A semideusa escrita por Queen of Disaster


Capítulo 1
Capítulo 1- Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Fanfic novinha, espero que gostem. Beijos



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Oi sou Melany, Melany Black, tenho 16 anos. Tenho dislexia, déficit de atenção e hiperatividade apenas mais uma garota problemática. Tenho cabelos pretos e com mechas loiras, naturais, olhos tão pretos que mal se diferencia íris de pupila, gosto de preto e odeio rosa. Perdi meu pai antes de eu nascer e minha mãe morreu no meu parto, desde que nasci sou criada por meus tios: Jessica e Alex. Bem, esta sou eu.

Sou uma americana, mas a partir de hoje à noite irei me mudar para a Argentina, vou mudar de escola novamente porque fui expulsa da última, como todas as outras, minha tia acha melhor que eu vá para a Argentina, simplesmente concordei, eu não tenho nenhum amigos aqui nos Estados Unidos, quando eu for para a Argentina vou morar com Andy, minha outra tia.

Andy era irmã de minha mãe, ela mora na Argentina porque lá há mais oportunidade de empregos para ela. Arrumei minha bagagem e fui almoçar, comi junto com Jessica porque Alex estava trabalhando e só voltaria à noite na hora de me levar ao aeroporto. Depois do almoço peguei meu skate e fui andar com ele pela última vez em Nova York, era uma bela cidade.

Quando voltei para casa Jessica estava no sofá assistindo televisão, abraçado com Alex:

-Mãe, pai cheguei- avisei, eu gosto de chamar eles assim, afinal foram eles que me criaram.

-Oi querida, já está tudo arrumado e seu voo só vai sair daqui algumas horas. O que minha princesa quer fazer até lá?- perguntou Jessica me dando um abraço.

-Que tal ficarmos no sofá assistindo um filme? Como nos velhos tempos: eu, você e o papai- falei sorrindo e ela assentiu.

Assistimos metade do filme e logo começamos a conversar, Alex desligou a TV e se deitou no sofá, deitei por cima dele e me acomodei em seus braços. Nós três conversamos durante um tempo indeterminado, eu iria sentir falta de meus pais.

Alex, meu pai, pode até não ser meu pai biológico, mas age como um. Ele me protegia quando eu tinha medo de algo quando pequena, ele me levava pra passear, me apoiava quando necessário, era meu cúmplice, meu amigo, irmão, tio e principalmente meu pai. Ele tem um tamanho médio e tem cabelos e olhos acastanhados.

Jessica, minha mãe, também não é minha mãe biológica, mas também age como uma. Ela é excêntrica, animada, sorridente, protetora, sempre me apoia e me consola, ela além de ser minha tia e minha mãe, ela é uma amiga na qual eu sei que sempre posso contar. Ela é baixinha, tem cabelos loiros e lisos, tem olhos azuis feito água.

Amo meus pais e sofri cada vez em que eu era mandada para uma escola longe deles, para essa agora que vou, na Argentina, por exemplo, chorei muito e durante todo o tempo que eu estava em casa estava abraçada com eles.

Olhei para o relógio e vi que em breve meu voo iria partir, pegamos minhas malas e fomos para o aeroporto, chegando lá eu não queria desgrudar de meus pais, estava triste. Logo meu voo foi chamado e embarquei com o coração na mão.

Durante o voo tudo foi tranquilo tirando a parte que passamos por uma tempestade, que o comandante conseguiu desviar por pouco e com alguns danos. Ao chegar à Argentina observei Buenos Aires lá de cima, era muito lindo. Minha tia me esperava logo me deu um abraço forte e caloroso, conversamos em espanhol, para que eu me adaptasse melhor, durante todo o percurso até seu apartamento.

Chegando lá vejo que o apartamento é grande, minha tia mostra tudo do prédio, é tudo muito bonito com uma arquitetura excelente. Conheci algumas pessoas, mas logo voltamos ao nosso andar porque eu estava exausta da viajem.

Quatro meses se passaram e nada de ruim aconteceu, mas minhas notas estavam ruins, como sempre. Tentava de tudo para melhorar, mas nada era o bastante por causa dos meus malditos problemas, mas tirando isso tudo estava ótimo.

Eu não havia feito muitas amizades, só havia feito uma na verdade com Grover, ele sempre usa chapéu e anda de muletas. Ele tem minha altura e minha idade, é muito legal e é meu melhor amigo, afinal é o único.

Estávamos no mês de novembro, no último dia de aula, hoje seria realizada a última prova e seria de latim, a única matéria que me dou, mais ou menos, bem. Quando acabei a prova Grover me esperava do lado de fora da sala, conversamos um pouco sobre a prova depois seguimos para a minha casa, no caminho percebi que uma figura nos seguia, mas não dei muita importância.

Resolvemos parar no nosso restaurante japonês favorito para comer e a figura nos seguiu, conversei com Grover e ele disse que achava ser apenas coisa da minha cabeça, então fizemos nossos pedidos e aguardamos, logo chegou e comemos. Liguei para minha tia Andy avisando que iria demorar depois eu e Grover fomos ao museu porque eles iriam exibir uma exposição sobre a mitologia grega, nós éramos muito interessados nesse assunto.

