Levy pov's

Já faz duas semanas desde toda aquela confusão com Gray e Juvia. No fim, eles estão juntos, acho. E ainda ocorreu aquilo com Lu-chan e Natsu. Erza deu um chilique quando ouviu o motivo da demora deles e ficou falando coisas desconexas como "eu disse que ela estava em perigo!" "Meu instinto nunca falha" "não sou uma boa amiga". Ela que não me ouça falar isso, mas desde que Jellal partiu novamente ela anda um tanto quanto estranha. Deve ser saudade ou carência. Ou os dois. Enfim, continuando ao que eu falava, tanta coisa aconteceu que sinto-me meio tonta. Literalmente. Nos últimos dias, tenho estado meio estranha. Como se estivesse doente ou algo do tipo. É realmente perturbador.

Quanto a Gajeel, bem, estamos indo. Namorando, pra ser mais exata. A gente já namorava faz tempo, mas ele não se sentia pronto para assumir a todos. Talvez por culpa pelo o que ele fez anteriormente a mim, mesmo que eu já tenha o perdoado há muito tempo. Agora, ele tornou-se realmente fofo. Me busca todos os dias de manhã para que possamos ir a guilda juntos. Vamos embora do mesmo jeito. Não tem vergonha alguma em me abraçar publicamente. É tudo tão perfeito, as vezes, acho que estou sonhando.

Hoje terei que ir sozinha, já que meu namorado está em uma missão. É triste andar por esse caminho sem a companhia dele. Deus, quando foi que fiquei tão dependente daquele garoto? Acordei com uma leve cólica ou sei lá o que é isso. Então, resolvi ir pedir ajuda das meninas. Mirajane com certeza saberá o que devo fazer.

No caminho, algumas pontadas começam a aparecer, sobretudo na cabeça, respiro fundo para poder me controlar e corro para a guilda o mais rápido que consigo.

Assim que chego, tudo fica embaçado, mordo meu lábio inferior com força, sentindo minhas pernas fraquejarem. Ao longe, ouço Jet e Droy gritando meu nome enquanto uma escuridão me engolia.

–-x--

Abri meus olhos lentamente, me acostumando com a claridade. Todos estavam a minha volta com feições preocupadas.

– Quando foi a ultima vez que você comeu? - Erza perguntou assim que me sentei em uma das mesas.

– Ontem, eu acho. - não me lembrava. Acabei ficando até tarde lendo um livro em que fiquei viciada.

– Ontem a noite, né? - Lucy tinha uma expressão meio brava meio preocupada

– Err.. Não sei, exatamente - sussurrei abaixando a cabeça

– Gajeel está vindo pra cá! - ouvi Mira avisar logo depois de deixar uma carta de Kana - aquelas de Call me - no balcão.

Pra que chamarem ele? Não foi nada demais! Agora ele vai chegar me atropelando com perguntas e não vai me deixar fazer nada!

Suspirei cansada. Isso vai ser exaustivo.

–-x--

Duas horas depois...

– CADÊ ELA? Cade? - ouvi uma voz ofegante entrando na guilda e bati a cabeça na mesa. Era Gajeel.

Apontaram para mim e ele veio correndo. Parecia desesperado, como se eu estivesse quase morrendo!

– Eu te deixo por uma semana e você quase morre? Desse jeito não vou poder mais sair em missão! - ele começou me dando uma bronca.

– Eu não quase morri. Estou bem, viva e cansada dessa palhaçada! - disse irritada me levantando.

– Baixinha... Eu só fiquei preocupa-

– Eu sei me virar sozinha! Não preciso ser cuidada 24 horas por dia! Poxa, vocês me fazem me sentir inútil! - desabafei enquanto lágrimas escorriam de meus olhos.

Pude ver Mira e Lucy comentando algo, mas deixei pra lá. Estava nervosa e possessa com Gajeel. E nem sabia o motivo disso.

Ele se calou e abaixou a cabeça.

– Tudo bem. Você deve estar naqueles dias... - ele murmurou saindo de perto

Naqueles dias? Não, eu não estou de TPM. O que explica todos esses sentimentos, então?

– Acho que você precisa ir ao médico, Levy - ouvi Mirajane dizendo. Ela tinha um sorriso maternal.

Sem que eu tivesse tempo de falar algo, o musculoso do meu namorado me pegou no colo e eu só pude bater em suas costas gritando pra me soltar. Não que resolvesse algo.

–-x--

Chegamos ao hospital de Magnólia e eu ainda estava emburrada. Eu já tinha dito que estava bem!

A médica me chamou e eu entrei, a contragosto.

Ela enfiou aquele palito demoníaco na minha garganta e eu corri pra vomitar. E lá se foi todo o meu café da manhã. Senti a tontura novamente e me amaldiçoei por isso.

Respirei fundo e voltei para a sala onde a doutora me olhava de forma reprovadora. Dei um sorrisinho sem graça e sentei-me novamente.

Foram tortuosos quinze minutos de consulta, com perguntas imbecis - na minha opinião - e avaliações – do tipo exame de sangue, medir pressão, essas coisas.

Terminou e sentei ao lado de Gajeel na sala de espera. Ainda estava brava. Passado vinte minutos, a doutora nos chamou. Não entendi porque ele entrou junto comigo, mas ok.

– Senhorita Levy, meus parabéns. - ela disse sorrindo assim que entramos na sala e fechamos a porta.

– Parabéns...? - estava confusa. Por que diabos ela estava me parabenizando.

– A senhorita está gravida. - fiquei perplexa e ouvi um assustado Gajeel tossir loucamente ao meu lado.

Cinco segundos para absorver a informação.

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– O QUEEEEEEEEEEEE? - Ambos, eu e Gajeel berramos. Não, isso não pode estar acontecendo!