Redemption escrita por Rosi Rosa


Capítulo 1
Nos braços de Felicity.


Notas iniciais do capítulo

Oliver busca salvação e encontrará nos braços de Felicity. ♡



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—Vá. — Felicity se ouviu dizendo, parando uma discussão entre ele e Sara.— Vá resgatar a Thea. Impeça o Slade. Faça o que for preciso, acabe com isso de uma vez por todas. — Sua voz tinha o timbre grave e rouco ao mesmo tempo, o tom de desespero e agonia. — Oliver ouvia quieto e confuso por ser ela a dizer o que fazer, ela que um dia o impediu de ser sempre um assassino, hoje pedia pra ele cometer esse crime.


Desespero!


Ela o fitou com aqueles olhos ansiosos e preocupados e ele partiu, resvalando em seu corpo a fúria e a raiva, ouvindo o seu coração gritando de um desespero desenfreado. Medo. Ele podia sentir o gosto do medo em sua boca seca.

A luta foi tensa. Cruel. Implacável. Um homem contra vários. Um homem contra um inimigo que parecia adivinhar seus passos. Um homem contra o vazio. Nada.
Ele venceu ou perdeu?

Ele não saberia dizer, o galpão em seu silêncio mortal parecia zombar dele. Destoando da sua vitória e recriando as suas derrotas. Thea estava a salvo, e ele... quem salvaria? Num silêncio devastador, ele se perguntava quantas vezes se engasgou em seu pedido de socorro, ecoando e emudecendo. Sozinho. Ninguém ouviria, ninguém o salvaria. Ninguém.

E esse grito preso na garganta? E essa raiva que crescia a cada dia? E essa culpa? Seria esmagado por tudo isso? Sem salvação? Sem vida? Apenas cheio de sofrimentos e preso em tormentos?

Sem redenção?

De volta ao covil, tentava não pensar na derrota, no desespero que emanava de seu coração. Encontrou os dois amigos o esperando. — ele se permitiu usar essa palavra fiel em seus lábios impuros. — Amigos! Seus ombros caídos não lhe davam a imagem de um herói, mostrava apenas seu fracasso. Como homem. Como irmão.


— O que vocês estão fazendo aqui? — Como sustentar um olhar, quando lágrimas despontavam sem serem anunciadas? Lágrimas de um homem em desespero!

— Achamos que era aqui que viria. Você é previsível. E tem dormido aqui.— Felicity dizia, os braços cruzados, parecia ainda acreditar nele. E ele queria dizer: não acredite em mim! Sou uma farsa. Tô sangrando. Você não vê?

Ollie balançava a cabeça em incredulidade.

— O que faz aqui? — Ele dizia olhando para o Dig, culpando-se por merecer sua confiança.

— Onde mais eu estaria? — Diggle tinha aquele ar de indiferença e de controle.

Oliver andou, sentou na ponta de uma mesa, de frente ao traje de Arqueiro. De frente ao seu segredo e sua mentira.

— Roy estava certo. — Ele podia sentir a aflição em sua voz. O fel de suas palavras. — A cada movimento, tomei a decisão errada. Com ele, com a empresa e com Thea. Eu estava tão focado no que o Slade faria comigo, que eu nunca percebi o que eu poderia fazer comigo. Sou meu pior inimigo.

— É o Slade falando, Oliver. Não o deixe entrar. — Dig fazia parecer tão fácil.

— Não consigo tirá-lo da cabeça, Diggle! — Ollie se levantava, exausto demais pra uma confrontação. — Não consigo impedi-lo de fazer nada. — Na voz, nenhum fio de esperança.

— Sim, você consegue. — Felicity tinha aquela voz quente, macia. Voz poderia ser considerada macia? Oliver não sabia, ele só conseguia se focar naquela voz. Macia.

— O que faz você ter certeza? — Ele queria gritar em seu desespero. Dizer que tudo tinha sido em vão. Que a culpa que ele carregava estava pesando ainda mais. Que ele era fraco pra suportar. Fraco pra viver!

— Porque você não está sozinho. — Dig se ouviu dizer com uma certeza exacerbada.

Oliver abaixou a cabeça, incapaz de falar, as emoções de uma vida giravam em torno dele, ameaçando derrubá-lo. Quebrá-lo definitivamente.

— E agora chefe? — A voz de Diggle era apenas um rasgo forte, centrado. Seguro.

