Love Is A Beautiful Fear escrita por LeeH


Capítulo 5
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pelo atraso :S
Fiquei meio ocupada, mas o capítulo já estava pronto, só faltava postar ;D
Fiquei muitíssissíssimo feliz pelos comentários e pessoas que favoritaram a fic!!
Também pelo número de pessoas acompanhando ^^ o número praticamente dobrou!!
Muito obrigada gente, vocês são demais!!! Me dão animo para escrever ;D
Sem mais, aqui está mais um capítulo pra vocês :)



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Levanto mais cedo do que o normal no dia seguinte. Preciso colocar algumas coisas em ordem na minha cabeça, mas não estou muito afim de pensar agora. Tudo o que eu mais quero nesse momento é encontrar com Maxon...

Começo a andar pelo meu quarto em busca de algo para fazer, porque ainda é muito cedo para minhas criadas aparecerem e me aprontarem para o café da manhã. Ando de um lado para o outro, tentando fazer inutilmente o tempo passar, mas quanto mais ando, mais parece que o tempo se recusa a passar.

Começo a mexer no criado mudo ao lado me minha cama. Não sei bem o que procuro, talvez algo bagunçado que precise ser arrumado, apenas para manter minha mente ocupada. Meus olhos param no vaso com a moeda solitária. Instantaneamente meus pensamentos correm até Aspen. Ele parecia magoado ontem a noite... Eu simplesmente não sei o que pensar ou sentir em relação a ele. Sei que amo Maxon com tudo o que tenho, mas também sinto algo muito forte por Aspen. Olhar aquele vidro vazio com apenas a moedinha no fundo faz com que eu sinta saudades de quando as coisas eram mais simples e eu tinha Aspen nos meus braços. Faz com que eu me lembre de todos os momentos com ele na casa da árvore. Mas também faz com que eu me lembre de quando ele despedaçou meu coração quando terminou comigo.

Eu não esperava encontrar o que encontrei aqui no palácio. Eu não queria me apaixonar novamente, até porque eu achava que isso era impossível. Mas foi inevitável. Aspen não pode me culpar por tudo isso, assim como eu também não posso culpá-lo, porque ninguém tem exatamente culpa de alguma coisa. Não posso mais pedir tempo para Maxon, tenho que tomar uma decisão logo... Mas meu coração se recusa a deixar qualquer um dos dois ir embora, o que deixa tudo cada vez mais confuso.

Abaixo-me e abro uma das gavetas do criado mudo. Não há nada dentro de nenhuma gaveta, pois quando cheguei ao palácio, fiz de tudo para não me apegar a nada, pois sabia que não ficaria muito tempo. Não guardei muitos itens pessoais. Mas mesmo assim decido descer para a segunda gaveta e abri-la. Algo me chama atenção dentro dela. É um pedaço de papel... Não estava ali antes, tenho certeza.

Quando estava prestes a pegá-lo, ouço alguém entrar no quarto. Fecho a gaveta rapidamente e me sento na cama. Logo minhas criadas entram no quarto, prontas para me preparar para o café da manhã. Não presto muita atenção na conversa delas, ou mesmo no meu visual. Minha cabeça estava insistentemente perguntando o que seria aquele papel. Parece bobo, mas algo me diz que é algo importante. Seria um bilhete de Maxon? Ou até mesmo de Aspen? O que poderia ser?

Quando elas finalmente terminam de me arrumar, desço as escadas até a Sala de Jantar. Todos já estavam lá, menos Maxon e Kriss. De início, estranho a ausência do Rei, mas logo me sinto aliviada por ele não estar aqui. Não gosto dos seus olhares intimidadores para mim durante as refeições.

Sento-me ao lado de Elise, e começo a pensar onde Maxon estará. Minha respiração falha e minha cabeça começa a girar quando penso que ele pode estar com Kriss. Eu sei, eu sei que devo confiar nele, confiar no que ele sente por mim. Mas não consigo deixar de pensar no que Aspen me disse de madrugada, sobre Maxon dizer para todas que as ama. Será que ele diz tudo o que diz para mim, para Kriss? Sinto-me aliviada ao ver Kriss entrando na Sala. Solto o ar que não percebi que havia prendido até então. Após alguns minutos, Maxon aparece e o café é servido.

