Uma semana já se passou, ou seja hoje é o meu aniversário. Nessa ultima semana eu fiz as provas e hoje elas acabavam. Todos os dias eu ficava no grêmio para ajudar o Nath ele me fazia bem, mas não de uma forma estranha que desse clima, ele me lembrava um irmão que eu nunca tive. Ou será que tive? O fato de ser adotada ainda me assombrava. Será que eu tinha irmãos? Como serão meus pais verdadeiros? Por que eles me colocaram na adoção? Eu queria respostas, e talvez só meus pais adotivos pudessem me dar.

Fui em frente ao espelho, ainda eram 5 da manhã. Com a ansiedade de aniversario acabei acordando naturalmente. Meus olhos eram grandes e bonitos. O azul variava em 2 tons. Quem na minha família possuía olhos assim? Ninguém. Passei os dedos pelos meus cabelos loisos e sedosos. Era uma cabeleira negra. Meus pais tinham cabelo castanho. Segui contornando meus lábios de um vermelho vivo natural. O da minha família era rosa claro. Minha pele puxava mais para o branco, minha família era morena. Desci a mão para os meus seios que eram bem fartos. Minha mãe era uma tábua. Me sentei no chão e continuei a me observar no espelho.

“ Nunca seja triste, as pessoas gostam mais da presença de pessoas alegres." Me lembre da minha mão dizendo. Fiquei de pé em um pulo. Agora tenho 17 anos. Foi a única coisa que pensei em seguida. Hoje era meu dia, eu ficaria feliz. Corri para o banheiro e tomei meu banho. Vesti uma bata vermelha e um short jeans. Coloquei uma botinha para variar do all star. Seguei os cabelos que caíram como uma cortina lisa nas minhas costas. Passei um lápis de olho que apenas deixava o azul dos meus olhos ainda mais vividos.

Desci para a cozinha e encontrei minha tia tomando uma xicara de café. Assim que me viu ela sorriu.

– A aniversariante do dia! Não está muito adiantada?- Ela se levantou e pegou duas caixinhas. Me deu a primeira de veludo. Abri e dentro havia uma posseira com pedras de safira. Combinava com meus olhos, era linda. Sorri.- sua mão que escolheu. Comprei o meu combinando com o dos seus pais- Me estendeu a segunda. Dentro havia um anel de prata com uma pedra única de safira.

– Eu adorei tia! Caramba... Tenho que ligar para os meus pais!- Eu disse.

– Não será preciso. Eles virão para a sua festa.- Não mostrei a decepção que eu sentia. Eu não estava pronta para encarar eles. Aqueles que me enganaram. Aqueles que mentiram minha vida toda. Forcei um sorriso.

– Que ótima noticia! Bom vou indo para escola...- Eu coloquei a posseira seguida do anel.

– Mas ainda falta 40 minutos...

– Quero chegar cedo para revisar!

– Bom, sua festa é as..

– 21. Eu sei tia. Bom vou indo.- Ela correu para me dar um abraço. Ela não era muito de contato, mas acho que devido ao dia eu merecia. cheguei na escola faltando 30 minutos e Castiel ainda não havia chegado. Nathaniel estava destrancando a porta da escola. Se virou ao ouvir meus passos. Ele era ninja ou o que?

– Quanta sorte! Vou ser o primeiro a te dar parabéns!- Correu na minha direção e me abraçou forte.- Parabéns pequena. Muita felicidade, muita paz, muito amor..- Ele piscou para mim- Obrigada por ser a princesa que sempre me alegra! Te adoro muito viu?

– Nath.. Muito obrigada! Sabe que também te adoro e não sei o que seria de mim sem você.

– Uma pessoa com um presente a menos. Olha eu não sabia o que te dar então lembrei que você gostava de literatura...

– Não precisava me dar nada, só ser você já é o suficiente...

– Shiu Alasca! Presente a gente não recusa! Não me magoe...- Ele colocou a mão no coração fingindo estar magoado. Ri da gracinha e fiz cara de brava.

– Então cadê meu presente em?- Ele me estendeu um embrulho caseiro. Sorri. Era um livro dos clássicos de Shakespeare. Abri e percebi que estava todo riscado.

