Palavras escrita por Detoni
Notas iniciais do capítulo
Eu volteeeei e agora pra ficar... conhecem o bom o humor? Eu fico assim depois de escrever capitulos sinistros. Aproveitem, ou melhor... ãn... fico meio pesado sabe... Ah! ta ai :3
Sinto que tem algo colando minha boca e sou incapaz de abri-la. Minhas mãos estão amarradas nas minhas costas. Não tem nada para ver, pois tudo está um breu, e cogito estar dentro de um porta-malas. Então resolvo me lembrar do que aconteceu. Eu estava saindo da boate e encontrei Miranda, ela dizia estar me procurando e então... Droga, onde eu estou?
Tento me debater um pouco, mas minhas pernas também estão presas por cordas, quero muito ver alguém, qualquer pessoa. Isso não pode acabar assim: eu dentro de um porta-malas sendo levada para sabe-se onde, para fazerem sei lá o que comigo. As lágrimas começam a escorrer, e gritos sufocados saem da minha boca. Então o carro para, e o porta malas se abre.
***
Pov Lys
No dia seguinte, o peso do que aconteceu ontem cai sobre mim. Preciso conversar com Alasca, e preciso agora. Me jogo para fora da cama e me troco, vestindo uma camisa azul e minhas típicas calças jeans. Com o tênis desço e dou de cara com Leight.
– Bom dia- Ele diz.
– Estou com pressa- Respondo.
– Nossa. Educação mandou um oi!- Ele diz.
– Diga que mandei lembranças- Digo pegando as chaves de do carro e saindo. Eu podia tomar café, mas eu queria tomar com a Alasca... Ontem, simplesmente tudo voltou. Cada sentimento que eu tentava reprimir, cada onde de culpa pelas minhas ações. Ficar com isso me sufocava, por isso eu tinha que dizer tudo a ela.
Quando chego na faculdade, Miranda está na porta e acena para mim que me aproximo. Ela fica na ponta dos pés e me beija com delicadeza e sorri para mim. Ela volta a ficar na ponta dos pés e me beija novamente com mais intensidade. A afasto assim que tenho chances.
– Precisamos conversar- Digo.
– O que aconteceu com o bom dia?- Ela pergunta.
– Droga, todo mundo tirou o dia pra me irritar em? Bom dia, Miranda. Precisamos conversar- Digo.
– Ta... Mas depois da prova. Pela sua cara não será algo muito legal- Ela diz. Como não tenho alternativas concordo. Me afasto dela e rodo pelo campus em busca de Alasca, mas nada. Resolvo ir até a área dos dormitórios, mas sou parado por um senhor.
– Apenas meninas nessa área, senhor- Ele diz.
– Tudo bem, só preciso de uma informação- Respondo aflito.
– Pois não?
– Poderia me informar onde está a senhorita Alasca Agnes?- Peço. O senhor confere algo em sua prancheta.
– A senhorita Agnes não passou a noite aqui.
***
Pov Alasca
– ISSO NÃO TEM GRAÇA!- Berro chorando para meu seqüestrador. Parado diante de mim, está o menino com quem Miranda estava na balada. Olhando melhor agora, consigo ver como ele é. Cabelos loiros e olhos castanhos.
– Você só diz isso por que não vê como você está. Hilária- Ele diz rindo. Tento me levantar para lhe dar um soco, mas ele chuta minha cara.- No chão princesa- Ele ri.
– O que vai fazer comigo?- Pergunto.
– Me divertir. Você sabia que é muito gostosa?- Ele pergunta. Cuspo nos seus pés.
– Não ouse tocar um dedo em mim- Digo com raiva. Ele me dá outro chute.
– Você não está em uma boa posição no momento- Ele responde. Ele se abaixa enquanto começo a tossir sangue. O chão é de madeira e as paredes de concreto. As janelas estão tampadas por tábuas. Diria que estou em uma casa abandonada. Ele passa os dedo pelo meu rosto, usando a unha. O encaro com desgosto, mas não choro mais. Não darei a honra dele me ver chorando.
– Me deixe em paz- Digo. Ele apenas sorri e não diz nada. Então ele faz algo que eu já esperava a essa altura: ele rasga meu vestido, me deixando apenas com minha calcinha e sutiã. Seus olhos examinam meu corpo.
– Como é bonita...- Ele diz e me chuta na barriga, me fazendo contrair. Antes de me recuperar desse chute, outro vem logo em seguida. Eu berro a cada vez que ele faz isso, até que as dores começam a ficar muito fortes e ele arranca meu sutiã.
