Ela respirou fundo, enquanto acariciava a barriga. Uma enorme tristeza estava em seu peito. Seu pai morrera a meses, abandonara o marido por pega-lo na cama, fora nomeada imperatriz, seu casamento fora dissolvido no vento...

Eram tantas coisas que Kushina não conseguia parar para pensar. Sentia-se tão solitária... Fora criada para ser um exemplo de força, mas apenas sentia a fragilidade de ser mulher. Lentamente, caminhou entrou para dentro do pequeno palácio. Seu bebê mexia-se tanto! Era a única coisa que ainda lhe fazia alimentar-se, respirar... O único motivo que ainda lhe fazia viver.

Com passos lentos, foi até a sala do trono. A tradição exigia, que toda vez que um novo imperador assumisse, a sala deveria ser toda reformada. Ela não tinha a mínima idéia de como a queria...

No momento, a sala estava toda pintada de branco. Ela não poderia montar a sala de tons femininos. Era a sala onde dezessete imperadores já haviam comandado o pais do Redemoinho, ela era a primeira mulher. Ela teria que ser tão boa quanto eles.

Não. não tão boa quanto eles, ela corrigiu-se. como primeira mulher a assumir a posicao, ela teria que ser melhor que seus antepassados. E não chorar, não pensar no Raio Dourado de  Konoha...

Como se adivinhasse o pensamento da mãe, seu filho começou a chutar. Chutava e batia com os braços, pela dor que ela sentia em sua barriga. As vezes, ela achava que havia no mínimo seis crianças ali dentro, tal a quantidade de movimentos que o bebe fazia.

- Meu amor... – ela murmurou, acariciando sua barriga. – está ansioso para vir aqui fora? A mamae promete, que quando você vier... Você vai ter muitos amigos, querido... amigos de verdade, assim como são a Emiko, Sanae, Mitsuo, Seya, Yusuke para a mamae... E também... Quando você vier aqui para fora...

Um arrepio percorreu-lhe a espinha. Apenas uma pessoa tinha o dom de fazer sua espinha arrepiar-se. lentamente, ela virou-se, encontrando o olhar penetrante de Minato.

- Oyhao, hime...  – falou com o sorriso que a deixava de pernas bambas. – quanto tempo você demora para jogar toda essa historia besta de liderar o país para o alto? Seu marido está cansado de dormir sozinho...

Naruto gargalhou, quando tirou a peça do tabuleiro.

- Sou demais ou não?

- Seria... se essa sua jogada não deixasse caminho aberto para... – Kushina pegou o rei dele, fazendo que um imenso bico surgisse no rosto dele. – a minha vitória.

- Você tem muitos anos a mais de experiência que eu. – ele rebateu.

- E você foi muito imprudente, Naruto. E estou me referindo a Ichigo.

- Essa lei... que você invocou... existe mesmo?

- Obvio que sim. Eu estudei todas as leis desse pais, enquanto estava grávida. Foi um excelente excercicio, que agora se mostrou útil. E se você tem confiança que a pessoa que escolheu...

- Eu coloco a minha vida nas mãos dela sem pestanejar!

- Então eu confio de olhos fechados na sua escolha, meu filho. – Kushina pegou a mao de Naruto. Encontrara varias coisas suas nele. – agora é só esperar que Ryu volte, com Haijame e a sua hime.

- E com aquele guarda roupa ambulante a tiracolo... Neji jamais vai permitir que Hinata-chan viaje sozinha com o Ryu.

- Esse é o preço por se ter família. – Kushina riu. – quem mais você acha que pode vir acompanhando Hinata?

- Hum... – Naruto franziu a testa. – o teme, o Sai e a Sakura-chan, se eles escutaram a historia... A Sakura-chan para me bater e o  teme  e o Sai para rirem da minha desgraça.

- Só eles? – Kushina riu novamente.

- Não.... Se a Ino tiver na vila, para não perder para a Sakura-chan por conhecer uma imperatriz... O chouji para comer uma comida diferente... o Shikamaru se a vovó mandar... Kakashi sensei é capaz de vir para conhecer as termas... Ele está comecando a ficar como o ero-sennin... Lee para ajudar no que puder... TEnten para evitar que o Neji me mate, se ele já tiver descoberto que a minha hime está grávida... Gai-sensei para competir com kakashi-sensei...

- Os homens crescem e a idiotice não diminui. – Kushina começou a reorganizar as peças no tabuleiro de shouji. – mais alguém?

- O shino e o kiba, sem esquecer o akamaru que é o cachorro do kiba... Se o Gaara estiver atras da Ino..

- Hun... o Kazekage de Suna, que provavelmente vai ter alguns soldados junto... – Kushina começou a remexer a boca, pensando. – então, pegou a sineta e a tocou. A ajudante de Sanae, Jun, entrou no aposento de Kushina.

- Chamou Kushina-sama?

- Obrigada, por vir, Jun. pode fazer o favor, de dizer a Sanae, para se preparar, para daqui a uma semana, que teremos hóspedes de konoha, por tempo indefinido.

- Quantos mais exatamente, para providenciarmos as provisões?

- Um pequeno exército, querida. Os Akimichi ainda continuam... – ela virou-se para Naruto. – sendo reforçados?

- Continuam sendo reforçados, fofinhos, de ossos largos...

- Entao, provisões para no mínimo vinte pessoas por dia e como eu já disse, por tempo indefinido.

Jun fez uma pequena reverencia, saindo da sala.

- Mãe...

- Eu juro que não vou chamar nenhum Akimichi da palavra proibida, Naruto. Gosto dos meus ossos intactos. Ainda mais da demonstração que tive quando era jovem.

- Que demonstração?

- Seya cometeu o erro de disputar com Chouza Akimichi o ultimo pedaço de churrasco, na nossa primeira tentativa de entrosamento, com o pessoal de konoha. E como se isso não bastasse, o chamou de... você sabe o que.

Naruto ficou com o queixo caído.

- Você está brincando...

 - Bom, se duvida, Seya ainda tem as marcas do encontro. Peça para ele, uma hora dessas, para abaixar...

- EU NUNCA VOU PEDIR PARA AQUELE TARADO PARA ABAIXAR NADA! – naruto pulou, enquanto gritava.

- E depois você diz que não tem nada em comum com haijame...