TPP

–Rebecca me disse que você veio de Seattle, é verdade?- eu estava muito envergonhada de estar ali, a sós com ele.

–Sim, o que mais Rebecca te falou sobre mim?

–Bom, ela havia dito que você é muito linda, que veio de Seattle passar um tempo aqui e estudar, entre outras coisinhas- ele riu de lado.

–Uau! Que coisinhas são essas?- estava intrigada, Nathan tinha uma ar misterioso.

–Bom, não vem ao caso!

–Ah! Claro que vem! Afinal, é da minha vida que ela te falou!- estava me sentindo mais relaxada ao lado dele, ele estava me passando confiança.

–Vem, quero te mostrar um lugar- eu mal o conhecia e já confiava nele. “Vai com calma Leah.”– pensei. Ele me puxou pela mão.

Ele me levou a parte de trás daquela imensa mansão, que dava em um jardim que logo ao lado tinha uma enorme e linda piscina. O jardim, lindo, bastante florido. Tinha algumas pessoas na piscina, e ele me puxou mais para o canto do jardim, para uma mesa que tinha ali.

–Sabe, sinto como se já te conhecesse há tempos- ele riu. Eu estava apaixonada no seu sorriso.

–Sinto o mesmo. Que louco não? Acabamos de nos conhecer- eu ri também.

–Posso te perguntar algo pessoal?- arqueei a sobrancelha.

–Na verdade já fez- ele riu, uma gargalhada gostosa- Claro, diga.

–Estado civil?

–Solteira, e você?

–Solteiro! Becca me contou algumas coisas sobre seu passado. Espero que não se importe- seu tom era sério.

–Tudo bem, Rebecca é muito tagarela. O que mais você sabe sobre a minha vida?

–O suficiente para te achar uma garota forte, inteligente e que irá superar isso tudo! - acabei sorrindo com aquele comentário- Quer beber algo?

–Por favor.

–Volto já- ele saiu.

Fiquei ali, andando naquele jardim. Nathan, um homem bastante atraente, que parecia estar interessado em mim, e não posso negar que também estava interessada nele. Mas eu jamais iria me entregar para um cara que eu mal conheço, não sou assim e jamais serei!

–Pensando nele? - ele chegou sorrateiramente e me entregou uma taça.

–Não, estou apenas admirando as flores, pensando em nada—eu estava distante e ele percebeu.

Ficamos em silêncio, apenas curtindo a companhia um do outro e o barulho alto da música que tocava na casa. A companhia dele me fazia bem, e de certa forma sentia que era reciproco.

–Aí estão vocês- Rebecca já parecia alterada.

–Já bebeu quantos drink’s Rebecca?- falei meio ríspida.

–Não tantos, sabia que vocês dois ficam lindos juntos?- ela começou a gargalhar, já estava bêbada.

–Rebecca, menos! Tia Ella não gostará de te ver assim- a repreendi.

–Ela não verá, a menos que você conte- ela fez uma cara enigmática.

–Cadê Rachel?- mudei de assunto.

–Acabei de passar por ela, estava aos beijos com o Julian- ela riu.

–E você já pegou quem hein sua safadinha?- descontraí.

–Só o Denny e o Mitchie- ela falou normalmente.

–Nossa- Nathan riu enquanto sorvia o líquido com âmbar da taça.

TPP

Já passava da meia noite quando eu e as meninas nos sentamos, nós arrasamos na pista de dança, chamamos bastante atenção naquela festa.

–Uau, fazia tempo que não me divertia assim- suspirei pesadamente.

–Credo Lee, nem parece que tem 18 anos, parece uma velhinha gagá- Rebecca já estava sóbria, não a deixei mais beber.

–Nossa, vocês arrasaram- um rapaz louro e de olhos verdes se aproximou de nós- Ah, prazer eu sou Junior, primo do Nathan.

–Prazer Junior- Rebecca tomou a frente- Sou Rebecca, essa é a Leah e essa a Rachel- sorrimos e acenamos. Não te conhecia.

–Não moro por aqui, vim apenas passar alguns dias com o tio Scott e com o Nathan.

–Acho que sobramos- Rachel falou baixo apenas para eu ouvir, e eu ri concordando.

