O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 21
Décimo Sexto Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas.
Sei que demorei, Ok? Mas é que está muito difícil poder escrever com tanta coisa acontecendo. Meu Pc esteve com probleminhas e só chegou do concerto antes de ontem. Tive que ficar usando o do meu irmão e não dá para escrever no Pc dele - Já que ele é muito chato e não gosta.

Depois eu explico tudo, mas tô morrendo de cólica, então vou só escrever e ir logo dormir porque amanhã cedo eu tenho curso....

Beijões.
Psicoticamente, A.
https://www.youtube.com/watch?v=5KmujQIfAkw

Ps: Hoje eu tirei o dia para ouvir música velha. Então não liguem para as trilhas sonoras, já que eu fiquei ouvindo "A Lenda" de Sandy e Junior uma porrada de vezes.



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– Chase?

– Surpresa, amor? Eu voltei.

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Heart-Shaped Glasses (Óculos em forma de coração) - Marilyn Manson.

Ela me lembra aquela da escola
Quando eu estava arrasado e ela estava vestida de branco
E eu não conseguia tirar os olhos dela
Mas não foi aquilo que tirei naquela noite
E ela nunca cobrirá o que nós fizemos com seu vestido, não
Ela disse: "Me beije, vai sarar, mas nunca será esquecido"
"Me beije, vai sarar, mas nunca será esquecido"

Eu não me importo de você me colocar em cima de pregos e agulhas
Se eu puder grudar em você e você grudar em mim também

Não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece

Não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece
Me deixando sem fôlego
Esse azul me enlouquece
Me deixando sem fôlego

Ela me lembra aquela que conheci
Que cortou as coisas negativas da minha vida
Eu não conseguia tirar minhas mãos dela
Ela não me deixaria estar em parte alguma exceto em dentro

Eu não me importo de você me colocar em cima de pregos e agulhas
Se eu puder grudar em você e você grudar em mim também

Apenas não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece

Não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece
Me deixando sem fôlego

Ela nunca cobrirá o que nós fizemos com seu vestido, não
Ela disse: "Me beije, vai sarar, mas nunca será esquecido"
"Me beije, vai sarar, mas nunca será esquecido"

Eu não me importo de você me colocar em cima de pregos e agulhas
Se eu puder grudar em você e você grudar em mim também

Não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece

Não parta, não parta meu coração
E eu não quebrarei seu óculos em forma de coração
Garotinha, garotinha, você deveria fechar seus olhos
Esse azul me enlouquece
Me deixando sem fôlego

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Abismada. Sim, eu estava abismada. Mas não surpresa.

Não esperava encontrá-lo no meu quarto logo na minha primeira noite, mas com certeza eu o esperava. Afinal, sensores não funcionavam em Idris - o que dificultaria seu rastro. Chase podia ser um louco apaixonado, mas também era muito inteligente. Inteligente até demais.

Mas, Jocelyn? Ao lado dele?

– Até tu, Brutus? - Acusei, tirando os sapatos de salto e jogando-me por sobre a cama. Não tinha forças para lutar contra os dois ao mesmo tempo.

– Avisei que voltaria. - Respondeu, dando de ombros. Ela estava "Sentada no ar", sendo levitada por suas exuberantes asas. Trajava um longo e fino manto branco, leve e quase transparente. Os cabelos longos e ruivos estavam soltos e encaracolados, feito uma juba bem tratada - Ela era linda. Queria tê-la puxado, se ela é mesmo quem diz que é.

Perguntas circularam por minha mente. Ela se intitulava como minha mãe, mas... Será que ela se quer me quis? Afinal, ela me abandonou muito antes de eu saber dizer "Mamãe".

Isso era comum, afinal. Eu já estava acostumada com tudo dando errado na minha vida e nem por isso pulei de uma ponte. Ah, claro, algumas situações eram piores que outras... Mas quem é que liga para isso? Haviam tantas pessoas em situações piores... Eu não tinha o direito de me queixar. E nem o direito de pensar que ela deveria gostar de mim. Vai ver que ela achava que eu era o pecado que a fez perder o título de pura.

– Não está surpresa? - Chase perguntou, piscando os olhos grandes e azuis para mim. Ele estava mais bonito, mais alto e mais forte, com aquela beleza antes afeminada agora máscula. O tempo lhe fez bem e, sem o suor e a poeira pós-batalha pelo rosto, ele estava imensuravelmente lindo.

