Seu amor é a minha cura - ReNa escrita por soueumesma


Capítulo 76
cap 76 - Ameaça e decisão


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Me joguei na cama focando meus pensamentos somente em Renê, deixei sorrisos escarem ao me lembrar da tarde maravilhosa que passei nos braços dele, exceto a parte da Tereza ter aparecido por lá.

– Filha eu não quero pegar no seu pé com cobranças e regras, eu só me preocupo com você. – diz meu pai sentado em minha cama eu não o tinha visto entrar em meu quarto.

– Eu sei pai, me desculpa por ser grosseira contigo. – pedi deitando minha cabeça em seu colo. – Eu estava com os nervos alterados.

– E por quê? – interroga passando as mãos em meus cabelos. Fiquei em silêncio, pois sabia que ele iria se alterar. – Responde Helena! – mandou.

– Eu...eu agredi Tereza.

– Helena você está maluca menina, perdeu a noção do perigo?

– Foi só um empurrãozinho, pai. E acho que ela não faria nada comigo senão levantaria suspeitas. Nesses 11 meses que estou no país ela nunca tentou me matar assim de cara.

– Por isso mesmo que ela tem seus contratantes, tenho certeza que foi ela quem contratou alguém para te atropelar e perder o bebê e também quem contratou Leda para te envenenar. E por sinal, marquei uma consulta médica para ver como anda seu organismo, pois não adiantaria nada encontrar Leda sem termos a prova do seu sangue.

– É né! Pai a gente precisa colocar essa mulher atrás das grades, mas como?

– Estou estudando isso junto com meus advogados, o processo do assassinato da Cristina vai ser reaberto para novas investigações.

– Tomara que isso se resolva logo. – digo em meio a um bocejo.

– Também espero. Agora descanse meu amor! – papai beijou minha testa e saiu. Vesti uma camisola fresquinha e me deitei, minutos depois meu celular toca. Era um número restrito, acendo o abajur e atendo.

– Alô!

– Oi querida!

– Quem está falando?

– Não está reconhecendo minha voz! – meu coração saltou quando percebo quem está do outro lado da linha.

– O que quer? – digo ríspida.

– Que você suma da vida do meu filho ou farei você pagar caro pelo empurrão que me deu. É uma ordem, não ouse a me desobedecer senão matarei toda sua família da mesma forma que fiz com sua mamãe. Farei você presenciar tudo novamente e te deixarei viva com remorsos de culpa. – eu ouvia tudo o que Tereza dizia em silêncio. – Tá me ouvindo?

– Deixa minha família em paz! – gritei

– É só fazer o que estou mandando. – ela desliga.

– Droga, justo agora que eu tinha me acertado com Renê, enfrentaria tudo ao lado dele, mas agora era impossível minha família estava em jogo. Liguei pra Emma e ela me aconselhou a contar toda a verdade a Renê, creio eu que essa não seria a melhor escolha, pois Tereza podia se vingar. Passei a noite toda pensando tentando encontrar uma solução.

***

– Bom dia! – todos disseram assim que entrei na sala de jantar.

– Oi! – falei murcha.

– Algum problema, Helena? – tia Lúcia pergunta me analisando.

–É que não dormir direito! – minto dando um gole em meu suco, mas também não deixa de ser uma verdade.

– Filha seu médico está marcado para 3h da tarde e daqui a pouco o psicólogo chega. Por favor, não fuja.

– Ok, pai! Com licença, preciso resolver algumas coisas! – digo me retirando da mesa. Contratei uma equipe de 15 seguranças, três para cada integrante da família incluindo Emma. Fiz duas horas de terapias com o psicólogo e depois fui conversar com meu pai.

– Está tudo bem mesmo filha? – papai perguntou.

– Na verdade não! – digo apoiando minha cabeça em seu ombro.

– O que houve pequena?

– Tereza ameaçou matar vocês se eu não me afastar do Renê. – deixo algumas lágrimas escaparem. – Pai eu não sei o que fazer não quero que aconteça nada de ruim com nossa família, mas também não queria me afastar novamente dele.

– Fuja com ele, vá pra longe e deixa que tomo conta da nossa família.

– Não pai, se eu fizer isso deixarei vocês a mercê dela. É arriscado demais.

– Pense com calma meu anjo! – ele seca minhas lágrimas e beija minha testa. Fiquei um bom tempo ali recebendo todo o apoio do meu pai. Mais tarde fui à clínica fazer os exames e voltei com uma decisão tomada.

***

5:30H da tarde

– Boa tarde gente a Helena está?

– Sim Emma, sente-se vou mandar chama-la. – Lúcia disse.

– É porque ela não está reunida aqui com todos vocês?

– Minha irmã é meio bipolar.

