POV - Jacob

...

– Uhm, esse sanduíche está muito bom - diz Nessie, com a boca cheia de comida.

Seu jeito tão natural, seus cabelos balançando tão naturalmente, seus olhos brilhando ao me encarar, tudo isso nela me encanta.

– Acho que eu deveria levar créditos por isso - eu digo, fazendo ela sorrir - fui eu que fiz.

– Parabéns - ela responde se aproximando de mim.

Nessie chega cada fez mais perto, logo sinto sua respiração. Eu coloco minhas mãos em seu rosto macio e delicado. Ela me olha com desejo, e quando vamos nos beijar, puf! Um frisbee vem e nos acerta.

– Desculpe - pede um senhor, se aproximando com seu cão.

Nessie o olha vidrada, posso ver o quanto ela gostou do cachorro.

– Tudo bem - eu digo, sorrindo - Qual o nome dele? - digo, indicando o cachorro.

– Louie - o senhor nos responde, fazendo carinho no cão.

– Ele é lindo - diz Nessie - Posso passar a mão?

– Mas é claro! - o senhor nos responde, se aproximando com o cão.

Nessie então passa suas pequenas mãos por entre os pelos cor de caramelo do cachorro, ele vai pra cima dela abanado o rabo como se quisesse brincar. Os olhos dela brilham, seu fascínio pela cachorro realmente me comove, ela brinca com o cachorro como uma criança.

– Ele gostou de você. - o senhor diz sorrindo.

– Ele é uma graça. - Nessie responde ainda com os olhos fixados no cachorro.

O senhor pede desculpas mais uma vez e depois sai com o cão. Nessie os acompanha com os olhos e assim que os perde de vista volta sua atenção á mim.

– Gostou do cachorro? - Pergunto com os olhos fixados nos seus.

– Uhun. - Ela responde com um sorriso meigo. - Nunca tive um.

– Serve um lobo? - Pergunto com ironia.

Ela apenas torce o nariz e sorri de lado.

– Depende... - Ela diz fazendo charminho, o que a deixa irresistível.

– Depende de que?

– Não sei... - Ela diz tirando os sapatos.

– Depende de que? - Insisto.

– Do quanto esse lobo corre. - Ela se levanta e sai correndo em direção á uma parte mais sossegada do parque, me levanto e corro atrás dela. Ela olha para trás e percebe que eu estou perto o suficiente, então a puxo pela mão fazendo com que nós dois caíssemos na grama. Paro com o corpo por cima do dela e nossos rostos colados.

– E então... Esse lobo corre o suficiente? - Sussurro perto do seu ouvido fazendo seu corpo estremecer.

POV - Renesmee

Seu cheiro suave e amadeirado e seu hálito quente invadem minhas narinas me trazendo uma sensação de paz e segurança. Seu sorriso puro e sem mentiras me fazem querer mergulhar cada vez mais nesse oceano desconhecido. Seu rosto se aproxima do meu lentamente, me fazendo desejar seus lábios nos meus. Logo meu simples desejo se transforma em um beijo calmo e prazeroso, uma de suas mãos percorre meu pescoço até o meu ombro nu, seus dedos desenham carícias que descem pelo meu braço fazendo com que um leve arrepio percorra a minha espinha, e então o beijo se torna voraz, sua língua explora cada parte da minha boca fazendo-me retribuir. Uma batalha é travada por espaço e no momento eu não me importo em perder. Ele levanta meu corpo cuidadosamente da grama com uma das mãos e então eu me apoio sobre um dos braços, com a minha mão livre percorro seu pescoço até chegar em seus cabelos, agarro-os levemente trazendo-o para mais perto, mas o bendito fôlego me falta e então eu interrompo nosso beijo. Com a respiração acelerada ele me olha profundamente e coloca uma das mãos em meu rosto.

– Eu te amo. - Ele sussurra.

– Eu também. - Respondo sem hesitar. Sim, eu realmente o amo.

Ele me olha feliz e ao mesmo tempo surpreso.

– Falei algo errado? - Pergunto.

– Não, claro que não. - Ele me olhou e sorriu e, meu Deus, que tipo de sorriso é esse: que tira o fôlego, dá nó na garganta, acelera o coração e faz as pernas tremerem? Que tipo de sorriso pára o mundo e faz o meu mundo inteirinho girar em torno de uma única pessoa? Aliás, pode um sorriso ser a casa de alguém? Porque, eu juro que moraria no dele até o fim da vida. - Está olhando o que? - Ele perguntou me tirando do meu transe.

– Nada, oras. - Respondi sem graça.

Ele então vira o corpo e se deita na grama de barriga para cima, usando os braços como travesseiro. Me ajeito do seu lado e me debruço sobre seu peito fitando-o.