Ollie suspirava ruidosamente, nos olhos uma única convicção.

— Agora nós revidamos.


Os três ficaram reunidos por um tempo, até Dig precisar ir embora, Oliver andava de um lado pro outro, impaciente, cansado, furioso. Perigoso. Felicity o observava em um silêncio velado, queria se aproximar, abraçar aquele corpo musculoso com seu braços suaves e dizer que tudo ficaria bem. Mas ficaria? Ela não tinha certeza. O coração mergulhava em dúvidas e medos. E amor... um amor não correspondido, errado. Mas ele parecia tão vulnerável naquela noite que ela se pegou andando até ele, uma mão parando em seu ombro, transmitindo calor. Oliver virou-se surpreso, o coração reagindo àquele toque, se aquiescendo ao calor daquela pequena mão. Nos lábios muitas perguntas, nos olhos uma única resposta: Ele a queria. Deus! Ele a queria com uma urgência sufocante.

Engoliu em seco, querendo falar, gritar pra ela ir embora, que ele não precisava de compaixão. Que ela sumisse, antes que fosse tarde demais. Antes que ele cobrisse aquela alma pura com o manto negro de sua alma impura. Mas aquelas pequenas mãos o massageavam com delicada perfeição, e ele soube, já era tarde demais. Pra ele. Pra ela. Pra todos.

Com um grunhido áspero, Ollie a enlaçou pela cintura, buscando sua boca quase em desespero, a língua mergulhava com satisfação e habilidade na doçura de sua boca, buscava, sugava, dançava. Ele estava perdido e naquele beijo, se encontrou.

Felicity a princípio hesitou, a boca apenas uma linha fina, depois se rendeu e se perdeu no calor daquela língua em chamas, queimando sua boca, marcando seus lábios com paixão e prazeres ardentes.

Ele a ergueu, tirando seus pés do chão, o corpo grudando e se moldando ao seu, ela sentiu e evidência de sua excitação, rigidamente grande. Felicity queria fugir, queria ficar, o contraste de suas ações enfraquecendo seus pensamentos. As mãos gentilmente foi de encontro ao seu pescoço, passando por sua nuca, entranhando por seus cabelos. Oliver suspirou em um gemido angustiado, aprofundando o beijo, estar nos braços de Felicity era estar a salvo, sem pensamentos sombrios, apenas ela. Somente ela. Seu cheiro, seu gosto, seu corpo. Era apenas nela que seus pensamentos estavam.
Salvação. Mentalmente ele suplicava por isso.

Ele sussurrou de encontro a sua boca, o hálito quente acariciando seus lábios sensíveis. Incerteza.

— É errado! Eu te quero com uma agonia que chega a doer. Mas não posso.— Ele murmurava em sofrimento. — Simplesmente, não posso! — A tristeza ameaçando envolvê-lo na escuridão.

Felicity ofegava, a respiração trepidava, o coração ameaçou falhar algumas batidas. — Não! Ela pensava. Não! — Ela queria implorar pelo seu toque, por seus beijos. Mas ele a estava rejeitando. Não!

Sua pernas tremiam de desejos, suas coxas úmidas de prazer queriam saciedade. Ela queria perder-se naquele homem. E ele falava de erros? Como? Amar era errado?

— É por causa da Sara? — O rosto ardeu de arrependimento e culpa. O coração despedaçando em pequenos pedaços dolorosos.

Ele respirou lenta e profundamente, sentindo-se miserável.

— Não. É por causa de você. — Que palavras cruéis pra se dizer pra uma mulher no ápice da sedução, Felicity pensava horrorizada.

— Entendo. — Não, ela não entendia coisa nenhuma! — Eu sou apenas uma mulher comum, uma garota, como você mesmo diz, que poder de sedução eu tenho pra um homem como você? — Ainda estavam abraçados, sentindo o tremor de seus corpos, a excitação, o coração que resfolegava em seus peitos. Mágoa e tristeza traçavam o som da voz dela.

Oliver quis praguejar, xingar sonoramente, mas conteve-se. Os olhos fechados buscando paciência. Paz. Nos lábios, um sorriso amargo. No corpo um misto de desejo e dor.