Vimos toda a exposição e no final havia uma porta com uma faixa na frente dizendo: “PROIBIDO ENTRADA, SOMENTE PESSOAL AUTORIZADO”, mas como eu nem Grover somos santos nós passamos por debaixo da faixa e entramos no local, lá estava à próxima exposição, era sobre a vida animal, nós olhamos tudo e era realmente muito legal, quando terminamos nos viramos para sair e vimos àquela figura que nos seguia retirar um capuz que escondia seu rosto, era algo muito estranho e amedrontador com garras enormes e asas enormes, olhei bem e vi que era uma fúria lembrei por causa da exposição que vira a pouco.

Apertei fortemente minha luva em forma de esqueleto e esta, surpreendentemente, se tornou uma espada de bronze e em seu cabo tinham algumas esmeraldas, na lâmina estava escrito: “Submundo”, estranhei, mas não era um momento para raciocinar, a fúria vinha em minha direção, mas não estava vindo como se quisesse atacar era como se viesse me buscar, mas a ataquei e muita e ela tentou se defender a todo custo, mas não conseguia, eu deferia golpes em locais críticos. Quando menos esperava Grover estava com uma adaga e estava sem as muletas, ele lutava junto a mim contra aquele ser logo ele conseguiu atingi-la na cabeça e dela jorrou um liquido preto. Olhei para meu amigo e só vi ele recolher suas coisas e me puxar pelos braços, eu fazia várias perguntas e ele não me respondia nenhuma delas só pedia para que eu me calasse e que quando chegássemos a minha casa ele iria explicar.

Quando chegamos vi minha tia na cozinha tirando um brigadeiro da geladeira, ela me entregou o brigadeiro e disse que eu podia comê-lo todo e perguntou se Grover não queria e ele começou:

-Andy, eles a encontraram, arrume as coisas dela vou notificar a Quíron- ele falou e minha tia saiu correndo escada acima.

-Espere ai mocinho- falei enquanto ele tentava tirar meu brigadeiro- primeiro, você não vai tirar meu brigadeiro; segundo, quem ou o quê era aquela coisa no museu? Terceiro quem é Quíron? Quarto dá pra explicar por que minha tia saiu daqui feito uma louca e por que ela vai arrumar as minhas coisas?

-Ai Mel, esse não é o momento para perguntas- olhei para ele com um olhar ameaçador- não me olha assim... Tá eu conto, aquela coisa no museu era uma fúria, faz parte da mitologia grega sabe?! Quíron também faz parte da mitologia grega é só você lembrar-se das aulas e sua tia saiu daqui feito uma louca porque você está indo embora.

Ele depois explicou um monte de coisas sobre mitologia e tal, falou sobre deuses, semideuses e disse que eu era uma, falou e mostrou que era um sátiro. Era muita informação, mas resolvi acreditar e em breve eu estaria num local seguro, pelo o que ele disse.

Minha tia chegou logo que ele terminou a explicação, me entregou minha mochila preta e disse que dentro tinha minhas roupas, artigos de higiene pessoal, meus CDs e mais um monte de coisas, depois me puxou para o carro, enquanto isso Grover estava em algum lugar da minha casa falando com o tal Quíron.

Logo Grover apareceu dentro do carro, disse que eu tinha a permissão de Zeus para voar, achei aquilo estranho, mas achei melhor não comentar nada. Peguei o telefone e liguei para meus pais:

“Alô, quem fala?”- era minha mãe.

-Para quem está ligando Melany?- falou Grover.

Alô mamãe, eles me encontraram e não faça de conta que não sabe do que estou falando”- falei para minha mãe.

Melany? Eles fizeram algo contra você? Onde você está?”- minha mãe disparava perguntas.

Eu estou bem, estou indo para, como disse o Grover, um local seguro em Long Island. Por favor, não se preocupe e eu vou te ligar assim que puder. Manda um beijo para o papai, eu amo vocês dois”.

Eu desliguei, mas antes ouvi um “nós também te amamos”, olhei para Grover e para minha tia, ela olhava para a estrada com um semblante triste e preocupado, ele olhava para mim com um olhar de pena, tristeza e solidariedade.

Chegamos ao aeroporto e me despedi de minha tia com um abraço muito apertado, não sabia quando e se a veria novamente. Pegamos o avião e o caminho foi tranquilo, não dormi em nenhum segundo já Grover dormiu todo o caminho.

Quando chegamos pegamos um táxi, Grover explicou o caminho e o taxista disse que sairia caro, Grover disse que pagaria tranquilamente. Não demorou muito e adormeci no colo de Grover, acordei com meu amigo me fazendo cócegas:

-... Para Grover... Para... Já acordei... Para- falei entre risadas.

-Que bom ver um sorriso nesse rosto, mas nós já chegamos e não sou bom no equilíbrio, não vai dar pra te carregar e levar a minha e a sua mochila.

Ele sorriu abertamente, pagou o taxista o dobro do que ele pediu e saímos do carro, vi uma placa e nela estava escrito palavras em grego: “ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE”.

