Feared escrita por DameBlanche33


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez eu realmente demorei, né? Me desculpem! Bem, pra compensar a demora, esse capítulo tá um pouco maior, pelo menos para os meus padrões...



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Sua primeira reação foi ficar imóvel e observar por alguns segundos. Finalmente, ela se dá conta do que estava acontecendo.

O que diabos é aquela criatura? Meu Deus! Percy está sangrando!

Annabeth corre para porta desesperada tentando sair, sem se importar em empurrar os outros alunos que chegavam, que reclamavam e gemiam. Ela começa a perder a paciência com isso.

– Saiam do meio! – Annabeth empurra um menino da sua frente – Licença!

Com muito esforço, finalmente consegue sair do prédio e corre para onde ela havia visto Percy Jackson.

Já sem fôlego, ela chega ao lugar.

Percy, ainda sangrando, havia se levantado e junto com um garoto desconhecido que estava de preto dos pés à cabeça, lutavam contra o monstro, que ainda investia fervorosamente contra eles.

A criatura tinha no mínimo uns 7 metros de altura, escamas esverdeadas doentias e suas presas pingavam veneno. Os garotos continuaram lutando, mas de longe dava para ver que logo iriam sucumbir de alguma maneira e perder.

Annabeth observa mais um pouco e se sente aflita. Como poderia ajudar aquele rapaz que mal conhecia? Estava sem o seu spray de pimenta e pedir ajuda não daria certo, porque agora olhando ao redor, eles na verdade estavam cercados de pessoas e elas estavam alheias a aquilo tudo, como se nem tivessem notado a criatura de 7 metros de altura que pingava veneno. Não havia nenhuma lógica em se meter num problema daqueles por vontade própria, havia?

Eu tenho que ajudar de alguma forma. Que se dane a lógica.

A loira se aproxima, mesmo sem nada nas mãos.

– Ei, grandão!

O monstro não demostra ter ouvido, então ela grita novamente.

– Ei, cara! Venha cá!

Ela percebe que Percy e o garoto gótico desviaram a atenção do monstro um segundo, somente para observá-la.

O moreno dos olhos verdes a observou um momento a mais que o necessário, balançou cabeça e deu um sorriso irônico.

Louca – afirmou ao mesmo tempo em que desviava o olhar.

O garoto de preto deu uma risada, mesmo enquanto lutava.

Annabeth sentiu a raiva ferver dentro de si. Ele me chamou mesmo de louca?!Desgraçado filho de uma mãe! Ela controlou a raiva e a indignação logo em seguida. Mas não importa se ele é um grande filho da mãe. Tenho que ajudá-los.

Ela se esforçou para chamar a atenção do monstro, sacudindo os braços e gritando, mas somente depois de muito esforço ele virou a cabeça, para em seguida se voltar para os meninos novamente, como se ela não importasse.

A essa altura, Percy havia perdido muito sangue. Suas blusas estavam completamente empapadas de vermelho líquido. Annabeth não queria admitir, mas estava preocupada.

O companheiro de Percy também parecia ter percebido, pois agora tentava dar o máximo de cobertura possível a ele e lutava com mais urgência.

Depois de um tempo, com Annabeth já tendo desistido de ajudar, o gótico parecia insistir em algo que Percy negava o mais energicamente que podia, lutando mesmo tendo perdido visivelmente muito sangue.

“Temos que tentar!” era a única coisa que Percy dizia, além de negar o que quer que seja.

Eles lutaram por mais dois minutos até o gótico perder a paciência.

– Não temos que tentar nada! Desista, cara! – a voz do garoto saiu rouca, como se ele não costumasse usar muito a voz.

Percy murmurou um “não vou, não” e finalmente matou o monstro, metendo uma espada que reluzia ao sol no pescoço da criatura.

Annabeth continuou a fita-lo com um olhar curioso enquanto ele se arrastava para longe seguido do garoto gótico, que a olhava com um misto de hostilidade e curiosidade.

Percy se ajoelhou no chão, numa posição derrotada. O outro menino colocou a mão em seu ombro.

Annabeth observou assustada eles serem cobertos por uma pequena mancha escura, até serem completamente consumidos pela escuridão e sumirem.

Talvez Percy tenha razão. Eu estou louca.

Annabeth ficou mais alguns segundos paralisada, até sair do torpor e se encaminhar para a sala de aula.

– Você está atrasada, senhorita Chase – o professor a repreendeu.

Annabeth não fez nenhuma objeção: até Lola e seu clube haviam chegado antes que ela.

Ela rapidamente se sentou em sua carteira na primeira fileira e abriu seu caderno.

– Senhorita Chase, é o livro – o professor a repreendeu novamente.

Lola e seu grupo soltaram risadinhas discretas, que Annabeth fingiu não perceber.