— Felicity, eu a quero. Muito. — E para demonstrar, colou seu corpo ainda mais ao dela, deixando ela ruborizada com o latejar de seu membro ereto. — Mas não posso! — Será que ele percebia a discrepância de suas palavras? — Não posso te mostrar as sombras onde me encontro. Não posso te arrastar pra solidão que meu corpo exala. Não quero te magoar. — Ele queria ter forças pra separar seus corpos, manter distância dela, mas não conseguia. Como imã, seus corpos se uniam em harmonia desenfreada.

Ela gemeu baixinho seu nome, suplicando em silêncio pelo seu toque, seu corpo. Querendo ser pra ele, sua luz. Seu sol. Os raios que destruiriam a sua escuridão.

E naquela batalha de desejos e razões. Oliver perdeu a razão e nunca se sentiu tão bem. Certeza.

Beijou-a se rendendo completamente, ela abraçou-lhe o corpo com força, temendo que ele desistisse. Iluminando seu mundo sombrio.


Seu sol!



A medida que o beijo foi se aprofundando, o clima foi esquentando, as mãos foram tateando o corpo, a pele, a boca demarcando, queimando. As roupas foram tiradas, quase rasgadas em desejos gritantes. Os gemidos banhavam o ar, os gritos impregnavam nas paredes, ecoando em seus ouvidos, aumentando a excitação. Nos braços de Felicity, Oliver sentia paz. Uma inexplicável quietude. Paz e calmaria.

Felicity nua era linda e sexy, e ele ansiava por ser perder na maciez daquela pele clara, queria mergulhar fundo nela até saciar sua sede de paixão, desejo e solidão. Sua pele era quente em sua alma fria e Felicity conseguia aquecer até mesmo a frieza de sua alma, com beijos que pareciam curá-lo de sua dor. Quente e provocativo.

Ele a sentou na mesa, encaixando seu corpo no meio de suas pernas, beijou seu pescoço, trilhando, torturando... o vale entre os seios, uma mão apalpou um seio, trazendo arrepios, intumescendo os mamilos tão rosados quanto uma rosa que desabrocha no alvorecer ensolarado, lentamente, ousadamente, abaixou a cabeça e abocanhou o mamilo, lambendo e provando, brincando com ele em sua língua molhada, ela arfou segurando sua cabeça, arqueando seu corpo de encontro a boca pecaminosa dele. O outro seio parecia lamentar a sorte do outro, Ollie o beijou também, sugando com força e sensualidade, desejando-a loucamente. Ela estava tão docemente em seus braços, os olhos fechados, entregue ao prazer, sorvendo gemidos e sussurros roucos. As unhas marcando sua pele, e ele desejou que seu corpo ficasse totalmente marcado por ela, cicatrizado por suas belas mãos.

Felicity estava tonta de desejo, o roçar de seus lábios e a textura de sua língua em seus seios, provocava ondas de luxúria e prazer que dominava sua mente, inundando seu centro feminino com o mel de sua excitação. Doce e torturante. Êxtase alucinante!

Um beijo mais forte e enlouquecedor, a língua de Oliver entrou em sua boca no momento em que ele também entrava em seu corpo, uma estocada firme, a pele brilhava de suor e queimava de desejos. Ela o abraçou com braços e pernas. Entrelaçados, dançaram juntos a canção do prazer, sensualmente ritmados, perversamente colados. Estranhamente íntimos.

Com investidas deliberadamente eróticas Felicity apertava seus braços com força, enquanto Ollie intensificava os movimentos, as mãos ousando e apertando, conhecendo cada pedaço daquele corpo deleitoso, sentindo, provando. Amando!

Felicity mordia os lábios em êxtase torturante, ela chegou ao precipício do prazer, queria pular e queria prolongar esse clímax, sentia o membro do Ollie inchar em seu interior, acariciando seu sexo internamente, entrando e saindo numa provocação pervertida de prazer e fogo. O fogo incendiando-os, ameaçando queimá-los vivos. Ela abriu os olhos, encarando o belo rosto dele, concentrado em lhe dar prazer intenso, um empurrão e ela cairia no abismo, absurdamente feliz. Nesse momento de contemplação muda, Oliver abriu os olhos lentamente, fitando-a com carinho e adoração, no rosto o brilho incandescente do desejo extasiado, ele gemeu seu nome pausadamente, e ela sentiu-se empurrada rumo ao precipício, como se voasse, deixou cair o corpo na letargia do orgasmo, glorioso e memorável. Oliver sentiu os espasmos de seu corpo, a cabeça jogada pra trás, o corpo tensionando e penetrando mais profundamente, ele tocava seu corpo como se fosse o mais afinado instrumento de prazer, e um grito ecoou de sua garganta, alto e ressonante. Um grito de prazer e de dor. Um grito de salvação. Um grito de amor.