Nada de novo acontece durante o café. Corro meu olhar até Maxon algumas vezes, mas ele não me olha. Aquilo me machuca de formas que eu não gostaria.

Termino de comer e, assim que tenho permissão, saio da mesa rapidamente. Não tenho o que fazer durante a tarde toda. Silvia suspendeu as aulas por alguns dias, então ficamos todas no Salão das Mulheres. Converso com Elise por um tempo, mas o papo não estava muito interessante. Pego uma das revistas em cima de uma mesinha e começo a folhear. Em uma das páginas, uma reportagem me chama a atenção.

"Após a transmissão do Jornal Oficial, Illéa ficou sem entender o que teria acontecido. A resposta mais provável, e possivelmente a correta, é que uma das candidatas a Seleção, America Singer, estragou tudo novamente.

Mesmo depois de ter nos surpreendido, no pior sentido da palavra, na ocasião da punição da senhorita Marlee Tames, America joga tudo para o alto mais uma vez por propor a retirada das castas em rede nacional! Não é de se surpreender que a transmissão tenha sido cortada sem maiores explicações.

Mas, surpreendentemente, America continua no jogo. Será que o príncipe Maxon realmente gosta dessa bagunça que é America Singer? Ou ele quer manter o suspense quanto a sua escolha? Seja como for, a equipe dessa revista espera que o príncipe faça uma escolha sábia. Queremos uma princesa que possamos amar e que ajude a liderar o país, e não a destruí-lo"

Perco o ar ao terminar de ler. Tento manter a calma perto das outras selecionadas, pois se eu mostrar que entrei em pânico ao ler essa revista, com certeza elas a lerão e caçoarão de mim. Respiro fundo algumas vezes e tento desviar minha atenção para outras coisas. Olho em volta e vejo a Rainha Amberly sentada perto da janela, com alguns papéis em mãos. Silvia está ao lado dela, acho que a ajudando em algo, não sei dizer. Celeste está assistindo a televisão e reclamando de tudo, como sempre. Elise está sentada na mesa, junto comigo, distraída com outra revista. E Kriss... Kriss? Ela não esta no Salão das Mulheres. Não havia notado até agora, mas ela não está aqui.

Então, como que ouvindo meus pensamentos, Kriss surge pela porta, vai até a Rainha, faz uma reverência perfeita e se senta na mesa, de frente para mim. Ela me olha e me lança um sorriso, cheio de significados. Tento decifrá-los, mas não entendo porque ela está sorrindo pra mim. Ela não deixa de me encarar, com as sobrancelhas arqueadas e o sorriso bem aberto nos lábios. A encaro de volta, com um olhar confuso. Então, de repente, como um estalo, tudo faz sentido. Entendo porque ela está sorrindo para mim, e gostaria de não ter entendido. Ela estava com ele. Ela estava com ele, provavelmente o abraçando, sentindo seu cheiro, o fazendo rir. Ela estava com ele, e claro que não perderia tempo em vir jogar isso na minha cara.

Tudo começa a pesar nos meus ombros. A matéria na revista, a conversa com Aspen de madrugada, Kriss se gabando. Tenho que sair daqui, pois sei que vou começar a chorar e não quero dar esse gostinho para nenhuma delas. Levanto-me o mais calmamente possível e me dirijo a porta. Saio andando apressadamente e depois, como se não pudesse aguentar, começo a correr em direção ao jardim. Olho para o banco. Para o nosso banco, mas não consigo ficar ali. Não quando minha imaginação começa a criar possibilidades para o que possa ter acontecido no encontro de Maxon e Kriss. Continuo correndo pelo jardim e paro em frente a uma fonte em forma de cupido. O peso de tudo cai de tal maneira em meu corpo, que não consigo permanecer em pé.

Ajoelho-me aos pés da fonte e choro. Eu quero ir embora, voltar para minha família que sinto tanta falta. Voltar para minha vida normal, mas sei que as coisas não serão como antes. Ouço passos virem até mim, mas não me viro para ver quem é. Continuo chorando, liberando os pesos do meu ombro. Chorar é tudo o que ando fazendo agora, porque com o final se aproximando, esta ficando cada vez mais difícill de suportar essa competição.