– Na verdade, não. - Respondi, dando de ombros suavemente. Ele continuava de pé, com a face neutra e as mãos nos bolsos. Uma expressão falsa de casualidade quando na verdade ele estava nervoso e com medo de uma possível rejeição. Eu o conhecia bem demais. - Eu já te esperava, para ser sincera. A única incógnita na questão "Tem um Ironstorm no meu quarto" é o motivo disso. O que você quer?

– Ham... - Abriu a boca para responder, mas logo o cortei.

– E não diga "Você" tão abertamente. Estamos na presença de um anjo, então mantenha pensamentos puros.

– Uh-Oh. - Brincou, erguendo as mãos em sinal de rendição enquanto jogava-se na minha cama. Afastei-me um pouco, já que não estava mais acostumada a um contato íntimo dele. - Eu... só precisava saber do seu estado. Nós... aquele dia não foi certo, você e seus amigos interferiram em meus planos e expugnaram todos os meus demônios. Droga! Sabe o quanto de sangue eu tive que doar para conseguir outra centena? - Ergueu a manga da camisa negra de botões e mostrou uma grande cicatriz que descia do começo do pulso até o final do antebraço. O meu interior remoeu com tamanha força que tive até que sentar e tomar seu braço em minhas mãos. Sua pele continuava macia, mas as mãos agora estavam ásperas. - Está tudo bem. - Murmurou, constrangido. - Cass fez uma iratze em mim, você sabe que eu nunca levei jeito para símbolos.

Meneei a cabeça em concordância. Uma vez ele tentara me desenhar. Nunca me senti tão gorda quanto naquele desenho. Nem tão baixa.

– Aquele babaca... - Murmurei, ajeitando minhas pernas por cima de seu colo. - E vossa majestade, Senhora Jocelynel? Mais conhecida como Jocelyn, a padroeira da piedade e beleza humana. Que faz aqui?

– Hum, uma mãe não pode querer ver sua filha? - Perguntou, ultrajada, para logo depois aparecer do meu lado, ajoelhada, trajando vestes de carmim. Vários colares dourados coroavam sua cabeça.

– Tá certo... - Resmunguei, fechando os olhos e tentando sonhar um jeito de sair daquele lugar. - Bom, vocês já viram que eu estou viva e... De qualquer modo, não podem ficar aqui?

– E por que não? - Indignou-se Chase.

– Huh, veja bem! - Desdenhei, abrindo os olhos e apontando inquisitivamente para ele. - Você, garotão, está sendo caçado. E minha suposta mãe é um anjo, então acho que não preciso de tantos motivos assim para justificar a sua necessária ausência.

– Ér... - Chase coçou a nuca. - Será que a senhora...

– Deixá-los a sós? Claro! - Declarou, interceptando seus pensamentos e evaporando-se aos ventos. Só então percebi que a janela estava aberta. Levantei, não querendo agora ficar tão próxima dele. Estávamos sozinhos dentro de um quarto escuro e digamos que ele já não era uma pessoa tão confiável.

Caminhei até a janela, debruçando-me por ali e vendo alguns jovens que estavam juntos no jardim. Alguns filhos de outros caçadores de sombras, cortejando, e junto deles, estavam Aline e Jace.

Senti o olhar febril de Chase em mim muito antes de vê-lo ao meu lado. Seu olhar pendia em mim.

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

– O que você quer? - Perguntei, desviando meu olhar do casal incômodo. Eu havia me esquecido do que era estar perto dele, sozinha. Me desconcertava. Não era nada fácil, apelando para o sentimento que ainda aquecia meu coração - que nem que fosse o resquício dele.

– Agora seria uma boa hora para falar "Você"? - Perguntou, passando os suaves dedos agora ásperos no meu braço desnudo. Os calafrios me estupravam enquanto um sorriso brilhava no seu rosto.

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Respondi, trêmula, um sonoro não. Mas ele não tinha a garantia de minha brusquidão, lidava daquilo como um jogo. E ele estava ganhando. Ele sempre ganhava.

Sua mão trilhou o caminho de meu antebraço até meu pescoço, num carinho devastador.

– A-Afaste-se! - Ordenei, ao sentir sua mão apertar-me suavemente o ombro. Aquele carinho tão simbólico, tão pessoal. Senti então meu pior medo se concretizando, seus lábios estavam em minha pele, queimando. Me derreti, incapaz de outra coisa, ao senti-lo sussurrar contra a mesma.

– Você quer mesmo que eu me afaste? - Perguntou, severamente, enquanto seus braços rodeavam minha cintura.

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la

Tentei me afastar, mas foi impossível quando senti seu tronco contra minhas costas. Arfei, porque nunca soube controlar a respiração.