– Sabia que antes de eu te conhecer eu te via em meus sonhos? - ele perguntou olhando fixamente em meus olhos. - Mas eu nunca conseguia ver seu rosto nitidamente.- fiquei sem graça e apenas desviei o olhar. - Mas eu sabia que quando eu te visse, eu te reconheceria. Você é inconfundível, eu saberia que era você mesmo se estivesse entre milhões de pessoas.

O silêncio tomou conta de nós, eu nem se quer sabia o que dizer. Apenas me deitei ao seu lado colocando a cabeça sobre um de seus braços, ficamos fitando o céu. O sol que antes o clareava agora estava escondido atrás de algumas nuvens, o dia estava ficando nublado e um vento gelado começou a soprar. Me encolhi aninhando-me em seu peito, seu outro braço passou em volta de mim aquecendo-me. Ele então beijou minha testa e sussurrou um "eu te amo" em meu ouvido, eu apenas fechei os olhos e me aproximei ainda mais dele.

...

– Jake Corre! - Gritei correndo para a mesa onde estava as nossas coisas. Enfiamos tudo dentro da cesta de piquenique e corremos para a moto, colocamos os capacetes e ele deu partida.

O pequeno chuvisqueiro agora havia se transformado em uma chuva forte e pesada. Estamos parados em um posto de gasolina esperando a chuva passar, encostados na moto, com os grandes e quentes braços de Jake ao meu redor. Estou tremendo feito vara verde, meus dentes estão batendo sem parar.

– Está com muito frio? - Ele pergunta me apertando ainda mais contra si.

– Uhun. - Respondo tentando parar de bater os dentes, o que é impossível.

– A chuva deu uma diminuída, quer tentar ir pra casa? - Apenas fiz que sim com a cabeça. Preciso urgentemente de um banho quente, se não vou congelar.

Subimos mais uma vez na moto e Jake correu até o seu apartamento, deixamos a moto no estacionamento e subimos correndo até o andar dele. Assim que entramos ele me mandou entrar no banho e assim o fiz. Me despi daquela roupa molhada e abri o chuveiro, a água quente foi caindo sobre minha cabeça me trazendo uma sensação de conforto, tomei um banho bem demorado e depois peguei a toalha que Jake havia deixado pra mim na porta, me enrolei e depois corri para o quarto dele, havia uma troca de roupas para mim em cima da cama. Uma blusa de frio preta, uma calça de moletom cinza com elástico e um par de meias. Assim que terminei de me vestir peguei um cobertor que estava dobrado em cima da cama e me enrolei nele, fui até a sala e me sentei no sofá. Minutos depois Jake sai do banheiro com uma toalha verde enrolada na cintura, ele vai até o quarto e depois sai usando apenas uma calça preta, seu abdômen nu e musculoso me faz derreter e sinto um leve arrepio percorrer minha espinha, alguns fios de seus cabelos recém lavados caem sobre sua testa dando uma visão um tanto "sexy" do meu lobinho. Ele se senta ao meu lado no sofá sem dizer uma só palavra, me puxa para perto e passa um dos braços ao redor do meu corpo.

– Está quentinha? - Ele pergunta me aninhando em seu peito.

– Estou. - Respondo mergulhando meu rosto em seu pescoço.

– Sinto muito pelo piquenique. - Ele diz mexendo nos meus cabelos. - A chuva não estava nos meus planos.

– Pra mim foi tudo perfeito. - Respondo agora olhando em seus olhos.

Ele sorri e me da um selinho.

– Vamos fazer alguma coisa a noite? - Ele pergunta tirando uma mecha do meu cabelo que caiu no meu rosto.

– Desculpa, mas não posso. - Falo fazendo biquinho. - Noite das garotas.

– Tá! O que seria a "noite das garotas"?

– Pizza, fofoca e filme romântico. - Digo erguendo uma das sobrancelhas.

– OK. Não tem como eu competir com isso. - Ele responde rindo. - Mas você vai ficar mais um pouco comigo não é?

– Depende... Eu nem sei que horas são.

Ele puxa o celular do bolso e olha as horas.

– 18:30.

– Posso ficar mais um pouquinho. - Digo sorrindo.

Ele puxa meu rosto delicadamente e sela nossos lábios, o beijo começa calmo mas logo se torna voraz, urgente. Ele passa uma das mãos na minha cintura por debaixo da blusa apertando-a com cuidado, estremeço com seu toque e um arrepio sobe das minhas partes baixas até a nuca fazendo-me soltar um gemido. Ele me puxa para mais perto e me sento no seu colo com as pernas em volta do seu corpo. Agarro com uma das mãos seus cabelos úmidos com desejo, com a outra arranho suas costas suavemente, ele leva uma das mãos até a minha nuca e agarra meus cabelos devagar, o desejo toma conta por completo de mim. Ele tira minha blusa deixando-me apenas de soutien, suas mãos acariciam meus seios e sobem até o meu pescoço me levando á loucura. E então penso bem no que estou prestes a fazer e simplesmente me afasto.

– Fiz algo errado? - Ele pergunta me olhando confuso.