Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 17
Capítulo 17 - Revelações




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Quando chegou à Sala Precisa, Harry viu que esta estava ocupada por duas pessoas. O seu mais recente aliado e a mãe deste. 

— Potter! Falei com a minha mãe e ela já tem uma forte suspeita acerca do feitiço que atingiu a Weasley, mas ela pediu-me para falar contigo, pois precisava de ter certezas. - Explicou Malfoy vendo a cara com que Harry tinha ficado quando havia visto a sua mãe. 

— Como conseguiu trazê-la para o castelo? - Perguntou Harry desconfiado. 

Conheço uma passagem secreta. Agora podemos deixar este assunto de lado e voltar ao que lhe interessa? - Perguntou Malfoy.

Harry ainda não estava totalmente convencido. Ainda não confiava totalmente em Draco Malfoy, também seria cego se o fizesse, por isso também não confiava em Narcisa Malfoy. Afinal de contas, o marido e a irmã dela eram uns dos piores comensais da morte. Não podia arriscar a vida de Ginny e à medida que o tempo passava começava a arrepender-se de ter confiado no garoto Malfoy. E se tivesse colocado tudo a perder? 

— Harry Potter, sei que não tem muitos motivos para confiar em mim, afinal a minha família é servidora das trevas praticamente desde sempre, mas ao contrário deles eu não partilho as mesmas ideias. - Começou a explicar Narcisa. - Ao contrário do que possa pensar, não odeio nascidos-trouxas, aliás, eu admirava a sua mãe nos tempos de escola e é impossível não fazer uma pequena comparação com a srt. Granger. Eu não gosto desta guerra nem de Voldemort, mas eu nunca tive a coragem de Sirius e a minha irmã Andrómeda para dar costas à minha família. Por isso peço-lhe que confie em mim, não desejo nenhum mal a você nem aos que ama. Sinceramente espero que ganhe esta guerra e deixe-me ajudá-lo neste momento. 

— Obrigado. — Falou Harry um pouco atordoado. 

— Eu expliquei à minha mãe tudo o que você me disse sobre o estado de Ginny Weasley houve mais alguma alteração? - Perguntou Draco. 

— Logo depois da nossa conversa fui visitar ela ao hospital e ela quase teve uma paragem cardíaca. Por pouco o coração não parou. Um dos rins dela parou e está a começar a desintegrar-se. Madame Pomfrey disse que se não acharmos rapidamente uma cura que ela não aguenta muito mais tempo. - Respondeu Harry.

— O que acha mãe? - Perguntou Draco a Narcisa que estava pensativa.

— Desconfio de um feitiço, mas não tenho total certeza. Algum tempo atrás li sobre um feitiço que provocava algo parecido com o que me descreveu Potter. Foi num dos livros de magia negra da biblioteca da família Malfoy. - Respondeu à Sra. Malfoy. - Espere um segundo.

Narcisa pensou na biblioteca que havia na Mansão Malfoy. Se a sua teoria estivesse certa, a sala transformar-se-ia na biblioteca dos Malfoy e consequentemente o livro que lera também. Alguns segundos depois a teoria provou-se certa e Narcisa encaminhou-se a uma prateleira específica.

— Penso que foi este o livro. - Divagou retirando um livro grosso e grande da prateleira. O livro tinha uma capa verde-musgo um pouco desgastada.

— Aqui! - Exclamou Narcisa depois de o ler durante algum tempo. - Penso que seja este o feitiço. Segundo o livro, o feitiço é Absentis Organum Vitae era um feitiço usado para provocar uma morte lenta e dolorosa em alguém, uma vez que os órgãos parariam aos poucos e começaria a desintegrar-se provocando dor. Para combater o feitiço a vítima tem de tomar quatro poções: uma para parar o feitiço, outra para parar a desintegração dos órgãos, a terceira para recuperar os órgãos perdidos e a última para fazer os órgãos funcionarem. Só espero que o corpo dela ainda aguente mais poções.

— Muito obrigado, Sra. Malfoy, Draco. - Agradeceu Harry.

— Eu gostava muito da sua mãe, apesar dela não ser sangue-puro. Fomos amigas em segredo. Fiquei muito triste com a morte dela, apesar de Lílian ter-me dito que provavelmente Voldemort a mataria em breve e tentaria fazer o mesmo com o filho. Eu prometi-lhe que ajudaria você quando fosse possível, assim como Severus tem feito desde a morte dela. - Confessou Narcisa, deixando Harry estático e Draco com cara de espanto por saber desta verdade.

