O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 23
Décimo Oitavo Capítulo - Sacrificando.


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas anjinhas!! :3
Devo dizer que fiquei particularmente surpresa com os reviews. Ainda tem muita gente que não sabe se gosta ou desgosta do Chase. Pois bem, o futuro da fic está na mão de vocês e dos seus reviews, garotas.

Chase ou Jace? Hum?
Eu já fiz minha escolha, mas, se vocês não aprovam, não adianta de nada.

Desculpe não postar com frequência, mas é que minha avó teve um derrame e a família toda tá meio "Baaam". Então...

Beijinhos.
Psicoticamente, A.



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– Você achou mesmo que ele te traria aqui sem alguma finalidade? - Perguntou Castiel, na voz clara e alta, desafiadora.

Você não pode confiar em um homem de sangue frio
Garota, não acredite nas mentiras dele
Não pode confiar em um homem de sangue frio
Ele vai te amar e deixá-la viva
É uma coisa que você deve entender
Você não pode confiar em um homem de sangue frio

Clary não respondeu, apenas fitou a cortina pesada e antiga. Precisava saber onde estava, por onde poderia sair. Tinha que encontrar uma saída, mas precisava saber dos planos antes, então resolveu tentar com o burro do Castiel.

– Nós temos tudo o que precisamos, Clary. Nós Conseguimos. Veja só! - E indicou o espaço ao seu redor. - Pela primeira vez na nossa história, podemos enfim lutar contra a Clave. Nada poderá nos deter.

– Acha que um exército de raveners está apto para...

– Não seja tola. Acha que raveners é o nosso melhor? - Desdenhou, mas, pela primeira vez, Clary viu que ele estava sendo sincero. Gostava do poder e queria mostrá-lo. - Chase fez um pacto com um dos demônios maiores. Sangue por sangue, algo como isso. Hodge trouxe-nos um feiticeiro e ele invocou Abbadon, o demônio do vazio. O preço foi caro, tenho que admitir, mas nada se compara ao nosso exército.

– Exército?

– Uhum. Temos centenas, não, milhares! E cada vez mais estão chegando. Nós tivemos que matar um grande número de mundanos, mas valeu a pena...

– Matar? Se você acha que vale a pena matar o que temos que proteger para causar o caos, então não deveria ter sangue de anjo... Isso é corrosivo, algo fatal. Não é mais uma brincadeira de criança, Cass.

– Não percebe? - Excitou-se. - É exatamente isso que a gente quer. Os humanos não nos prestigiam, nem se quer nos reconhecem. Isso tem que mudar, Clary. Temos que mudar. Caçadores de sombras morrem todos os dias tentando proteger uma raça narcisista e indulgente. Hodge disse que poderíamos viver por nós mesmos com uma intervenção e aqui está ela.

– Hodge disse isso? - Questionou, possessa. - Pois então mande ele lutar junto.

– Ele já está velho, Clary. Não tem mais a habilidade que tinha antes. - Resmungou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Nós somos a revolução e você, amanhã, será parte dela também.

– Como? - Perguntou, em um fio de voz.

– Casando-se com Chase. - Respondeu, convicto. - Quando o feiticeiro unir vocês dois com os laços de Lilith, Chase vai compartilhar seus dons. Sabe, o que é meu é seu ou alguma coisa parecida desses rituais benignos. Com sua vitalidade e a força dele, nós poderemos fazer um exército com o seu sangue de anjo misturado com o demoníaco e criar nossa própria espécie. Já decidimos até um nome, um nome melhor e mais bonito.

– E qual seria? - Sua voz tremia. Estava assustada, assombrada e deslumbrada. Nunca pensou que Chase, seu Chase - aquele que tomou seu primeiro beijo, que segurou-a em seus braços enquanto ela chorava, que foi tão dócil com ela durante a infância - fosse capaz de usá-la de tal modo.

E todo as vezes que fiquei e me perguntei porque
São as culpadas
E todas as vezes que eu me lembro
Eu tenho vergonha, oh yeah

– Se somos o oposto aos caçadores de sombras, somos os Ceifadores da luz.