Ouvi sua risada atrás de mim, contra meu pescoço, enquanto fechava meus olhos diante de tal carícia.

– Qu-Quero... - Respondi, fraca e de maneira nada convincente. - Você é o cara mau agora.

– Mas você gosta de mim bem mau. - Contradisse, grudado ao meu pescoço. - Gosta de quando eu desafio as autoridades para dizer que você é minha. Gostou tanto de quando eu te fiz minha que até hoje não consegue me esquecer.

– Você não deixa! - Reclamei, incerta. Não gostei de minha voz soar trêmula, mas já havia dito e comprovado seu argumento.

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

– Você está sempre no meu caminho. - Retruquei. - Acha que eu não recebo seus recados? Acha mesmo que pensei que morcego estava "ao acaso" naquele bar, sendo que nem trabalha ali? Pensa que eu não percebi a tatuagem no pescoço de Luke, o Lobo? Você está sempre perto, porque sente que eu poderia te esquecer se você não me fizesse lembrar a cada segundo.

Sua risada foi tão estrondosa que eu até pude sentir seu tórax tremer em minhas costas.

– Culpado! - Declarou, cravando os dedos ásperos na minha cintura, em um aperto quase doloroso, e enterrando o rosto no meu pescoço. - Você quer saber o real motivo de eu estar aqui essa noite? De não ter invadido aquele instituto?

Assenti, trêmula, acariciando seus cabelos. Não eram tão sedosos quanto os de Jace, mas eram finos e escapavam de minhas mãos com uma facilidade imensurável por serem extremamente lisos. Já não conseguia mais manter os olhos abertos.

– Eu vim matar a saudade. Vim provar de uma vez por todas, para Castiel, para você e esse loiro aguado que você cismou de fingir que gosta, que você sempre me pertenceu. Que me ama acima de tudo.

– Que quer dizer com isso? - Perguntei, virando-me para ele. Fora uma péssima ideia, já que estava cara a cara com um demônio luxurioso.

Chase aproximava-se lentamente, fitando meus lábios com aquele jeito só dele, aquele que me despertava. Não demorou muito para sua testa estar colada contra a minha, nossas respirações mesclando-se, meus olhos piscando com uma velocidade desnecessária.

Não me surpreendi ao sentir seus lábios contra os meus, em um pedido silencioso. Um rompante de memórias invadiram minha mente. Outros beijos, muitos outros, como aquele. Antes deles, eu estava no fundo do poço. Depois deles, eu estava no céu. Chase me tinha em suas mãos e sabia disso.

As perguntas silenciosas preencheram-me enquanto eu entregava todas as minhas reservas àquele beijo. Sentindo-o mais ousado do que nos tempos passados. Entreguei-me a fome, a paixão, mas aquilo parecia ser errado.

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Não tive muito tempo de raciocínio até sentir minhas asas desenrolarem e expandirem-se. Com um muxoxo, Chase foi me empurrando para a parede, me encurralando com os braços e erguendo o olhar até minhas asas.

Um temor me ocorreu, rezando para que ele as olhasse com admiração em vez de medo, e foi o que aconteceu. Ele praguejou baixinho e as admirou, mas em momento nenhum tocou nelas.

– Pode tocar... - Murmurei, encarando sua face agora rubra.

Ele pareceu cogitar a ideia, erguendo o braço na penumbra, mas relutando em seguida.

– Eu, hum, não posso. - Declarou, descendo a mão até a minha cintura e apertando. - Minhas mãos são sujas pelo solo demoníaco, não posso violar suas asas com meu inferno pessoal. - Depois sorriu de depositou outro beijo em meus lábios. Quando se separou, a preocupação beirava em seus olhos. - Doeu?

Sorri com sua preocupação, alisando seu rosto fino enquanto o mesmo olhava para mim inquisitivamente.

– Muito. - Respondi. - Parecia que haviam facas cortando minha pele de dentro para fora. Mas eu superei e agora a dor é uma leve ardência.

Suas linhas faciais tencionaram-se e seu olhar ficou severo.

– Aquele... loiro te ajudou, não foi? - Perguntou. - Ele... tocou em você? Nas suas asas? Droga! Isso não será tão fácil quanto pensei...

– Ou, isso o quê?

– O resgate. Eu vim aqui te buscar, meu amor. Está na hora, eu e Castiel já temos tudo o que precisamos. Os ataques começarão amanhã e você virá comigo.

*************************

Exagerado - Cazuza.

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado

***********************************

Jace estava caminhando pelo corredor, já havia dispensado Aline Penhallow e estava necessitado de um bom banho. Ele não sabia dizer o porque, mas Aline tinha um forte cheiro de enxofre.