– Seu covarde...- Digo tossindo. O chão ao meu lado agora só é sangue.
– Talvez eu seja- Ele diz e começa a tirar a calça.
***
Pov Lys
– Perdão, mas como assim ela não passou a noite aqiu?- Pergunto.
– Ela não fez o registro de chegada...
– Tem alguma possibilidade dela ter esquecido?
– Claro que tem, mas a supervisora foi checar o quarto dela e ela não estava- Ele diz. Tento manter a calma.
– Obrigada- Digo e saio da área dos dormitórios. Meu colega, Rafael aparece.
– Anda Lysandre! A prova vai começar!- Ele diz e saio correndo junto com ele.
***
Pov Alasca
Meu corpo está dolorido. Me sinto um monte de lixo, como se não servisse mais para nada. Eu perdi o controle sobre meu próprio corpo, fui abusada, fui estuprada. O nojo se apodera de mim. Visto apenas minhas roupas íntimas, e ninguém veio cuidar dos meus ferimentos.
A quanto tempo será que estou aqui? 1 dia? 2 dias? Horas? Perdi completamente a noção do tempo, não que eu tivesse como continuar com ela estando aqui. Me arrasto no chão até a porta. Se eu conseguir sair... pedir ajuda...
Consigo abrir a porta e vou me arrastando pelos corredores desconhecidos. Encontro uma porta, de onde saí uma luz debaixo: a saída. Com muito esforço consigo abri-la e quase com as forças esgotadas e coloco para fora.
Me encaro em um campo. Campo não, uma clareira. As árvores cercam a casa e com muito esforço consigo ver uma camada de asfalto por trás delas. Vou começar a seguir meu novo rumas quando escuto uma risada atrás de mim.
– Você realmente achou que te deixaríamos livre assim?- Me viro encarando Miranda. Ela sorri diabolicamente e caminha até mim. A encaro com firmeza, apesar de um olho meu estar quase fechando por causa do inchaço- Não sei por que você se gaba do seu corpo. Ele é tão... marcado- Ela me da um chute que me faz cair no chão.
– Qual o seu problema?- Pergunto rouca. Seu sorriso cínico desaparece e vira uma cara de ódio.
– Meu problema? MEU PROBLEMA?- Ela diz e me encara- Meu problema é que Lysandre terminou comigo. E agora, eu não vou sofrer. Que você sofra no meu lugar- Ela diz me chutando novamente e tudo fica preto.
***
Pov Lys
Alasca desapareceu a 3 dias e não tenho a menor noção de onde ela está. Já chamamos a policía, mas até agora não obtivemos resultados. Caminho de um lado para o outro no meu quarto, impaciente. Onde aquela garota se meteu?
Todos os dias tenho que aturar Miranda dizendo que ela foi embora por que não me ama e me implorando para voltar. Sei que alguma coisa aconteceu com Alasca, se não ela teria avisado Nathaniel, que estava tão desesperado quanto eu. Ele fica se lamentando o dia inteiro. Pego meu celular e ligo para Rosa.
– Alguma novidade?- Pergunto.
– Nathaniel enlouqueceu. Ele acha que ela foi seqüestrada e que está fora da cidade. Vai procurar por si mesmo e dar um jeito de ativar a policia federal.- ela responde com a voz tremida. Ela também se afetara muito com o sumiço de Alasca.
– Isso já é um plano. Vou procurar também quanto mais gente procurar melhor- Digo.
– Claro. Juízo Lysan..- Ela começa a dizer, mas desligo o telefone. Não estou com paciência para isso.
Desço as escadas e meus pais me encaram preocupados. Pego a chave do carro e começo a dirigir para fora da cidade.
***
Pov Alasca
Eles vão me encontrar. Esse é o único pensamento que me mantém sã. Pelo menos 3 vezes ao dia eu sofro o mesmo abuso que me da nojo. Virei um objeto. Lembro de ter defendido algo assim na minha tese contra o tráfico humano. A tese que me levou para longe. A tese que me separou de Lys. A tese que fez com que ele conhecesse Miranda. Indiretamente, é por causa dessa teses que estou aqui!
Uma bandeja de comida desliza para dentro do quarto e vou até ela. Se eu comer, vou ficar fraca e sofrendo. Vou continuar sendo abusada. Se não comer, posso morrer. Sim... essa é a melhor solução. Pego a bandeja e a levo para longe. Jogando a comida para os rato que estão no quarto.
***
Pov Lys
Dirijo por uma área de fazendas. Vou até uma e aflito toco a campainha. Uma senhora, com cara de simpatia abre a porta.
– Pois não?- Ela pergunta meigamente.