A pessoa se ajoelha ao meu lado e coloca a mão nas minhas costas. Reconheço de imediato aquele toque. Sem pensar me lanço em seu pescoço e choro ainda mais.

– Meri - Aspen sussurra, sem saber bem o que dizer.

Choro ainda mais, pois tenho medo de que ele esteja certo com respeito a Maxon.

– O que aconteceu? - pergunta um soldado à alguns metros de distância.

– Acho que ela não esta se sentindo muito bem, vou levá-la para seu quarto - Aspen responde, me ajudando a levantar.

– Devo avisar ao príncipe?

– Acho que não será necessário.

***

Estou sentada em minha cama bebendo um copo de água que Aspen trouxe para mim. Ele se sentou em uma cadeira de frente para mim, observando todos os meus movimentos. Coloco o copo em cima do criado mudo, ao lado do jarro com a moeda.

– Esta se sentindo melhor? - ele pergunta, me olhando atentamente.

Apenas assinto. Não me sinto capaz de falar nada.

– Meri... - Aspen diz, pegando minha mão - Eu amo você - ele sussurra.

Por que isso é tão difícil? Aspen me ama, e eu acho que também o amo. Por que não podemos simplesmente ficar juntos?

A resposta é óbvia. Não tenho dúvidas de que amo Maxon... Mas tenho que aprender a confiar nele, e ele a confiar em mim. A falta de confiança não deveria ser um sinal de que nós não damos certo? Mesmo assim, ainda tenho esperanças.

Uma lágrima silenciosa cai lentamente. Aspen passa a mão em meu rosto e o limpa. Depois se aproxima e me da um beijo rápido. Esse beijo tem um efeito nostálgico, e faz com que eu me lembre de cada um dos beijos que dividimos nesses 2 anos.

Aspen sorri para mim e se levanta. Ele sai do quarto e fecha a porta antes que eu possa ter qualquer reação. Apenas essa parte do dia me deixa exausta, então caio na cama e durmo, sem me importar que perderei o almoço.

Acordo com minhas criadas prontas para me prepararem para o jantar. Tomo um banho relaxante enquanto Lucy canta uma música calma. Elas se tornaram tão amigas que sabem quando não estou bem. Depois Mary arruma meu cabelo e Anne me ajuda a colocar o vestido, que é cumprido e azul escuro, com um efeito degradê, ficando mais claro até ficar branco na barra. Ele vai até meus pés, é justo e tomara que caia. Mary coloca meu cabelo todo de um lado e faz cachos no outro, como uma cascata.

Essa é a maneira delas de me animar. Fazer com que eu me sinta linda. E isso realmente funciona.

Desço para a Sala de Jantar e chego depois de todo mundo. Sento-me ao lado de Elise, de frente para Kriss. Ela ainda me olha com um sorriso no olhar. Inevitavelmente olho para Maxon, que mexe discretamente em sua orelha. Retribuo.

O jantar passa rapidamente, mas sou a última a voltar para meu quarto. Subo as escadas devagar, apreciando o caminho, como se fosse a última vez que o percorrerei. Cumprimento alguns guardas no caminho e depois entro no meu quarto. Dispenso rapidamente minhas criadas e me sento a espera de Maxon. Então, como que em um estalo, me lembro do papel na gaveta de meu criado mudo. Corro até lá e abro bruscamente. Retiro o papel, que está um pouco amassado, como que jogado ali às pressas, e o observo. O abro e me assusto com seu conteúdo.

"Elimine as castas"

O bilhete parecia ter sido escrito correndo, e sei que quem o deixou foram os rebeldes. Mas o que querem comigo? Eles acham que eu seria capaz de fazer isso? Será que não viram que minha última tentativa foi falha?

Subitamente, ouço as familiares batidas na porta.


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Notas finais do capítulo

Ooooh suspense hahaha
Não sou muito boa em suspense kkk
Eaaaaaaaaaaaaaaaí?? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Tem algumas sugestões??
Comentem please ;D
Até o próximo, minhas leitoras lindas ^^



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