O segundo andar da mansão estava completamente escuro e o único barulho presente era do festim abaixo de seus pés. Foi pela contagem de portas, tentando lembrar-se da porta de seu quarto, quando à viu.

Seus olhos arderam e a garganta ficou seca. Não era uma simples mulher, sua aura irradiava em dourado, seu rosto era perfeito demais para ser humano, as grandes e lustrosas asas que carregava atrás de si provavam o argumento dele.

– Estava te esperando... - Murmurou uma voz cantada, como sinos badalando em uma igreja, como o sopro do vento do outono. O anjo sorriu, perversamente até, e depois deu-lhe as costas.

– E-eu... te conheço? - Perguntou. Não estava assustado, afinal, a presença do ser tirava o medo de suas costas.

– Me conhecer? - Riu debochadamente uma risada perfeita, passando a levitar e dançar com os braços finos no ar. Os cabelos ruivos caíram às suas costas feito uma capa grossa e então ele reconheceu-a. - Isso mesmo, Jonathan. Está havendo progresso aqui, então...

– E-Em quê? - Droga! Ele tinha mesmo que gaguejar?

O anjo virou-se bruscamente, com a face marcada por uma expressão maliciosa e os braços esticados para ele.

– Eu vim pegar a sua alma, Jonathan Christopher Herondale.

Jace sentiu seu coração parar de bater, suas mãos pararem de suar, seus músculos esticarem e tencionarem e a pele ficar fria. Não pode conter o grito de "O QUE?" que soltou e questionou-se mentalmente por isso quando o Anjo, Jocelyn, disse que era apenas uma brincadeira.

Flutuou até perto dele, sorrindo de modo sincero agora, e afagou-lhe os cabelos sedosos.

– Sua mãe não ficará orgulhosa, querido, se você não aprender a ser menos rude. - Soprou-lhe. Jace engoliu em seco.

– Você... conheceu ela?

Jocelyn riu, jogando suavemente a cabeça para trás.

– Conheci, conheço e conhecer-ei até o final de minha jornada, criança. - Respondeu. - Sua mãe morreu de forma impiedosa, é verdade, mas teve sua recompensa. Agora serve à tropa de Raziel, orando pelos caçadores de sombra em combate.

Sua cabeça remoeu-se em confusão.

– Mas... como ela se...

– Não posso tratar desse assunto com você. - O cortou. - Tratados divinos ficam no céu e assim por diante.

– Então o que você quer? - Arrependeu-se da brusquidão, mas as palavras já haviam saído e ele não iria voltar atrás.

– Você pode me ajudar, querido. Ajude-me e eu te recompensarei. - Respondeu, segurando o vestido para que pudesse pousar no chão, mas seus pés continuaram a flutuar alguns centímetros. A voz da mesma passou a ecoar pela sua cabeça, repetindo em vários tons "Ajude-me".

Ajude-me. Ajude-me. Ajude-me. Ajude-me.

– Droga! Faça isso parar! - Reclamou, tapando as orelhas. Como se aquilo fosse realmente adiantar...

– Você vai me ajudar? - Sua voz fez-se presente em meio às outras, mais grave.

Me ajudar! Me ajudar! Me ajudar! Me ajudar!

Ele assentiu rapidamente, parando na mesma hora de ouvir o eco em sua mente.

– O que queres?

Ela pareceu pensar sobre e depois sorriu.

– Há alguém indesejado aqui. Não posso bani-lo, porque ele tem vínculos com o sangue de um dos príncipes do Inferno flamejante.

– E quem ele é? O que ele quer?

Seu sorriso alargou-se de maneira sinistra.

– Descubra quem ele é. Descubra onde ele está. Saiba o que ele quer.

– E como eu saberei disso, caramba?! Como posso adivinhar o que ele quer? Pare de falar em código!

– Irei dar uma pequena dica como prova de minha bondade. - Retrucou. - Ele quer o mesmo que você. Ele está onde você gostaria de estar.

Os pensamentos corroeram sua cabeça enquanto as possibilidades passavam pela mesma.

Onde eu deveria estar?... O que eu quero?... Mamãe! Papai!... Onde eu deveria estar?...

É claro!... Claro? Clar... Clary!

Clary! - Resmungou, enquanto corria pelo corredor, direto para o quarto da mesma. Não deu tempo para o Anjo retrucar, apenas seguiu seus instintos.

E boa coisa não sairia dali. Não, não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews! Eles me alegram :33

Psicoticamente, A.