Felicity deixou um beijo em seu peito largo e molhado de suor, os dois respiravam com dificuldades, ainda eriçados de um desejo perturbador, quase insaciável. E naquele momento, quando seu coração acelerava e se acalmava, Ollie percebeu que nunca fizera amor, nas suas noites de perdições, nas suas farras de rico sedutor, ele fizera sexo, mundano e carnal. Com Felicity, ele provara o gosto de fazer amor, de sentir pele com pele, de desejar além do corpo, de querer fundir a alma, e de ser merecedor de seu coração. Dando à ela não só seu coração, mas a sua vida. Ela o salvara. Sem saber, ela o salvara! Na ternura do amor que fizeram, no calor da paixão que emoldurava seus corpos, ela ouvira seu clamor desesperado, seu pedido silencioso pra que o salvassem. E nos braços dela, foi arrebatado e entorpecido no amor.

Felicity parecia agora assustadoramente consciente de sua nudez e ainda mais da nudez magnífica de Oliver. Deveria ser pecado um homem ser estupidamente lindo com roupas e insuportavelmente tentador sem elas. Seus olhos arregalaram como se só agora ela pudesse perceber o que haviam feito, ela abaixou a cabeça com timidez resignada.

Com a ponta dos dedos, Oliver ergueu seu queixo até seus olhos ficarem alinhados, um beijo roubado de leve nos lábios entreabertos, e um sorriso tímido se formou nos lábios rosados dela.

— Hei, não tá arrependida, está? — Com a respiração suspensa, ele esperava a resposta, aflito.

— Não, é que... eu... você... nós. Isso... — Felicity gaguejava e suspirava desconfortavelmente, as palavras soltas não faziam sentido algum. Oliver sorria genuinamente leve. — Foi errado. — Disse por fim.

Ele arqueou a sobrancelha, contrariado por ela tá usando as palavras que ele usara momentos antes.

— Nada do que fizemos foi um erro ou um engano do momento. Foi... especial! Foi... amor. — Ele ousou dar sentido as palavras que agitavam seu coração.

Felicity corou com desconforto nítido.

— Não precisa embelezar a palavra, Oliver. Fizemos sexo. — Ela enrubesceu com a verdade tão crua e com a rudeza de sua afirmação.

Ele pareceu zangado com ela.

— Sexo, — Ele cerrou os dentes ao falar. — ... foi o que eu sempre fiz antes de você. Vazio e sem emoção. Não, sexo não. Com você foi amor! — O ênfase na palavra "amor" foi doce, quase um murmúrio suave.

Felicity era um raio de sol no seu mundo sempre nublado.

O seu sol.


Ela o olhou incerta, culpada. Feliz. E Sara? Pensava desolada. E Sara? Sentia-se engolfada pela culpa e traição.

Abriu a boca, mas Ollie a impediu com um dedo em seus lábios, silenciando-a com gentileza e amor.

— Não diga nada. Deixe que a noite nos cubra com seu manto de estrelas. Deixe que eu me perca nos seus braços, na suavidade do seu corpo. Eu preciso de você, Felicity. — Ollie implorava por aquele momento, onde sua vida parecia fazer sentido, ele suplicava com o corpo e com alma pela paz que seu coração encontrou nos braços dela.

Nos braços de Felicity.

Ela apenas assentiu, emocionada por ele precisar dela. Por ser a brisa calma naquela tempestade que invadiu a sua vida.

Ele a beijou, dessa vez lentamente, ternamente, provando a doçura e a paz de seus lábios, provando a vida. Provando a salvação que por tanto tempo ele buscou com exaustão de um furação e que encontrou com a leveza de uma folha ao vento.




Nos braços de Felicity.



"Quando ela me abraça eu não peço mais nada, eu não quero mais nada. Tudo o que eu preciso está ali, me guardando e me protegendo, e tornando o mundo um lugar só nosso.”

—Plenitude.





* Fim


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Notas finais do capítulo

Falaê Pessoal. Mais uma fic escrita desse casal que eu tanto amo, espero que gostem. Comente. Critique. Elogie. Ou não. Até a próxima. ;D