Resurrection escrita por mybdns


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Fanfic inspirada na série Resurrection. ( assistam é maravilhoso ♥) e uma Flangell para os que me pediram.



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Tudo o que ela fez foi abrir os olhos. Não sabia por que, mais estava com uma dor de cabeça terrível e não se lembrava de muita coisa. Enquanto seus olhos se adequavam ao ambiente iluminado, olhou ao redor e se deu conta que estava numa biblioteca. Olhou para trás e viu uma senhora, que deveria ser a bibliotecária, então se levantou, um pouco zonza e foi até ela.

- O que está fazendo aqui, mocinha? – ela lhe perguntou.

- Então, eu não sei.

- Como não sabe? Está drogada?

- Não. Claro que não.

- Então como você não sabe o que faz aqui?

- Eu já disse que não sei. – ela olhou para o calendário e levou um susto. – 2025? Mais o que está havendo?

- O que foi? Hoje é 20 de maio de 2025. Você parece estar pálida, minha filha. Quer se sentar? – ela saiu detrás da bancada e puxou uma cadeira para a moça se sentar.

- Eu só posso estar louca. A última vez que eu olhei no calendário era 20 de maio de 2009.

- Pelo amor de Deus, menina. Você só pode estar de gozação com a minha cara. – a velha olhou brava pra ela.

- Não, eu juro. Eu me lembro de estar em um café, eu estava de “babá” de uma testemunha ou algo assim. Lembro-me de ligar para o meu namorado, e depois um carro invadir o lugar, lembro também de ter escutado um tiro e logo em seguida eu caí e o Don estava lá... Era 2009.

- Você ficou em coma?

- Claro que não! Bem, eu acho que não.

- Você se lembra de mais alguma coisa, depois disso?

- Não. Lembro-me de ter acordado aqui com uma baita dor de cabeça, que não faz nenhum sentido. Pode ligar para a Polícia de Nova York pra mim?

- Nova York? Eu realmente acho que você deve estar drogada ou algo do tipo. Querida, estamos no Texas. Dallas.

- Eu devo estar sonhando. Eu moro em Nova York! Sou detetive da Polícia de lá.

- Como você se chama?

- Jessica Angell. Olha o meu distintivo... – ela bateu no bolso e não encontrou o distintivo. – ótimo, o perdi. – ela suspirou.

- Você está com fome? Vamos até a lanchonete, vou pedir um lanchinho pra você. – as duas caminharam até a lanchonete, que ficava do lado de fora da biblioteca e a senhora pediu os lanches. – toma, minha filha.

- Obrigada. Me desculpe, mas como é o seu nome? – perguntou Jessica, enquanto comia.

- Me chamo Beth. – ela respondeu. Jessica olhou para a televisão e viu um clipe do Michael Jackson.

- Nossa, eu adoro essa música. Preciso comprar uns ingressos para um show dele.

- Você é louca?

- Não, por quê?

- Michael Jackson morreu há uns dezesseis anos.

- Como? O Michael Jackson morreu? Ele era o meu cantor preferido! Mais que droga!

- Eu acho que você fugiu de um sanatório. Ou quer ficar zoando a minha cara.

- Não estou brincando com você, Beth. Eu juro.

- Tudo bem. O que você vai fazer? Vai ficar aqui?

- Não sei. Acho que vou pra Nova York. Só que eu não tenho nada no bolso.

- Isso não é problema. Se precisar, eu te empresto.

- Você faria isso por mim?

- Mais é claro. Apesar de meio doida, você é uma boa garota. Agora eu preciso voltar ao trabalho. Fique aqui e termine de comer, está bem?

- Obrigada, Beth.

- Não precisa agradecer, minha filha. – Beth caminhou de volta para a biblioteca, um tanto confusa. Ligou o computador e foi direto para uma página de pesquisa. Digitou Jessica Angell e quase teve um ataque quando se deu conta do que tinha acontecido com ela– não pode ser! Abriu a página do Leager, jornal de Nova York e era ela na primeira página do dia 21 de maio de 2009. – ai Meu Deus! Aqui diz: POLICIAIS DO NYPD CAPTURAM ASSASSINOS BRUTAIS. A CIDADE LAMENTA A PERDA DE UMA HEROÍNA. Jessica Angell, 2 de setembro de 1981 – 20 de maio de 2009. – isso só pode ser uma brincadeira... Mais ela é a moça da foto.