– Bom... esse era o meu exemplar. Mas achei que você ia gostar.- Pulei nele o esmagando em um abraço.

– Eu amei Nath! Muito obrigada mesmo!- Ele riu e afagou meu cabelo. Escutei uma tosse atrás de nós. Me virei e vi Castiel sorrindo.

– Posso te dar um abraço de parabéns também?- Perguntou. Nath riu e me soltou e entrou para escola.- Bom pequena, por onde começo? Você é uma pestinha muito chata que entrou para minha vida. Provavelmente a única que não tem medo de mim. E cara, agora você ta mais velha. Então meus parabéns, muita felicidade baixinha- Sorri para ele abracei ele bagunçando seu cabelo. Ele me levantou do chão e me girou. Rimos.

– Certo tomatão, obrigada de verdade. Sei que isso é muito importante para você, então juro continuar infernizando sua vida- Eu disse e ele riu e bagunçou meu cabelo. Nos sentamos juntos na árvore como sempre até que escuto um grito vindo do portão.

– CADE ELA! SERÁ QUE ELA SAIU MAIS CEDO PARA FUGIR DA GENTE?- Era a voz de Rosa. Ela estava com um olhar de dar medo com Alexy e Íris, cada um de cada lado. Íris parecia um pouco assustada, mas Alexy estava do mesmo jeito que Rosa. Me levantei e entrei no campo de visão deles.

– Na verdade eu acordei cedo demais...- Eu disse. Os três me encararam e soltaram gritinhos de alegria e correram na minha direção me abraçando.

– Barbie! Eu encontrei um modelo para você...

– Meu anjoooo! Eu fui no shopping claro! Comprei a roupa para hoje a noite...

– Eu trouxe uma coisa mais humilde...

Tente adivinhar quem falou cada coisa? Eu me perdi enquanto eles falavam juntos. Reconheci como Alexy, Rosa e Íris respectivamente.

– Gente! Deixa eu respirar por favor!- Eu ri. Eles continuaram tagarelando enquanto me apertavam cada vez mais e eu ria. Por fim me separei deles.

– Bom.. Lembra que eu disse que ia achar um modelo igual ao seu? Bom...- Ele me estendeu uma caixa. Dentro havia uma Barbie que era quase igual a mim.- Meu primo que faz. Gostou?

– Alexy, eu amei- Ri enquanto abraçava ele.

– O meu presente ficou na sua casa- Rosa fez um bico- É a roupa que você vai usar hoje.

– Vamos juntos para casa, que tal? Nos arrumamos juntos!- Eu disse. Todos comemoraram e Rosa me abraçou. Íris chegou perto.

– Bom, eu vi esse colar e achei a sua cara- Ela me estendeu um saquinho. Abri e dentro havia um colar com uma clave de sol.

– Íris eu realmente amei- Abracei ela e entramos juntos na escola. O sinal bateria em 7 minutos. Estava na porta da sala quando alguém me gritou.

– Alasca!- Lys corria igual a um foguete na nossa direção. Segurou minha mão e encarou os os outros que haviam feito bicos contrariados.- Foi mal, mas ela é minha!- Correu comigo em direção a escadaria.

– Olá bipolar, tudo bem?- Eu perguntei rindo.

– Eu não sou bipolar- Ele franziu as sobrancelhas.

– Você é sim...

– A é? Me conta o que mais você sabe de mim...- Ele colocou uma mecha de cabelo minha atrás da cabeça.

– Bom você é meio estranho. Cada hora esta de um jeito, mas até que é legalzinho. Você odeia pessoas que julgam as outras e ao contrário do que as pessoas pensam você ama clássicos. Admira a moda vitoriana e ama a música. Gosta de ir a festas e eu sei que tem um coração mesmo que não demonstre as vezes. Você não é muito fã de dar apelidos pras pessoas, mas você mesmo adora seu apelido...- Eu ia continuar falando, mas ele colocou um dedo sobre minha boca.

