Medo de Amar escrita por valdz


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi! ahushushuhas, nem sumi, galera. Mas é vdd! Já sumi por mais tempo em umas fics ai e pá hsauhuashuas
Mas enfim. Pra recompensar, um enorme cap pra vcs ahsuhsauas
Espero q gostem!



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Capítulo 15 – Então vamos jogar o mesmo jogo.

***

Ainda encarando Ares, comecei a recuperar-me do susto. O ódio passando em cada veia do meu corpo, fervendo cada vez mais, parecendo mais com um vulcão em erupção do que meu próprio corpo.

“Aquele idiota!”, pensei. “Como se não bastasse Afrodite me arrastar para cá, tenho de ser filmada? Ah, até parece que Ares irá sair impune dessa brincadeirinha de mau gosto.”

No mesmo momento, levantei-me em um pulo, e comecei a marchar em direção do deus da guerra, pouco me importando com o fato de que ele era o deus da guerra e tampouco com os protestos de Phobos; o mesmo agarrou meu pulso, forçando-me a dar alguns passos para trás, mas eu apenas lhe lancei um olhar mortífero e puxei meu pulso de volta.

– Roxanne, pense bem... – insistiu ele.

– Não! – vociferei baixinho. – Eu estou cansada dele!

– Afrodite não iria gos...

Pude ver que a câmera que Ares segurava havia virado um anel prateado, e a pequena pérola que havia no centro do anel era como uma lente da câmera. Eu já tinha visto aquele anel! Maldito, filmou o encontro todinho!

– Dane-se Afrodite, dane-se Ares, dane-se tudo! – E quando dei meus primeiros passos em direção á Ares para lhe dar um belo puxão de orelha, eu fui instantaneamente arrastada para o lado oposto.

– Será que não dá para você largar do meu pé?! – exclamei, pensando que Phobos quem estaria me puxando pelo braço.

– Ora! – murmurou uma voz feminina, completamente mordida, provavelmente pelo meu tom de voz – Seu pai não lhe deu educação não? Deve tratar os mais velhos com mais respeito! A gente faz mil e um favores e olha só o que ganha! Que absurdo... Eu poderia estar em Paris, comprando aquela luxuosa bolsa que acabou de lançar, mas não! Estou aqui, ajudando uma ingrata!

“Onde já se viu? Também nunca mais a ajudo; que coisa... Esses jovens de hoje em dia, só querem comandar em tudo. Na minha época não tinha isso não, sabia? Se tu fizeste isso há um século, aposto que levaria uma chicotada neste teu traseiro mal criado...”.

– Afrodite! – Interrompi-a antes que ela continuasse a falar por toda a eternidade. – Eu entendi! Tá bom! Desculpa... – acrescentei rapidamente ao ver que ela ia voltar a reclamar – Eu pensei que era Phobos quem havia me puxado.

Ela me puxou para um corredor e abriu uma porta na qual estava escrito “CUIDADO: EM REFORMA” com as letras vermelho-berrantes.

Mas lá dentro não parecia haver nada de reforma. Era uma suíte espetacular.

Abri a boca, maravilhada, sem saber o que responder. Em uma janela, eu pude ver o enorme Big Beng. Estávamos em Londres? Mas há um minuto estávamos em Nova York...

Então olhei mais ao redor. Havia uma enorme cama luxuosa no centro do quarto, e um criado-mudo de cada lado da cama. Também havia uma porta de cada lado da cama, um pouco afastada, é claro. Também continham algumas poltronas em poucos cantos do quarto, mas fora isso, não havia mais mobília alguma, e da mesma forma que parecia simples, parecia realmente chique.

Afrodite finalmente soltou meu braço. A porta fechou-se atrás de mim, e quando reparei, três garotas haviam entrado por aquela mesma porta.

As três usavam túnicas gregas antigas; uma era prateada, a outra dourada e do meio vestia uma tradicional da cor branca. Ambas também vestiam sandálias gregas, mas eram da mesma cor: brancas.

Então finalmente encarei a face de cada uma delas. A do lado esquerdo – que vestia a túnica prateada – tinha os cabelos ruivos e presos no alto na cabeça em um longo rabo de cavalo que faziam uma cascata em suas costas. Seus olhos eram cinzentos tempestuosos, que a faziam parecer muito severa, mas o seu perfeito sorriso era meigo, o que lhe dava um ar inocente, seu rosto também continham muitas sardas, e ela não era pálida, sua pele parecia ser rosada...

A do lado direito – que vestia a túnica dourada – continha os cabelos louro-prateados e curtos, na altura do queixo, e seus olhos eram negros, sua pele era meio que morena, e seu sorriso me pareceu seco, como se fosse obrigada a sorrir para mim, quando ela queria mesmo era pular no meu pescoço.