Eles mataram uma criatura de 7 metros e sumiram em sombras... Percy Jackson me chamou de louca e talvez ele esteja certo... Ele está certo, provavelmente...

– Qual é a resposta, Chase? – o professor agora perguntava algo que Annabeth nem havia ouvido.

Ela dá um pulo na cadeira, como se tivesse levado um susto.

– Hã...

– Preste mais atenção, Chase. Luma?

Luma respondeu a pergunta, mas Annabeth não estava mais ouvindo, já perdida em pensamentos novamente.

A aula terminou e Annabeth nem percebeu. Ela juntou suas coisas lentamente e se pôs a caminho da próxima sala.

– O que foi aquilo Annabeth? – Luma havia se aproximado e Annabeth também não havia percebido – O que aconteceu, pra você voar daquele jeito?

Provavelmente, se Annabeth falasse o que havia visto a chamariam de “louca” novamente, então ela resolveu manter a boca fechada.

– Eu dormi tarde ontem... Eu tô com sono...

– Ah. Te vejo depois! – Luma acenou e entrou na sua sala.

O restante das aulas também passou voando.

Annabeth ainda assimilava o que havia visto, se era louca ou não. No final, resolveu confiar no que havia visto.

Eu não imaginei coisas, pensou enquanto entrava no carro do pai.

Frederick fez as mesmas perguntas de sempre e ela respondeu com mesma falta de entusiasmo de sempre.

Ela chegou em casa e resolveu se deitar. Depois, acordou somente para fazer o dever de casa e se deitou novamente.

Devo estar muito cansada, é só isso...

Annabeth mergulhou em um sono sem sonhos e se pôs de pé cedo. Dessa vez, ao arrumar a mochila, tratou de achar o spray de pimenta e colocar no bolso.

Só para ter certeza, pensou sorrindo.

Ela estava ansiosa para chegar na escola e confirmar que não havia enlouquecido. Desceu com pressa do carro do pai, guardou a mochila e saiu procurando cegamente por Percy Jackson.

Faltando apenas 20 minutos para ter que entrar na sala ela o encontrou.

– Ei! Percy! – ela falou um pouco alto demais e as pessoas que estavam no corredor se viraram para ver – Preciso falar com você!

Ele fingiu que não a viu, de repente muito concentrado no que havia dentro do seu armário.

Annabeth caminhou até onde ele estava e tentou arrasta-lo sem muito sucesso para um lugar mais fechado.

– Me solta, louca! – a voz dele estava baixa, um murmúrio, e somente ela pôde ouvi-lo a chamando de louca.

Annabeth segurou os ombros largos de Percy com força e olhou determinada para imensidão verde que eram seus olhos.

– Eu vi o que aconteceu. Você não vai conseguir me enganar, ok?

Percy soltou um riso de desdém.

– Não é pra rir, seu idiota, é pra me dar respostas! – Annabeth ameaçou.

Ele riu novamente. As pessoas ao redor olhavam.

– Tudo bem. Vamos logo de uma vez.

Percy a conduziu para um banco no refeitório, o único lugar que estava vazio.

– Você tem dez minutos – falou vagarosamente enquanto olhava o relógio.

– Quem era aquele garoto gótico que estava com você ontem?

– Um amigo meu.

– Vai responder só isso?

Ele concordou com a cabeça.

– Aquela criatura estava perseguindo você por quê?

Percy ficou em silêncio, olhando a parede.

– Tudo bem, sabia que você não ia responder essa... - Annabeth deu uma pausa cautelosa – Onde arrumou aquela espada e como você e seu amigo sumiram?

– Eu pulo a da espada. Bem... Meu amigo tem uma forma diferente de viajar.

– É tudo o que tem a dizer?

Ele suspirou, impaciente.

– Você por acaso já cogitou que estava somente no lugar errado, na hora errada e que eu não lhe devo nenhuma única explicação?

Os dois ficaram de pé, olhando nos olhos um do outro, verde no cinza, como se estivessem desafiando quem tinha a melhor resposta para aquela pergunta. Annabeth abriu a boca para responder, mas foi imediatamente cortada.

– Não me pergunte mais nada, Chase, porque eu não vou responder – afirmou Percy, seus olhos verdes reluzindo de raiva.

Annabeth meteu a mão no bolso.

Ainda bem que eu trouxe meu spray de pimenta, pensou .

Rapidamente, ela tirou a tampa do spray e soltou uma baforada na cara de Percy, que soltou um urro de dor e esfregou com força os olhos.

– Tudo bem, Jackson, não precisa responder minhas perguntas – disse com a voz mais inocente que conseguiu, enquanto Percy cambaleava, ainda esfregando os olhos.

Ela saiu marchando do refeitório, enquanto Percy cambaleava e a xingava de todos os palavrões que conhecia.

– Você vai me pagar essa, sua desgraçada filha de uma mãe!


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