– Você descobriu bastante coisa em? Acho que me conhece melhor que u mesmo. Mas hoje o dia não é meu. Linda, meus parabéns de verdade. Eu sei que vacilei com você, mas nós dois superamos isso juntos. Quer dizer... Nunca vamos esquecer o que dissemos, mas acredito que possamos seguir em frente. Quero que você seja muito feliz e que tenha tudo o que você quer...- Ele engoliu em seco. Estava sério, concentrado, sua voz ficou rouca- Você agora tem 17. Quero que saiba que pode contar comigo para tudo. Tudo mesmo. Apesar das minhas idiotices e tals, eu tenho um coração como você mesmo disse.

– Lys... Isso foi lindo, de verdade. Eu nem sei o que dizer...

– Não diga nada. Vamos para a sala e seu presente vai ser na festa- Ele sorriu e me deu um beijo na testa. Era estranho. As vezes ele agia como meu namorado, fazia coisas como se fosse meu namorado, mas nós não éramos. Ele me encarou e seus olhos desceram para os meus lábios- Ok, é melhor irmos para a sala.

Chegamos e nos sentamos juntos. O sinal bateu e o professor entrou correndo. Colocou as provas nas mesas de cada um, e iniciamos.

***

Fui uma das primeiras a sair. Era um simulado da área de humanas, uma área que eu dominava. Me sentei na cantina e comprei um salgado enquanto esperava Rosa, Alexy e Íris para irmos para minha casa. Comecei a ler o livro que Nath me deu.

10 minutos depois Lys apareceu sorrindo.

– Vou para casa tenho que terminar de preparar seu presente.- Ele piscou.

– Por que você não me da um aqui?- Eu disse. Ele ergueu as sobrancelhas.

– Não é hora para brincadeiras Alasca. Passei a semana toda tentando te beijar e só levava um fora pior que o outro.

– Não falei que queria um beijo. Me contento com um abraço- Eu disse sorrindo. Ele se aproximou de mim e me deu um abraço me alinhando em seu peito. Por fim eu ia dizer tchau mas ele se inclinou e me deu um selinho. Fiquei surpresa demais para protestar, não que eu ache que fosse fazer isso.

– Bom, eu estava ficando sem paciência. Precisava fazer isso.- Disse. Passou a mão no cabelo nervoso e me encarou sorrindo. Fiz um bico.

– Não vai ficar mesmo?- Perguntei. A resposta veio de trás de mim.

– Alaaaasca, vamos?- Rosa chegou com Alexy e Íris. Lys sorriu.

– Eu ficaria, mas parece que é você quem tem que ir- Ele me deu mais um selinho, e saiu andando.

– O que foi isso?- Alexy ria- Preciso ensinar ele a beijar ou o que?

– Espera. Eu então não enlouqueci? Ele te deu um selinho mesmo? Vocês tão ficando mesmo?- Íris sorria e Rosa apenas ria.

– Eu não sei, foi tipo do nada.- Caminhamos até minha casa e nos jogamos no sofá. Logo uma pessoa que eu não via a um bom tempo apareceu. Minha mãe, se é que posso chamá-la assim, veio caminhando com sorriso na minha direção. Atrás vinha papai.

– Filha!- Eles sorriram - Surpresa!- Disseram juntos.

– Oi! Olha, agora eu preciso me aprontar, ser a mais linda da festa...- Eu disse dando um abraço neles- Tia podemos usar seu banheiro?

– Alasca Agnes, passe um tempo com seus pais que você não vê a muito tempo- A voz da minha mão era severa.

– Pode ser depois? Vou indo.- Sem esperar respostas corri para o andar de cima. Se eu ficasse mais, eu não ia conseguir não dizer que sabia a verdade. Meus amigos vieram logo atrás.

– Está tudo bem?- Rosa perguntou se sentando ao meu lado na banheira vazia.

– Está. Só é estranho velos depois de tanto tempo...- Eu disse e forcei um sorriso.

– Bom... Vai tomar banho que vou pegar seu roupão! Prepare-se para ficar incrível!- Rosa disse e os três saíram.

Tomei um banho caprichado quando saí só estava Rosa no banheiro com meu roupão. Substitui a toalha pelo roupão e Rosa estava séria.

