Aquele Dia escrita por Lilian Smith


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, caras pessoas que resolveram ler essa one! Fico muito feliz por vocês estarem lendo isso! É a minha primeira história de fairy tail, e a inspiração caiu quando vi ( mais de 30 vezes) a nova ending do anime!

Estou nervosa por ser a primeira, e é bem menor do que outras fanfics que costumo escrever, e isso me deixa com um pouco de medo. Espero que gostem, e nos vemos nas notas finais!



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Futilidades. Era isso que se passava nas redes sociais naquele momento. Lucy olhou entediada para o seu celular, observando sem expressão alguma, como aquelas pessoas discutiam coisas imbecis como se fosse algo de real importância. Suspirando de desgosto, a loira levantou-se de sua cadeira e saiu da cafeteria. Não havia feito nenhum pedido. Ela havia ido ali para distrair-se, sem nenhum outro motivo especial.

Lucy caminhou sem rumo certo por alguns minutos, e acabou percebendo que suas pernas a levaram para perto do mar. A garota gostava muito de admirar aquela visão magnifica, quando criança, costumava ir muitas vezes naquele local, sentava-se por horas e horas na beira do penhasco, e assistia o vai e vem das ondas. Ela lembrava com clareza do desejo de que uma daquelas ondas a levasse para longe. O desconhecido destino do mar sempre a deixava curiosa. O que havia além do oceano? Lucy era tão pequena que tudo que era grande a deixava fascinada. Nos dias atuais, porém, ela acabou deixando de admirar aquele local. Não lembrava quando foi ali pela última vez, mas tinha certeza de que havia sido há muito tempo.

Alias, ela nem tinha intenção de ir à cafeteria naquele dia. Uma pilha de livros da escola a esperava em casa. Obrigações no trabalho temporário também estavam na sua lista de afazeres. Lucy também estava com alguns problemas familiares, e tinha pouco tempo para resolver cada uma daquelas coisas. Mas naquele dia, Lucy havia acordado com uma sensação estranha. Alguma coisa dentro dela dizia que algo diferente aconteceria e essa sensação impediu a garota de se concentrar em qualquer outra coisa. Atordoada com aquela sensação, ela resolveu sair de casa e pensar um pouco. Qual seria o local perfeito para ela tirar aquilo da cabeça? Ou para aquilo que parecia “especial” acontecer? Após uns segundos de reflexão o primeiro local que veio em sua mente foi o parque a beira do mar. Lembranças de sua infância estavam ali, ela poderia descansar e ainda seria o local perfeito para algo diferente acontecer.

Mas ao chegar lá, ela percebeu que a garotinha que divagava tanto naquele local desaparecerá. Já não sentia mais as mesmas sensações de antes ali. Era um parque normal. Um local comum. Por que adorava tanto aquilo quando mais jovem? E foi quando pensou nisso que resolveu ir embora. Ela ficou com uma sensação ruim. Sentiu falta de sua época quando criança. Olhou para o lado e deixou o vento retirar seus cabelos do rosto. Era hora de voltar para casa e refazer cada uma das coisas que deixara em branco. Não havia nada de especial. Era só uma sensação idiota.

A loira deu as costas para o mar, e resolveu ir embora do parque. Conferiu as horas em seu celular e assustou-se ao ver que estava perdendo mais tempo do que imaginava. Lucy caminhou em direção à saída do parque. Um lugar lindo, ela tinha de admitir. Sua versão criança costumava dizer que aquele parque era magico, e que a saída dele era o local onde coisas inesperadas aconteciam. A sua versão de agora, não via nada tão especial assim, mas ainda achava aquele local magnifico. As folhas caiam das arvores, criando uma cena extremamente gostosa de estar. Era quase um quadro ao vivo.

Ao lado de Lucy, alguém passou correndo. Nenhum minuto foi contado ali. Foram míseros segundos. Segundos suficientes para fazer o coração de Lucy parar e voltar a bater loucamente. A pessoa que passou por ela parou, e Lucy não conseguiu controlar suas reações. Ela olhou para trás, e encontrou a pessoa olhando para ela.

Era um garoto. Lindo, muito lindo. Ele usava roupas comuns, com exceção de um cachecol branco, uma peça estranha para o verão. O coração de Lucy batia descompassado, e a pele da garota ficou arrepiada. A loira sentia que havia levado um choque elétrico de proporções medonhas, porém, um tipo de choque que não machucava. Pelo contrario. Trouxe uma sensação boa para ela. O garoto que a olhava também pareceu sentir aquilo. Ele deu um sorriso tímido, e Lucy perdeu completamente a noção de que existia um universo. Naquele momento, era só ela e ele. Nada mais existia. Trabalhos, obrigações, escola, horários, problemas... Todo o resto desaparecera.

- Eh... Bom, sei que vai ser algo estranho e não a culpo caso você negue, mas... Gostaria de tomar um café comigo? – O garoto a convidou, e seu rosto assumiu uma leve coloração vermelha. Aquilo fez Lucy sorrir para ele.

- Provavelmente a minha resposta será ainda mais estranha, porém, sim, eu gostaria. – Lucy respondeu, e viu um brilho surgir nos olhos dele. – Qual é o seu nome?

- Natsu. Natsu Dragneel. – Ele respondeu.

- Eu sou a Lucy. Lucy Heartfilia.

