Polaroid escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 2
Escadaria da Broadway


Notas iniciais do capítulo

Hey, como vão? Hoje é domingo e, pra quem já me conhece, é dia de capitulo novo. Mas como eu sempre atraso também é dia de milagre hah então, agora eu só estou com essa fic, já que a antiga foi finalizada na quinta, eu acho. Todo domingo eu tenho um encontro com vocês, as vezes podem rolar umas surpresas no meio da semana, mas beeeem as vezes.
Aproveitem!



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Clary nunca imaginou ser a responsável pela maior matéria da revista. Muito menos no mês de fevereiro, edição sobre os namorados. A matéria seria sobre roupas intimas e ela tinha três dias para achar dois modelos, um homem e uma mulher. Ela logo mandou mensagem para o resto da sua equipe, pedindo que fossem para o escritório dela em meia hora. Como sempre, todos foram pontuais.

– Boas noticias – disse toda animada – a grande matéria é nossa!

Ela viu todos ficarem animados, foi difícil fazê-los se acalmarem.

– Galera, calma! – ninguém a ouviu – EEEI! Obrigada. É o seguinte, a matéria é sobre roupa intima e querem uma mistura de sensualidade e amor, por isso precisamos de só um casal e dez trocas de roupas. O trabalho vai ser pesado!

– Só um casal? – Michael, o maquiador, perguntou sabendo que cada roupa pedia uma maquiagem e cabelo diferentes.

– Sim, só um. É o mês dos namorados, precisamos de alguém com química. Jake, ligue para os modelos desse álbum e marque os testes para essa tarde, por favor. Os outros vão se preparando.

Jonathan saiu naquela manha em busca de um emprego, mas não era tão fácil quando seu ultimo chefe o demitiu por ser pego transando com sua secretaria. Eram dez horas da manha e já tinha passado por duas editoras de quadrinhos e já estava agendado para mais duas até o meio dia. Ele estava desesperado, por qualquer coisa. Chegou na hora marcada, mas não passou cinco minutos lá dentro. A vaga tinha sido preenchida. Ele passou a próxima meia hora no café de seu amigo, Will.

– Cara, se ta fudido se teu pai aparecer na sua casa e você estiver sem emprego.

– Sim, eu sei. Meu pai faz questão de me ligar para me lembrar disso – disse virando uma cerveja.

– Você não devia estar bebendo – disse Will pegando a garrafa.

– Até as onze e meia isso já saiu da minha corrente sanguínea – Jonathan pegou-a de volta e virou em mais um gole.

– Não me surpreende não ter um emprego, qual foi a ultima vez que levou algo a serio?

– Quando sai de casa e quando fiz essa tatuagem aqui – disse apontando para um símbolo tatuado em seu pulso esquerdo.

– O que significa?

– Quando eu conhecer alguém realmente importante para mim eu conto. Me vê alguma coisa para comer? Doce, por favor.

– Leva isso a serio ou você vai acabar atrás de um balcão como esses.

– Você ta atrás do balcão – disse Jonathan fazendo pouco caso do amigo.

– Eu sou o dono – disse dando de ombros.

– Então não tem problema de me arranjar um emprego aqui caso até semana que vem eu fique sem emprego. Falando nisso, tenho que ir!

– Leva a serio, ok?

– Pode deixar.

Mas não levou. Jonathan nunca foi bom com formalidade e agora teria que se virar. Tinha mais duas entrevistas depois do almoço, mas ele já não acreditava que conseguiria.

Os testes começaram as duas da tarde, primeiro as mulheres. A maioria era muito sem sal e tinha a mesma cara de todas. Clary procurava um casal que tivesse um rosto suave e angelical, mas uma sensualidade selvagem e nenhuma delas tinham. Ficou feliz por sua amiga, Anna, ter aparecido. Ela tinha um pouco do que precisava, mas não era suave e nem angelical. Enganava bem, apenas isso.

Os homens foram um fracasso. Todos eram musculosos ou secos de mais e não queria que parecesse que o cara ficou horas na academia. Todos entraram e todos saíram sem trazer nenhuma animação para Clary. Ela separou dois deles para caso não achasse ninguém, mas temia ter que usá-los. Suas fotos estavam arruinadas.