– O que foi?- Perguntei.

– Você não confia em mim?

– O que? Por que?- Perguntei confusa.

– O que está te incomodando de verdade?- Perguntou. Suspirei e me sentei ao lado dela. Contei a história sobre o telefonema e sobre ser adotada. Rosa me olhou.

– Sabe Alasca, não seja egoísta com seus pais. Vai ver eles consideravam que você não fosse madura antes para saber a verdade- Ela não estava sendo rude. Estava falando com um sorriso meigo no rosto.- Eles devem estar aqui por um motivo, te contar. E imagina que você foi escolhida, dentre tantas crianças, por eles?- Ela disse. Ela estava certa.

– Mas quem são meus pais, Rosa?- As lágrimas estavam em meus olhos.- Por que me deixaram?

– O que importa? Você tem uma família Alasca, não seja dura com eles.- Ela disse.- Bom! Chega desse papo depreciativo! Vamos te deixar incrível!- Abracei Rosa quando Alexy e Íris entraram.

– Ebaa abraço coletivo- Alexy se juntou ao abraço, junto com Íris.

Eles começaram com uma mascara no meu rosto e outra na meu cabelo, que só pude tirar as 18 horas. Enquanto isso nós ficamos conversando o que era realmente bom para o meu astral. Meus pais apareciam vez ou outra e seguindo o conselho de Rosa, fui calorosa, o que pareceu deixá-los felizes. Quando eu tirei a mascara. Íris veio com o lápis de olho e as sombras e o rímel. Eu não queria nada muito chamativo, então eles destacaram meus olhos com o lápis, alongaram meu cílios e passaram uma sombra um pouco preta mas nada exagerado, eu ainda estava com meus padrões. Passaram um blache de leve o que deu uma cor a minhas bochechas. O batom fez com que minha boca ficasse mais vermelha que o normal.

No meu cabelo, eles o deixaram mais liso, se é que é possível. Nas pontas fizeram cachos de leve. A franja formatava meu rosto. Por fim Alexy saiu do banheiro, protestando enfurecidamente, e as meninas pegaram meu vestido. Era um preto que só havia uma manga que era cumprida e ia até o pulso. Era justo e moldava todo o meu corpo. Ele havia pequenas pedrinhas que o fazia cintilar. Meu salto era fino e devia ter uns 11 centímetros. Me olhei no espelho e fique perplexa com o quanto estava bonita. Parecia uma atriz que ia receber o melhor premio do mundo. Meus pais entraram no banheiro e também ficaram abobados.

– Tem uma pessoa te esperando la em baixo. Diz ser um amigo seu e por algum motivo me pareceu familiar. Olhei no relógio eram 20:40. Desci as escadas e a "pessoa" se levantou com um sorriso. Era alto e musculoso com cabelos castanhos. Até ai era um desconhecido, mas então olhei aqueles olhos que sempre me seguiam aonde quer que eu fosse.

– Ken?- Sussurrei baixinho.

– Você é a Alasca ou um anjo? Ou um demônio mandado para me seduzir?- Ele riu e apesar do salto eu estava mais baixa que ele. Abracei ele.

– Que saudades...- Eu disse e engoli o choro. Me matariam se eu borrasse a maquiagem.

– Você está zuando? Tem ideia de como eu fiquei? Eu me transferi, agora moro em um apartamento sozinha por aqui- Ele me apertou mais.- E antes que eu me esqueça, feliz aniversário- Ele me entregou um pingente com um K no meio. Eu ri. para conter o choro. Ele pegou as chaves dele e me mostrou um igual, só que com um A no meio. Ambos tinham a forma de estrela e eu sorri.

– Eu adorei. O abracei de novo- A campanhia tocou e corri para atender. Ken veio logo atrás. Nath estava com uma blusa casual azul. Uma calça jeans clara e tênis branco. Ele me abraçou.

–Sei que já disse, mas meu parabéns!- Sorri e fui com todos para o jardim. Melody estava com ele e usava um vestido básico rosa, mas ainda assim estava bonita. Claro que Rosa estava fenomenal com um vestido amarelo e Íris com um vermelho, que deixara seus cabelos mais ruivos. Nos sentamos e logo chegou Castiel. Fui em direção a ele e o abracei.