A última - que era a do meio, com a túnica branca -, eu já conhecia. Ela tinha cabelos negros azulados, sua pele um pouco pálida – se bem que parecia mais pálida que o normal – e seus olhos azuis eletrizantes, e pelo que vi agora ela não usava nenhuma maquiagem – não que ela precisasse. Ela sorria encabulada, ora olhava para baixo, ora me encarava com receio.

– Minha querida, conheça minhas ajudantes de emergência de beleza: - disse Afrodite, apontando para a ruiva. – Bárbara – Agora ela apontara para a loira -, Lorena e...

–... Helena. – a interrompi, olhando fixamente para a garota que parecia querer enfiar a cabeça em algum buraco apenas para não me encarar.

– Oh, por favor, Roxanne! – protestou a deusa. – Não vá odiar a menina por te causar ciúmes.

– QUÊ? CIÚMES? NÃO!

– Ah, sim! – E antes que eu pudesse revidar, ela me puxara para a porta ao lado esquerdo da cama, revelando um enorme salão, com uma penteadeira e vários tipos de produtos de beleza. De um par de brincos á perucas de última moda.

– Senta aí, colega, e deixa que a gente faz o trabalho! – falou animadamente a ruiva.

Sentei em um Puff que havia ali e Bárbara começou a mexer no meu cabelo. Lorena não estava ali, muito menos Afrodite e Helena. Permaneci em silêncio por o que pareceu dez ou quinze minutos quando Bárbara soltou um guincho de prazer.

– Prontinho!

Pelo canto do olho pude ver meu reflexo no espelho. O tom laranja, parecido com uma abobora, mostrava que eu estava impressionada. Ele estava preso em um coque alto, solto nas pontas que resultavam em cachos perfeitos.

– Bem, ficou bem simples, acho eu... – a comentou. Tentei levar aquilo como apenas modéstia da parte dela. – Mas eu quero saber se você gostou! Gostou...?

– Adorei. – sussurrei ainda admirada.

Obrigada! – disse de forma animada. – Bem, bom... Agora você tem de ir ver Lorena. Ela vai dar um trato na maquiagem! Vá logo! – acrescentou a me ver ainda parada ali.

– Ai, ai. O.k., o.k.! – protestei, levantando-me do Puff e saindo do quarto; assim que fechei a porta atrás de mim, senti ser puxada pela milésima vez naquele dia.

Lorena me arrastou até a cama, e sentou-me na beirada da mesma. Percebi que havia várias maletas pelo quarto.

– Feche os olhos, por favor, mi lady. – disse ela formalmente. Achei melhor fazer seu pedido.

Cinco minutos depois ela pediu para que eu os abrisse novamente. Eu encarava meu reflexo no espelho. O meu cabelo continuava no mesmo tom, mas meu rosto estava cem vezes mais atraente. Meus olhos em seu tom indecifrável combinava com a maquiagem clara que o rodeava. Minhas bochechas pareciam estar coradas de leve e um batom de tom rosa claro cobria a região da minha boca.

– Uau. – falei. Como ela fez isso em cinco minutos? Eu levaria cinco horas!

Ela riu. – O.k., te impressionei. Grata. Mas agora você tem de ir ali – ela apontou para a outra porta ao lado da cama. –, para que Helena lhe vista melhor.

– Trocar de roupa novamente?! – choraminguei. Ela riu mais uma vez e acenou com a cabeça em direção á porta.

Levantei-me e fui como um zumbi até a porta, e quando entrei lá, vi que era o maior e esnobe closet que eu já havia visto na vida. Vários vestidos chiques e caros estavam no quarto, também várias jaquetas, calças, saias, gavetas com roupas íntimas, botas, sandálias, saltos altos, bolsas, cintos e mais mil acessórios que nem sabia que existiam.

Helena apareceu no meio de um espaço cheio de vestidos do tom azul escuro e sorriu para mim, de forma receosa, como se, já que estávamos sozinhas, eu iria saltar para cima dela e estrangulá-la. Bem, eu queria realmente fazer isso, mas não queria desapontar Afrodite, e Helena poderia ser imortal, já que era uma auxiliar da deusa.

– Olha, Roxanne... – Olhei para ela com severidade. – Srta. Mason. – corrigiu, mas não achei isto necessário. Só lhe lancei aquele olhar para ela parar de ter medo de mim! – Eu não queria dar em cima de Phobos, mas a senhora sabe, Afrodite é realmente provocante quando quer! Ela... Me... Ah...!

Eu havia chegado bem próxima dela e comecei a resmungar, puxando-a para frente. – Dá pra parar com isso? Eu sei como é Afrodite, tá legal? Agora para de ficar com medo de mim, isso é chato!

Ela sorriu encabulada, e piscou como se tivesse notado que estava fazendo papel de idiota. – Tens razão. Perdoe-me por tamanha ingenuidade.

– Desculpada. – Sorri para ela. – Bem, fiquei sabendo que você tem de me ajudar com a parte das roupas...