– Eu preciso sair – disse Clary pegando seu casaco – vou andar, sempre tem alguém andando por ai que seja útil.

– Você espera que esse anjo que tanto espera caia do céu?

– Sim, espero!

Clary foi andando pelas ruas até a Times Square, em busca de um Starbucks. Se algo a acalmava era um café e bolinho de chocolate. Ela se sentou um uma mesinha da janela e tirava algumas fotos de coisas que achavam legais, era o que a fazia pensar melhor. Em algumas fotos viu um rapaz chegando e se sentando na escadaria da Broadway. Era loiro, tinha uma altura boa, ombros largos e não parecia se matar na academia. Perfeito! Ela se levantou e correu para fora, odiava correr de salto, seu café virou em sua blusa e quase foi atropelada, mas conseguiu chegar a tempo no loiro, que agora tinha sua total atenção.

– Oi – disse uma ruiva ofegante – tudo bem?

– Comigo ta tudo ótimo, mas você ta com cara de quem estava sendo perseguida por alguem.

– Ou perseguindo alguém, você para ser mais exata – disse ela olhando uma grande mancha em sua blusa, parecia ser café.

– Você é louca ou maníaca? – Jonathan pegou suas coisas, mas a ruiva o segurou e derrubou sua prancheta.

– Uau, que desenho legal – disse devolvendo para Jonathan – olha, eu sei que parece estranho. Mas você esta desempregado e eu desesperada, então, por favor, posa de cueca pra mim.

– Maníaca, com certeza – disse Jonathan andando, mas a ruiva o seguiu.

– Deixa eu concertar, eu me chamo Clarissa, prefiro Clary, e trabalho para a Vogue. Preciso de um modelo pra posar de cueca e você é perfeito para isso.

– Sou Jonathan. Primeiro, por que deduziu que eu estou desempregado? Segundo, você vai estar de lingerie?

– Você esta no meio da Times Square, desenhando, em horário comercial. Não, eu sou a fotografa.

– Que pena, sempre fui apaixonado por ruivas – Jonathan jogava todo seu charme para Clary.

– A modelo que vai posar com você é loira, então muda de opinião.

– Eu ainda não aceitei.

– Aqui ta meu cartão, ta meio sujo de café, mas me liga até amanha ok? Eu só tenho até quarta para resolver isso.

– Pode deixar, amanha eu ligo – disse analisando o cartão – Clarissa.

– Clary, por favor!

Clary não sabia se estava aliviada por ter achado alguém ou nervosa por não saber se ele aceitaria. Jonathan era exatamente o que ela procurava para as fotos. Mal conseguiu dormir e não desgrudou do celular no dia seguinte. Olhava de hora em hora, esperando que a tela acendesse. Tomou o banho rápido, mas, como se estivesse esperando ela ligar o chuveiro, o telefone tocou, era de um numero novo. Clary se enrolou na toalha e ficou aliviada ao ouvir uma voz masculina.

– Jonathan?

– Ruiva maníaca?

– Graças a Deus! Então, vai aceitar?

– Calminha ai, quero tirar algumas duvidas antes – eles passaram vários minutos discutindo sobre o trabalho e Clary tinha que admitir que até falando sobre isso ele era sexy – e, algo muito importante, vou ter que passar maquiagem?

– Sua maior preocupação é a maquiagem? Vai usar, mas isso é um tabu que ninguém liga. Topa ou não?

– Ok, quando eu tenho que aparecer?

– Hoje, as dez da manha. Precisa fazer um teste antes, mas é quase certeza que você vai conseguir. Agora eu tenho que voltar para o banho...

– Pera, você esta a todo esse tempo falando comigo nua?

– Jonathan, você tem quantos anos?

– O suficiente para te chamar para sair...

– No estúdio as dez, não se atrase.

– Lógico que não vou.

Clary desligou o celular ainda ouvindo a voz sexy de Jonathan em seus ouvidos.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? por favor, não deixem de comentar. Por ser fic nova os comentários me incentivariam muito. Até a próxima, XoXo