Entramos no local e era bem grande, com muitas plantas e muitas pessoas, ao longe avistei treze chalés enormes, mas não dava para prestar muita atenção porque Grover estava me levando para uma enorme casa feita completamente de madeira e na frente dela havia uma mesa com um homem, um centauro e dois sátiros jogando um carteado.

-Quíron- chamou Grover e o centauro se virou- cheguei e esta é a semideusa.

-Oi, qual seu nome?- falou Quíron.

-Oi, sou Melany Black- respondi.

-Seja bem-vinda Melany, eu sou Quíron e aquele é o Sr. D- falou apontando para o homem que apenas acenou.

Conversamos durante um tempo e logo anoiteceu, Quíron disse que eu deveria ficar no chalé 11, o chalé de Hermes. Quíron também mandou que me arrumasse porque iria acontecer algo importante hoje, ele não disse exatamente o que só disse que seria importante.

Um garoto apareceu, ele era do meu tamanho, tinha cabelos loiros e olhos verdes, tinha um belo sorriso ele se apresentou:

-Olá sou Daniel, filho de Hermes e você?

-Melany, mas pode me chamar de Mel, indeterminada- falei.

-Venha, vou te levar ao chalé 11.

Ao chegar ao chalé vi muitos meninos, mas nenhuma menina, e quando entrei todos pararam o que estavam fazendo e ficaram me olhando, me senti incomodada e Daniel percebeu:

-Ei, podem parar de olhar a garota ela tá ficando constrangida.

Eles tentaram disfarçar, mas não eram muito bons, agradeci a Daniel e ele me levou até um quarto que tinham mais uns seis meninos nas suas camas e mais uns três no chão:

-Você pode ficar com a minha cama...

-De jeito nenhum, isso é um absurdo, não eu durmo no chão sem problemas...

-Uma dama não deve dormir no chão e não tem problemas, não tente insistir porque sou teimoso- ele avisou.

Discutimos mais um pouco e ele ganhou, depois me mostrou onde era o banheiro, peguei minha mochila e fui para o banho. Quando terminei vesti uma blusa preta com o nome “Legião Urbana” na frente e um short preto um pouco curto e claro, não podia esquecer-me do meu inseparável all-star.

Quando sai percebi alguns olhares, mas resolvi ignorar e segui em direção a Daniel que estava sentado na cama, sentei ao seu lado e ficamos conversando um pouco até que escutamos uma concha tocar, já estava na hora do jantar, Daniel mandou que eu escondesse minha bolsa, afinal Hermes também era deus dos ladrões.

Dirigimos-nos ao refeitório, ele era enorme, Daniel me pegou pela mão e me levou a mesa de Hermes, mas não demorou um minuto e Grover apareceu, disse para Daniel que eu iria jantar com ele e Percy, concordei e me despedi de meu mais novo amigo.

Chegamos a uma mesa que só tinha dois garotos e um deles estava de óculos escuros, Grover pigarreou e os dos levantaram as cabeças:

-Bem pessoal essa é a Mel- disse Grover sorrindo.

-Olá eu sou Tyson, seu nome é Mel mesmo ou é apelido?- falou o garoto de óculos escuros.

-É apelido, meu nome mesmo é Melany, por que você não tira os óculos?- perguntei sorrindo.

Ele sorriu de volta e tirou os óculos, ele só tinha um olho então entendi, ele era um ciclope.

-A cor do seu olho é muito bonita- elogiei.

Ele agradeceu e ia colocar os óculos de volta, mas eu disse que ele ficava melhor sem eles e ele apenas sorriu e deixou o óculos de lado.

-Eu sou Percy- falou o garoto estendendo a mão- prazer em conhecê-la Melany, gostaria de sentar conosco?

Agradeci e sentei depois que a comida foi servida fomos para uma fogueira e jogamos a melhor coisa de nosso prato nela, vi Percy e Tyson jogando e falando o nome de seu pai como uma oferenda, quando chegou minha vez coloquei o melhor pedaço de carne e não disse nada.

Voltei à mesa e comi o resto de minha comida, logo Quíron chegou com o Sr. D e disseram que iriam fazer um anúncio, logo todos se calaram e Quíron começou:

-Primeiro quero avisar que temos uma campista nova, por favor, Melany poderia se levantar?- me levantei e depois que ele assentiu me sentei- e segundo os três grandes estão aqui, Zeus, Poseidôn e Hades.

Todos estremeceram quando ouviram o nome de Hades, três homens entraram e dava pra reconhecer de cara quem era quem, os três sentaram-se e comeram ambrosia e beberam néctar.

Quando o jantar terminou eu ia retornar ao chalé 11, mas Quíron me chamou junto a Grover e logo que este chegou ele começou:

-Melany, você sabe por que estes deuses estão aqui?- neguei- estão aqui para contar sua história...

-Não, é melhor ela escutar com toda a família presente- falou Grover.

-Tudo bem- suspirou Zeus- Melany, amanhã você vai ao olimpo. Apolo virá buscá-la. Ok?- Zeus perguntou.

Apenas assenti, desejei uma boa noite e voltei ao chalé 11, deitei na cama de Daniel e adormeci.


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