— Como sabe de Snape? - Foi a única coisa que o moreno conseguiu falar.

— Eu era a única que sabia da paixão de Severus. Eu descobri pouco depois dele contar sobre a profecia ao Lorde das Trevas. Ele ficou muito arrependido e como éramos grandes amigos ele acabou por me contar tudo. Ele acabou por ir falar com Dumbledore e tornou-se espião. Antes da noite fatídica, Severus ainda implorou a Voldemort para poupar a sua mãe, mas ela acabou por morrer. - Explicou Narcisa. - Na noite em que os seus pais morreram nós fomos até sua casa e quando entramos no seu quarto vimos Lílian no chão já sem vida. Nunca vi ninguém sofrer nem chorar tanto como Severus naquela noite. Ele esteve muito tempo ajoelhado no chão a embalar a sua mãe no colo e lamentando-se por tê-la matado.

— Mas foi Voldemort quem a matou. Ela recebeu a maldição da morte por mim, para me proteger. - Sussurrou Harry chorando.

Draco estava num canto contendo algumas lágrimas que ameaçavam cair. Podia não gostar do Potter, mas ouvindo agora da sua mãe aquilo que aconteceu era um pouco demais para ele. Era demasiado triste.

— Mas Severus culpava-se na mesma, pois se não tivesse revelado aquela parte da profecia, Voldemort não teria ido atrás de Lílian e ela não teria morrido. - Explicou Narcisa com algumas lágrimas caindo. - Enquanto Severus chorava por sua mãe, eu ouvi um choro no quarto e encontrei você chorando no berço. Mal conseguia acreditar que um garotinho tivesse sobrevivido. Eu peguei em você e Severus ficou furioso por ela morrer para evitar a sua morte. Só se acalmou quando lhe disse que você tinha os olhos da sua mãe e quando olhou para você e viu os seus olhos, foi como se tivesse visto Lílian, “Os olhos de Lílian” ele disse e então virou-se para ela e disse que faria de tudo para proteger você, mesmo que tivesse de morrer para conseguir, não deixando o seu sacrifício ser em vão. Algumas horas depois ouvimos Hagrid chegar, coloquei você novamente no berço e arrastei Severus comigo e saímos de lá sem ninguém ver. O resto você já sabe. Estes anos que passaram desde aquele dia eu ajudei Severus como agente duplo.

— Eu nunca pensei. - Murmurou o moreno

— Apesar de não ter sido chegada a seu pai, sei que os dois estariam muito orgulhosos em ver o garoto em que se tornou. Eu no lugar deles também estaria. - Disse Narcisa.

— Sem querer interromper, eu continuo aqui e acho que deveríamos acabar de resolver o assunto que nos trouxe aqui. Ginevra Weasley. - Falou Draco Malfoy ao fim de algum tempo.

— Desculpe. Tem razão. Se me puderem ajudar, eu gostaria de ir às masmorras falar com Severus sobre as poções para a garota Weasley tomar. - Falou Narcisa.

— Eu tenho aqui a capa da invisibilidade do meu pai. Você pode usá-la e ir até às masmorras sem ser vista. - Comentou Harry.

Os três dirigiram-se às masmorras e entraram na sala do professor de poções que os olhou com ar inquisitório.

— O que estão aqui a fazer? E juntos? - Perguntou. - O que encontraram?

Draco fechou a porta com um feitiço e jogou um Abaffiato à sala enquanto Narcisa tirou a capa de Harry e a entregou.

— O que vem a ser isto? Enlouqueceram? - perguntou o professor de poções.

— Harry e Draco vêm a falar um com o outro desde o dia do ataque a Hogsmeade. Eles fizeram uma trégua e têm discutido alguns assuntos sobre a guerra e ambos sabem sobre o nosso papel duplo Severus. Numa dessas conversas Harry pediu ajuda a Draco e o meu filho veio falar comigo acerca do feitiço que atingiu a Weasley. Momentos atrás conseguimos encontrar o feitiço e a cura, mas precisamos da sua ajuda, pois são precisas quatro poções. - Explicou Narcisa Malfoy.

