. Parecia um adulto, maturo daquele jeito. Às vezes ela esquecia que ele só tinha 16 anos. Levantou, e disse:

–Tudo bem, então. Acho que vou ao jardim, refrescar um pouco a cabeça.

–Divirta-se, mana.

–Tchau Amy, foi bom te ver.

Ela se despediu, e andou em direção ao jardim. Quando chegava na porta, alguém esbarrou nela.

–Ah... Jake?

O homem se virou, e fez uma cara mista de surpresa e felicidade.

–Amy!Hahaha, será que nós só vamos nos encontrar assim, agora?

Amy sorriu.

–Pois é... Olhe, Jake, eu ia...

–Amy, eu queria te contar algo.

–Hum... Claro, pode falar.

Ele parecia um pouco nervoso enquanto falava.

–Bom...É o seguinte. Lembra quando você conversou comigo enquanto consertava o bolo- que por sinal ficou delicioso- - Disse com um sorriso. Ela assentiu.

–E lembra quando eu tinha te perguntado se poderíamos sair um dia desses?

Amy assentiu, relutante.

–Olhe Jake, quando eu disse isso...

–Deixe-me terminar. Desde que nós terminamos, eu nunca te esqueci. Você sempre voltava a meus pensamentos.

Ela pareceu surpresa com aquilo.

–Eu sei que você terminou comigo por culpa. Mas agora, que você e Ian são praticamente água e óleo... Eu pensei... Se nós podíamos tentar de novo. Uma nova chance.

Jake estava sério enquanto dizia aquilo. Amy ficou estática. Continuou em silêncio, durante um minuto.

–E então?-Perguntou novamente.

Ela engoliu em seco.

–Bom... Vamos lá. Jake, eu adorei conversar com você naquele dia. Eu estava deprimida por causa do bolo e... Bom, por outras coisas também.

Jake pareceu perceber onde essa fala iria levar.

–E você é um cara ótimo, bonito, inteligente...

–Mais... - Disse ele, suspirando.

Ela também suspirou fundo, olhando para baixo, e depois se virando para ele.

–Mais... Eu ainda não estou pronta. É isso. Sinto muito. De verdade.

Ele se virou, sorrindo -ou tentando- de forma encorajadora.

–Tudo bem. Eu pelo menos tentei, não?- E deu um riso nervoso. Ela deu um meio sorriso a ele.

–Desculpe...

–Eu já disse que está tudo bem. Pelo menos me disse a verdade. Eu te compreendo. Não conheço a história toda, mas sei como você amava-o. Deve ser difícil tentar esquecer.

Ele suspirou mais uma vez, um pouco triste. Deu mais um sorrisinho a ela, esse virou.

–A gente se vê, então.

E foi embora. Ela não tinha raciocinado tudo inteiramente, só percebendo agora que Jake tinha alegado que ela ainda amava Ian.

–Não, não, você se enganou e... Esquece, ele já foi.

Suspirou, e foi até o jardim.


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Notas finais do capítulo

E aí?O que acharam, candocas?