____________________________________________________________

Clary passou um dedo pelo livro empoeirado da biblioteca antiga. Seu coração estava parando aos poucos, ela sentia, mas não podia fazer nada para evitar isso. Leu um trecho, mas não se interessou, então devolveu ele e resolveu procurar por outro. Feitiçaria, magia negra, a arte de invocar, exorcizar e tudo mais. Era uma biblioteca malevolente, envolta de uma penumbra horrenda. A corrente que ligava seu pé à uma barra de ferro na lateral a apertava e, se não fosse pela dor que aquilo lhe causava, pensaria que aquela situação era apenas um sonho. Ou pior, um pesadelo. Foi passando livro por livro.

O tumulto de Arcádia - Guia para a invocação do mal e cultos satânicos; Baal e os sete seguidores do príncipe do inferno; Anjos e suas maldições... Aquele último chamou sua atenção, o que fez com que a ruiva o retirasse de sua pratilheira e começasse a ler.

Sumário.

1 - Invocação.

2- Fisionomia.

3- Asas, tamanhos e poderes.

4- Nunca perturbe um anjo.

5- Dons e maldições.

6- Quando um anjo ama.

...

Ela pulou logo para o capítulo 6, na página 345. O livro grosso, marrom e pesado pousou em sua mão como algo bíblico e seus olhos curiosos começaram a ler a letra miúda e manuscrita.

"... Um anjo está amaldiçoado a apaixonar-se apenas uma vez. Não há esteriótipo, seja um cavalo ou até mesmo um humano. A sensibilidade do mesmo está sempre ligada às suas asas..."

"... Quando um anjo ama, sua alma fica interligada. Nada pode atingir o outro sem que ele saiba..."

"... Quando o amo de um anjo morre, uma parte de sua própria alma também morre. Ele fica fraco e maculado..."

"... Um ritual antigo permite que um anjo traga de volta um amo com um sacrifício..." - Os olhos de Clary ficaram mais atentos e ela passou a ler com cuidado. Seria mesmo possível?–"... Para isso, o anjo precisa fazer uma jura e sacrificar suas..."

– O que está fazendo? - A Voz de Chase fez-se presente, o que fez Clary fechar o livro com força e soltá-lo com um estrondo repentino.

– Na-Nada. - Murmurou, constrangida.

– Te conheço. Se não estivesse fazendo nada, não estaria com essa cara sombria. - Respondeu, caminhando até ela. Clary deu um passo para trás, com medo. Chase suspirou e a fitou, derrotado. - Não fique assim, meu amor. Nós... podemos recomeçar.

– Você matou ele. - Sacudiu a cabeça, possessa. - A única coisa que eu quero agora é enfiar uma adaga no seu peito. Ou nas suas costas. Sabe, há um ponto onde, se você cravar sete centímetros, acerta o coração e...

– Tudo bem, já chega! - Respondeu. - Eu sei que você está irritada, mas, por deus, Clary! Não vê que eu estou fazendo isso tudo por nós? Para que possamos ficar juntos? Eu te amo! Nós nos amamos! Agora vamos ficar juntos.

– É o que você pensa. - Murmurou, afastando o livro suavemente com o pé para que Chase não o notasse - e não notou.

– Ótimo! - Bufou, irritadiço. - Se você quer ser malcriada, seja malcriada. Amanhã, Clary, nós vamos estar juntos. Queira você ou não.

– Você não pode me obrigar! - Gritou na semipenumbra.

– Sim, eu posso! - Berrou em resposta, tirando a adaga do cinto de armas e erguendo-na.

– Você não faria isso! - Declarou. - Você não me usaria para obter meus dons. Esse não é você.

– Quem te...? - Perguntou, chocado, enquanto fraquejava. Um olhar desafiador apareceu nos olhos de Clary e então, aquele foi o estopim. Chase deixou o rosto cair ao mesmo tempo em que a adaga tocou o chão. Um suspiro meio irritado, meio exasperado saiu de seu peito enquanto ele se retirava. - Amanhã, Clary, nossos corações serão interligados de vez. E eu acho melhor que você esteja lá, porque seu namoradinho irritante não será a única pessoa morta se você resolver testar minha paciência.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews?
Beijinhos.
Psicoticamente, A.



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