— Vocês sabem os irresponsáveis que são? - Perguntou o mestre de poções um pouco furioso. - E se o Potter tivesse contado que é um comensal para alguém que o denunciasse, hein Malfoy? E você Potter, e se Malfoy estivesse só tentando aproximar-se de você para entregá-lo ao Lorde? E se Draco e Narcisa estivessem do lado de Você-Sabe-Quem e o levassem a ele? - Explodiu Snape. - Deixaria que o sacrifício dos seus pais, sua mãe, ser em vão?

— Peço desculpa. - Murmurou o moreno um pouco abalado pelo professor mencionar a morte dos seus pais.

Apesar de não demonstrar, Severus ficou um pouco atordoado, pois era a primeira vez que o garoto se desculpava a ele.

— O que é preciso Narcisa? - Perguntou Severus já calmo.

— Tome. - Falou ela entregando o livro a Snape. - Estão aí os ingredientes e as instruções para as poções. Parecem ser um bocado complicadas, mas acho que dará conta do recado.

— Penso que tenho no meu estoque todos os ingredientes necessários. - E dirigindo-se a Narcisa, Severus completou. - Vou precisar da sua ajuda para fazermos as poções mais rápido. Quanto a vocês os dois, saiam da sala e não deixem ninguém os ver juntos. Mais tarde falo com Dumbledore.

Os rapazes saíram da sala deixando os adultos trabalhar nas poções para Ginny.

— Se não se importar, gostaria de contar tudo a Hermione e Ronald acerca dos acontecimentos recentes e gostaria que também estivesse lá. - Falou Harry.

— Mais cedo ou mais tarde, eles provavelmente saberão de tudo por isso... - Disse Malfoy.

— Vá indo para a Sala Precisa. - Pediu Harry. - Vou chamá-los e logos iremos lá ter.

— Não se demore. Não gosto de ficar à espera. Tenho mais coisas para fazer. - informou Draco.

Enquanto Draco Malfoy se dirigiu à Sala Precisa, Harry foi em direção ao Salão Comunal por um caminho oposto e quando lá chegou encontrou os amigos. Tinha de ser rápido, pois estava a ficar tarde.

— Harry, onde estava, você saiu sem dizer para onde ia e deixou-nos preocupados. - Falou Hermione. - E falando em sair. Você tem andado muito sumido, o que vem a acontecer, na verdade?

— E não pense em mentir. - Completou Ronald olhando para o amigo.

— Queria pedir-vos para me acompanharem até à Sala Precisa. - Disse o moreno. - Prometo que respondo a todas as vossas perguntas.

— Tem andado misterioso demais para o meu gosto. - informou Ronald levantando-se da poltrona onde estava para seguir o amigo, gesto que foi imitado por Mione.

Os três dirigiram-se então à Sala Precisa e entraram.

— O que está fazendo aqui? - Perguntou Ronald colocando a mão sobre a varinha guardada no seu bolso ao loiro que estava destro daquela sala também.

— Cale-se e sente-se Weasley. - Resmungou Malfoy indicando-lhe a poltrona que estava à sua frente.

— Quem você pensa que é para me dar ordens? - Perguntou o ruivo.

— A pessoa que salvou a sua irmã. - Respondeu o loiro, deixando Ronald estático e uma morena confusa.

— Como é que é? - perguntou Hermione.

— Se vocês se calarem, se sentarem e deixarem-me falar, talvez saibam as respostas às vossas perguntas. - Irritou-se Draco.

O trio sentou-se nas poltronas que havia. Harry na poltrona ao lado de Malfoy, Ronald e Mione de frente para eles, os dois.

— No dia do ataque a Hogsmeade o Malfoy avisou-me antes de sairmos do castelo para ficar atento e ter cuidado consigo... - Começou Harry apontando para Hermione. - E com Ginny. Durante o ataque, enquanto duelava com Bellatrix, ela lançou a Maldição da Morte contra Ginny.

— Mas como eu sou um bom mocinho, lancei um feitiço na ruiva. - Completou Malfoy irónico.

— Você o quê? - Gritou Ronald levantando-se e indo em direção ao Malfoy.

— Acalme-se Ronald e deixe acabar de ouvir. - Mandou Hermione e virou-se para o loiro perguntando. - Como fez isso? Eu não o vi lá?

— Eu estava escondido, acha mesmo que eu escaparia impune se me vissem a ajudá-los? - Perguntou com sarcasmo. - O que importa foi que o meu feitiço fez com que a Weasley perdesse o equilíbrio, fazendo com que a maldição passasse por cima dela e não a matasse. Depois ajudei o Potter a soltar-se das cordas que o prendiam.