************************

O sorriso mais lindo. Era essa a definição de Lucy para o sorriso de Natsu. Não apenas pelo fato de ser realmente um sorriso radiante. Mas também por ter feito ela própria rir e se divertir com ele. Há quanto tempo Lucy não ria daquela forma? Quando foi que ela deixou de sorrir como uma criança? Mas aquilo já não importava. Natsu trouxera a felicidade de criança de volta para ela. A loira estava na companhia do garoto a cerca de dez minutos e já considerava aquilo um dos melhores momentos de sua vida.

Depois do encontro repentino no parque, os dois foram à cafeteria, e fizeram seu pedido. Natsu apresentou-se a Lucy, e falou que era novo na cidade. Havia chegado há poucos dias e um conhecido dele indicou que o parque seria um bom local para visitar, antes de começar a frequentar a escola no dia seguinte. Segundo suas próprias palavras, Natsu revelou que não estava realmente com vontade de ir, mas alguma coisa dentro dele disse que ele precisava sair e acabou que ele foi ao parque. Lucy espantou-se com aquilo, pois era uma história familiar a dela. A garota revelou aquilo para ele, e os dois riram. Para poder beliscar algo antes do pedido chegar, o garçom trouxe para eles um suco e água. Depois das pequenas explicações, a conversa dos dois tomou vários rumos diferentes. Eles falaram de suas vidas, das coisas que gostavam e do que faziam. Trocaram reflexões e ideias. Em momento nenhum, Lucy sentiu vontade de ir embora. Estar com Natsu além de ser divertido, trazia uma sensação boa de paz e felicidade. Ele era caloroso como o sol.

- Ah, droga. – Natsu exclamou, olhando para o relógio, com uma careta. – Tenho que buscar meu gato no pet shop. Não queria deixar de conversar com você.

Lucy ficou triste por Natsu ter de ir, mas a outra frase do garoto, a fez ficar muito constrangida. Natsu era bastante direto às vezes, porém de um jeito fofo e mais inocente do que uma criança. A loira ia começar a falar algo para ele, mas percebeu que Natsu procurava algo em seu bolso. De lá, ele tirou um cordão, com um estranho pingente. Lucy olhou para ele sem entender.

- Isso aqui é algo que uma pessoa muito importante me deu. – Natsu explicou. – Representa uma fada com calda. Sei que é um símbolo estranho, mas significa muito para mim. E eu gostaria que você ficasse com isso.

Aquilo surpreendeu a loira. Ela encarou Natsu por um tempo, tentando ver se ele estava falando aquilo de verdade, ou se ela estava imaginando. Mas ele falou de uma maneira tão seria e bonita que Lucy não pode fazer nada além de sorrir e aceitar o objeto. Natsu pareceu ficar ainda mais feliz.

- Obrigada, Natsu. – Lucy falou, e os dois pediram a conta da cafeteria. Após pagarem a conta, Lucy acompanhou Natsu até a saída do parque, e os dois trocaram seus contatos e endereços. O garoto ainda estava por perto, mas a loira já sentia saudade dele, tão forte que chegava a doer.

- Hoje foi inesquecível, sabia? – Natsu perguntou, quando os dois já estavam fora do parque. – Você é sensacional, Lucy! Fazia muito tempo que eu não me sentia tão feliz com outra pessoa! Prometa que vai falar comigo novamente, certo?

- Prometo Natsu! – Lucy respondeu, animada. Falar com ele novamente, ver ele novamente... Ela nem queria deixar ele ir. Por impulso, Lucy deu um abraço no garoto, que apesar de surpreso retribuiu. Lucy confirmou o que já suspeitava. Natsu era quente. Como o verão. Como sol.

- Até depois, Natsu! – Lucy sussurrou em seu ouvido, e sentiu que Natsu estremecia. Ela sorriu com isso. Ao se separarem, Natsu fez um pequeno carinho no cabelo de Lucy e sorriu para ela.

- Até depois, Luce.

Lucy observou Natsu desaparecer na esquina da rua, com a dor de o ver partindo, mas com a certeza de que eles se encontrariam novamente. Alias, ela tinha certeza de que veria ele muitas vezes ainda. E a expectativa do reencontro compensou totalmente a saudade que ela já sentia. Inconscientemente, a mão da loira foi para o colar de Natsu, que agora repousava em seu pescoço. Ela tinha a sensação de que aquele gesto viraria um habito comum para ela agora. E Lucy já não duvidada mais de suas sensações.

Afinal, foi à sensação de que algo diferente e especial aconteceria que a levaram para aquele parque não foi? E algo realmente aconteceu. Lucy conheceu Natsu. E não apenas isso. Junto de Natsu, veio à alegria de ser criança, a paz que ela não sentia a tranquilidade que ela tanto desejava e a volta de uma parte dela que ela nem sabia que havia perdido. Natsu trouxe o verão de volta. Trouxe sua verdadeira personalidade de volta. Natsu já era mais que especial.

Animada para contar as amigas sobre o garoto que conheceu no parque, Lucy andou mais depressa para casa, e torceu pelos dias que a separavam do reencontro com Natsu passassem rápido. Eles se encontrariam novamente e se dependesse dos dois, jamais deixariam de se encontrar.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?

Essa nova ending deu o que falar não foi? Eu babei nela. Me apaixonei do começo ao fim e sai gritando pela casa. NaLu mais que oficial agora.

Sei que as coisas entre eles foi meio rápida, mas por ser a primeira história, fiquei com medo de descrever demais e esticar mais do que o necessário.

Me digam o que acharam, e abraços para vocês!



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