- Com quem está falando, Beth? – perguntou Suzanne, a estagiária.

- Com ninguém, Suzanne.

- Eu vi essa moça lá na lanchonete agora pouco. – disse olhando para a tela do computador. – quem é ela?

- Eu não sei.

- Beth, aqui diz que ela morreu em 2009. Não é a mesma moça da lanchonete.

- Eu creio que é ela. É o mesmo nome. Tudo igual.

- Oi Beth. Obrigada pelo lanche estava ótimo. – disse Jessica, aparecendo na porta. – nossa que computador é esse? Nunca vi um parecido...

- Ai meu Deus. – foi tudo o que Suzanne disse.

- O que foi? O que houve? – Jessica perguntou, sem entender.

- Nada, minha filha. – disse Beth, abrindo a bolsa. – toma, pegue este dinheiro e vá para Nova York. Seu lugar não é aqui.

- Mais porque está me dizendo isto agora?

- Por favor, apenas vá embora. – disse Beth, um pouco nervosa. Jessica correu para fora da biblioteca e se sentou numa praça. Enquanto isso, Suzanne e Beth tentavam entender o que estava acontecendo.

- Você acha que ela é um fantasma?

- Poucos podem ver fantasmas, Suzanne. Ela é de verdade.

- Você acha que ela...

- É uma impostora. Isso que eu acho.

Depois de ser expulsa da biblioteca, Angell foi para a rodoviária comprar sua passagem para Nova York, mas eles não quiseram vender por ela estar sem documentos, então decidiu pegar uma carona. Depois de horas na beira da estrada, um caminhoneiro parou.

- Pra onde você vai, moça? – ele perguntou gentilmente.

- Pra Nova York.

- Nossa! É longe, hein? Mais estou indo pra lá também, pra sua sorte.

- Obrigada. – ela abriu a porta e uma criança foi para o lado para ela poder se sentar. – seu filho?

- É sim. Estou levando- o de volta para a mãe.

- Entendo.

- E você, o que faz em Dallas?

- Se eu te responder que eu não faço a mínima idéia, você vai me achar louca?

- Um pouco. – ele sorriu.

- Não ache, por favor.

- O que você faz?

- Sou Detetive da Polícia de Nova York.

- Olha só, Drew, estamos seguros. – ele disse para a criança.

- Perdoe-me, como você se chama?

- Sou Liam. E você?

- Jessica.

- Bonito nome.

- Obrigada.

- Se incomoda se eu ligar o rádio?

- Claro que não. – Liam ligou o rádio que só tocava country. Jessica encostou na janela e adormeceu.

Depois de muitas horas de viagem, eles finalmente chegaram ao destino final. Jessica agradeceu o favor a Liam e lhe deu todo o dinheiro de Beth para recompensá-lo, mas ele não aceitou. A deixou na Broadway, que para ela, parecia estar muito diferente.

- Nossa! Como isso mudou. – ela disse pra si mesma. Chamou um táxi e deu-lhe o endereço de Don. Estava louca para poder abraçá-lo e beijá-lo. Estava morrendo de saudades. O taxista parou na frente da casa e ela o pagou. Ele foi embora e ela bateu na porta duas vezes. Uma bela garota de olhos azuis, que parecia ter uns treze anos atendeu.

- Posso ajudá-la? – ela perguntou, educadamente.

- Pode. Eu gostaria de saber se Don Flack se encontra.

- Papai! Papai! Tem uma moça querendo falar com você! – ela gritou.

- Que gritaria é essa, Leah? – Don perguntou à filha. Quando colocou seus pés pra fora de casa, arregalou os olhos e começou a suar frio. – Jessica?

Foi tudo o que ele conseguiu dizer.


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