— Ótimo trabalho, a minha irmã vai morrer na mesma. Não morreu com a Avada da sua tia, mas vai morrer com um feitiço desconhecido que ela lançou. - Informou Ronald com um tom irónico.

— Quanto a isso... - Falou Harry pegando um dos quatro copos com suco de abóbora que havia em cima da mesa que estava ao pé deles e sendo acompanhado por Malfoy. - Eu pedi-lhe ajuda com o feitiço e ele trouxe a mãe aqui.

— Ele o quê? - Gritaram o ruivo e a morena ao mesmo tempo. - Como é que ninguém soube disso? - perguntou Hermione.

— Isso não interessa. - Falou Harry com alguma rispidez, pois estava cansado de ser interrompido. - O importante é que a mãe dele nos ajudou descobrindo o feitiço e a cura para Ginny. Neste momento Narcisa Malfoy e o Snape estão nas masmorras a fazer as poções que Ginny vai ter de tomar para se recuperar.

— E você vai mesmo confiar a vida da minha irmã no comensal espião, na mulher de um comensal do círculo interno de Você-Sabe-Quem e no filhote de comensal que tenho quase a certeza que é um comensal? - Perguntou Ronald irritado.

— Pare com isso, Ronald. - Pediu Hermione surpreendendo os restantes. - Querendo ou não, ele ajudou Ginny tal como a mãe. Dumbledore confia em Snape e Harry confiou no Malfoy e na mãe. Acha mesmo que ele ia arriscar a vida de Ginny?

— Sei que antes não acreditava em Snape, mas agora tudo mudou. Descobri uma coisa que mudou completamente a minha opinião e não, não vos irei contar, pois não é o meu direito e, além disso, Narcisa Malfoy ajuda Snape nas missões de espião. - Contou Harry. - Posso-lhes contar? - perguntou virando-se para Draco.

 - Ainda há mais? - Perguntou Ronald.

— Você estava certo Weasley. - Falou Draco.

— Como assim? - Não percebeu Hermione.

— Eu sou um comensal. - Contou o loiro, deixando Hermione chocada e Ronald vermelho de irritação. - Mas não é por minha escolha. Tenho a marca negra desde as férias. Voldemort ameaçou matar a minha mãe e eu não podia deixar isso acontecer, pois ela é minha mãe, a única fonte de amor, carinho e proteção que eu sempre tive. Apesar de ter a marca, eu não concordo com os ideais do Lorde das Trevas, nem a minha mãe, por isso decidi falar com o Potter e contar-lhe tudo para ver se podia ajudar em algo, pois quero que esta guerra acabe logo.

— Eu acredito em você. - Falou Hermione voltando a surpreender os que estavam na sala.

— Como pode acreditar nele. Aliás, como vocês podem acreditar nele. - Estourou o ruivo. - O pai dele é comensal, tentou matar-nos no ministério, a mãe é esposa de um comensal e irmã da pior e mais leal comensal, aquela que matou Sirius, o seu padrinho Harry e por fim ele também é um comensal.

— Acontece que logo que começaram a falar, eu lancei um feitiço e coloquei um pouco de Veritasserum na bebida do Malfoy. - Contou Hermione corando um pouquinho. - Espero que me entenda Malfoy, afinal a sua família é de comensais e nós desconfiávamos que era um. Não podíamos arriscar contar coisas que Voldemort não pode saber.

— Você é mesmo uma irritante e esperta sabe-tudo. - Murmurou o loiro.

— Isso foi um elogio Malfoy? - Perguntou Mione divertindo-se.

— Entenda como quiser. - Sorriu Draco ironicamente - E será que podem fazer o favor de chamar-me Draco e não Malfoy? Isso já irrita.

Os quatro passaram mais algum tempo conversando civilizadamente acerca de planos, suposições e muitas outras coisas sobre a guerra. Harry, depois de Hermione ter lançado um feitiço que impedia que o que fosse falado naquela sala não poderia ser contado a mais ninguém, exceto a algumas pessoas como Dumbledore, Ginny, Lupin, etc., contou sobre a profecia e as Horcruxes contando apenas quais eram e para o que serviam.

— Como assim você também é um Horcruxes? - Perguntou Draco chocado.

Harry explicou o que o Diretor lhe tinha contado acerca disso e contou que procurava uma solução para esse problema, apesar de Harry já ter praticamente a certeza de que no final teria de morrer. Depois os quatro despediram-se, foram para os dormitórios onde adormeceram.


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