Ela murmurou um “Ah, é mesmo!” e saiu correndo pela várias peças de roupas. Percebi que talvez ela demorasse um pouco ali, então me aproximei da única janela que havia no aposento. A vista agora era para a torre Eiffel. Estávamos em Paris.

– Que lugar estranho. – comentei em voz baixa.

Por mais estranho que fosse... eu achava aquilo incrível.

A paisagem mudou em um piscar de olhos. Literalmente.

Agora a vista dava para o que parecia a Estátua da Liberdade, mas quando olhei melhor, percebi que na verdade, era o Cristo Redentor. Estávamos no Brasil.

– Rox, vem cá! – exclamou a voz de Helena atrás de uma pilha de calças e camisetas.

Pulei algumas peças de roupas e encontrei-a sorrindo para mim, com uma calça jeans e camiseta em mãos. Então ela jogou as roupas no ar e pulou para dentro de uma nova pilha de roupas. Essa ação dela repetiu-se mais algumas vezes, até que ela apareceu ofegante com uma troca de roupa que segundo ela era perfeita.

Não iria discordar de uma ajudante da deusa da beleza, então assim que Helena me empurrou para dentro de um provador, comecei a vestir-me rapidamente, tentando não bagunçar o cabelo ou borrar algo da maquiagem.

Quando saí do provador, eu não estava mais no closet tampouco na suíte de Afrodite. Eu estava em um parque de diversões, de volta á Nova York. As luzes iluminavam a rua que levava á vários tipos de brinquedos.

Comecei a caminhar meio confusa pelo parque até que bati com alguém e cai ao chão com um baque surdo. Olhei para cima vi que era um rapaz. Ele sorriu fraco e estendeu-me a mão.

– Desculpe. – pediu ele assim que fiquei de pé. – Eu estava procurando alguém.

– Eu também estou procurando alguém. – sorri desconcertada. Algo vibrou na minha mão e notei que eu segurava algo; I Was Wrong, Sleepestar começara a tocar em alto e bom som.

Olhei para o celular. Helena deve ter me dado sem que eu notasse...

– Não vai atender... – Ele olhou para a tela. – Sua tia Dite?

Ele franziu o cenho ao ler. Sorri sem graça, deslizei o dedo para a tela e atendi, levando o celular ao ouvido para escutar a voz manhosa de Afrodite do outro lado da linha.

– Ah! – a ouvi gritar, o que fez com que eu tirasse o celular de perto por alguns segundos. – Roxanne, querida! Esqueci-me de lhe avisar que Phobos está por aí, com uma garota. – disse normalmente, mas eu mordi o lábio inferior para conter um resmungo. – Mas não se preocupe! Você vai achar alguém para sair hoje também. Só quero ver por quanto tempo vocês conseguem ficar com ciúmes um do outro. – Ela riu. – O nome do garoto é Alex...

Eu joguei o celular com força no chão, despedaçando-o em dois. Eu não iria me encontrar com qualquer um apenas para causar ciúmes em Phobos por conta de uma brincadeirinha demente de Afrodite, não mesmo!

– Ahn... – disse o garoto á minha frente, surpreso pela minha reação. – Tomará que eu nunca te irrite, porque senão eu... – Ele passou o dedo pelo pescoço em sinal de que morreria. Eu ri.

– Afr... Minha tia é insuportável. Vive querendo mandar na minha vida amorosa. – expliquei, e ele deu um aceno de cabeça como entendesse.

– Bem... – falou, olhando em volta. – Acho que o otário do Alexander não vai vir, e a garota que eu ia sair me deu um belo bolo. – Ele voltou seu olhar para mim. – Está acompanhada?

– Ah, não. – Sorri aliviada. – Eu também acabei de saber que levei um bolo.

– Então... Que tal um cara bonitão acompanhar uma meiga donzela por este parque temático? – Ele estufou o peito sorrindo.

Resolvi brincar com ele. Olhei por cima de seu ombro de forma séria, franzindo o cenho. – E onde está o cara bonitão?

Ele murchou e pareceu ligeiramente desapontado.

– Estou brincando! – acrescentei, rindo. Ele sorriu e cruzou os braços.

– Isto não é coisa de se fazer, mocinha!

Balancei a cabeça e comecei a caminhar em direção á uma barraquinha de sorvete. Como eu esperava, ele estava me seguindo, e logo já estava ao meu lado.

– Ei. – ele disse, distraído. – Você já disse seu nome?

– Ah, desculpe. – murmurei. – Meu nome é Roxanne Mason.

Estendi-lhe a mão e ele apertou-a. – Sou Alan Weatherby.

Ele sorriu para mim, e eu o retribui. Algo me dizia que ele era um garoto realmente legal.


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Notas finais do capítulo

Shippo a Rox e o Alan hein! ahusahuhasu to zoando, to zoando, n me matem ;-;
Mas eai?? Gostaram?? ahusuashuas