– Helena você me leva a perdição com aqueles três lindos brutamontes de segurança que me arranjou. – disse Emma ao me ver entrando na sala. Vou sentir falta das gracinhas dela.

– É uma boba mesmo.

– Aonde vai com essa mochila! – Júlio perguntou sério.

– Bom gente, decidi voltar pra Suíça.

– Como assim voltar pra Suíça? Como decide fazer isso de uma hora pra outra. – tia Lúcia indagou.

– Vai ser melhor pra mim e pra vocês. – respondo.

– Filha tem certeza que quer fazer isso? Espere um pouco mais, não tome decisões precipitadas.

– É o melhor pai.

– Helena eu vou com você! – disse Emma já chorando por termos que nos separar.

– Não! Agora você tem o Morales, não quero que o abandone por mim. – digo abraçando-a. Me despedi de todos e por último meu pai. – Pai, quero que o senhor perdoe a forma que lhe tratei todos esses meses, me arrependo muito de ser arisca e grosseira contigo.

– Não tem o que se desculpar meu amor, você teve razão ao fazer isso. De certa forma eu te abandonei mesmo que para sua proteção. Filha, por favor se cuide qualquer coisa me liga.

– Claro pai! – digo e sinto algo puxando a barra da minha calça. Me abaixo e pego meu cachorrinho. – A mamãe tá indo embora, mas em breve mando te buscar, viu! – dei um beijo no focinho dele e o coloquei no chão.

– A gente te acompanha até o aeroporto! – minha irmã disse.

– Não, por favor! Não quero mais despedidas. – dou mais um abraço em Paty. Após, pego meu celular que tocava, era Renê. Ele me ligou durante todo o dia mais não atendi. – Alô! – digo ao atender.

– Oi princesa!

– O que quer? – pergunto seca.

– Está tudo bem Helena?

– Estava até você me ligar, diga logo o que quer.

– Queria passar o resto do dia com você, mas pelo visto não vai dá né?

– Isso, não vai dar hoje, nem amanhã, nem nunca.

– Helena eu pensei que depois de ontem nós....

– Foi um deslize Renê, eu tinha desejos e me aproveitei de você. Me esquece eu não voltarei a ser sua noiva, nem nada. Deixe-me em paz! – desliguei o celular com os olhos marejados e um forte aperto no peito por tê-lo magoado. Emma correu para me abraçar.

– Pense bem Helena! –ela disse.

– Eu já pensei! Até. – dou um beijo na testa dela e me dirijo para rua onde um táxi me aguardava.

***

– Por que está assim Renê? – Bruna me perguntou.

– A Helena brincou comigo, disse o que tivemos ontem foi apenas um deslize e que se aproveitou de mim. Ela não me ama Bruna.

– Não acredito que ela tenha feito isso, Helena não é assim. Dá pra vê nos olhos dela o quanto te ama.

– Pois é, ela soube mentir bem. Não vou mais chorar por ela, fiz de tudo para concertar meus erros, mas ela não deu valor. – digo secando bruscamente meus olhos. – Atende a porta, por favor! – peço a minha irmã, e quando ela abre Emma vem igual a um furacão em minha direção.

– Renê, por que não atendeu minhas ligações? – pergunta

– Desculpa é que estou mal e preciso ficar sozinho! – me levanto para ir pro meu quarto, mas ela me impede segurando meu braço.

– A Helena......

– Não quero saber mais nada dela.

– Renê esquece o que ela te disse ao telefone.

– Esquecer como? Ela me magoou muito.

– Foi necessário que ela fizesse isso. Helena está recebendo ameaças contra a família se ela continuar se relacionando com você.

– De quem?

– De quem agora não interessa. Se você não quiser perder a mulher que ama, corra até o aeroporto e a impeça de voltar pra Suíça o voo dela sai daqui à meia hora. – imediatamente Renê pegou as chaves do carro e foi atrás de seu amor. Espero que chegue a tempo.

***

Helena narrando

Faltam apenas 10 minutos para meu voo ser anunciado. Meu celular não para de tocar, era Renê. Coitado, ele deve me amar muito mesmo pra aguentar tudo o que disse a ele e mesmo assim insistir em algo que não pode mais acontecer. Desliguei meu celular e guardei-o dentro da bolsa e segui lentamente para o portão de embarque. Aconcheguei-me em minha poltrona escutando as instruções da aeromoça até o avião decolar em 5min.

Renê narrando

Os policiais ligavam insistentemente para Helena. No estado que estou é impossível chegar até ela. Fui baleado há uns 20min num semáforo perto de casa. A dor é insuportável e ambulância ainda não chegou para me socorrer. Estou concentrando todas as minhas forças para me manter consciente, para poder falar com Helena mesmo que seja por telefone para pedi-la pra ficar, pois preciso dela ao meu lado mais do que nunca.


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Notas finais do capítulo

E agora? Opinem!