Depois de despistarem o bando de zumbis, Dean entra no primeiro lugar que vê: uma loja de máquinas fotográficas. Logo em seguida entra Jinx, Mark, Roxanne e Sara com as duas moças. Por sorte o lugar está vazio.

– Meu Deus! Eu preciso de água! – Sara diz abrindo a mochila e pegando uma garrafa de água.

– Perdemos mais um... – Roxanne fala abaixando a cabeça.

– Desculpem, não foi nossa intenção provocar toda aquela confusão e causar a morte do amigo de vocês. – Uma das moças fala.

– Enfim, quem são vocês? – Mark pergunta para as duas mulheres tentando mudar de assunto para que o grupo esqueça a morte de mais um do grupo.

– Eu sou Jenna, e ela é a Claire... Nosso acampamento foi atacado e todo nosso grupo morreu, pelo menos é o que a gente acha, nós duas conseguimos fugir e acabamos parando lá no galpão de vocês. – Explica Jenna.

– Vocês podem ficar com a gente se quiserem... Eu sou Mark, aquela é Jinx, Roxanne, Sara e Dean – Mark apresenta o grupo apontando para cada membro enquanto fala seus nomes.

Dean está sentando no chão, apoiado em um balcão lembrando-se do que tinha acabado de fazer. Jinx senta do lado dele e fica por uns minutos ali quieta.

– Eu estava no telhado, e vi o que você fez. – Jinx fala mais não olha pra Dean, fica olhando reto.

Dean fica sem reação, demora um pouco para responder a mulher, tenta formular uma resposta em sua cabeça, mas não consegue nada, só consegue lembrar-se do amigo morto no buraco.

– Eu não sei por que fiz aquilo, só achei que seria o certo a se fazer naquele momento. Eu sei que pode parecer demais, mas você pode não contar pra ninguém? Até eu saber o que está acontecendo, tentar entender tudo isso... – Ele finamente responde.

Jinx assente com a cabeça e fica ali refletindo com Dean.

[...]

O Grupo passa a noite na loja, todos resolvem dormir, mas Dean fica acordado, não consegue parar de pensar no que fez, por isso resolve andar pela loja e ver o que acha. Consegue achar algumas fotos que foram reveladas, mas os donos não tiveram tempo de buscar, olhava para aquelas pessoas em festas, parques com sua família e amigos e imaginava como era a vida deles antes de tudo isso acontecer, imaginava se naquele momento aquelas pessoas viraram zumbis ou não.
Achou dinheiro também e riu sozinho lembrando-se de como aquilo era tudo na vida de algumas pessoas, lembrava do que algumas pessoas eram capazes de fazer por dinheiro. Mexendo no dinheiro ele vê um panfleto de divulgação de um restaurante francês, olhou para aquele panfleto e aquela lembrança que ele queria esquecer veio direto para sua cabeça, o dia em que tudo mudou. Cansado ele resolve tentar dormir.

[...]

Dean acorda e todos já haviam se levantado. Jenna e Roxanne decidem procurar comida e outras coisas do lado esquerdo da loja em que estão e Jinx e Dean do lado direito, enquanto Mark, Claire e Sara vasculham melhor a loja.

– É a segunda casa que a gente entra que não tem nada, só zumbi! – Jinx já desanimada diz.

– Temos que ir a algum mercadinho, restaurante, farmácia, alguma loja, lá deve ter coisas úteis – Dean fala já saindo da casa

Os dois andam por mais uns minutos e acham um bar, como estão na parte de trás do estabelecimento decidem entrar pela porta dos fundos mesmo, Dean entra e logo depois Jinx também entra, mas deixa a porta aberta. Silenciosamente eles passam por um cômodo vazio e logo em seguida entram na cozinha do Bar, lá acham milho e ervilhas em lata, uma lanterna, uma garrafa de uísque e uma faca bem afiada. Terminam de vasculhar a cozinha toda e vão para o biombo que separa a cozinha da parte principal do bar, onde se encontram as mesas, o balcão e as bebidas. Quando estão prontos para sair do cômodo ouvem gemidos, com cuidado Dean abre um pouco o biombo e vê uns vinte zumbis perambulando por ali.

– Quantos têm? – Jinx sussurra para Dean.

– Não sei, deve ter uns vinte no máximo. – Dean sussurra de volta.

– Melhor a gente não arriscar, vamos sair daqui. – A mulher fala já virando as costas para ir embora.

Na mesma hora que eles começam a voltar o vento bate a porta dos fundos, fazendo um barulho alto. Os zumbis já começam a ir na direção deles, os dois vão correndo para os fundos e conseguem sair. Lá fora matam alguns zumbis que estão rodeando o lado de fora. Quando finalmente conseguem manter uma distância boa entre eles e os zumbis do bar, começam a caminhar ao invés de correr. Dean com sede pega o uísque da bolsa e o abre, toma uns goles e oferece para Jinx que dá um gole.

– Meu Deus! Quanto tempo eu não tomava isso, tinha até esquecido de como era bom! – Jinx fala devolvendo a garrafa para Dean.

– Tomava muito isso no trabalho, até enjoava! – Dean diz dando risada.

– Você trabalhava com o que?

– Eu era empresário, tomava uísque em todas minhas reuniões com clientes. – Dean responde já se lembrando de momentos no trabalho.

– Empresário? Olha! Daqueles boa pinta com carros importados? Devia ter muita mulher atrás de você não é? – Jinx diz rindo e tomando mais um pouco da bebida.
– Ah, não tinha tanta não, mas mesmo se tivesse eu não daria bola alguma, meu coração já tinha dona... – Dean responde sério.

Jinx acha melhor encerrar o assunto. Os dois caminham silenciosamente para a loja de máquinas fotográficas, estavam cansados e queriam deitar e descansar. Quando chegam já está escurecendo. Roxanne e Jenna chegam com um mapa, algumas bolachas salgadas e uns medicamentos. O grupo come o que tem e vai dormir. Dean demora a cair no sono, mas consegue dormir mais rápido que na noite passada, dessa vez não dorme pensando em Verônica.

[...]

Já acordados e preparados para partir eles conversam sobre o que fazer e para onde ir.

– Estamos em Los Angeles, nosso destino é Sacramento. Fiquei sabendo que lá tem uma proteção contra esses malditos zumbis, não tenho muitas informações, só indo lá para saber. Vamos andando até acharmos um carro. – Mark diz guiando o grupo.

Todos concordam e já se preparam para sair. Sara percebe que Dean está muito quieto e pergunta:
– Tudo bem Dean? Você está tão estranho...

– Ãn? Ah... Tudo bem sim, só estou pensando. – Sacramento trás lembranças para Dean, se são boas ou ruins ele não sabe. Ele estava indo para a cidade dos pais de Verônica, tinha esperança de encontrá-la por lá, porém, Dean não tem certeza se isso é o melhor a se fazer. Uma voz gritava incansavelmente dentro de si: ela está lá, termine o que começou.