Não demorou muito para que Julian cercasse Rachel, e literalmente eu sobrei. Nathan tinha sumido no meio do povo, e eu não falava com mais ninguém ali. Resolvi deixar os casais a sós e fui para o jardim, o mesmo lugar onde estava mais cedo com Nathan. Sentei-me na mesa, solitária e deixei que meus pensamentos me levassem para Forks. Paul, Emmett, Jake e cia. Todos dominavam a minha mente. Aquelas pessoas rindo e murmurando coisas ao meu respeito, muita vergonha. Eu sentia nojo de mim mesma por ter deixado tudo isso acontecer. Fui exposta, humilhada perante toda a escola, ama sensação horrível, que nem mesmo pro meu pior inimigo eu desejaria. Fui desprezada, renegada... sensações que me tomava novamente, uma lagrima solitária escorreu pela minha face.

–Olá gostosa- um homem apareceu do nada, terrivelmente bêbado.

–Oi- respondi sem muito humor.

–Me beija?- ele ria.

–Não, obrigada- levantei para sair dali e ele segurou meu braço.

–Não aceito não como resposta- ele apertava com força.

–Me larga!- falei alto o suficiente para atrair alguns olhares na nossa direção.

–Não solto não!- ele me jogou na mesa, abriu o zíper da calça, abriu minhas pernas e me beijou a força.

–Ei- o homem levou um soco com tanta força que o cara cambaleou e caiu. Nathan proferiu outro soco em sua face, eu chorava compulsivamente.

Nathan me abraçou e me tirou dali, me levando para a parte superior da mansão, que não estava sendo usada para fazer parte da festa, mas antes disso ele pediu para que os seguranças tirassem aquele cara de sua casa.

–Ei, calma, tá tudo bem, estou aqui contigo- ele me abraçava, estava em um quarto.

–Leah- a porta foi aberta em um rompente- Ai meu Deus, você está bem?- era Rachel e Rebecca.

–Ela tá bem agora, não aconteceu nada com ela- foi Nathan quem respondeu.

Ambas me abraçaram, e me mimaram por um instante.

–Vamos embora!- Rachel avisou.

–Não, está tudo bem, fiquem tranquilas- consegui parar de chorar para falar.- Só preciso me recompor- dei um sorriso forçado.

–Certeza?- ela perguntou preocupada e eu ri assentindo.

–Qualquer coisa estamos lá embaixo- Becca me deu um beijo na bochecha.

–Pode deixar que eu cuido dela- Nathan deu carta branca para as duas saírem do quarto.

–Não sei nem como agradecer, muito obrigada!- coloquei o cabelo que caia no rosto atrás da orelha.

–Que tal com um beijo?- ele se aproximou, e eu deixei. Um beijo calmo, sem pressa, um beijo com sabor hortelã. Nossas línguas se encaixavam perfeitamente, a mão dele começou a passar pelo meu quadril e começou a subir, naquele momento eu lembrei do que Jacob havia feito.

–É, me desculpe, eu não consigo- eu olhei para baixo, com o coração acelerado.

–Rebecca me contou tudo, desculpa, não quero te forçar a nada- ele pareceu sincero. Mas eu não conseguia mais confiar em homens.

–Tudo bem, você não tem culpa- eu dei um sorriso maroto.

–Você vai ficar bem!- ele riu e pôs o meu cabelo atrás da orelha e passou a mão em minha face.

–Eu sei, mas mudando de assunto, me fale um pouco mais de você- ele sorriu.

–Como você sabe, sou Nathan Summers, tenho 20 anos, filho de Donna e Scott Summers, dona das empresas automobilísticas Summers, sou filhinho de papai, mas odeio a vida que levo, e estou à procura de uma namorada- ele foi bem direto- Amo carros, amo adrenalina e é isso aí.

–Nossa, que legal- fiquei sem palavras.

–Sua vez.

–Você já sabe tudo o que aconteceu comigo- fui evasiva.

–Você não quer entrar no assunto, eu entendo. Com o tempo eu desvendo seus mistérios- nós rimos, ele tocou minha face e eu fechei os olhos sentindo o toque dele.

–Obrigada por tudo- ele me beijou, e acabei sorrindo entre o beijo.

–Eu amo quando sorriem na hora do beijo- ele deu um sorriso de lado- Posso te confessar algo?

–Diga.

–Rebecca me falou muito de você, fiz essa festa para te conhecer melhor, já tinha visto muitas fotos sua, sei da sua história, e mesmo sem nos conhecermos eu me encantei por você, e agora com você aqui parece tudo tão mágico, estou muito mais encantado ainda- eu o respondi com um beijo, um beijo apaixonado e singelo. Tenho certeza que ele entendeu o que aquele beijo significava.