Dizem que ser mãe muda a vida de qualquer mulher. Dizem que um dos maiores prazeres é poder segurar seu filho pela primeira vez no colo. Dizem que uma sensação inexplicável quando você recebe amor daquele pequeno ser.

Tudo isso é fato. E Teresa Lisbon já estava muito acostumada com isso, pois há mais de dois anos ela era mãe de Nicolas, Charlotte e a pequena Sarah (já nem tão pequena assim).

Mas nunca, em toda a vida, lhe disseram como era descobrir que está grávida pela primeira vez...

Era muito estranho, pois não havia nada que pudesse se comparar àquele momento.

Teresa entrou na sua casa e jogou-se no sofá, soltando a bolsa em algum canto qualquer da sala.

Patrick estava no FBI, Charlotte se mudara para uma casa mais perto da faculdade, Nicolas estava na escola, e a pequena Sarah havia ficado com ela, pois estava doente, e lhe foi recomendado que ela não frequentasse a creche durante uma semana e meia, já que se tratava de uma virose um pouco forte.

Então, Teresa viu-se obrigada a tirar essa semana e meia (que acabaria em três dias) de folga para cuidar de sua filha mais nova.

Há dois dias, ela começara a se sentir enjoada, e começara a vomitar... Foi até o médico, pois pensou que ela havia pego a mesma virose que Sarah, logo não surpreendeu-se quando o médico lhe pediu exames de sangue, os quais ela fez na mesma hora.

O que surpreendeu-a foi o resultado...

“Meus parabéns” ela lembrava das palavras do médico “Você vai ser mamãe! Está grávida...”

“Como assim grávida?

Como pode ter um ser vivo dentro do mim?” pensava ela.

Sarah estava entretida com os brinquedos que ela espalhara no chão, e Teresa ficara observando-a por bastante tempo, até que a ansiedade não a deixou e ela teve que fazer algo a respeito.

– Teresa? - disse Patrick ao telefone

– Patrick, preciso que você venha para casa agora. – ela disse mais séria do que queria parecer

– Está tudo bem? – ele perguntou preocupado

– Está, é só que... Preciso de você.

– Estarei aí em quinze minutos.

E exatos quinze minutos depois, lá estava ele, desesperado de preocupação.

– Oi amor! – ele disse ao entrar e a abraçou

– Oi

– O que está acontecendo? – ele se afastou do abraço para olhá-la nos olhos, e segurou sua cabeça entre suas duas mãos.

– Patrick, eu... – lágrimas escorriam devagar pelo seu rosto – Eu estou... Estou grávida.

Como conter o sorriso?

– Querida, isso é... Incrível! – Patrick se abaixou para poder ficar com o rosto na altura da barriga de sua esposa, e então, levantou a camiseta, e depositou um beijo delicado

– Patrick... Eu... Eu não sei o que sentir! É tudo tão estranho. Tem algo vivo e crescendo dentro da minha barriga!

– Oh, querida, não fale assim “tem algo vivo na sua barriga”. É nosso filho ou filha. Fruto do nosso amor – ele sorriu e a abraçou

– Mas... Eu vou ficar gorda, e vou ficar sentimental de mais, vou comer coisas estranhas e ter desejos em horários inconvenientes...

– E eu vou estar aqui do seu lado, e nós vamos passar por isso juntos, está bem?!

Ela balbuciou um ok em resposta enquanto se acomodava ainda mais ao abraço de seu marido.

Ele deixou-a chorar aquele choro de emoção e medo em seu peito, e sussurrava em seu ouvido que tudo ficaria bem.

Aliás, tinha como não ficar bem?

Este seria um filho de sangue que nasceria de um amor construído e alimentado por décadas.

E este seria apenas o primeiro filho biológico... De pelo menos mais um, que Patrick queria ter com Teresa.