– Perdão, estou procurando uma amiga. Ela tem aproximadamente minha idade.
– Loira de olhos verdes? A senhorita Miranda?- Ela pergunta. Meu queixo cai. Miranda tem uma casa por aqui?
– Exatamente, ela esqueceu um trabalho da faculdade e me passou um endereço por aqui...
– Ela quase nunca vem aqui, mas realmente tem estado aqui bastante recentemente.
– Você pode me falar onde fica a casa dela?- Peço. A mulher me avalia.
– Na clareira a dois Km daqui- Ela diz.
– Obrigada- Digo. Saio da casa da senhora e vou até meu carro. Já sentado no banco do motorista, ligo para Nathaniel.
– Nath? Acho que sei onde ela está. Chame a polícia- Digo.
***
Pov Alasca
Já não como a 5 refeições. Minha cabeça está explodindo e me sinto fraca. Em breve morrerei e todo esse sofrimento acabará. O rapaz, meu estuprador, acaricia meu cabelo de forma agressiva, quase arrancando-os.
– Você não tem sentimentos- Digo. Ele sorriu.
– Olha quem descobriu meu segredinho...- Ele diz.
– Isso é uma doença- Respondo. Ele aumenta a força com que puxa meus cabelos.
– Isso não é uma doença. É o que sou. Um psicopata. Quer que eu soletre?- Ele pergunta.
– Por que não me mata?- Pergunto pela milésima vez.
– Ouvir você pedir é mais divertido- Ele ri.
– Por que está ajudando a Miranda a me torturar?
– Por que a Miranda também sabe meu segredinho. E eu realmente não quero ir para um manicômio- Ele diz.
– Por que está respondendo minhas perguntas?
– Ah... minha querida. Pra te apagar depois- ele diz e esmurra minha cara. A escuridão volta.
***
Pov Lys
– Acho que é aquela casa!- Digo. Entramos dentro de uma clareira onde há uma casa, parecendo abandonada. Os policiais batem na porta e um garoto loiro de olhos castanhos abre a porta. Ele sorri para todos nós.
– Como posso ajudar?- Pergunta.
– Estamos procurando uma garota. Cabelos negros, olhos azuis..- Diz o primeiro guarda.
– Não vi não. Acho que também não é normal uma garota ficar andando pela floresta. Vai que o lobo mal ataca ela?
– Cala a boca!- Berro para ele. Os olhos divertidos dele se voltam para mim.
– Você é o namorado? Cara isso é tão divertido- Ele disse. Cheguei perto dele e dei um murro em sua cara. Seu sorriso ainda não se desfez.
– Essa é ela. Você a viu?- Pergunto mostrando a foto que tenho com ela no meu celular.
– Gostosa. Acho que eu roubava para mim- Ele disse.- Vamos conversar, que tal? Só um minutinho.- Ele diz. Faço sinal para os guardas esperarem e vou com ele até a lateral da casa.- Sabia que eu também tenho fotos dela?- Ele pergunta. Me estende o celular e me mostrando uma foto de Alasca. Ela está desmaiada no chão, com o rosto coberto de hematomas. Seu lábio está inchado e seu olho roxo. Ela está apenas de roupas íntimas, com a barriga coberta de marcas roxas.
– O que você fez com ela?- Pergunto com lágrimas nos olhos.
– Quer sua namoradinha de volta? Foi levada a algumas horas atrás. Cara, eu sei o quanto ela é gostosa. Provavelmente é boa de cama, quanto não está gritando de dor...- Ele diz e soco mais uma vez a cara dele. E outra. E fico assim até me tirarem de cima dele que ri como um louco.
– Ela não está aqui- Digo.- Mas revistem a casa só para ter certeza- Digo mais uma vez. Olho para o garoto que acena para mim ainda sorrindo enquanto os policiais tentam colocar suas duas mãos juntas para algemá-lo.
Sigo o grupo de policiais para dentro da casa e Nath logo atrás de mim. No último quarto da casa, encontro o vestido dela. Completamente rasgado. Meus olhos se enchem de água. Espalhado por todo o quarto têm manchas de sangue. Vou até um canto e me sento imaginando tudo o que ela deve ter passado. Inclino um pouco a cabeça, e vejo uma parte em que o sangue parece mais uma... palavra.
Vou até esse lugar e percebo que realmente é uma palavra. Mas não qualquer palavra: é o meu nome.
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E aaaai? Fico meio pequeno, mas isso é pra não ficar grandão euahuehuh ta vendo? to locona hj, espero comentáros genteeee. Só vou postar o próximo com 7 comentários XD