–Angie você ouviu o médico, espera até amanhã enquanto isso vai pensando no dizer a ele
Dei de ombros, resolvi esperar até amanhã, Vilu tinha razão eu teria tempo pra pensar no que dizer a ele, e assim feito, logo adormeci com meus pensamentos todos eles voltados ao German.
No dia seguinte, acordei bem cedo, eu não via a hora de sair correndo dali, me imaginava correndo com os braços abertos ao encontro de German, que também vinha ao meu encontro, enquanto meu cablo voava como em filmes de cinema, mas é claro que coisas assim não acontecem, afinal, minha vida, ou melhor nossa vida, a minha e de German, eram sempre separadas por um força do mal, chamada mundo, ou melhor chamada Jade.
O médico me chamou me tirando desses pensamentos, dizendo que eu teria que ficar ali por mais um dia. Epa epa epa, pera ai:
– COMO É QUE É? - Eu estava indignada, eu não riai ficar ali por mais um dia
– Senhorita Angeles, peço que por favor se acalme, algo deu errado nos seus exames e você terá que fazê-los denovo
– Sabe o nome do meu remédio?
–Não passei nenhum remédio pra senhorita ainda
– Eu tenho remédio próprio, chama GERMAN E EU VOU SAIR DAQUI AGORA
Ele chamou os enfermeiros pra me segurar, e é claro que conseguiram, afinal eu não tenho força e eles me ameaçaram a levar para um centro psquiatrico. Eu não to louca, na verdade estou louca pra ver German, eles não entendem que o fato de eu estar assim é por estar morrendo de amor por ele. Deitei denovo na cama e a enfermeira veio me da remédio ela disse que eu iria dormir por 12 horas tomando ele, eram 08:00hr da manhã, eu não iria perder o dia todo dormindo e acordar só as 20:00hr. Coloquei o remédio embaixo da lingua e fingi tomar, fechei os olhos devagar, dei uma espiadinha quando não vi mais nenhum movimento, quer dizer ouvir né.
Me troquei, coloquei a roupa que Vilu tinha trazido hoje de manhã pra mim, e pulei a janela, ainda bem que estava no primeiro andar, e assim fui ao encontro de German, eu pensei tanto nisso, que até me esqueci o que iria falar.
Pov's German
Eu estava arrasado, me tranquei no quarto quando decidi sai do país por um tempo, não queria avisar ninguém sobre a viagem, nem mesmo Violetta, ela iria ficar com Olga e Ramalho sei que posso confiar neles, comprei o primeiro voô desta manhã para França, iria visitar Paris, arrumei uma mala pequena, compraria tudo novo, eu iria mudar e me esquecer do grande amor da minha vida, já que ela fez o mesmo comigo, literalmente.
Comuniquei a todos na sala, e pedi que não me empedisse de ir, me despedi e fui de taxi até o aeroporto. Era hora de vida nova.

Pov's Angie
Peguei um taxi e fui voando pra mansão, engraçado, como assim eu vou de taxi e vou voando, mundo louco né, depois do acidente, eu não perdi a memória mas pelo contrário, passei a pensar mais sobre tudo, hilário não?
Toquei a campahia, esperando que o amor da minha vida abrisse a porta com aquele lindo sorriso torto, e assim nos viveriamos felizes para sempre, mas quem abriu foi Olga, com cara de quem viu um fantasma.
Cade o German?
Aquele silêncio me incomodava.
E as únicas palavras que ouvi foi.
França.
E lá se foi meu lindo conto de fadas, me segurei na porta pra não cair, e a única coisa que fiz foi correr pra fora, tentei ligar no celular dele, mas estava desligado, eu procurava por um taxi, quando Ramalho entrou no carro com Violetta e Olga e eu junto, fomos correndo para o aeroporto, e eu continuava a ligar para German.
Quando cheguei no aeroporto, pensamentos vieram a tona, era pra ser o homem indo atrás da mulher no aeroporto, mas a minha história com German é diferente. Fui verificar a que horas o próximo voô pra França iria sair, e quando vi era 09:00hr, olhei no relógio na esperança de ser antes que isso, e quando olhei eram 09:15, meus olhos começaram a queimar, e eu apenas sentei ali mesmo no chão, não me importava mais com ninguém. Eu o perdi.