– E o Lys?- Perguntei.

– Está vindo- Então Lys entrou. Ele estava com uma blusa cinza que realçava seu cabelo, acompanhado de uma jaqueta de couro. A calça jeans era escura e ele estava com tênis vans preto. Um violão estava em suas costas e ele ergueu os olhos para mim. Seus olhos brilharam um pouco e ele veio até mim e me deu um selinho de leve seguido de um abraço.

– Você está maravilhosa Alasca.- Seus olhos concordavam com ele. Ken apareceu.

– O Castiel não foi nada legal... E quem é esse?- Perguntou erguendo os olhos para Lys, que passou um braço pela minha cintura.

– O mais certo a se perguntar é quem é você.- Disse. Ken sorriu.

– O amigo mais antigo e leal da La. sua vez- Disse rindo. Lys suspirou.

– Sou Lysandre. Ãn um quase amigo da Alasca- Disse. Eu corei e tentei balbuciar alguma coisa, mas não deu certo.

– Quase amigo?- Ken perguntou.

– Por ai.

As pessoas foram chegando e logo o lugar ficou cheio, com quase todo mundo da escola e amigos da minha tia. Lys grudou em mim igual chicletes, assim como Ken. Era como ter dois guarda costas. Meus pais vendo a cena me chamaram. Mandei eles esperarem e fui até meus pais.

– Qual dos dois é seu namorado?- Perguntaram confusos. Corei.

– Nenhum na verdade. Um é o Ken e o outro um ficante.- Meus pais arregalaram os olhos.

– É o Ken mesmo...- Disseram para si mesmos. Fui até onde eu havia deixado os garotos e só Ken estava lá.

– Onde está o Lys?

– Disse que ia providenciar o seu presente.

Nesse momento a musica parou e Lys estava parado no palco. Apesar de tudo parecia envergonhado e disse um pouco sem graça.

– Bom, eu sou um quase amigo da Alasca e bem como é aniversário dela, preparei uma musica.- Ele me encarou e corou mais ainda- Espero que goste, se chama "She". (N/A gente a tradução esta nas notas finais!)

"I paid all my dues and she wanted to know
That I'd never leave her now I'm ready to go
As strange as it seems, she's endless to me
She's just like paperwork but harder to read

Patience's my enemy, loving's my friend
It's harder to leave with my heart on my sleeve
Than to stay and just pretend

Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself

I made all my plans and as she has made hers
She kept me in mind but I wasn't sure
I searched every room for a way to escape
But every time I try to leave she keeps holding on to me for delight
And blocking my way

Patience's my enemy, loving's my friend
It's harder to leave with my heart on my sleeve
Than to stay and just pretend

Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself

And like the back of her hand she already understands everything
"Won't you stay?", she says
And she already knows how it goes
And where she stands I'll stay, anyway

'Cause she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself
Oh, she knows me so well
Oh, she knows me like I know myself
I know myself

Oh, she knows me like I know myself
I know myself, I know myself
I know myself"

A voz de Lys era calma e ele cantava com uma voz meio rouca. Quando ele acabou corou violentamente enquanto todos aplaudiam. Me emocionei. Eu conhecia ele? Sim. Sabia os defeitos e as qualidades, do mesmo jeito que ele conhecia os meus. Eu sabia que ele fez a musica pensando na banda, por isso tao meloso, mas era dedicada a mim, eu era o "ela" da musica dele.

Ele desceu do palco e veio na minha direção e sussurou.

– Sem rancor?

– Sem rancor.- Ele finalmente me beijou direito. Foi clamo e sereno e pediu passagem com a língua que cedi sem hesitação. As pessoas aplaudiam e riam, mas eu ignorei. Por fim nos separamos e ele sorriu para mim. Devolvi o sorriso sem conseguir me conter. Sabia que não éramos namorados, sabia que ele era um galinha, mas acho que no futuro deveriamos tentar, e por agora eu tentaria ser feliz.